AS BOAS NOVAS SEGUNDO MARCOS
1 Princípio das boas novas* a respeito de Jesus Cristo, o Filho de Deus. 2 Conforme está escrito em Isaías, o profeta: “(Veja! Enviarei o meu mensageiro na sua frente,* o qual preparará o seu caminho.)+ 3 A voz de alguém está clamando no deserto:* ‘Preparem o caminho para Jeová!* Endireitem as suas estradas.’”+ 4 João, o Batizador, estava no deserto, pregando o batismo em símbolo de arrependimento para o perdão de pecados.+ 5 E todo o território da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém iam ao encontro dele e eram batizados* por ele no rio Jordão, confessando abertamente os seus pecados.+ 6 João usava roupa de pelo de camelo e um cinto de couro na cintura,+ e comia gafanhotos e mel silvestre.+ 7 Ele pregava: “Alguém mais forte do que eu vem depois de mim, e não sou digno de me abaixar e desamarrar o cordão das suas sandálias.+ 8 Eu batizei vocês com água, mas ele os batizará com espírito santo.”+
9 No decorrer daqueles dias, Jesus chegou de Nazaré, da Galileia, e foi batizado por João no Jordão.+ 10 Imediatamente, ao sair da água, viu os céus se abrindo e o espírito descer como pomba sobre ele.+ 11 E uma voz saiu dos céus: “Você é meu Filho, o amado; eu o aprovo.”+
12 E o espírito o impeliu imediatamente a ir ao deserto. 13 Assim, ele ficou no deserto por 40 dias, e foi tentado por Satanás.+ Ele estava com os animais selvagens, mas os anjos o serviam.+
14 Então, depois de João ter sido preso, Jesus entrou na Galileia,+ pregando as boas novas de Deus+ 15 e dizendo: “Chegou o tempo determinado, e o Reino de Deus está próximo. Arrependam-se+ e tenham fé nas boas novas.”
16 Enquanto andava à beira do mar da Galileia, ele viu Simão e André,+ irmão de Simão, lançando suas redes no mar,+ pois eram pescadores.+ 17 De modo que Jesus lhes disse: “Sigam-me, e eu farei de vocês pescadores de homens.”*+ 18 E eles abandonaram imediatamente as suas redes e o seguiram.+ 19 Depois de ir um pouco mais à frente, ele viu Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, enquanto estavam no seu barco consertando as suas redes,+ 20 e sem demora ele os chamou. Então eles deixaram seu pai, Zebedeu, no barco com os empregados e o seguiram. 21 E entraram em Cafarnaum.
Assim que chegou o sábado, ele entrou na sinagoga e começou a ensinar.+ 22 E as pessoas ficaram maravilhadas com o seu modo de ensinar, pois ele as ensinava como quem tinha autoridade, e não como os escribas.+ 23 Naquele momento havia na sinagoga deles um homem sob o poder de um espírito impuro, e ele gritou: 24 “O que você quer conosco,* Jesus Nazareno?+ Veio nos destruir? Eu sei exatamente quem você é: o Santo de Deus!”+ 25 Mas Jesus o censurou, dizendo: “Cale-se e saia dele!” 26 E o espírito impuro, depois de lançar o homem em convulsão e gritar ao máximo da sua voz, saiu dele. 27 Pois bem, todos ficaram tão pasmados que começaram a discutir o que tinha acontecido, dizendo: “O que é isso? Um novo ensinamento! Ele dá ordens com autoridade até mesmo a espíritos impuros, e eles lhe obedecem.” 28 De modo que o relato sobre ele se espalhou rapidamente em todas as direções, por toda a região da Galileia.
29 Depois saíram da sinagoga e foram à casa de Simão e André, com Tiago e João.+ 30 A sogra de Simão+ estava de cama, com febre, e falaram dela a Jesus imediatamente. 31 Ele se dirigiu a ela, pegou-a pela mão e a levantou. A febre a deixou, e ela começou a servi-los.
32 Ao anoitecer, após o pôr do sol, as pessoas levaram a ele todos os doentes e os possessos de demônios;+ 33 e a cidade toda estava reunida na frente da porta. 34 Assim, ele curou a muitos que sofriam de várias doenças+ e expulsou muitos demônios, mas não deixava os demônios falar, pois sabiam que ele era Cristo.*
35 De manhã cedo, quando ainda estava escuro, ele se levantou, saiu e foi para um lugar isolado, e ali começou a orar.+ 36 No entanto, Simão e os que estavam com ele foram à sua procura. 37 Ao encontrá-lo, disseram-lhe: “Todos estão procurando o senhor.” 38 Mas ele lhes disse: “Vamos a outro lugar, às cidades vizinhas, para que eu também pregue ali, pois foi por isso que vim.”+ 39 E ele foi, pregando nas sinagogas deles, em toda a Galileia, e expulsando os demônios.+
40 Aproximou-se dele também um leproso, suplicando-lhe até de joelhos: “Se o senhor apenas quiser, pode me purificar.”+ 41 Em vista disso, ele teve pena; e estendeu a mão, tocou no homem e lhe disse: “Eu quero! Seja purificado.”+ 42 Imediatamente a lepra desapareceu dele, e ele ficou purificado. 43 Então Jesus o mandou logo embora, depois de lhe ordenar com firmeza: 44 “Tenha o cuidado de não contar nada a ninguém, mas vá, mostre-se ao sacerdote e ofereça pela sua purificação o que Moisés determinou,+ em testemunho para eles.”+ 45 Mas, depois de se afastar, o homem começou a proclamar e a divulgar amplamente o acontecido, de modo que Jesus não podia mais entrar abertamente numa cidade, mas ficava fora, em lugares isolados. Contudo, as pessoas continuavam a vir a ele de todas as partes.+
2 No entanto, depois de alguns dias, ele entrou novamente em Cafarnaum, e a notícia de que ele estava em casa se espalhou.+ 2 Então tantas pessoas se ajuntaram que não havia mais lugar, nem mesmo perto da porta, e ele começou a lhes falar a palavra.+ 3 E lhe trouxeram um paralítico, carregado por quatro homens.+ 4 Mas eles não podiam levá-lo diretamente a Jesus por causa da multidão; assim, removeram o telhado acima de onde Jesus estava e, depois de fazer uma abertura, baixaram a maca em que o paralítico estava deitado. 5 Quando Jesus viu a fé que tinham,+ disse ao paralítico: “Filho, seus pecados estão perdoados.”+ 6 Porém, alguns escribas estavam ali sentados e raciocinavam no coração:+ 7 “Por que este homem fala dessa maneira? Ele está blasfemando. Quem pode perdoar pecados a não ser um só, Deus?”+ 8 Mas Jesus imediatamente discerniu em seu espírito que estavam raciocinando desse modo entre eles e lhes disse: “Por que vocês estão raciocinando essas coisas no coração?+ 9 O que é mais fácil dizer ao paralítico: ‘Seus pecados estão perdoados’, ou: ‘Levante-se, apanhe a sua maca e ande’? 10 Mas, a fim de que vocês saibam que o Filho do Homem+ tem autoridade para perdoar pecados na terra . . .”,+ ele disse ao paralítico: 11 “Eu lhe digo: Levante-se, apanhe a sua maca e vá para casa.” 12 Com isso, ele se levantou, apanhou imediatamente a sua maca e saiu andando na frente de todos. Assim, todos ficaram maravilhados e glorificaram a Deus, dizendo: “Nunca vimos nada igual.”+
13 Novamente, ele foi para a beira do mar; toda a multidão ia ao seu encontro, e ele começou a ensiná-los. 14 Enquanto caminhava, ele viu Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria, e lhe disse: “Seja meu seguidor.” Então ele se levantou e o seguiu.+ 15 Mais tarde, Jesus estava comendo* na casa de Levi, e muitos cobradores de impostos e pecadores estavam comendo* com Jesus e seus discípulos, pois muitos deles o seguiam.+ 16 Mas, quando os escribas dos fariseus viram que ele comia com os pecadores e os cobradores de impostos, perguntaram aos discípulos: “Ele come com cobradores de impostos e pecadores?” 17 Ao ouvir isso, Jesus lhes disse: “Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.”+
18 Os discípulos de João e os fariseus praticavam o jejum. Assim, aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram: “Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus praticam o jejum, mas os seus discípulos não praticam o jejum?”+ 19 Então Jesus lhes disse: “Será que os amigos do noivo+ têm motivo para jejuar enquanto o noivo está com eles? Enquanto eles têm o noivo consigo, não podem jejuar. 20 Mas virão dias em que o noivo será tirado deles,+ e então, naquele dia, jejuarão. 21 Ninguém costura um remendo de pano novo* numa roupa velha. Se fizer isso, o remendo de pano novo repuxará a roupa velha, e o rasgão ficará pior.+ 22 Também, ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se fizer isso, o vinho arrebentará os odres, e tanto o vinho como os odres serão perdidos. Mas põe-se vinho novo em odres novos.”
23 Ele estava passando pelos campos de cereais no sábado, e seus discípulos começaram a arrancar espigas enquanto caminhavam.+ 24 De modo que os fariseus lhe disseram: “Veja! Por que eles estão fazendo o que não é permitido no sábado?” 25 Mas ele lhes disse: “Vocês nunca leram o que Davi fez numa situação de necessidade, quando ele e seus homens ficaram com fome?+ 26 Como, no relato sobre Abiatar,+ o principal sacerdote, ele entrou na casa de Deus e comeu os pães da apresentação,* os quais a ninguém é permitido comer, a não ser aos sacerdotes,+ e deu também deles aos homens que estavam com ele?” 27 E acrescentou: “O sábado veio à existência por causa do homem,+ e não o homem por causa do sábado. 28 Portanto, o Filho do Homem é Senhor até mesmo do sábado.”+
3 Novamente ele entrou numa sinagoga, e ali estava um homem com a mão atrofiada.*+ 2 Assim, observavam-no atentamente para ver se curaria o homem no sábado, a fim de acusá-lo. 3 Ele disse ao homem com a mão atrofiada:* “Levante-se e venha para o centro.” 4 A seguir, ele lhes perguntou: “É permitido, no sábado, fazer o bem ou fazer o mal, salvar uma vida* ou matar?”+ Mas eles continuaram calados. 5 Depois de olhar para os que estavam à sua volta, com indignação e profundamente triste com a insensibilidade do coração deles,+ ele disse ao homem: “Estenda a mão.” Ele a estendeu, e a mão foi restabelecida. 6 Os fariseus saíram então e imediatamente começaram a conspirar* com os partidários de Herodes+ contra Jesus, para matá-lo.
7 Mas Jesus foi para o mar com os seus discípulos, e uma grande multidão da Galileia e da Judeia o seguia.+ 8 Ao ouvir falar de quantas coisas ele fazia, uma grande multidão foi ao encontro dele, até mesmo de Jerusalém, da Idumeia, do outro lado do Jordão e dos arredores de Tiro e de Sídon. 9 E ele disse aos seus discípulos que mantivessem um pequeno barco à disposição dele, para que a multidão não o apertasse. 10 Visto que ele curava a muitos, todos os que tinham doenças graves se aglomeravam em volta dele para tocá-lo.+ 11 Até mesmo os espíritos impuros,+ sempre que o viam, se prostravam diante dele, gritavam e diziam: “Você é o Filho de Deus.”+ 12 Muitas vezes, porém, ele lhes ordenou com firmeza que não dissessem a outros quem ele era.+
13 Ele subiu a um monte e convocou os que ele quis,+ e eles se dirigiram a ele.+ 14 Formou* então um grupo de 12, a quem deu o nome de apóstolos, aqueles que o acompanhariam e que ele enviaria para pregar, 15 com autoridade para expulsar demônios.+
16 E no grupo dos Doze+ que ele formou* estavam Simão (a quem também deu o nome de Pedro),+ 17 Tiago, filho de Zebedeu, João, irmão de Tiago (ele também deu a estes o nome de Boanerges, que significa “filhos do trovão”),+ 18 André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o Cananita,* 19 e Judas Iscariotes, que mais tarde o traiu.
