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  • “Homens comuns e sem instrução”
  • ‘Dê Testemunho Cabal’ Sobre o Reino de Deus
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‘Dê Testemunho Cabal’ Sobre o Reino de Deus
bt cap. 4 pp. 28-35

CAPÍTULO 4

“Homens comuns e sem instrução”

Os apóstolos agem com coragem e Jeová abençoa-os

Baseado em Atos 3:1–5:11

1, 2. Que milagre é que Pedro e João realizaram perto do portão do templo?

O SOL da tarde brilha sobre a multidão. Judeus devotos e discípulos de Cristo entram no complexo do templo. Está quase na “hora da oração”.a (Atos 2:46; 3:1) Espremidos no meio da multidão, Pedro e João caminham em direção ao portão do templo chamado Belo. Uma voz sobressai no meio do barulho das conversas e de pés a arrastarem-se no chão: um mendigo de meia-idade, coxo de nascença, a pedir esmola. — Atos 3:2; 4:22.

2 À medida que Pedro e João se aproximam, o mendigo repete as palavras do costume a pedir dinheiro. Os apóstolos param, o que chama a atenção do homem. Ele fica na expectativa de receber algo. “Não possuo prata nem ouro”, diz Pedro, “mas o que tenho é o que te dou: Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” Pedro segura o homem pela mão e ajuda-o a levantar-se. Imagine como a multidão fica surpreendida ao ver o homem coxo a ficar de pé pela primeira vez na vida! (Atos 3:6, 7) Consegue visualizar o homem a olhar admirado para as suas pernas curadas e a tentar dar os seus primeiros passos? Então, ele começa a pular de um lado para o outro e a louvar a Deus com alta voz!

3. Que presente inigualável é oferecido ao homem anteriormente coxo e à multidão?

3 Perplexa, a multidão corre até Pedro e João, que estão no Pórtico de Salomão. Ali, no mesmo lugar em que Jesus muitas vezes ensinava, Pedro diz-lhes o verdadeiro significado do que acaba de acontecer. (João 10:23) Ele oferece à multidão e ao homem anteriormente coxo um presente mais valioso do que prata ou ouro. Esse presente envolve muito mais do que apenas restabelecer a saúde. É a oportunidade de eles se arrependerem, de terem os pecados apagados e de se tornarem seguidores do “Agente Principal da vida” designado por Jeová, Jesus Cristo. — Atos 3:15.

4. (a) A cura milagrosa preparou o cenário para que confronto? (b) Que duas perguntas serão respondidas?

4 Que dia marcante! Uma pessoa foi curada e agora já conseguia andar. Outros milhares receberam a oportunidade de serem curados em sentido espiritual para poderem andar de um modo digno de Deus. (Col. 1:9, 10) Além disso, os acontecimentos daquele dia prepararam o cenário para um confronto entre os leais seguidores de Cristo e as autoridades que tentariam impedi-los de cumprir o mandamento de Jesus de pregar a mensagem do Reino. (Atos 1:8) O que podemos aprender dos métodos usados e da atitude demonstrada por Pedro e João – “homens comuns e sem instrução” – ao darem testemunho à multidão?b (Atos 4:13) E de que forma podemos imitar a maneira como eles e os outros discípulos lidaram com a oposição?

Não “por meio do nosso próprio poder” (Atos 3:11-26)

