1, 2. Que oportunidade de ‘fugir para os montes’ é que se apresentou aos cristãos do primeiro século que viviam em Jerusalém e na Judeia?

QUANDO Jesus esteve na Terra, os seus discípulos perguntaram-lhe: “Qual será o sinal da tua presença e do final do sistema de coisas?” O cumprimento inicial da profecia de Jesus em resposta a essa pergunta ocorreu no primeiro século. Ele falou sobre um acontecimento incomum que indicaria que o fim estava próximo. Ao observarem esse acontecimento, ‘os que estivessem na Judeia deviam fugir para os montes’. (Mat. 24:1-3, 15-22) Será que os discípulos reconheceriam esse sinal e agiriam de acordo com as instruções de Jesus?

² Cerca de três décadas mais tarde, em 61 EC, o apóstolo Paulo escreveu uma mensagem forte e séria aos cristãos hebreus que viviam em Jerusalém e nas suas proximidades. Sem que Paulo e os seus companheiros cristãos soubessem, o sinal que marcaria a fase inicial de uma “grande tribulação” estava apenas uns cinco anos à frente. (Mat. 24:21) Em 66 EC, Céstio Galo liderou tropas romanas num quase bem-sucedido ataque contra Jerusalém. Mas, depois, ele subitamente retirou-se, dando aos que estavam em perigo uma oportunidade de fugirem para um lugar seguro.

3. Que exortação é que Paulo deu aos cristãos hebreus, e porquê?

³ Aqueles cristãos precisavam de profundo discernimento e perceção espiritual para reconhecer a mudança dos acontecimentos e fugir. No entanto, alguns tinham-se tornado “lentos no entendimento”. Eram como bebés espirituais que precisavam de “leite”. (Leia Hebreus 5:11-13.) Mesmo alguns que andavam há décadas no caminho da verdade davam sinais de estarem ‘a afastar-se do Deus vivente’. (Heb. 3:12) Alguns tinham o “costume” de faltar às reuniões cristãs numa época em que podiam ‘ver’ a proximidade daquele dia calamitoso. (Heb. 10:24, 25) Paulo deu-lhes a seguinte exortação oportuna: “Agora que deixámos para trás a doutrina básica acerca do Cristo, avancemos à madureza.” — Heb. 6:1.

4. Porque é importante permanecermos espiritualmente alertas, e o que nos ajudará a fazer isso?

⁴ Estamos a viver no tempo do cumprimento final da profecia de Jesus. “O grande dia de Jeová”, o dia que acabará com o inteiro sistema de Satanás, “está próximo”. (Sof. 1:14) Como nunca antes, temos de nos manter espiritualmente vivos e alertas. (1 Ped. 5:8) Estamos realmente assim? A madureza cristã vai ajudar-nos a prestar atenção a onde estamos na corrente do tempo.

17. Porque é que a obediência era especialmente vital no primeiro século?

¹⁷ O conselho de Paulo de ‘avançar à madureza’ ajudou a salvar a vida dos cristãos do primeiro século que moravam em Jerusalém e na Judeia. Aqueles que o acataram tiveram o discernimento espiritual necessário para reconhecer o sinal que Jesus tinha dado a respeito de ‘fugir para os montes’. Quando eles viram “a coisa repugnante que causa desolação [...] estar num lugar santo”, isto é, os exércitos de Roma a cercar e conquistar Jerusalém, eles sabiam que era tempo de fugir. (Mat. 24:15, 16) Os cristãos acataram o aviso profético de Jesus e fugiram de Jerusalém antes da sua destruição. De acordo com o historiador eclesiástico Eusébio, estabeleceram-se na cidade de Pela, na região montanhosa de Gileade. Com isso, escaparam do pior desastre sofrido por Jerusalém registado na história.

18, 19. (a) Porque é que a obediência é vital nos nossos dias? (b) O que será considerado no próximo artigo?

¹⁸ A obediência resultante de avançar à madureza será ainda mais necessária para salvar a vida quando enfrentarmos o cumprimento principal da profecia de Jesus de que “haverá [uma] grande tribulação” de proporções inigualáveis. (Mat. 24:21) Seremos obedientes a qualquer futura instrução urgente que venhamos a receber do “mordomo fiel”? (Luc. 12:42) Como é importante aprendermos a ‘tornarmo-nos obedientes de coração’! — Rom. 6:17.