Então ele entrou numa casa, 20 e novamente a multidão se ajuntou, de modo que não podiam sequer tomar uma refeição. 21 Mas, quando os seus parentes souberam do que estava acontecendo, saíram para pegá-lo, pois diziam: “Ele perdeu o juízo.”+ 22 Também os escribas que desceram de Jerusalém diziam: “Ele está com Belzebu* e expulsa os demônios por meio do governante dos demônios.”+ 23 Portanto, depois de chamá-los, falou-lhes com ilustrações: “Como Satanás pode expulsar a Satanás? 24 Se um reino fica dividido contra si mesmo, esse reino não pode ficar de pé,+ 25 e, se uma casa fica dividida contra si mesma, essa casa não poderá ficar de pé. 26 Também, se Satanás se levantou contra si mesmo e ficou dividido, não pode ficar de pé, mas está chegando ao fim. 27 De fato, ninguém que entre na casa de um homem forte é capaz de roubar os seus bens, a menos que primeiro amarre o homem forte. Só então poderá saquear a casa dele. 28 Eu lhes digo a verdade: Todas as coisas serão perdoadas aos filhos dos homens, não importa que pecados cometam e que blasfêmias digam. 29 No entanto, quem blasfema contra o espírito santo nunca terá perdão,+ mas é culpado de pecado eterno.”+ 30 Jesus disse isso porque diziam: “Ele está com um espírito impuro.”+
31 Chegaram então sua mãe e seus irmãos+ e, ficando do lado de fora, mandaram alguém chamá-lo.+ 32 Como havia uma multidão sentada em volta dele, disseram-lhe: “Veja! Sua mãe e seus irmãos estão lá fora procurando o senhor.”+ 33 Mas ele lhes respondeu: “Quem são minha mãe e meus irmãos?” 34 Então ele olhou para os que estavam sentados ao redor dele e disse: “Aqui estão a minha mãe e os meus irmãos!+ 35 Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.”+
4 Ele começou novamente a ensinar à beira do mar, e uma multidão muito grande se reuniu perto dele. Então ele entrou num barco e se sentou, e ficou a certa distância da margem, mas toda a multidão estava em terra, à beira do mar.+ 2 E ele começou a ensinar-lhes muitas coisas com ilustrações.+ Ensinava-lhes dizendo:+ 3 “Escutem: O semeador saiu para semear.+ 4 Ao passo que semeava, algumas sementes caíram à beira da estrada, e vieram as aves e as comeram. 5 Outras caíram em solo rochoso, onde não havia muita terra, e brotaram imediatamente porque o solo não era profundo.+ 6 Mas, quando o sol se levantou, ficaram queimadas e murcharam, porque não tinham raiz. 7 Outras sementes caíram entre os espinhos, e os espinhos cresceram e as sufocaram, e elas não deram fruto.+ 8 Mas outras caíram em solo bom e, depois de brotar e crescer, começaram a dar fruto; e produziram 30, 60 e 100 vezes mais.”+ 9 Ele acrescentou então: “Quem tem ouvidos para escutar, escute.”+
10 Então, quando ficou sozinho, os que estavam em volta dele vieram com os Doze e começaram a lhe perguntar sobre as ilustrações.+ 11 Ele lhes disse: “A vocês foi dado o segredo sagrado+ do Reino de Deus, mas para os de fora tudo é apresentado em ilustrações,+ 12 para que eles olhem, mas ainda assim não vejam, e ouçam, mas ainda assim não compreendam; e eles jamais darão meia-volta e receberão perdão.”+ 13 Além disso, ele lhes disse: “Vocês não compreendem essa ilustração; portanto, como entenderão todas as outras ilustrações?
14 “O semeador semeia a palavra.+ 15 Então, aquelas sementes à beira da estrada, onde se semeia a palavra, representam os que ouvem a palavra, mas logo vem Satanás+ e tira a palavra que foi semeada neles.+ 16 Do mesmo modo, aquelas semeadas em solo rochoso representam os que ouvem a palavra e logo a aceitam com alegria.+ 17 Contudo, não têm raiz em si mesmos, mas continuam por algum tempo; então, assim que surge dificuldade ou perseguição por causa da palavra, tropeçam. 18 Ainda há outras que são semeadas entre os espinhos. Essas representam os que ouvem a palavra,+ 19 mas as ansiedades+ deste mundo,* o poder enganoso das riquezas+ e os desejos+ de todas as outras coisas interferem e sufocam a palavra, e ela se torna infrutífera. 20 Finalmente, aquelas que foram semeadas em solo bom representam os que escutam a palavra, a aceitam e dão fruto: 30, 60 e 100 vezes mais.”+
21 Disse-lhes também: “Será que se pega uma lâmpada para colocá-la debaixo de um cesto* ou debaixo de uma cama? Não é para colocá-la em cima de um suporte?+ 22 Pois não há nada escondido que não venha a ser exposto; nada cuidadosamente oculto que não venha à tona.+ 23 Escute quem tem ouvidos para escutar.”+
24 Disse-lhes ainda: “Prestem atenção ao que estão ouvindo.+ A mesma medida com que vocês medem será usada com vocês, e mais lhes será acrescentado. 25 Pois àquele que tem, mais será dado;+ mas daquele que não tem, até mesmo o que tem será tirado.”+
26 Assim, acrescentou: “Portanto, o Reino de Deus é como quando um homem lança sementes no solo. 27 Ele dorme à noite e se levanta de dia, e as sementes brotam e crescem alto, embora ele não saiba exatamente como. 28 O solo, por si mesmo, dá fruto aos poucos: primeiro a haste, depois a espiga, e finalmente o grão maduro na espiga. 29 Mas, assim que os grãos ficam maduros, ele passa a foice, porque chegou o tempo da colheita.”
30 E acrescentou: “A que podemos comparar o Reino de Deus, ou com que ilustração podemos explicá-lo? 31 É semelhante a um grão de mostarda que, quando é semeado no solo, é a menor de todas as sementes da terra.+ 32 Mas, depois de semeado, cresce e se torna maior do que todas as outras hortaliças e produz grandes ramos, de modo que as aves do céu podem achar abrigo sob a sua sombra.”
33 Com muitas ilustrações+ desse tipo, ele lhes falava a palavra, até onde eram capazes de entender. 34 Realmente, nada lhes falava sem ilustração, mas explicava tudo em particular aos seus discípulos.+
35 E naquele dia, ao cair a noite, ele lhes disse: “Passemos para a outra margem.”+ 36 Assim, depois de terem dispensado a multidão, eles o levaram, assim como estava, no barco; e havia outros barcos com ele.+ 37 Levantou-se então uma violenta tempestade, e as ondas se lançavam sobre o barco, de modo que o barco estava ficando inundado.+ 38 Mas ele estava na popa, dormindo sobre o travesseiro.* Assim, eles o acordaram e lhe disseram: “Instrutor, o senhor não se importa que estejamos prestes a morrer?” 39 Com isso ele se levantou, censurou o vento e disse ao mar: “Silêncio! Cale-se!”+ E o vento parou, e houve uma grande calmaria. 40 Então ele lhes disse: “Por que vocês estão com tanto medo?* Ainda não têm nenhuma fé?” 41 Mas eles sentiram um medo incomum e disseram uns aos outros: “Quem é realmente este homem? Até mesmo o vento e o mar lhe obedecem.”+
5 Chegaram então à outra margem do mar, à região dos gerasenos.+ 2 E, assim que Jesus saiu do barco, um homem sob o poder de um espírito impuro saiu dentre os túmulos* e foi ao seu encontro. 3 Ele vivia entre os túmulos, e, até aquele tempo, absolutamente ninguém havia sido capaz de mantê-lo preso, nem mesmo com uma corrente. 4 Muitas vezes ele tinha sido preso com correntes nos pés e nas mãos, mas ele quebrava as correntes das mãos e despedaçava as dos pés; e ninguém tinha força para dominá-lo. 5 E, incessantemente, noite e dia, ele gritava nos túmulos e nos montes, e se cortava com pedras. 6 Mas, ao ver Jesus a certa distância, correu e se curvou diante dele.+ 7 Então gritou, em voz bem alta: “O que você quer comigo,* Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Jure por Deus que não me atormentará.”+ 8 Pois Jesus havia lhe dito: “Saia do homem, espírito impuro!”+ 9 Mas Jesus lhe perguntou: “Qual é o seu nome?” E ele respondeu: “Meu nome é Legião, porque há muitos de nós.” 10 E suplicava a Jesus que não enviasse os espíritos para fora daquela região.+
11 Havia então uma grande manada de porcos+ pastando no monte.+ 12 Por isso os espíritos lhe suplicaram: “Mande-nos para os porcos, para que entremos neles.” 13 E ele lhes deu permissão. Assim, os espíritos impuros saíram e entraram nos porcos; e a manada se jogou despenhadeiro* abaixo, para dentro do mar, cerca de 2.000 deles, e se afogaram no mar. 14 Mas os que cuidavam dos porcos fugiram e contaram isso na cidade e na zona rural, e as pessoas foram ver o que tinha acontecido.+ 15 Assim, aproximaram-se de Jesus e viram o possesso de demônios, que havia tido a legião, sentado, vestido e em perfeito juízo; e ficaram com medo. 16 Também, os que tinham visto tudo aquilo lhes contaram o que tinha acontecido com o homem possesso de demônios e com os porcos. 17 Assim, começaram a suplicar a Jesus que saísse daquela região.+
18 Então, quando ele estava entrando no barco, o homem que tinha estado possesso de demônios suplicou que o deixasse ir com ele.+ 19 No entanto, ele não deixou, mas disse-lhe: “Vá para casa, para seus parentes, e conte-lhes tudo o que Jeová* fez por você e a misericórdia que ele lhe demonstrou.” 20 O homem foi embora e começou a proclamar em Decápolis* tudo o que Jesus havia feito por ele; e todos ficavam admirados.
21 Depois de Jesus ter passado novamente, no barco, para a margem oposta, ajuntou-se a ele uma grande multidão, e ele estava à beira do mar.+ 22 Chegou então um dos presidentes da sinagoga, chamado Jairo, e, ao vê-lo, se prostrou aos seus pés.+ 23 Ele lhe suplicou muitas vezes: “Minha filhinha está gravemente doente.* Por favor, venha e ponha as mãos sobre ela,+ para que possa ficar boa e viver.” 24 Assim, Jesus foi com ele, e uma grande multidão o seguia e apertava.
25 E havia uma mulher que por 12 anos+ sofria de um fluxo de sangue.+ 26 Ela havia sofrido muito* às mãos de muitos médicos, e tinha gastado todos os seus recursos, sem ter melhorado, mas, em vez disso, tinha ficado pior. 27 Tendo ouvido falar de Jesus, ela se aproximou por trás dele, na multidão, e tocou na sua roupa,+ 28 pois dizia: “Se eu apenas tocar na sua roupa, ficarei boa.”+ 29 E o seu fluxo de sangue secou imediatamente, e ela sentiu no corpo que tinha sido curada daquela doença aflitiva.