5. O que aprendemos da maneira como Pedro falou com a multidão?

5 Pedro e João ficaram de pé à frente da multidão, sabendo que alguns ali talvez tivessem exigido que Jesus fosse executado. (Mar. 15:8-15; Atos 3:13-15) Pense na coragem que Pedro demonstrou ao declarar sem medo que o homem coxo tinha sido curado no nome de Jesus. Pedro não amenizou a verdade. De modo franco, ele expôs a parte da culpa que a multidão tinha na morte de Cristo. Apesar disso, Pedro não guardava ressentimento daquelas pessoas, pois tinham ‘agido em ignorância’. (Atos 3:17) Ele tentou tocar-lhes o coração, dirigindo-se a eles como a irmãos e concentrando-se nos aspetos positivos da mensagem do Reino. Se eles se arrependessem e tivessem fé em Cristo, viriam “tempos de refrigério” da parte de Jeová. (Atos 3:19) Da mesma forma, nós temos de ser corajosos e francos ao declarar o julgamento de Deus que está para vir. Ao mesmo tempo, nunca devemos ser rudes, duros ou críticos. Em vez disso, encaramos aqueles a quem pregamos como potenciais irmãos e, como Pedro, nós concentramo-nos principalmente nos aspetos positivos da mensagem do Reino.

6. Como é que Pedro e João demonstraram humildade e modéstia?

6 Os apóstolos eram homens modestos. Eles não quiseram para si o crédito daquele milagre que realizaram. Pedro disse à multidão: “Porque é que estão a olhar para nós como se o tivéssemos feito andar por meio do nosso próprio poder ou da nossa devoção a Deus?” (Atos 3:12) Pedro e os outros apóstolos sabiam que qualquer bem que realizassem no ministério era resultado do poder de Deus, não do poder que eles tinham. Por isso, eles modestamente dirigiram a Jeová e a Jesus todo o louvor pelas coisas que realizavam.

7, 8. (a) Que presente podemos oferecer às pessoas? (b) Como é que a promessa de haver um “restabelecimento de todas as coisas” está a cumprir-se hoje?

7 Nós também precisamos de ser modestos ao participar na obra de pregação do Reino. É verdade que o espírito de Deus não habilita os cristãos atuais a realizar curas milagrosas. Mesmo assim, podemos ajudar as pessoas a desenvolverem fé em Deus e em Cristo e a receberem o mesmo presente que Pedro ofereceu: a oportunidade de terem os seus pecados perdoados e de serem revigoradas por Jeová. Todos os anos, centenas de milhares aceitam essa oportunidade e tornam-se discípulos batizados de Cristo.

8 Realmente, estamos a viver no período a que Pedro se referiu como o “tempo do restabelecimento de todas as coisas”. Em cumprimento da palavra que “Deus falou pela boca dos seus santos profetas da antiguidade”, o Reino foi estabelecido no céu em 1914. (Atos 3:21; Sal. 110:1-3; Dan. 4:16, 17) Pouco depois, Cristo começou a supervisionar a obra de restauração espiritual na Terra. Em resultado disso, milhões têm sido atraídos ao paraíso espiritual, tornando-se súbditos do Reino de Deus. Eles despiram-se da velha e corrompida personalidade e ‘revestiram-se da nova personalidade, que foi criada segundo a vontade de Deus’. (Efé. 4:22-24) Como no caso da cura do mendigo coxo, esta obra impressionante não é realizada por esforços humanos, mas pelo espírito de Deus. Assim como Pedro, devemos usar a Palavra de Deus de forma corajosa e eficaz para ensinar outros. Qualquer bom resultado que talvez tenhamos em ajudar pessoas a tornarem-se discípulos de Cristo deve-se ao poder de Deus, não ao nosso próprio.

“Não podemos parar de falar” (Atos 4:1-22)

9-11. (a) Como é que os líderes judaicos reagiram à mensagem de Pedro e João? (b) O que é que os apóstolos estavam decididos a fazer?

9 O discurso de Pedro e o facto de o homem, que antes era coxo, ter pulado e gritado de alegria causaram grande comoção. Diante disso, o capitão do templo, responsável pela segurança da área do templo, e os principais sacerdotes foram imediatamente investigar o assunto. É provável que esses homens fossem saduceus, uma seita rica e com grande poder político que se esforçava para manter relações pacíficas com os romanos. Eles também rejeitavam a lei oral, tão prezada pelos fariseus, e desprezavam a crença na ressurreição.c Imagine como eles ficaram furiosos ao encontrar Pedro e João no templo a ensinar corajosamente que Jesus tinha sido ressuscitado!

