Publicação Unida da “Palavra da Vida”
O QUE é a “Palavra da vida”? É a mensagem que nos fala da esperança da vida, que torna possível aos seus ouvintes ganharem a vida. Segundo Paulo escreveu a Timóteo, tem-se lançado luz “sobre a vida e incorrupção mediante as boas novas” referente ao Salvador, Jesus Cristo. — 2 Tim. 1:9, 10.a
A Palavra da vida teve um pequeno inicio há seis mil anos atrás. Naquele tempo, o homem, por causa da desobediência, veio a precisar sèriamente de uma palavra da vida, de uma esperança da vida. Jeová Deus, como o maior Amigo do homem, fez-lhe naquele tempo a promessa registrada em Gênesis 3:15, indicando o subseqüente triunfo da justiça e a destruição do inimigo do homem. Por cerca duns quatro mil anos, Deus foi ampliando esta Palavra da vida até terminá-la por volta de 98 E. C. Desde então, a Palavra da vida tem consistido na Bíblia inteira, desde Gênesis até Apocalipse.
Visto que a Palavra da vida é a Bíblia inteira, a publicação da Palavra da vida teria de ser feita por se multiplicarem os exemplares da Bíblia e os distribuírem. Os primitivos cristãos eram grandes distribuidores da Palavra da vida, tanto escrita como falada. Daí, depois de séculos de trevas, reiniciou-se a publicação da Bíblia, traduzindo-a para as línguas modernas, sendo que, a invenção da imprensa contribuiu grandemente para isto. A publicação da Palavra da vida recebeu ímpeto especial pela formação de sociedades bíblicas durante o século dezenove, sendo estas sociedades creditadas atualmente por tantos quantos trinta milhões de exemplares da Bíblia, que estão sendo impressos e distribuídos anualmente.
Mas é bastante esta publicação da Palavra da vida? Não, não é. Pois que proveito terá uma pessoa se ela começar a ler entusiastamente a Bíblia depois de a ter comprado e então pô-la de lado e se esquecer dela porque não a pode entender nem apreciar o que lê? Os fatos mostram que uma vasta maioria dos que obtém exemplares da Bíblia hoje em dia continuam a se conformar com este mundo, do mesmo modo como os ateus, os agnósticos e outros descrentes, indicando que a publicação da Palavra da vida tem sido em vão no que se refere a esta maioria. As condições na cristandade comprovam isto.
A fim de que a publicação da Palavra da vida não seja em vão, precisa-se prover ajuda para o entendimento do seu conteúdo. Ela não é um livro individualista, mas um livro organizacional. Assim como as Escrituras Hebraicas foram dadas a Israel, assim também as Escrituras Gregas Cristãs foram dadas aos seguidores de Jesus Cristo. Nos dias de Jesus e dos seus apóstolos, precisava-se de ajuda para se entender e apreciar a Palavra da vida. O mesmo se dá hoje. — Luc. 24:32.
Concernente à obrigação que os cristãos têm referente a esta publicação da Palavra da vida, Paulo escreveu: “Para que possais chegar a ser imaculados e inocentes, filhos de Deus, sem mácula, no meio duma geração desonesta e pervertida, entre a qual brilhais como iluminadores no mundo, apegando-vos firmemente à palavra da vida.” Não se pode tornar um iluminador mediante a simples venda de Bíblias, ou de ajudas bíblicas nas mãos do povo. Para ser um iluminador precisa lançar luz, fazer com que o povo veja. Isto significa revisitar as pessoas que obtiveram Bíblias ou ajudas bíblicas, tais como a revista A Sentinela, que é oferecida durante março, e ajudá-las a entender e a adquirir apreciação pela Palavra da vida. — Fil. 2:15, 16.
O mesmo pensamento está implícito na instrução de se ‘apegar firmemente à palavra da vida’. Isto não significa entesourar egoistamente a Palavra da vida, apertando-a firmemente no peito, por assim dizer. Absolutamente! Esta Palavra da vida é também chamada de “espada do espírito, que é a palavra de Deus”. Desta admoestação subentende-se que os cristãos devem brandir a palavra do espírito na sua guerra espiritual e que devem segurá-la firmemente para que não lhes caia das mãos e sofra dano. — Efé. 6:17; 2 Cor. 10:3-5, ALA.
É também importante que isto seja uma obra unida de publicação, pois somente uma publicação uniforme pode apresentar uma mensagem clara, harmoniosa e convidativa aos que são de boa vontade para com Deus. E esta publicação tem de ser feita a despeito das circunstâncias e de oposição. Sim, nas palavras do texto bíblico, sai o mandamento apostólico para os ministros cristãos atuais: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.” — 2 Tim. 4:2, ALA.
[Nota(s) de rodapé]
a Para mais pormenores, veja-se a Sentinela de 1° de julho de 1962.