30 Imediatamente, Jesus percebeu que havia saído poder+ dele, e ele se virou na multidão e perguntou: “Quem tocou na minha roupa?”+ 31 Seus discípulos lhe disseram: “O senhor está vendo que a multidão o aperta, e ainda pergunta: ‘Quem me tocou?’” 32 Mas ele estava olhando em volta para ver quem tinha feito isso. 33 A mulher, tremendo de medo, sabendo o que tinha lhe acontecido, se aproximou e se prostrou diante dele, e lhe disse toda a verdade. 34 Ele disse a ela: “Filha, a sua fé fez você ficar boa. Vá em paz+ e fique curada da sua doença aflitiva.”+
35 Enquanto ele ainda falava, chegaram alguns homens da casa do presidente da sinagoga e disseram: “Sua filha morreu! Por que incomodar mais o Instrutor?”+ 36 Mas Jesus ouviu as palavras deles e disse ao presidente da sinagoga: “Não tenha medo,* apenas exerça fé.”+ 37 Então não deixou ninguém acompanhá-lo, a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago.+
38 Assim, chegaram à casa do presidente da sinagoga, e ele viu o alvoroço e os que choravam e lamentavam em alta voz.+ 39 Depois de entrar, disse-lhes: “Por que vocês estão chorando e fazendo esse alvoroço? A menina não morreu; ela está dormindo.”+ 40 Em vista disso, começaram a rir dele com desprezo. Mas, depois de mandar que todos saíssem, ele levou consigo o pai e a mãe da menina e os que estavam com ele, e entrou onde a menina estava. 41 Então, pegando a mão da menina, disse-lhe: “Talita cumi”, que traduzido significa: “Menina, digo-lhe: Levante-se!”+ 42 E a menina se levantou imediatamente e começou a andar. (Ela tinha 12 anos de idade.) Com isso, eles não conseguiram se conter de tanta alegria. 43 Mas ele lhes ordenou vez após vez* que não deixassem ninguém saber disso,+ e mandou que dessem a ela algo para comer.
6 Ele partiu dali e entrou na sua própria cidade,*+ e seus discípulos o seguiram. 2 Quando chegou o sábado, ele começou a ensinar na sinagoga, e a maioria dos que o ouviram ficaram maravilhados e disseram: “Onde este homem obteve essas coisas?+ Por que foi dada essa sabedoria a ele, e por que essas obras poderosas são realizadas pelas suas mãos?+ 3 Não é este o carpinteiro,+ filho de Maria+ e irmão de Tiago,+ José, Judas e Simão?+ E não estão as suas irmãs aqui conosco?” Assim, começaram a tropeçar por causa dele. 4 Mas Jesus lhes disse: “Um profeta não fica sem honra a não ser na sua própria terra, entre os seus parentes e na sua própria casa.”+ 5 E não pôde fazer nenhuma obra poderosa ali, a não ser pôr as mãos sobre alguns doentes e curá-los. 6 Realmente, admirou-se com a sua falta de fé. E percorreu todas as aldeias nas redondezas,* ensinando.+
7 Ele convocou então os Doze e começou a enviá-los de dois em dois,+ e lhes deu autoridade sobre os espíritos impuros.+ 8 Também lhes deu ordens para não levarem nada para a viagem, a não ser um bastão — nem pão, nem bolsa de provisões, nem dinheiro* no cinto+ —, 9 mas ordenou que eles calçassem sandálias e que não levassem roupa extra.* 10 Além disso, ele lhes disse: “Em qualquer casa em que entrarem, fiquem ali até saírem daquele lugar.+ 11 E qualquer lugar que não os receber nem os ouvir, ao saírem dali sacudam a poeira que está nos seus pés, em testemunho para eles.”+ 12 Assim, partiram e pregaram que as pessoas deveriam se arrepender;+ 13 eles expulsavam muitos demônios,+ passavam azeite em muitos doentes e os curavam.
14 E o rei Herodes ouviu falar disso, pois o nome de Jesus havia se tornado bem conhecido, e as pessoas diziam: “João, o Batizador, foi levantado dentre os mortos, e é por isso que ele realiza obras poderosas.”*+ 15 Mas outros diziam: “É Elias.” Ainda outros diziam: “É um profeta semelhante a um dos profetas antigos.”+ 16 Mas, ao ouvir isso, Herodes disse: “João, aquele que eu decapitei, foi levantado.” 17 De fato, o próprio Herodes anteriormente havia mandado prender João e o havia amarrado na prisão por causa de Herodias, esposa de Filipe, seu irmão, porque tinha se casado com ela.+ 18 Pois João dizia a Herodes: “Não é permitido que o senhor tenha a esposa do seu irmão.”+ 19 Por isso, Herodias nutria ressentimento contra ele e queria matá-lo, mas não podia. 20 Pois Herodes tinha temor de João, sabendo que era homem justo e santo,+ e o protegia. Sempre que o ouvia, ficava perplexo, sem saber o que fazer; contudo, ouvia-o com prazer.
21 Mas chegou um dia conveniente, quando Herodes, no seu aniversário,+ ofereceu um banquete aos altos funcionários, aos comandantes militares e aos homens mais importantes da Galileia.+ 22 E a filha de Herodias entrou e dançou, e ela agradou a Herodes e aos que comiam* com ele. O rei disse à moça: “Peça-me o que quiser, e eu darei a você.” 23 Sim, ele lhe jurou: “O que for que você me pedir, até a metade do meu reino, eu darei a você.” 24 Então ela saiu e perguntou à sua mãe: “O que devo pedir?” Ela respondeu: “A cabeça de João, o Batizador.” 25 Imediatamente, ela correu até o rei e fez o seu pedido, dizendo: “Quero que o senhor me dê sem demora, numa bandeja, a cabeça de João Batista.”+ 26 Embora isso o entristecesse profundamente, o rei não quis desconsiderar o pedido dela, por causa dos juramentos que tinha feito e por causa dos seus convidados.* 27 Assim, o rei enviou imediatamente um soldado da sua guarda com ordens para que trouxesse a cabeça de João. Então ele foi, decapitou-o na prisão 28 e trouxe a cabeça numa bandeja. Ele a deu à moça, e a moça a deu à sua mãe. 29 Quando os discípulos dele ouviram isso, foram pegar o seu corpo e o colocaram num túmulo.*
30 Os apóstolos se reuniram em volta de Jesus e lhe contaram tudo o que tinham feito e ensinado.+ 31 E ele lhes disse: “Venham comigo, vamos sozinhos a um lugar isolado para descansar um pouco.”+ Pois havia muitos que iam e vinham, e eles não tinham folga nem para tomar uma refeição. 32 Por isso partiram no barco para um lugar isolado, para ficarem sozinhos.+ 33 Mas as pessoas os viram partir, e muitos ficaram sabendo disso. E afluíram para lá a pé, de todas as cidades, e chegaram primeiro que eles. 34 Pois bem, ao desembarcar, ele viu uma grande multidão e teve pena deles,+ porque eram como ovelhas sem pastor.+ E começou a lhes ensinar muitas coisas.+
35 Já era tarde, e seus discípulos se aproximaram dele e disseram: “Este lugar é isolado e já é tarde.+ 36 Dispense-os, para que possam ir à zona rural e às aldeias ao redor comprar algo para comer.”+ 37 Ele lhes respondeu: “Deem-lhes vocês algo para comer.” Perguntaram-lhe então: “Devemos ir comprar pães no valor de 200 denários,* e dá-los às pessoas para comer?”+ 38 Ele lhes disse: “Quantos pães vocês têm? Vão ver!” Depois de verificarem, disseram: “Cinco, além de dois peixes.”+ 39 E ele mandou que todos se sentassem em grupos na grama verde.+ 40 Assim eles se sentaram em grupos de cem e de cinquenta. 41 Pegando então os cinco pães e os dois peixes, ele olhou para o céu e proferiu uma bênção.+ Depois partiu os pães e começou a dá-los aos discípulos, para que os servissem às pessoas, e repartiu os dois peixes entre todos. 42 Assim, todos comeram e ficaram satisfeitos; 43 e recolheram 12 cestos cheios de pedaços de pão, além das sobras de peixes.+ 44 Os que comeram os pães foram 5.000 homens.
45 Então, sem demora, ele mandou os discípulos entrar no barco e partir na frente, para a margem oposta, em direção a Betsaida, enquanto ele mesmo dispensava a multidão.+ 46 Mas, depois de se despedir deles, foi a um monte para orar.+ 47 Quando anoiteceu, o barco estava no meio do mar, mas ele estava sozinho em terra.+ 48 Então, ao ver que tinham grandes dificuldades para remar por causa do vento contrário, ele se dirigiu a eles por volta da quarta vigília da noite,* andando sobre o mar, mas parecia que ele ia* passar direto por eles. 49 Quando o viram andando sobre o mar, pensaram: “É uma aparição!” e gritaram, 50 pois todos eles o viram e ficaram assustados. Mas ele lhes disse imediatamente: “Coragem! Sou eu; não tenham medo.”+ 51 Então subiu no barco com eles, e o vento parou. Em vista disso, ficaram muito espantados, 52 porque não tinham compreendido o significado dos pães; o coração deles continuava fechado ao entendimento.
53 Quando terminaram a travessia, chegaram a Genesaré e ancoraram o barco ali.+ 54 Mas, assim que saíram do barco, as pessoas o reconheceram. 55 Elas percorreram toda aquela região e começaram a levar os doentes em macas, para onde ouviam falar que ele estava. 56 E onde quer que ele entrasse — em aldeias, em cidades ou na zona rural —, colocavam os doentes nas praças* e lhe imploravam que pudessem tocar pelo menos na borda da sua roupa.+ E todos os que tocavam nela ficavam bons.
7 Então os fariseus e alguns dos escribas que tinham chegado de Jerusalém se reuniram em volta dele.+ 2 E eles viram alguns dos discípulos dele tomar a refeição com mãos impuras, isto é, sem lavá-las.* 3 (Pois os fariseus e todos os judeus não comem sem lavar as mãos até os cotovelos, apegando-se à tradição dos homens dos tempos antigos, 4 e, ao voltar do mercado, não comem sem se lavar. Há muitas outras tradições que eles receberam e às quais se apegam, como batismos de copos, de jarros e de vasilhas de cobre.)+ 5 Então esses fariseus e escribas lhe perguntaram: “Por que os seus discípulos não seguem a tradição dos homens dos tempos antigos, mas tomam a refeição com mãos impuras?”+ 6 Ele lhes disse: “Isaías profetizou apropriadamente a respeito de vocês, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está muito longe de mim.+ 7 É em vão que continuam a me adorar, pois ensinam as regras de homens como doutrinas.’+ 8 Vocês abandonam o mandamento de Deus e se apegam à tradição de homens.”+
9 Ele lhes disse ainda: “Vocês sabem muito bem como pôr de lado o mandamento de Deus, a fim de manter a sua tradição.+ 10 Por exemplo, Moisés disse: ‘Honre seu pai e sua mãe’+ e ‘Quem amaldiçoar* seu pai ou sua mãe seja morto’.+ 11 Mas vocês dizem: ‘Se um homem diz ao seu pai ou à sua mãe: “Tudo o que eu tenho que poderia beneficiá-lo é corbã (isto é, uma dádiva dedicada a Deus)”’, 12 vocês não o deixam mais fazer nem uma única coisa para seu pai ou para sua mãe.+ 13 Assim vocês invalidam a palavra de Deus pela tradição que transmitiram.+ E fazem muitas coisas como essa.”+ 14 E, chamando novamente a multidão, ele lhes disse: “Escutem-me, todos vocês, e compreendam o significado do que eu digo.+ 15 Não há nada fora de um homem que, entrando nele, possa torná-lo impuro; mas as coisas que saem do homem são as que o tornam impuro.”+ 16 *——
17 Então, depois de ele se afastar da multidão e entrar numa casa, seus discípulos lhe perguntaram sobre a ilustração.+ 18 De modo que lhes perguntou: “Vocês também estão sem entendimento, como eles? Não percebem que nada de fora que entre num homem pode torná-lo impuro, 19 visto que entra, não no seu coração, mas no seu estômago, e sai para o esgoto?” Assim ele declarou puros todos os alimentos. 20 Além disso, ele disse: “O que sai do homem é o que o torna impuro.+ 21 Pois, de dentro, do coração dos homens,+ saem raciocínios prejudiciais: imoralidade sexual,* roubos, assassinatos, 22 adultérios, ganância, maldades, engano, conduta insolente,* olho invejoso, blasfêmia, arrogância e insensatez. 23 Todas essas coisas más saem de dentro e tornam o homem impuro.”