10 Os furiosos opositores lançaram Pedro e João na prisão e levaram-nos à força até ao supremo tribunal judaico no dia seguinte. Do ponto de vista daqueles governantes arrogantes, Pedro e João eram “homens comuns e sem instrução” e não tinham o direito de ensinar no templo. Eles não tinham estudado em nenhuma escola religiosa reconhecida. No entanto, a sua coragem e convicção deixaram o tribunal admirado. Como é que Pedro e João conseguiam falar tão bem? Uma das razões era que eles “tinham andado com Jesus”. (Atos 4:13) O Mestre deles tinha-os ensinado com verdadeira autoridade, não como faziam os escribas. — Mat. 7:28, 29.

11 O tribunal ordenou que os apóstolos parassem de pregar. Naquela sociedade, as ordens do tribunal tinham muito peso. Apenas algumas semanas antes, quando Jesus esteve diante desse mesmo tribunal, os seus membros tinham declarado: “Ele merece morrer.” (Mat. 26:59-66) Ainda assim, Pedro e João não se sentiram intimidados. Diante daqueles homens ricos, bem-instruídos e influentes, Pedro e João com coragem, mas com respeito, disseram: “Julguem os senhores se é certo, à vista de Deus, obedecer-vos em vez de obedecer a Deus. Quanto a nós, não podemos parar de falar das coisas que vimos e ouvimos.” — Atos 4:19, 20.

O SUMO SACERDOTE E OS PRINCIPAIS SACERDOTES

O sumo sacerdote representava o povo perante Deus. No primeiro século EC, ele também presidia o Sinédrio. Juntamente com ele, como líderes dos judeus, estavam os principais sacerdotes. Esse grupo era composto por ex-sumos sacerdotes, como Anás, e por homens de famílias de onde os sumos sacerdotes eram escolhidos. Talvez existissem apenas quatro ou cinco dessas famílias. “O simples facto de pertencer a uma das famílias privilegiadas”, escreveu o erudito Emil Schürer, “devia conferir [à pessoa] certo grau de prestígio” entre os sacerdotes.

As Escrituras indicam que o cargo de sumo sacerdote era vitalício. (Núm. 35:25) Durante o período abrangido pelo livro de Atos, porém, os governadores romanos e os reis que governavam com a permissão de Roma designavam e destituíam sumos sacerdotes como bem entendiam. Mesmo assim, parece que quando esses governantes pagãos designavam sumos sacerdotes, eles escolhiam-nos da linhagem de Arão.

12. O que pode ajudar-nos a desenvolver coragem e convicção?

12 E você? Também tem este tipo de coragem? Como se sente quando tem a oportunidade de dar testemunho aos ricos, aos bem-instruídos e aos influentes na sua localidade? Quando familiares ou colegas de escola ou de trabalho gozam consigo por causa das suas crenças, sente-se intimidado? Em caso afirmativo, você pode superar esses sentimentos. Quando esteve na Terra, Jesus ensinou os apóstolos a defenderem as suas crenças com confiança e respeito. (Mat. 10:11-18) Depois de ser ressuscitado, Jesus prometeu aos seus discípulos que continuaria com eles “todos os dias, até ao final do sistema de coisas”. (Mat. 28:20) Sob a orientação de Jesus, “o escravo fiel e prudente” ensina-nos a defender as nossas crenças. (Mat. 24:45-47; 1 Ped. 3:15) Isso é feito por meio de instruções recebidas nas reuniões congregacionais, como a reunião Vida e Ministério Cristãos, e de publicações baseadas na Bíblia, como os artigos de “Perguntas Bíblicas Respondidas” no site jw.org. Será que estamos a fazer bom uso dessas provisões? Se fizermos isso, a nossa coragem e convicção vão aumentar. E como os apóstolos, não permitiremos que nada nos impeça de falar das maravilhosas verdades espirituais ‘que vimos e ouvimos’.

