PERGUNTA 3
Como é que posso ter uma boa comunicação com os meus pais?
O QUE FARIAS?
Imagina a seguinte situação: é quarta-feira à noite. O Lucas, que tem 17 anos, acabou de arrumar o quarto e, finalmente, pode ter o seu merecido descanso. Ele atira-se para o sofá e pega no telemóvel.
Nesse preciso momento, o pai dele aparece. E não está com boa cara!
“Lucas! O que é que estás para aí a fazer, agarrado ao telemóvel? Devias estar a ajudar o teu irmão. Porque é que nunca fazes o que nós pedimos?”
O Lucas resmunga: “Pronto, lá estás tu...”
O pai aproxima-se e diz: “O quê, Lucas? Repete lá o que disseste.”
O Lucas dá um suspiro e diz, com cara de irritado: “Nada, pai. Deixa-me em paz.”
O pai fica furioso e diz: “Quem é que tu pensas que és para falares assim comigo?”
Se fosses o Lucas, o que terias feito para não deixar a situação chegar a este ponto?
PARA E PENSA!
Para teres uma boa comunicação com os teus pais, tens de ser adaptável. É como conduzir um carro. Se vires um obstáculo, tens de fazer um desvio e seguir por outro caminho.
Caso Real
Uma jovem chamada Lígia diz: “Eu acho difícil falar com o meu pai. Às vezes, eu já estou a falar com ele há algum tempo, quando ele se vira para mim e diz: ‘Desculpa, estavas a falar comigo?’”
A LÍGIA TEM PELO MENOS TRÊS OPÇÕES:
Gritar com o pai.
A Lígia grita: “Estás a brincar? Será que podes prestar atenção quando eu falo?”
Desistir de falar com o pai.
A Lígia acaba por desistir de falar com o pai sobre o seu problema.
Escolher uma hora melhor para falar do assunto.
Numa outra ocasião, a Lígia fala com o pai pessoalmente. Ou então escreve uma carta ao pai a explicar o problema.
Na tua opinião, qual destas opções é que a Lígia deveria escolher?
PENSA NOS POSSÍVEIS RESULTADOS: O pai da Lígia está distraído. Se a Lígia escolher a opção 1, ele pode ter a impressão de que ela começou a gritar do nada. Ele nem sequer vai entender por que motivo ela está irritada. E é provável que gritar não faça com que o pai queira ouvir o que ela tem para dizer. Essa atitude também não mostraria honra e respeito por ele. (Efésios 6:2) Portanto, será que a primeira opção é a melhor forma de agir neste caso?
Quando encontras um obstáculo na estrada, podes seguir viagem por outro caminho. Do mesmo modo, para teres uma boa comunicação com os teus pais, podes tentar um caminho diferente
A opção 2 talvez seja a forma mais fácil de lidar com a situação. Mas será que é a melhor? A Lígia precisa da ajuda do pai. Se ela desistir de falar com o pai, como é que ele vai saber o que está a acontecer? Ficar em silêncio não vai ajudar em nada.
Na opção 3, a Lígia não permite que um obstáculo atrapalhe a comunicação. Ela escolhe uma hora melhor para falar com o pai. E se ela preferir escrever sobre o problema, pode ser que se sinta melhor de imediato.
Colocar as ideias por escrito pode também ajudar a Lígia a dizer exatamente o que está a sentir. Assim, o seu pai vai entender melhor o que se passa. Não concordas que a opção 3 é a melhor tanto para a Lígia como para o pai? Se falares pessoalmente ou escreveres sobre o problema, vais agir de acordo com Romanos 14:19, que diz que devemos ‘empenhar-nos pelas coisas que promovem a paz’.
Qual seria outra opção?
Pensa noutra coisa que a Lígia poderia fazer nesta situação. Depois, escreve abaixo a tua ideia e qual seria o possível resultado.
TU E OS TEUS PAIS FALAM A MESMA LÍNGUA?
Fica atento: às vezes, tu dizes uma coisa e os teus pais entendem outra.
POR EXEMPLO:
Os teus pais percebem que estás desanimado e perguntam-te o que se passa. Tu dizes: “Não me apetece falar sobre isso.”
Mas, na cabeça dos teus pais, isso talvez queira dizer: “Eu não confio em vocês o suficiente para falar sobre isso. Prefiro falar com os meus amigos, em vez de falar convosco.”
Agora, imagina que estás a enfrentar um problema e os teus pais perguntam-te se podem ajudar. Mas tu dizes: “Não se preocupem. Já sei o que vou fazer.”
O que achas que os teus pais vão entender?
Que resposta deixaria os teus pais mais descansados?