24 Ele se levantou e foi para a região de Tiro e Sídon.+ Ali, entrou numa casa e não quis que ninguém soubesse, mas não pôde passar despercebido. 25 Logo uma mulher cuja filhinha tinha um espírito impuro ouviu falar dele e foi até lá, e se prostrou aos seus pés.+ 26 A mulher era grega, de nacionalidade siro-fenícia,* e ela lhe pedia com insistência que expulsasse da sua filha o demônio. 27 Mas ele lhe disse: “Deixe primeiro os filhos ficarem satisfeitos, pois não é certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos.”+ 28 Ela, porém, lhe respondeu: “Sim, senhor; no entanto, até os cachorrinhos debaixo da mesa comem as migalhas que as criancinhas deixam cair.” 29 Com isso, ele lhe disse: “Por causa da sua resposta, vá; o demônio saiu da sua filha.”+ 30 Assim, ela foi para casa e encontrou a criancinha deitada na cama, e o demônio a tinha deixado.+
31 Quando Jesus voltou da região de Tiro, passou por Sídon e foi para o mar da Galileia, atravessando a região de Decápolis.*+ 32 Ali, levaram-lhe um surdo que tinha um impedimento na fala+ e suplicaram-lhe que pusesse a mão sobre ele. 33 E ele o levou à parte, longe da multidão. Então pôs os dedos nos ouvidos do homem e, depois de cuspir, tocou na língua dele.+ 34 Olhando para o céu, suspirou profundamente e lhe disse: “Efatá”, isto é: “Abra-se.” 35 Com isso, seus ouvidos se abriram+ e seu impedimento na fala foi removido, e ele começou a falar normalmente. 36 Então lhes ordenou que não contassem isso a ninguém,+ mas, quanto mais ordenava, mais proclamavam o acontecido.+ 37 De fato, estavam extremamente admirados+ e diziam: “Ele faz bem todas as coisas. Faz até os surdos ouvir e os mudos falar.”+
8 Naqueles dias, havia novamente uma grande multidão, e eles não tinham nada para comer. Então ele convocou os discípulos e lhes disse: 2 “Tenho pena da multidão,+ porque já estão comigo há três dias, e eles não têm nada para comer.+ 3 Se eu os mandar para casa com fome,* desfalecerão na estrada, e alguns deles vieram de longe.” 4 Mas os seus discípulos lhe responderam: “Onde alguém poderia encontrar neste lugar isolado pão suficiente para satisfazê-los?” 5 Com isso ele lhes perguntou: “Quantos pães vocês têm?” Disseram: “Sete.”+ 6 E mandou a multidão se sentar no chão. Então pegou os sete pães, deu graças, partiu-os e começou a dá-los aos seus discípulos, para que os servissem, e eles os serviram à multidão.+ 7 Tinham também alguns peixinhos e, depois de dar graças por estes,* disse-lhes que os servissem também. 8 Assim, comeram e ficaram satisfeitos, e recolheram sete cestos grandes,* cheios dos pedaços que sobraram.+ 9 Havia cerca de 4.000 homens. Então ele os dispensou.
10 Ele entrou imediatamente no barco com seus discípulos e chegou à região de Dalmanuta.+ 11 Ali os fariseus se aproximaram e começaram a discutir com ele, pedindo-lhe um sinal do céu, para o porem à prova.+ 12 Então ele suspirou profundamente* e disse: “Por que esta geração busca um sinal?+ Eu lhes digo a verdade: Nenhum sinal será dado a esta geração.”+ 13 Com isso os deixou, embarcou novamente e foi para a margem oposta.
14 No entanto, eles se esqueceram de levar pães e não tinham nada consigo no barco, a não ser um pão.+ 15 E ele lhes advertiu claramente: “Mantenham os olhos abertos; cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes.”+ 16 Então eles começaram a discutir entre si sobre o fato de não terem pães. 17 Notando isso, ele lhes disse: “Por que vocês estão discutindo sobre não terem pães? Ainda não percebem e não entendem? Seu coração ainda está fechado ao entendimento? 18 ‘Embora tenham olhos, não veem; e embora tenham ouvidos, não ouvem?’ Não se lembram 19 de quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram, quando parti os cinco pães+ para os 5.000 homens?” Disseram-lhe: “Doze.”+ 20 “E quando parti os sete pães para os 4.000 homens, quantos cestos grandes,* cheios de pedaços, vocês recolheram?” Responderam-lhe: “Sete.”+ 21 Com isso lhes disse: “Vocês ainda não entendem?”
22 Chegaram então a Betsaida. Ali levaram a ele um cego e lhe suplicaram que tocasse nele.+ 23 E ele pegou o cego pela mão e o levou para fora da aldeia. Depois de cuspir nos olhos dele,+ pôs as mãos sobre ele e lhe perguntou: “Vê alguma coisa?” 24 O homem olhou para cima e disse: “Vejo pessoas, mas elas parecem árvores andando.” 25 Ele pôs de novo as mãos sobre os olhos do homem, e o homem viu claramente. Sua visão foi restabelecida, e ele podia ver tudo nitidamente. 26 Assim, mandou-o para casa, dizendo: “Não entre na aldeia.”
27 Jesus e seus discípulos partiram então para as aldeias de Cesareia de Filipe, e, no caminho, ele perguntou aos seus discípulos: “Quem as pessoas dizem que eu sou?”+ 28 Responderam-lhe: “João Batista;+ mas outros dizem que é Elias;+ e ainda outros, um dos profetas.” 29 E ele lhes perguntou: “E vocês, quem dizem que eu sou?” Pedro lhe respondeu: “O senhor é o Cristo.”+ 30 Então ele lhes ordenou com firmeza que não contassem a ninguém sobre ele.+ 31 Também, ele começou a lhes ensinar que o Filho do Homem tinha de sofrer muitas coisas e ser rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas, e que tinha de ser morto+ e ser levantado três dias depois.+ 32 De fato, fez essa declaração abertamente. Mas Pedro o levou à parte e começou a censurá-lo.+ 33 Com isso ele se virou, olhou para os seus discípulos e censurou Pedro, dizendo: “Para trás de mim, Satanás! Porque você não tem os pensamentos de Deus, mas os de homens.”+
34 Chamou então a multidão, junto com seus discípulos, e lhes disse: “Se alguém quer ser meu seguidor, negue a si mesmo, apanhe sua estaca de tortura* e siga-me sempre.+ 35 Pois quem quiser salvar a sua vida* a perderá, mas quem perder a sua vida* por minha causa e por causa das boas novas a salvará.+ 36 Realmente, de que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?*+ 37 O que, realmente, o homem daria em troca da sua vida?*+ 38 Pois quem se envergonhar de mim e das minhas palavras entre esta geração adúltera* e pecadora, desse o Filho do Homem também se envergonhará+ quando vier na glória do seu Pai, com os santos anjos.”+
9 Ele lhes disse também: “Digo a verdade a vocês: Há alguns dos que estão aqui que de modo algum provarão a morte antes de verem o Reino de Deus já vindo em poder.”+ 2 Seis dias depois, Jesus chamou Pedro, Tiago e João, e os levou a sós a um alto monte. E ele foi transfigurado diante deles;+ 3 suas roupas se tornaram cintilantes e ficaram muito mais brancas do que qualquer lavadeiro na terra poderia alvejar. 4 Também lhes apareceu Elias com Moisés, e eles estavam conversando com Jesus. 5 Então Pedro disse a Jesus: “Rabi, é bom que estejamos aqui. Vamos armar, então, três tendas: uma para o senhor, uma para Moisés e uma para Elias.” 6 Na verdade, não sabia como reagir, pois eles estavam com muito medo. 7 E formou-se uma nuvem, encobrindo-os, e uma voz+ saiu da nuvem: “Este é meu Filho, o amado.+ Escutem-no.”+ 8 De repente, então, olharam em volta e não viram mais ninguém com eles, a não ser Jesus.
9 Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou com firmeza que não contassem a ninguém o que tinham visto,+ até que o Filho do Homem fosse levantado dentre os mortos.+ 10 Eles obedeceram às suas palavras,* mas discutiram entre si o que significava ele ser levantado dentre os mortos. 11 E lhe perguntaram: “Por que os escribas dizem que Elias+ tem de vir primeiro?”+ 12 Ele lhes respondeu: “Elias realmente vem primeiro e restabelece todas as coisas.+ Mas como é que está escrito a respeito do Filho do Homem que ele tem de sofrer muitas coisas+ e ser tratado com desprezo?+ 13 Porém, eu lhes digo que Elias,+ de fato, já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, assim como está escrito a respeito dele.”+
14 Ao chegarem onde estavam os outros discípulos, notaram uma grande multidão em volta deles, e havia escribas discutindo com eles.+ 15 Mas, assim que as pessoas da multidão o viram, ficaram admiradas e correram para cumprimentá-lo. 16 Então ele lhes perguntou: “Sobre o que vocês estão discutindo com eles?” 17 E alguém da multidão lhe respondeu: “Instrutor, eu trouxe meu filho para o senhor, porque ele tem um espírito mudo.+ 18 Onde quer que esse espírito o apanhe, lança-o no chão, e ele espuma pela boca, range os dentes e perde a força. Eu pedi aos seus discípulos que expulsassem o espírito, mas eles não foram capazes de fazer isso.” 19 Em resposta, ele lhes disse: “Ó geração sem fé,+ até quando terei de continuar com vocês? Até quando terei de suportá-los? Tragam-no a mim.”+ 20 De modo que o levaram a ele, mas, ao ver Jesus, o espírito lançou o menino imediatamente em convulsões. Depois de cair no chão, ele ficou rolando e espumando pela boca. 21 Então Jesus perguntou ao pai: “Há quanto tempo isso acontece com ele?” Ele respondeu: “Desde a infância, 22 e o espírito o lança muitas vezes no fogo e também na água, para matá-lo. Mas, se o senhor puder fazer algo, tenha pena de nós e ajude-nos.” 23 Jesus lhe disse: “Esta expressão: ‘Se puder’! Ora, tudo é possível para quem tem fé.”+ 24 Imediatamente, o pai do menino clamou: “Eu tenho fé! Ajude-me onde preciso de fé!”+
25 Observando então que uma multidão estava rapidamente se aproximando deles, Jesus censurou o espírito impuro, dizendo-lhe: “Espírito mudo e surdo, eu lhe ordeno que saia dele e não entre nele novamente!”+ 26 Depois de clamar e de causar muitas convulsões no menino, o espírito saiu; e o menino parecia morto, de modo que a maioria das pessoas dizia: “Ele está morto!” 27 Mas Jesus o pegou pela mão e o levantou, e ele ficou de pé. 28 Assim, depois de entrar numa casa, seus discípulos lhe perguntaram em particular: “Por que nós não conseguimos expulsá-lo?”+ 29 Ele lhes respondeu: “Essa espécie só sai por oração.”
30 Partiram dali e atravessaram a Galileia, mas ele não quis que ninguém soubesse disso, 31 pois estava ensinando os seus discípulos. E lhes dizia: “O Filho do Homem será entregue* às mãos dos homens, e eles o matarão,+ mas, embora seja morto, será levantado três dias depois.”+ 32 No entanto, não entendiam o que ele lhes dizia e tinham medo de perguntar.