Uma irmã prega a uma colega de trabalho durante a pausa para beberem café.

Não permita que nada o impeça de falar das maravilhosas verdades espirituais que aprendeu

“Levantaram a voz a Deus” (Atos 4:23-31)

13, 14. O que devemos fazer quando enfrentarmos oposição, e porquê?

13 Imediatamente depois de serem soltos da prisão, Pedro e João reuniram-se com os outros membros da congregação. Juntos, eles “levantaram a voz a Deus” e oraram a pedir coragem para continuar a pregar. (Atos 4:24) Pedro sabia por experiência própria que era uma tolice confiar na sua força ao tentar fazer a vontade de Deus. Apenas algumas semanas antes, com excesso de confiança, ele tinha dito a Jesus: “Ainda que todos os outros tropecem em relação a ti, eu nunca tropeçarei!” Mas, como Jesus predisse, passado pouco tempo, Pedro cedeu ao medo do homem e negou o seu amigo e instrutor. No entanto, Pedro aprendeu com o seu erro. — Mat. 26:33, 34, 69-75.

14 Para cumprir a sua comissão de ser testemunha de Cristo, você precisa de ter mais do que apenas determinação. Quando opositores tentarem destruir a sua fé ou impedi-lo de pregar, siga o exemplo de Pedro e João. Ore a Jeová a pedir força. Procure o apoio da congregação. Diga aos anciãos e a outros cristãos maduros as dificuldades que está a enfrentar. As orações dos nossos irmãos podem dar-nos força para perseverar. — Efé. 6:18; Tia. 5:16.

15. Porque é que os que talvez tenham parado de pregar durante algum tempo não devem ficar desanimados?

15 Se alguma vez cedeu à pressão e parou de pregar durante algum tempo, não fique desanimado. Lembre-se de que todos os apóstolos pararam de pregar durante um período depois da morte de Jesus, mas, em pouco tempo, voltaram a ficar ativos. (Mat. 26:56; 28:10, 16-20) Em vez de permitir que erros passados o desanimem, será que pode aprender desses erros? Na verdade, pode usar o que aprendeu para fortalecer outros.

16, 17. O que aprendemos da oração feita pelos seguidores de Cristo em Jerusalém?

16 O que é que devemos pedir a Deus quando as autoridades nos oprimem? Observe que os discípulos não pediram para serem poupados das provações. Eles lembravam-se muito bem da declaração de Jesus: “Se me perseguiram a mim, também vos perseguirão.” (João 15:20) Em vez disso, esses leais discípulos pediram que Jeová ‘desse atenção’ às ameaças dos opositores. (Atos 4:29) Fica evidente que os discípulos conseguiam ver além das provações, reconhecendo que a perseguição que enfrentavam era, na verdade, o cumprimento de profecias. Eles sabiam que, como indicava a oração de Jesus, a vontade de Deus seria ‘feita na terra’, independentemente do que meros governantes humanos pudessem dizer. — Mat. 6:9, 10.

17 Para conseguirem fazer a vontade de Deus, os discípulos oraram: “Concede aos teus escravos que continuem a falar a tua palavra com toda a coragem.” Qual foi a resposta de Jeová? Imediatamente, “o lugar onde estavam reunidos tremeu. Todos ficaram cheios de espírito santo e começaram a declarar a palavra de Deus com coragem”. (Atos 4:29-31) Nada pode impedir que a vontade de Deus seja feita. (Isa. 55:11) Por maior que seja o obstáculo ou por mais poderoso que seja o adversário, se ‘levantarmos a nossa voz a Deus’ em oração, podemos ter a certeza de que ele vai dar-nos força para continuarmos a falar sobre a sua palavra com coragem.