33 E entraram em Cafarnaum. Então, quando estava dentro da casa, ele lhes perguntou: “Sobre o que vocês estavam discutindo na estrada?”+ 34 Eles ficaram calados, pois na estrada tinham discutido entre si sobre quem era o maior. 35 Então ele se sentou, chamou os Doze e lhes disse: “Se alguém quer ser o primeiro, tem de ser o último de todos e servo* de todos.”+ 36 Então ele pegou uma criancinha e a colocou no meio deles; pôs os braços em volta dela e lhes disse: 37 “Quem recebe uma destas criancinhas+ em meu nome recebe também a mim; e quem me recebe, recebe não só a mim, mas também Aquele que me enviou.”+
38 João lhe disse: “Instrutor, vimos alguém expulsar demônios usando o seu nome e tentamos impedi-lo, porque ele não estava nos acompanhando.”+ 39 Mas Jesus disse: “Não tentem impedi-lo, porque ninguém que faça uma obra poderosa em meu nome pode logo depois falar mal de mim. 40 Pois quem não é contra nós é a favor de nós.+ 41 E eu garanto a vocês que quem lhes der um copo de água para beber, por vocês pertencerem a Cristo,+ de modo algum perderá sua recompensa.+ 42 Mas quem fizer tropeçar um destes pequenos que têm fé, seria melhor para ele que pusessem no seu pescoço uma pedra de moinho daquelas que o jumento faz girar, e que fosse lançado no mar.+
43 “Se a sua mão faz você tropeçar, corte-a. É melhor para você entrar na vida aleijado do que ir com as duas mãos para a Geena,* para o fogo que não pode ser apagado.+ 44 *—— 45 E, se o seu pé o faz tropeçar, corte-o. É melhor para você entrar na vida manco do que ser lançado com os dois pés na Geena.*+ 46 *—— 47 E, se o seu olho o faz tropeçar, lance-o para longe.+ É melhor para você entrar no Reino de Deus com um olho só do que ser lançado com os dois olhos na Geena,*+ 48 onde os vermes não morrem e o fogo não é apagado.+
49 “Pois todos têm de ser salgados com fogo.+ 50 O sal é bom, mas, se o sal perder a sua salinidade, o que farão para recuperar o seu sabor?+ Tenham sal em vocês mesmos+ e mantenham a paz uns com os outros.”+
10 Dali ele se levantou e foi para as fronteiras da Judeia, do outro lado do Jordão, e novamente multidões se ajuntaram em volta dele. Ele começou a ensiná-las de novo, como costumava fazer.+ 2 Alguns fariseus se aproximaram e, querendo pô-lo à prova, perguntaram se era permitido que um homem se divorciasse da esposa.+ 3 Ele lhes respondeu: “O que Moisés lhes ordenou?” 4 Disseram: “Moisés permitiu que o homem escrevesse um certificado de divórcio e a mandasse embora.”+ 5 Mas Jesus lhes disse: “Foi por causa da dureza do coração de vocês+ que ele lhes escreveu esse mandamento.+ 6 No entanto, no princípio da criação ‘Ele os fez homem e mulher.+ 7 Por essa razão o homem deixará seu pai e sua mãe,+ 8 e os dois serão uma só carne’,+ de modo que não são mais dois, mas uma só carne. 9 Portanto, o que Deus pôs sob o mesmo jugo, o homem não deve separar.”+ 10 Quando estavam novamente na casa, os discípulos lhe perguntaram sobre isso. 11 Ele lhes disse: “Quem se divorcia da sua esposa e se casa com outra comete adultério+ contra ela, 12 e, se uma mulher, depois de se divorciar do seu marido, se casa com outro, comete adultério.”+
13 As pessoas começaram então a trazer a ele criancinhas, para que tocasse nelas, mas os discípulos repreenderam as pessoas.+ 14 Vendo isso, Jesus ficou indignado e lhes disse: “Deixem as criancinhas vir a mim. Não tentem impedi-las, pois o Reino de Deus pertence aos que são como elas.+ 15 Eu lhes digo a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, de modo algum entrará nele.”+ 16 E pegou as crianças nos braços e começou a abençoá-las, pondo as mãos sobre elas.+
17 Quando ele estava saindo, um homem chegou correndo, pôs-se de joelhos diante dele e lhe perguntou: “Bom Instrutor, o que devo fazer para herdar a vida eterna?”+ 18 Jesus lhe disse: “Por que você me chama de bom? Ninguém é bom, a não ser um só, Deus.+ 19 Você conhece os mandamentos: ‘Não assassine;+ não cometa adultério;+ não furte;+ não dê falso testemunho;+ não defraude;+ honre seu pai e sua mãe.’”+ 20 O homem lhe disse: “Instrutor, eu tenho cumprido todas essas coisas desde bem jovem.” 21 Jesus olhou para ele e, sentindo amor por ele, disse: “Falta uma coisa a seu respeito: vá, venda o que você tem e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu; e venha ser meu seguidor.”+ 22 Mas ele ficou triste com a resposta e foi embora abatido, porque tinha muitas posses.+
23 Depois de olhar em volta, Jesus disse aos seus discípulos: “Como será difícil para os que têm dinheiro entrar no Reino de Deus!”+ 24 Mas os discípulos ficaram surpresos com as suas palavras. Jesus disse então: “Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25 É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.”+ 26 Eles ficaram ainda mais admirados e lhe perguntaram:* “Quem é que pode ser salvo?”+ 27 Jesus olhou diretamente para eles e disse: “Para os homens é impossível, mas não é assim para Deus, pois para Deus todas as coisas são possíveis.”+ 28 Pedro começou a lhe dizer: “Veja, deixamos tudo e seguimos o senhor.”+ 29 Jesus disse: “Eu lhes garanto: Ninguém deixou casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou campos, por minha causa e por causa das boas novas,+ 30 que não receba cem vezes mais agora, neste tempo, casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições,+ e, no futuro sistema de coisas,* a vida eterna. 31 Mas muitos que são primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros.”+
32 Estavam então indo pela estrada, subindo para Jerusalém, e Jesus ia na frente deles, e eles estavam admirados; mas os que os seguiam estavam com medo. Novamente, ele chamou os Doze à parte e começou a lhes dizer as coisas que estavam para acontecer com ele:+ 33 “Escutem, estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte e o entregarão a homens das nações, 34 e esses zombarão dele, cuspirão nele, o açoitarão e o matarão, mas três dias depois ele será levantado.”+
35 Tiago e João, os filhos de Zebedeu,+ se aproximaram dele e lhe disseram: “Instrutor, queremos que o senhor faça para nós o que lhe pedirmos.”+ 36 Ele lhes perguntou: “O que querem que eu faça para vocês?” 37 Eles responderam: “Conceda-nos que nos sentemos um à sua direita e outro à sua esquerda, na sua glória.”+ 38 Mas Jesus lhes disse: “Vocês não sabem o que estão pedindo. Será que podem beber o cálice que eu estou bebendo ou ser batizados com o batismo com que eu estou sendo batizado?”+ 39 Disseram-lhe: “Podemos.” Então Jesus lhes disse: “Vocês beberão o cálice que eu estou bebendo e serão batizados com o batismo com que eu estou sendo batizado.+ 40 No entanto, sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não cabe a mim conceder; esses lugares pertencem àqueles para quem foram preparados.”
41 Quando os outros dez souberam disso, ficaram indignados com Tiago e João.+ 42 Mas Jesus os chamou e lhes disse: “Vocês sabem que os que são considerados governantes das* nações dominam sobre elas, e seus grandes exercem autoridade sobre elas.+ 43 Não deve ser assim entre vocês; mas quem quiser se tornar grande entre vocês tem de ser o seu servo,*+ 44 e quem quiser ser o primeiro entre vocês tem de ser o escravo de todos. 45 Pois até mesmo o Filho do Homem veio, não para ser servido, mas para servir*+ e dar a sua vida* como resgate em troca de muitos.”+
46 Eles entraram então em Jericó. Mas, quando ele, seus discípulos e uma multidão considerável estavam saindo de Jericó, Bartimeu (filho de Timeu), um mendigo cego, estava sentado à beira da estrada.+ 47 Ao ouvir que era Jesus, o Nazareno, ele começou a gritar: “Filho de Davi,+ Jesus, tenha misericórdia de mim!”+ 48 Em vista disso, muitos começaram a censurá-lo, mandando que se calasse, mas ele gritava ainda mais: “Filho de Davi, tenha misericórdia de mim!” 49 Então Jesus parou e disse: “Chamem-no.” E chamaram o cego, dizendo-lhe: “Coragem! Levante-se, ele está chamando você.” 50 Jogando a capa para o lado, ele se levantou rapidamente e foi ao encontro de Jesus. 51 Então Jesus lhe perguntou: “O que você quer que eu faça por você?” O cego lhe disse: “Rabôni,* deixe-me recuperar a visão.” 52 E Jesus lhe disse: “Vá, sua fé fez você ficar bom.”+ E ele recuperou imediatamente a visão+ e começou a segui-lo pela estrada.
11 Então, quando estavam chegando perto de Jerusalém, de Betfagé e de Betânia,+ no monte das Oliveiras, ele enviou dois dos seus discípulos+ 2 e lhes disse: “Vão à aldeia que está ao alcance da vista e, assim que entrarem lá, acharão um jumentinho amarrado, no qual ninguém ainda montou. Desamarrem-no e tragam-no para cá. 3 E, se alguém lhes perguntar: ‘Por que estão fazendo isso?’, digam: ‘O Senhor precisa dele, e logo o mandará de volta para cá.’” 4 Assim partiram e acharam o jumentinho amarrado junto a uma porta, do lado de fora, na rua, e o desamarraram.+ 5 Mas alguns dos que estavam ali perguntaram a eles: “O que vocês estão fazendo, desamarrando o jumentinho?” 6 Disseram a eles o que Jesus tinha dito, e eles os deixaram ir.
7 Trouxeram então a Jesus o jumentinho+ e colocaram sobre este suas capas, e ele se sentou nele.+ 8 Também, muitos estenderam suas capas na estrada, mas outros cortaram ramos dos campos.+ 9 E os que iam na frente e os que vinham atrás gritavam: “Salva, rogamos!+ Bendito é aquele que vem em nome de Jeová!*+ 10 Bendito é o Reino que virá, do nosso pai Davi!+ Salva, rogamos, nas maiores alturas!” 11 E ele entrou em Jerusalém, foi ao templo e olhou tudo em volta, mas, visto que já estava tarde, saiu com os Doze para Betânia.+
12 No dia seguinte, quando estavam saindo de Betânia, ele sentiu fome.+ 13 De certa distância viu uma figueira que tinha folhas e foi ver se achava algo nela. Mas, ao chegar perto dela, não encontrou nada, exceto folhas, pois não era a estação dos figos. 14 Então ele lhe disse: “Nunca mais ninguém coma do seu fruto.”+ E os seus discípulos estavam escutando.
15 Chegaram então a Jerusalém. Ali ele entrou no templo e começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo, e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas;+ 16 e não deixava ninguém carregar nenhum utensílio através do templo. 17 Ele ensinava, dizendo-lhes: “Não está escrito: ‘Minha casa será chamada casa de oração para todas as nações’?+ Mas vocês fizeram dela um abrigo* de ladrões.”+ 18 Os principais sacerdotes e os escribas ouviram isso, e começaram a procurar um meio de matá-lo,+ pois tinham medo dele, porque toda a multidão estava maravilhada com o seu ensino.+
19 Quando ficou tarde no dia, saíram da cidade. 20 Mas, de manhã cedo, quando estavam passando pela figueira, viram que ela estava seca desde as raízes.+ 21 Pedro se lembrou e lhe disse: “Rabi, veja! A figueira que o senhor amaldiçoou secou.”+ 22 Jesus lhe disse em resposta: “Tenham fé em Deus. 23 Eu lhes digo a verdade: Quem disser a este monte: ‘Levante-se e jogue-se no mar’, e não duvidar no coração, mas tiver fé em que aquilo que disser vai acontecer, assim acontecerá.+ 24 É por isso que lhes digo: Todas as coisas que vocês pedirem em oração, tenham fé em que já as receberam, e as terão.+ 25 E, quando vocês estiverem em pé, orando, perdoem o que tiverem contra alguém, para que o seu Pai, que está nos céus, também perdoe as falhas de vocês.”+ 26 *——
27 Chegaram novamente a Jerusalém. E enquanto ele andava pelo templo, os principais sacerdotes, os escribas e os anciãos vieram 28 e lhe perguntaram: “Com que autoridade você faz essas coisas? E quem lhe deu autoridade para fazer essas coisas?”+ 29 Jesus lhes disse: “Eu lhes farei uma pergunta. Respondam-me, e eu lhes direi com que autoridade faço essas coisas. 30 O batismo de João+ era do céu ou dos homens?* Respondam-me.”+ 31 Então eles começaram a raciocinar entre si, dizendo: “Se dissermos: ‘Do céu’, ele dirá: ‘Então, por que vocês não acreditaram nele?’ 32 Mas nos atrevemos a dizer: ‘Dos homens’?” Eles tinham medo da multidão, pois todos achavam que João realmente tinha sido um profeta.+ 33 Assim, responderam a Jesus: “Não sabemos.” Jesus lhes disse: “Então eu também não lhes digo com que autoridade faço essas coisas.”
12 Então ele começou a lhes falar com ilustrações: “Um homem plantou um vinhedo,+ pôs uma cerca em volta dele, cavou um tanque como lagar de vinho e ergueu uma torre;+ então arrendou o vinhedo a lavradores e viajou para fora.+ 2 Na época devida, enviou um escravo aos lavradores para receber deles alguns dos frutos do vinhedo. 3 Mas eles o pegaram e espancaram, e o mandaram embora de mãos vazias. 4 Enviou-lhes outro escravo, e eles lhe bateram na cabeça e o humilharam.+ 5 Então enviou outro, e eles o mataram; e enviou muitos outros: a uns eles espancaram, a outros mataram. 6 Ele tinha mais um, um filho amado.+ Por fim o enviou a eles, dizendo: ‘Respeitarão o meu filho.’ 7 Mas aqueles lavradores disseram entre si: ‘Este é o herdeiro.+ Venham, vamos matá-lo, e a herança será nossa.’ 8 Assim, eles o pegaram, o mataram e o lançaram para fora do vinhedo.+ 9 O que fará o dono do vinhedo? Voltará e matará os lavradores, e dará o vinhedo a outros.+ 10 Vocês nunca leram esta passagem das Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram, essa se tornou a principal pedra angular.*+ 11 Isso procede de Jeová* e é maravilhoso aos nossos olhos’?”+
12 Em vista disso, quiseram prendê-lo,* porque sabiam que ele havia contado a ilustração pensando neles. Mas tinham medo da multidão, de modo que o deixaram e foram embora.+
13 A seguir, enviaram-lhe alguns dos fariseus e dos partidários de Herodes, para apanhá-lo nas suas palavras.+ 14 Ao chegarem, eles lhe disseram: “Instrutor, sabemos que o senhor é verdadeiro e que não busca agradar a homens, pois não olha para a aparência das pessoas, mas ensina o caminho de Deus em harmonia com a verdade. É permitido* ou não pagar a César o imposto por cabeça? 15 Devemos pagar ou não devemos pagar?” Percebendo a hipocrisia deles, ele lhes disse: “Por que vocês me põem à prova? Tragam-me um denário* para eu ver.” 16 Trouxeram-lhe um, e ele lhes perguntou: “De quem é esta imagem e inscrição?” Responderam-lhe: “De César.” 17 Jesus disse então: “Paguem a César o que é de César,+ mas a Deus o que é de Deus.”+ E ficaram maravilhados com ele.
18 Então os saduceus, que dizem não haver ressurreição,+ se aproximaram e lhe perguntaram:+ 19 “Instrutor, Moisés nos escreveu que, se alguém morre e deixa esposa, mas não deixa filhos, o irmão dele deve tomar a viúva em casamento para dar descendência ao seu irmão.+ 20 Havia sete irmãos. O primeiro tomou uma esposa, mas morreu sem deixar descendente. 21 E o segundo se casou com ela, mas morreu sem deixar descendente, e o mesmo aconteceu com o terceiro. 22 E nenhum dos sete deixou descendente. Por último, morreu também a mulher. 23 Na ressurreição, de qual deles ela será esposa? Pois os sete a tiveram como esposa.” 24 Jesus lhes disse: “Não é por isso que vocês estão enganados, porque não conhecem nem as Escrituras, nem o poder de Deus?+ 25 Pois, quando se levantam dentre os mortos, os homens não se casam, nem as mulheres são dadas em casamento, mas são como os anjos nos céus.+ 26 Quanto aos mortos serem levantados, vocês não leram no livro de Moisés, no relato sobre o espinheiro, que Deus lhe disse: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó’?+ 27 Ele é Deus, não de mortos, mas de vivos. Vocês estão muito enganados.”+
28 Um dos escribas, que havia se aproximado e ouvido a discussão, vendo que ele tinha lhes respondido bem, perguntou-lhe: “Qual mandamento é o primeiro* de todos?”+ 29 Jesus respondeu: “O primeiro é: ‘Ouve, ó Israel: Jeová,* nosso Deus, é um só Jeová.* 30 Ame a Jeová,* seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma,* de toda a sua mente e de toda a sua força.’+ 31 O segundo é: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo.’+ Não há outro mandamento maior do que esses.” 32 O escriba lhe disse: “Instrutor, o senhor disse bem, em harmonia com a verdade: ‘Ele é um só, e não há outro além dele’;+ 33 e amá-lo de todo o coração, de todo o entendimento e de toda a força, e amar o próximo como a si mesmo vale muito mais do que todas as ofertas queimadas e sacrifícios.”+ 34 Com isso, Jesus, percebendo que ele tinha respondido de modo inteligente, disse-lhe: “Você não está longe do Reino de Deus.” Mas ninguém teve coragem de lhe fazer mais perguntas.+
35 No entanto, ao continuar ensinando no templo, Jesus disse: “Como é que os escribas dizem que o Cristo é filho de Davi?+ 36 O próprio Davi disse, pelo espírito santo:+ ‘Jeová* disse ao meu Senhor: “Sente-se à minha direita, até que eu ponha os seus inimigos debaixo dos seus pés.”’+ 37 O próprio Davi o chama de Senhor, então como ele pode ser seu filho?”+
E a grande multidão o escutava com prazer. 38 E ele ensinava, dizendo: “Cuidado com os escribas, que querem andar de vestes compridas e querem cumprimentos nas praças públicas,+ 39 os primeiros* assentos nas sinagogas e os lugares mais destacados nos banquetes.+ 40 Eles devoram as casas* das viúvas e, para impressionar,* fazem longas orações. Eles receberão um julgamento mais severo.”*
41 E ele se sentou, com os cofres* do tesouro+ à vista, e começou a observar como a multidão punha dinheiro nos cofres do tesouro, e muitos ricos punham neles muitas moedas.+ 42 Chegou então uma viúva pobre e pôs neles duas pequenas moedas de pouquíssimo valor.*+ 43 Ele chamou então os discípulos e lhes disse: “Digo-lhes a verdade: Esta viúva pobre pôs nos cofres do tesouro mais do que todos os outros.+ 44 Pois todos eles puseram do que lhes sobrava, mas ela, da sua carência,* pôs tudo que possuía, tudo que tinha para viver.”+
13 Quando ele estava saindo do templo, um dos seus discípulos lhe disse: “Instrutor, veja que pedras e que edifícios maravilhosos!”+ 2 No entanto, Jesus lhe disse: “Está vendo estes grandes edifícios? De modo algum ficará aqui pedra sobre pedra sem ser derrubada.”+
3 Quando ele estava sentado no monte das Oliveiras, com o templo à vista, Pedro, Tiago, João e André lhe perguntaram em particular: 4 “Diga-nos: Quando acontecerão essas coisas e qual será o sinal de que todas essas coisas estão prestes a chegar a um final?”+ 5 Assim, Jesus começou a lhes dizer: “Cuidado para que ninguém os engane.+ 6 Muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu’, e enganarão a muitos. 7 Além disso, quando ouvirem falar de guerras e notícias de guerras, não fiquem apavorados. Essas coisas têm de acontecer, mas ainda não é o fim.+
8 “Porque nação se levantará contra nação e reino contra reino;+ haverá terremotos num lugar após outro; também haverá falta de alimentos.+ Essas coisas são um começo das dores de aflição.+
9 “Quanto a vocês, tomem cuidado. As pessoas os entregarão aos tribunais locais,+ e vocês serão espancados nas sinagogas,+ e serão postos diante de governadores e reis, por minha causa, para darem testemunho a eles.+ 10 Também, em todas as nações, as boas novas têm de ser pregadas primeiro.+ 11 E, quando levarem vocês para entregá-los, não fiquem preocupados* com o que dizer, mas digam o que lhes for dado naquela hora. Pois quem fala não são vocês, mas é o espírito santo.+ 12 Além disso, irmão entregará irmão à morte, e o pai ao filho, e os filhos se levantarão contra os pais e farão com que sejam mortos.+ 13 E vocês serão odiados por todos, por causa do meu nome.+ Mas quem perseverar* até o fim+ será salvo.+
14 “No entanto, quando vocês virem a coisa repugnante que causa desolação+ estar* num lugar onde não devia (que o leitor use de discernimento), então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes.+ 15 O homem que estiver no terraço não desça, nem entre para tirar algo da sua casa, 16 e o homem que estiver no campo não volte ao que deixou atrás, para apanhar sua capa. 17 Ai das mulheres grávidas e das que amamentarem naqueles dias!+ 18 Persistam em orar para que isso não ocorra no inverno; 19 pois aqueles dias serão dias de tribulação,+ como nunca ocorreu desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora,* nem ocorrerá de novo.+ 20 De fato, se Jeová* não tivesse abreviado os dias, ninguém seria salvo. Mas, por causa dos escolhidos, que ele escolheu, ele abreviou os dias.+
21 “Então, também, se alguém lhes disser: ‘Vejam! Aqui está o Cristo!’ ou ‘Vejam! Ali está ele!’, não acreditem.+ 22 Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas,+ e farão sinais e milagres a fim de desencaminhar, se possível, os escolhidos. 23 Vocês, portanto, sejam vigilantes.+ Eu lhes disse tudo antecipadamente.