Prestar contas “não a homens, mas a Deus” (Atos 4:32–5:11)

18. O que é que os membros da congregação em Jerusalém faziam uns pelos outros?

18 A recém-formada congregação em Jerusalém rapidamente chegou a mais de 5 mil membros.d Apesar de terem diferentes formações, os discípulos eram “de um só coração e de uma só alma”. Eles estavam unidos na mesma mente e na mesma maneira de pensar. (Atos 4:32; 1 Cor. 1:10) Os discípulos faziam mais do que apenas pedir a Jeová que abençoasse os seus esforços. Eles apoiavam-se uns aos outros em sentido espiritual e, quando necessário, em sentido material. (1 João 3:16-18) Um exemplo disso foi o discípulo José, a quem os apóstolos chamavam Barnabé. Ele vendeu um pedaço de terra que possuía e doou de coração todo o valor para ajudar os que tinham vindo de longe. Assim, eles podiam ficar mais tempo em Jerusalém para aprenderem mais sobre a sua nova fé.

19. Porque é que Jeová executou Ananias e Safira?

19 O casal Ananias e Safira também vendeu uma propriedade e fez uma contribuição. Eles disseram que tinham dado o dinheiro todo, mas ‘ficaram secretamente com parte do valor’. (Atos 5:2) Jeová tirou-lhes a vida, não porque a quantia doada fosse insuficiente, mas porque a motivação deles era má e mentiram. Eles ‘mentiram não a homens, mas a Deus’. (Atos 5:4) Como os hipócritas a quem Jesus condenou, Ananias e Safira estavam mais preocupados em obter a glória de homens do que a aprovação de Deus. — Mat. 6:1-3.

20. O que aprendemos sobre o que Jeová espera quando lhe damos algo?

20 Atualmente, milhões de Testemunhas de Jeová apoiam a obra mundial de pregação por meio de donativos, demonstrando o mesmo espírito de generosidade dos fiéis discípulos do primeiro século em Jerusalém. Ninguém é obrigado a dar do seu tempo ou do seu dinheiro para apoiar essa obra. De facto, Jeová não quer que o sirvamos contra a nossa vontade ou por obrigação. (2 Cor. 9:7) Quando damos algo a Jeová, ele interessa-se não na quantidade, mas na nossa motivação. (Mar. 12:41-44) Jamais queremos ser como Ananias e Safira, permitindo que o nosso serviço a Deus seja motivado pelo egoísmo ou pelo desejo de obter glória. Em vez disso, como Pedro, João e Barnabé, queremos que o nosso serviço a Jeová seja sempre motivado por genuíno amor a ele e ao próximo. — Mat. 22:37-40.

PEDRO – DE PESCADOR A APÓSTOLO ZELOSO

Nas Escrituras, Pedro é identificado por cinco nomes. Ele é conhecido como Simeão em hebraico, e pelo equivalente em grego, Simão; e como Pedro e o equivalente semítico, Cefas. O apóstolo também é identificado como Simão Pedro, união de dois dos seus nomes. — Mat. 10:2; 16:16; João 1:42; Atos 15:14.

O apóstolo Pedro com um cesto cheio de peixes.

Pedro era casado, e a sua sogra e o seu irmão moravam com ele. (Mar. 1:29-31) Ele era pescador e vivia em Betsaida, cidade situada na margem norte do mar da Galileia. (João 1:44) Mais tarde, morou em Cafarnaum, perto de Betsaida. (Luc. 4:31, 38) Jesus estava no barco de Pedro quando se dirigiu a uma multidão que se reuniu na margem do mar da Galileia. Logo depois disso, sob a orientação de Jesus, por meio de um milagre, Pedro apanhou uma grande quantidade de peixes. Pedro ajoelhou-se, cheio de medo; mas Jesus disse-lhe: “Para de ter medo. De agora em diante, apanharás homens.” (Luc. 5:1-11) Pedro pescava com o seu irmão André, assim como com Tiago e João. Os quatro abandonaram o negócio de pesca quando aceitaram o convite de Jesus para se tornarem seus seguidores. (Mat. 4:18-22; Mar. 1:16-18) Cerca de um ano depois, Pedro estava entre os 12 que Jesus escolheu como “apóstolos”, que significa “enviados”. — Mar. 3:13-16.