24 “Mas naqueles dias, depois daquela tribulação, o sol escurecerá, a lua não dará a sua luz,+ 25 as estrelas cairão do céu, e os poderes que estão nos céus serão abalados. 26 E então verão o Filho do Homem+ vir nas nuvens, com grande poder e glória.+ 27 E então ele enviará os anjos e reunirá os seus escolhidos desde os quatro ventos, desde a extremidade da terra até a extremidade do céu.+
28 “Aprendam desta ilustração sobre a figueira: assim que os ramos novos ficam tenros e brotam folhas, vocês sabem que o verão está próximo.+ 29 Do mesmo modo, quando virem essas coisas acontecer, saibam que ele* está próximo, às portas.+ 30 Eu lhes garanto que esta geração de modo algum passará até que todas essas coisas aconteçam.+ 31 Céu e terra passarão,+ mas as minhas palavras de modo algum passarão.+
32 “A respeito daquele dia ou daquela hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, mas somente o Pai.+ 33 Sejam vigilantes, mantenham-se despertos,+ pois vocês não sabem quando é o tempo determinado.+ 34 É semelhante a um homem que, ao viajar para fora, deixou sua casa e deu autoridade aos seus escravos,+ a cada um o seu trabalho, e ordenou ao porteiro que se mantivesse vigilante.+ 35 Portanto, mantenham-se vigilantes, pois vocês não sabem quando virá o senhor da casa,+ quer tarde no dia, quer à meia-noite, quer antes do amanhecer,* quer de manhã cedo,+ 36 a fim de que, quando ele vier de repente, não os encontre dormindo.+ 37 Mas o que eu digo a vocês, digo a todos: Mantenham-se vigilantes.”+
14 Dali a dois dias era a Páscoa+ e a Festividade dos Pães sem Fermento.+ E os principais sacerdotes e os escribas estavam procurando um modo astucioso de* prendê-lo* e matá-lo.+ 2 Pois diziam: “Não durante a festividade; talvez haja um alvoroço entre o povo.”
3 E, quando ele estava em Betânia, comendo* na casa de Simão, o leproso, chegou uma mulher com um frasco de alabastro que continha óleo perfumado, nardo genuíno, muito caro. Ela rompeu o frasco de alabastro e começou a derramá-lo sobre a cabeça dele.+ 4 Em vista disso, alguns disseram uns aos outros, indignados: “Por que se desperdiçou esse óleo perfumado? 5 Pois esse óleo perfumado poderia ter sido vendido por mais de 300 denários,* e o dinheiro dado aos pobres!” E ficaram muito aborrecidos com ela.* 6 Mas Jesus disse: “Deixem-na em paz. Por que vocês estão perturbando a mulher? Ela me fez uma coisa muito boa.+ 7 Porque vocês sempre têm consigo os pobres+ e podem lhes fazer o bem sempre que quiserem, mas nem sempre terão a mim.+ 8 Ela fez o que pôde; ela se antecipou em derramar óleo perfumado sobre o meu corpo, em vista do meu sepultamento.+ 9 Eu lhes digo a verdade: Onde quer que se preguem as boas novas em todo o mundo,+ o que essa mulher fez também será relatado, em memória dela.”+
10 E Judas Iscariotes, um dos Doze, se dirigiu aos principais sacerdotes a fim de entregá-lo* a eles.+ 11 Quando ouviram isso, se alegraram e prometeram lhe dar dinheiro de prata.+ De modo que ele começou a procurar uma oportunidade para traí-lo.
12 Então, no primeiro dia da Festividade dos Pães sem Fermento,+ quando costumavam oferecer o sacrifício pascoal,+ seus discípulos lhe perguntaram: “Onde o senhor quer que façamos os preparativos para tomar a refeição pascoal?”+ 13 Em vista disso, ele enviou dois dos seus discípulos e lhes disse: “Vão à cidade, e um homem levando um jarro de barro com água encontrará vocês. Sigam-no,+ 14 e onde quer que ele entrar, digam ao dono da casa: ‘O Instrutor diz: “Onde está a sala dos hóspedes, em que eu possa tomar a refeição pascoal com os meus discípulos?”’ 15 E ele lhes mostrará uma grande sala no andar de cima, mobiliada e pronta. Façam ali os preparativos para nós.” 16 Então os discípulos foram, entraram na cidade e encontraram tudo assim como ele tinha lhes dito, e prepararam a refeição pascoal.
17 Depois de anoitecer, ele chegou com os Doze.+ 18 E, enquanto estavam recostados à mesa e comiam, Jesus disse: “Digo-lhes a verdade: Um de vocês, que está comendo comigo, me trairá.”+ 19 Eles começaram a ficar tristes, e lhe perguntavam um por um: “Por acaso sou eu?” 20 Ele lhes disse: “É um dos Doze, aquele que põe comigo a mão na tigela.+ 21 Pois o Filho do Homem vai embora, assim como está escrito a respeito dele, mas ai daquele que trai o Filho do Homem!+ Seria melhor para esse homem que não tivesse nascido.”+
22 E, ao continuarem a comer, pegou um pão, proferiu uma bênção, partiu-o e deu a eles, dizendo: “Peguem; isto representa o meu corpo.”+ 23 E, pegando um cálice, ele deu graças, deu-o a eles, e todos beberam dele.+ 24 E lhes disse: “Isto representa o meu ‘sangue+ do pacto’,+ que será derramado em benefício de muitos.+ 25 Eu lhes digo a verdade: Eu de modo algum beberei mais do produto da videira até aquele dia em que beberei vinho novo, no Reino de Deus.” 26 Por fim, depois de cantarem louvores,* saíram para o monte das Oliveiras.+
27 E Jesus lhes disse: “Todos vocês tropeçarão, pois está escrito: ‘Ferirei o pastor,+ e as ovelhas serão espalhadas.’+ 28 Mas, depois que eu for levantado, irei adiante de vocês para a Galileia.”+ 29 No entanto, Pedro lhe disse: “Mesmo que todos os outros tropecem, eu não tropeçarei.”+ 30 Em vista disso, Jesus lhe disse: “Digo-lhe a verdade: Hoje, sim, ainda esta noite, antes de o galo cantar duas vezes, você me negará três vezes.”+ 31 Mas ele insistiu: “Mesmo que eu tenha de morrer com o senhor, de modo algum o negarei.” E todos os outros começaram a dizer a mesma coisa.+
32 Assim, chegaram a um lugar chamado Getsêmani, e ele disse aos seus discípulos: “Sentem-se aqui enquanto eu oro.”+ 33 E ele levou consigo Pedro, Tiago e João,+ e começou a ficar profundamente angustiado* e muito aflito. 34 Disse-lhes: “Estou* profundamente triste,+ a ponto de morrer. Fiquem aqui e mantenham-se vigilantes.”+ 35 E, indo um pouco mais adiante, ele se prostrou no chão e começou a orar para que, se fosse possível, aquela hora se afastasse dele. 36 E disse: “Aba,* Pai,+ todas as coisas são possíveis para ti; afasta de mim este cálice. Contudo, não o que eu quero, mas o que tu queres.”+ 37 Ele voltou e os encontrou dormindo, e disse a Pedro: “Simão, você está dormindo? Não teve força para se manter vigilante por uma hora?+ 38 Mantenham-se vigilantes e orem continuamente, para que não caiam em tentação.+ Naturalmente, o espírito está disposto,* mas a carne é fraca.”+ 39 Ele se afastou de novo e orou, dizendo a mesma coisa.+ 40 E voltou novamente e os encontrou dormindo, pois estavam com os olhos pesados, e por isso não sabiam o que lhe responder. 41 Voltou então pela terceira vez e lhes disse: “Numa ocasião como esta, vocês estão dormindo e descansando! Basta! Chegou a hora!+ O Filho do Homem está sendo entregue* às mãos de pecadores. 42 Levantem-se, vamos embora. Vejam! Aquele que me trai está chegando.”+
43 E imediatamente, enquanto ele ainda falava, chegou Judas, um dos Doze, e com ele uma multidão com espadas e bastões. Eles tinham sido enviados pelos principais sacerdotes, pelos escribas e pelos anciãos.+ 44 O traidor havia combinado com eles um sinal, dizendo: “Aquele que eu beijar é ele; prendam-no e levem-no embora sob vigilância.” 45 Então se dirigiu diretamente a ele, se aproximou e disse: “Rabi!” e o beijou ternamente. 46 Assim, eles o agarraram e prenderam. 47 No entanto, um dos que estavam presentes puxou a espada e atacou o escravo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha.+ 48 Então Jesus lhes disse: “Vocês vieram me prender com espadas e bastões, como se eu fosse um bandido?+ 49 Dia após dia eu estava com vocês no templo, ensinando;+ contudo, vocês não me prenderam. Porém, isso é para cumprir as Escrituras.”+
50 E todos o abandonaram e fugiram.+ 51 No entanto um jovem, usando apenas uma roupa de linho fino por cima do corpo nu, começou a segui-lo de perto, e tentaram prendê-lo, 52 mas ele largou a roupa de linho e escapou nu.*
53 Levaram então Jesus ao sumo sacerdote;+ e todos os principais sacerdotes, os anciãos e os escribas se reuniram.+ 54 Mas Pedro, de uma boa distância, o seguiu até o pátio do sumo sacerdote; e ficou sentado junto com os criados se aquecendo diante de um fogo.+ 55 Os principais sacerdotes e todo o Sinédrio estavam procurando testemunhos contra Jesus, para entregá-lo à morte, mas não achavam nenhum.+ 56 Na verdade, muitos davam testemunho falso contra ele,+ mas os seus testemunhos não estavam de acordo. 57 Também alguns se levantavam e davam testemunho falso contra ele, dizendo: 58 “Nós o ouvimos dizer: ‘Derrubarei este templo feito por mãos humanas e em três dias construirei outro, não feito por mãos humanas.’”+ 59 Mas mesmo nesse ponto seu testemunho não estava de acordo.
60 Então o sumo sacerdote se levantou no meio deles e perguntou a Jesus: “Você não diz nada em resposta? O que diz do testemunho destes homens contra você?”+ 61 Mas ele continuou calado e não deu nenhuma resposta.+ O sumo sacerdote voltou a interrogá-lo, dizendo: “Você é o Cristo, o Filho do Bendito?” 62 Jesus respondeu então: “Sou; e vocês verão o Filho do Homem+ sentado à direita+ de poder e vindo com as nuvens do céu.”+ 63 Em vista disso, o sumo sacerdote rasgou suas vestes e disse: “Que necessidade temos ainda de testemunhas?+ 64 Vocês ouviram a blasfêmia. Qual é a sua decisão?”* Todos decidiram que ele merecia a morte.+ 65 E alguns começaram a cuspir nele,+ a cobrir-lhe o rosto, a esmurrá-lo e a dizer-lhe: “Profetize!” E, depois de esbofeteá-lo, os oficiais de justiça o levaram.+
66 Então, enquanto Pedro estava embaixo, no pátio, chegou uma das servas do sumo sacerdote.+ 67 Vendo Pedro se aquecer, olhou bem para ele e disse: “Você também estava com o Nazareno, esse Jesus.” 68 Mas ele negou, dizendo: “Não o conheço nem sei do que você está falando”, e saiu para a entrada do pátio.* 69 A serva o viu ali e novamente começou a dizer aos presentes: “Este é um deles.” 70 Mais uma vez ele negou isso. E, pouco depois, os que estavam presentes começaram a dizer a Pedro de novo: “Certamente você é um deles, pois, de fato, você é galileu.” 71 Mas ele começou a amaldiçoar a si mesmo e a jurar: “Eu não conheço esse homem de quem vocês estão falando!” 72 Imediatamente um galo cantou pela segunda vez,+ e Pedro se lembrou do que Jesus tinha lhe dito: “Antes de o galo cantar duas vezes, você me negará três vezes.”+ E, muito abalado, ele começou a chorar.