Jesus escolhia Pedro, Tiago e João para acompanhá-lo em ocasiões especiais. Eles presenciaram a transfiguração de Jesus, testemunharam a ressurreição da filha de Jairo e viram a aflição de Jesus no jardim de Getsémani. (Mat. 17:1, 2; 26:36-46; Mar. 5:22-24, 35-42; Luc. 22:39-46) Também foram estes três – juntamente com André – que perguntaram a Jesus a respeito do sinal da presença dele. — Mar. 13:1-4.

Pedro era direto, ativo e, às vezes, agia por impulso. Parece que ele costumava falar antes dos outros apóstolos. Nos Evangelhos, encontramos mais palavras de Pedro do que de todos os outros 11 apóstolos juntos. Normalmente, era Pedro que fazia as perguntas e os outros ficavam calados. (Mat. 15:15; 18:21; 19:27-29; Luc. 12:41; João 13:36-38) Além disso, foi ele que não quis que Jesus lhe lavasse os pés e, depois, ao ser repreendido, pediu que Jesus lhe lavasse também as mãos e a cabeça! — João 13:5-10.

Fortes emoções levaram Pedro a tentar convencer Jesus de que ele não teria de sofrer nem de ser morto. Jesus repreendeu-o por essa falta de critério. (Mat. 16:21-23) Na última noite de Jesus na Terra, Pedro disse que mesmo que todos os outros apóstolos abandonassem Jesus, ele nunca faria isso. Quando Jesus foi preso pelos seus inimigos, a coragem levou Pedro a defender Jesus com uma espada e, mais tarde, a segui-lo até ao pátio da casa do sumo sacerdote. Apesar disso, pouco depois, Pedro negou o seu Mestre três vezes e, quando se apercebeu do que tinha feito, chorou amargamente. — Mat. 26:31-35, 51, 52, 69-75.

Pouco antes de Jesus aparecer pela primeira vez aos apóstolos na Galileia após a sua ressurreição, Pedro disse que ia pescar, e outros apóstolos foram com ele. Do barco, Pedro reconheceu Jesus na praia e, impulsivamente, lançou-se à água e nadou até ele. Jesus estava a preparar alguns peixes para os apóstolos. Durante a refeição, Jesus perguntou a Pedro: “Amas-me mais do que a estes?”, referindo-se aos peixes à frente deles. Jesus estava a incentivar Pedro a segui-lo por tempo integral em vez de se empenhar por uma carreira, como a pesca. — João 21:1-22.

Por volta dos anos 62-64 EC, Pedro divulgou as boas novas em Babilónia, no atual Iraque, onde havia uma grande população de judeus. (1 Ped. 5:13) Em Babilónia, Pedro escreveu a primeira, e possivelmente a segunda, das duas cartas inspiradas que levam o seu nome. Jesus confiou a Pedro “os poderes necessários para um apostolado para com os circuncisos”. (Gál. 2:8, 9) Com compaixão e vigor, Pedro cumpriu a sua comissão.

JOÃO – O DISCÍPULO QUE JESUS AMAVA

O apóstolo João era um dos filhos de Zebedeu e irmão do apóstolo Tiago. Parece que a sua mãe era Salomé, possivelmente irmã de Maria, mãe de Jesus. (Mat. 10:2; 27:55, 56; Mar. 15:40; Luc. 5:9, 10) Dessa forma, João talvez fosse familiar de Jesus. Pelos vistos, a família de João tinha uma boa condição financeira. O negócio de pesca de Zebedeu era grande a ponto de ele ter empregados. (Mar. 1:20) Salomé acompanhava Jesus, ajudava-o com algumas tarefas quando ele estava na Galileia e, quando ele morreu, ela comprou aromas para passar no corpo dele, como parte do processo de sepultamento. (Mar. 16:1; João 19:40) Provavelmente, João tinha a sua própria casa. — João 19:26, 27.

O apóstolo João segura num rolo.

João foi um dos discípulos de João Batista. É natural que fosse ele quem estava com André quando João Batista olhou para Jesus e disse: “Vejam o Cordeiro de Deus!” (João 1:35, 36, 40) Depois desta ocasião, João, filho de Zebedeu, acompanhou Jesus até Caná, onde testemunhou o primeiro milagre de Jesus. (João 2:1-11) A forma vívida e a riqueza em detalhes com que João descreve as atividades posteriores de Jesus em Jerusalém, Samaria e na Galileia indicam que ele também testemunhou esses acontecimentos. A prontidão com que João – assim como Tiago, Pedro e André – abandonou as suas redes de pesca, o seu barco e o seu meio de vida quando foi convidado por Jesus para ser seguidor dele comprova a fé que João tinha. — Mat. 4:18-22.

Nos Evangelhos, João não se destaca tanto como Pedro. Mas João também tinha uma personalidade forte, como indica o sobrenome que Jesus deu a ele e ao seu irmão Tiago – Boanerges, que significa “filhos do trovão”. (Mar. 3:17) No início, João e o irmão queriam muito ter destaque, chegando a enviar a sua mãe para pedir a Jesus que lhes desse posições privilegiadas no Reino. Embora esse desejo fosse egoísta, também era evidência da fé que tinham de que o Reino era uma realidade. A ambição desses dois irmãos deu a Jesus a oportunidade de aconselhar todos os seus apóstolos sobre a necessidade de demonstrarem humildade. — Mat. 20:20-28.

João manifestou a sua forte personalidade quando tentou impedir que certo homem que não era seguidor de Jesus expulsasse demónios em nome de Jesus. Noutra ocasião, Jesus enviou mensageiros a uma aldeia samaritana para fazerem alguns preparativos. Visto que as pessoas ali se recusaram a receber Jesus, João queria pedir fogo do céu para destruir os habitantes daquela aldeia. Por causa deste tipo de atitudes, Jesus repreendeu João. Tudo indica que, com o tempo, João passou a ser mais equilibrado e misericordioso, qualidades que antes, aparentemente, lhe faltavam. (Luc. 9:49-56) No entanto, apesar das suas falhas, João era “o discípulo a quem Jesus amava”. Por isso, quando Jesus estava para morrer, confiou a sua mãe, Maria, aos cuidados de João. — João 19:26, 27; 21:7, 20, 24.

João viveu mais tempo do que os outros apóstolos, como Jesus tinha profetizado. (João 21:20-22) João serviu fielmente a Jeová cerca de 70 anos. Perto do fim da sua vida, durante o governo do imperador romano Domiciano, João foi exilado na ilha de Patmos “por ter falado a respeito de Deus e ter dado testemunho de Jesus”. Ali, por volta do ano 96 EC, João recebeu as visões que registou no livro de Apocalipse. (Apo. 1:1, 2, 9) Segundo a tradição, ao ser libertado, João foi para Éfeso, onde morreu por volta do ano 100 EC depois de ter escrito o Evangelho que leva o seu nome e as cartas conhecidas como 1, 2 e 3 de João.

a Eram feitas orações no templo com os sacrifícios da manhã e da noitinha. O sacrifício da noitinha ocorria na “nona hora”, ou seja, por volta das 3 horas da tarde.

b Veja os quadros “Pedro – de pescador a apóstolo zeloso” e “João – o discípulo que Jesus amava”.

c Veja o quadro “O sumo sacerdote e os principais sacerdotes”.

d Em 33 EC, talvez houvesse apenas uns 6 mil fariseus e um número ainda menor de saduceus em Jerusalém. Essa pode ser outra razão pela qual esses dois grupos se sentiam cada vez mais ameaçados pelos ensinos de Jesus.

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