15 Logo ao amanhecer, os principais sacerdotes, com os anciãos e os escribas, sim, o Sinédrio inteiro, se reuniram para decidir o que fazer; depois amarraram Jesus, o levaram e o entregaram a Pilatos.+ 2 Então Pilatos lhe perguntou: “Você é o Rei dos judeus?”+ Em resposta ele disse: “O senhor mesmo está dizendo isso.”+ 3 Mas os principais sacerdotes o estavam acusando de muitas coisas. 4 Então Pilatos voltou a interrogá-lo, dizendo: “Você não tem nenhuma resposta para dar?+ Veja quantas acusações levantam contra você.”+ 5 Mas Jesus não deu mais nenhuma resposta, de modo que Pilatos ficou surpreso.+
6 Pois bem, por ocasião da festividade, ele costumava soltar um preso, aquele que pedissem.+ 7 Naquela ocasião o homem chamado Barrabás estava na prisão com os rebeldes que, na sua rebelião, haviam cometido assassinato. 8 Assim, a multidão se aproximou e começou a pedir que Pilatos fizesse para eles o que costumava fazer. 9 Em vista disso, ele lhes perguntou: “Querem que eu solte o Rei dos judeus?”+ 10 Pois Pilatos sabia que os principais sacerdotes o tinham entregado por inveja.+ 11 Mas os principais sacerdotes atiçaram a multidão para que, em vez disso, soltasse Barrabás.+ 12 Então, Pilatos novamente lhes perguntou: “O que, então, devo fazer com aquele a quem vocês chamam de Rei dos judeus?”+ 13 Mais uma vez gritaram: “Para a estaca com ele!”*+ 14 Mas Pilatos lhes disse: “Por quê? O que ele fez de mau?” Contudo, gritaram ainda mais: “Para a estaca com ele!”*+ 15 Assim, desejando satisfazer a multidão, Pilatos soltou Barrabás; e, depois de mandar que Jesus fosse chicoteado,+ entregou-o para ser morto na estaca.+
16 Os soldados o levaram então para o pátio da residência do governador, e convocaram todo o grupo de soldados.+ 17 Eles o vestiram de púrpura, trançaram uma coroa de espinhos e a puseram nele; 18 e começaram a lhe dizer: “Salve, Rei dos judeus!”+ 19 Também, bateram-lhe na cabeça com uma cana e cuspiram nele; então se ajoelharam diante dele e se curvaram.* 20 Por fim, depois de terem zombado dele, tiraram-lhe as roupas púrpura e puseram de volta nele suas roupas. E o levaram para fora, para pregá-lo na estaca.+ 21 Também, um homem passava por ali, vindo do campo, certo Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo. Eles o obrigaram a prestar serviço carregando a estaca.*+
22 Assim, levaram-no ao lugar chamado Gólgota, que traduzido significa “lugar da caveira”.+ 23 Ali tentaram lhe dar vinho misturado com uma droga, mirra,+ mas ele não quis tomá-lo. 24 E o pregaram na estaca e repartiram suas roupas, lançando sortes para decidir quem ficaria com o quê.+ 25 Era então a terceira hora* quando o pregaram na estaca. 26 E a inscrição da acusação contra ele dizia: “O Rei dos judeus”.+ 27 Além disso, penduraram dois ladrões em estacas ao lado dele, um à sua direita e outro à sua esquerda.+ 28 *—— 29 E os que passavam o insultavam, balançando a cabeça+ e dizendo: “Ah! você que ia derrubar o templo e construí-lo em três dias,+ 30 salve a si mesmo, descendo da estaca.”* 31 Do mesmo modo, também os principais sacerdotes junto com os escribas zombavam dele entre si, dizendo: “A outros ele salvou; a si mesmo não pode salvar!+ 32 Que o Cristo, o Rei de Israel, desça agora da estaca,* para que vejamos e possamos crer.”+ Até os que estavam em estacas ao lado dele o insultavam.+
33 Quando chegou a sexta hora,* caiu uma escuridão sobre toda aquela terra, até a nona hora.*+ 34 E à nona hora, Jesus clamou em alta voz: “Eli, Eli, lama sabactâni?”, que traduzido significa: “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?”+ 35 E, ouvindo isso, alguns dos que estavam por perto disseram: “Vejam! Ele está chamando Elias.” 36 Então alguém correu, ensopou uma esponja em vinho acre, colocou-a numa cana e deu a ele para beber,+ dizendo: “Deixem-no! Vamos ver se Elias vem tirá-lo dali.” 37 Mas Jesus deu um alto grito e morreu.*+ 38 E a cortina do santuário+ se rasgou em duas, de alto a baixo.+ 39 Então, quando o oficial do exército que estava ali diante dele viu que ele tinha morrido nessas circunstâncias, disse: “Certamente este homem era o Filho de Deus.”+
40 Havia também mulheres observando de certa distância; entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de Josés, e Salomé.+ 41 Essas mulheres o acompanhavam e serviam+ quando ele estava na Galileia. Também estavam ali muitas outras mulheres que tinham ido com ele a Jerusalém.
42 Então, visto que a tarde já estava avançada e era o dia da Preparação, isto é, o dia antes do sábado, 43 chegou José de Arimateia, membro bem-conceituado do Conselho, que também aguardava o Reino de Deus. Ele tomou coragem, compareceu perante Pilatos e pediu o corpo de Jesus.+ 44 Mas Pilatos quis saber se ele já estava morto e, convocando o oficial do exército, lhe perguntou se Jesus já tinha morrido. 45 Assim, depois de se certificar por meio do oficial do exército, concedeu o corpo a José. 46 José comprou linho fino e tirou o corpo da estaca; depois o enrolou no linho fino e o colocou num túmulo*+ que tinha sido aberto na rocha. Então rolou uma pedra até a entrada do túmulo.+ 47 Mas Maria Madalena e Maria, a mãe de Josés, ficaram olhando para onde ele tinha sido colocado.+
16 Então, passado o sábado,+ Maria Madalena, Maria,+ mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para passar no corpo dele.+ 2 E, no primeiro dia da semana, chegaram bem cedo ao túmulo,*+ depois de o sol se levantar. 3 Diziam umas às outras: “Quem rolará a pedra da entrada do túmulo para nós?” 4 Mas, ao levantarem os olhos, viram que a pedra, embora muito grande, tinha sido rolada.+ 5 Quando elas entraram no túmulo, viram um jovem sentado à direita, usando uma veste comprida, branca, e ficaram espantadas. 6 Ele lhes disse: “Não se assustem.+ Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi morto na estaca. Ele foi levantado;+ não está aqui. Vejam, este é o lugar onde o colocaram.+ 7 Agora vão, digam aos discípulos dele e a Pedro: ‘Ele está indo adiante de vocês para a Galileia.+ Ali o verão, assim como ele lhes disse.’”+ 8 Então elas saíram e fugiram do túmulo, tremendo e tomadas de emoção. E não disseram nada a ninguém, pois estavam com medo.*+
Ou: “do evangelho”.
Lit.: “diante da sua face”.
Veja o Glossário.
Veja Ap. A5.
Ou: “mergulhados; imersos”.
Ou: “pessoas”.
Ou: “O que nós temos a ver com você”.
Ou, possivelmente: “sabiam quem ele era”.
Ou: “recostado à mesa”.
Ou: “recostados à mesa”.
Ou: “pano não pré-encolhido”.
Ou: “proposição”.
Ou: “paralisada”.
Ou: “paralisada”.
Ou: “alma”.
Ou: “se reunir em conselho”.
Ou: “Designou”.
Ou: “designou”.
Ou: “o zeloso”.
Um nome usado para Satanás.
Ou: “deste sistema de coisas; desta época”. Veja o Glossário.
Ou: “cesto de medida”.
Ou: “a almofada”.
Ou: “são tão inseguros”.
Ou: “túmulos memoriais”.
Ou: “O que eu tenho a ver com você”.
Ou: “encosta íngreme”.
Veja Ap. A5.
Ou: “na região das Dez Cidades”.
Ou: “está morrendo”.
Ou: “tinha sido submetida a muitas dores”.
Ou: “Pare de ter medo”.
Ou: “com firmeza”.
Ou: “no seu próprio território”.
Ou: “percorreu as aldeias num circuito”.
Lit.: “cobre”.
Lit.: “vestissem duas túnicas”.
Ou: “que operam nele obras poderosas”.
Ou: “se recostavam à mesa”.
Ou: “dos que se recostavam à mesa”.
Ou: “túmulo memorial”.
Veja Ap. B14.
Isto é, de cerca das 3 h da madrugada até o nascer do sol, por volta das 6 h da manhã.
Ou: “mas ele estava prestes a”.
Áreas abertas usadas como centro de compras e vendas e como local de reuniões públicas.
Isto é, não purificadas cerimonialmente.
Ou: “injuriar; insultar”.
Veja Ap. A3.
Aqui a palavra grega porneía ocorre no plural. Veja o Glossário.
Ou: “conduta desavergonhada”. Em grego, asélgeia. Veja o Glossário.
Ou: “siro-fenícia de nascimento”.
Ou: “a região das Dez Cidades”.
Ou: “em jejum”.
Ou: “de abençoá-los”.
Ou: “cestos de provisões”.
Lit.: “suspirou profundamente no seu espírito”.
Ou: “cestos de provisões”.
Veja o Glossário.
Ou: “alma”.
Ou: “alma”.
Ou: “alma”.
Ou: “alma”.
Ou: “infiel”.
Ou, possivelmente: “guardaram o assunto para si”.
Ou: “traído”.
Ou: “ministro”.
Veja o Glossário.
Veja Ap. A3.
Veja o Glossário.
Veja Ap. A3.
Veja o Glossário.
Ou, possivelmente: “e perguntaram uns aos outros”.
Ou: “na época futura”. Veja o Glossário.
Ou: “os que parecem governar as”.
Ou: “ministro”.
Ou: “ministrar”.
Ou: “alma”.
Que significa “Instrutor”.
Veja Ap. A5.
Ou: “covil”.
Veja Ap. A3.
Ou: “de origem humana”.
Lit.: “a cabeça do cunhal”.
Veja Ap. A5.
Ou: “pegá-lo”.
Ou: “lícito; certo”.
Veja Ap. B14.
Ou: “mais importante”.
Veja Ap. A5.
Veja Ap. A5.
Veja Ap. A5.
Veja o Glossário.
Veja Ap. A5.
Ou: “melhores”.
Ou: “os bens”.
Ou: “e, como pretexto”.
Ou: “pesado”.
Ou: “as caixas”.
Lit.: “dois léptons, que é um quadrante”. Veja Ap. B14.
Ou: “pobreza”.
Ou: “ansiosos antecipadamente”.
Ou: “persevera”.
Ou: “estar de pé”.
Ou: “até aquele tempo”.
Veja Ap. A5.
Isto é, o Filho do Homem.
Lit.: “quando o galo canta”.
Ou: “por meio de uma trama”.
Ou: “pegá-lo”.
Ou: “recostado à mesa”.
Veja Ap. B14.
Ou: “E falaram com ela de modo irritado; E a repreenderam.”
Ou: “traí-lo”.
Ou: “hinos; salmos”.
Ou: “ficar atônito”.
Ou: “Minha alma está”.
Palavra hebraica ou aramaica que significa “ó Pai!”
Ou: “pronto”.
Ou: “traído”.
Ou: “pouco vestido; apenas com uma túnica”.
Ou: “O que vocês acham?”
Ou: “vestíbulo”.
Ou: “Execute-o na estaca!”
Ou: “Execute-o na estaca!”
Ou: “e prestaram homenagem”.
Ou: “estaca de tortura”. Veja o Glossário.
Isto é, por volta das 9 h da manhã.
Veja Ap. A3.
Ou: “estaca de tortura”. Veja o Glossário.
Ou: “estaca de tortura”. Veja o Glossário.
Isto é, por volta do meio-dia.
Isto é, por volta das 3 h da tarde.
Ou: “e expirou; e deu seu último suspiro”.
Ou: “túmulo memorial”.
Ou: “túmulo memorial”.
Segundo antigos manuscritos confiáveis, o Evangelho de Marcos termina com as palavras do v. 8. Veja Ap. A3.