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  • “Bonecos de neve” do Japão
  • Despertai! — 1971
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Despertai! — 1971
g71 8/7 pp. 16-18

“Bonecos de neve” do Japão

Do correspondente de “Despertai” no Japão

QUE divertido! Não tem sido com freqüência o deleite de uma criança construir um boneco de neve? Mas em Sapporo, na ilha setentrional Hokkaido do Japão, eles têm superbonecos de neve. Alguns desses pesam mais de mil toneladas, e são emocionantes em seus detalhes artísticos. Há também animais, aves e peixes de neve, deuses de neve, trens e jumbo jatos de neve, casas, pagodes e castelos de neve — um mundo virtual modelado em neve!

Trata-se de um mundo de vida curta, porém — apenas quatro dias em fins de janeiro ou princípios de fevereiro. Daí é pulverizado ao estado da neve sem forma e carreteado.

O local deste festival na neve, Sapporo, chama-se “A Cidade da Juventude do Japão”. Embora tenha pouco mais de cem anos de idade, floresceu numa azafamada metrópole de 930.000 pessoas. Estranho como pareça, um recente modelo de neve representava o “Milionésimo Cidadão de Sapporo” como um sujeito de olhos turvos com apenas dois dentes em baixo. A maioria da populaça robusta da cidade parece bem mais saudável do que isso!

As cidades japonesas geralmente se desenvolveram de grupos de aldeias feudais, tendo como ruas estreitos e tortuosos becos. Mas, Sapporo é diferente. Projetada com a ajuda de urbanistas britânicos e norte-americanos, possui amplos e retos bulevares, e um parque de 100 metros de largura se estende de leste a oeste através do centro da cidade. É demarcado por fileiras de pés de lilás e acácias, que se combinam com os verdejantes gramados e os coloridos canteiros de flores no verão. Todavia, é um contraste branco no inverno, e especialmente durante o festival da neve.

Festival Que Cresceu Como Uma Bola de Neve

Este festival data de cerca de 1950. Para avivar a labuta do longo inverno setentrional, as crianças foram organizadas para construir modelos de neve, como divertimento e exercício. À medida que o festival tomava impulso, os patronos da cidade viram grandes possibilidades de usá-lo para popularizar Sapporo. O festival agora cresceu progressivamente a proporções gigantescas.

Constrói-se uma sólida plataforma para cada exibição, e fixam-se andaimes de madeira em sua base. Estes devem ser firmes, pois uma avalancha de mil toneladas de neve e gelo pode ser perigosa ao espectador! Há vários anos, uma réplica da arca de Noé desabou durante a construção, e teve de ser feita toda de novo. Caso os construtores tivessem seguido a planta fornecida no livro bíblico de Gênesis, ao invés de o padrão imaginário do filme “A Bíblia”, teriam sem dúvida produzido uma arca mais firme. Mas, pelo menos os animais eram belamente exatos, representações verídicas.

Para a exposição de 1970, a história antiga achava-se representada numa reprodução belamente “esculpida”, de quase quatorze metros de altura e uns trinta metros de largura, do Templo de Pedras Abu-Simbel do Egito, que se afirma ter sido construído por Ramsés II em celebração de sua conquista do Sudão. Esta foi completada com faraós, leões alados e hieróglifos, que pareciam tão desconcertantes aos japoneses quanto a escrita japonesa o é para os estrangeiros.

Apresentou-se a história moderna em outro local da exposição, onde o visitante podia dar os seus ‘primeiros grandes passos’ entre as crateras da lua, mas com os pés amassando ruidosamente a neve ao invés de a poeira lunar. Ao lado, dois astronautas de neve, um módulo lunar de neve e um foguete Apollo 11 de neve davam realismo à cena.

Deleite Infantil na Neve e no Gelo

No entanto, o “espetáculo” é principalmente para o deleite infantil. Pois aqui, retratadas na neve, estão muitas das estórias, do Japão e do Ocidente, que têm sido contadas e recontadas às crianças através dos séculos. Certa exibição, se estendendo transversalmente pelo parque municipal, retrata a Princesa Branca de Neve chegando ao “deslumbrante castelo do Príncipe”. Ela vem de trem “foguete”, acompanhada pelos anões, dois dos quais estão montados sobre o trem. Um tremendo Guiliver, pesando provavelmente duas mil toneladas, jaz estendido através do parque. Modelos de crianças de neve representam os esportes de inverno em volta de sua cintura ao passo que crianças de verdade com boinas e jaquetas de tricô coloridas se aglomeram em torno de seus pés para lhes tirarem fotos.

Na próxima quadra do parque há uma Urashima Taro de cabelos brancos e de rosto pálido, o “Rip Van Winkle” (personagem fictício da literatura norte-americana que dormiu vinte anos) do Japão, que sai cavalgando do folclore japonês numa tartaruga toda branca, de cem toneladas.

Em volta dos modelos maiores acham-se dispostas amostras menores, inclusive animais domésticos, raposas, texugos e ursos. Como as crianças gostam de abraçar de perto estes animais de tamanho natural, e de subir em suas costas de gelo!

Para variar, uma inteira quadra exibe amostras modeladas em puro gelo! Notável entre estas é um pagode de sete camadas, sua estrutura à guisa de pingente de gelo reluzindo com luzes coloridas à noite. Ali perto, cinzelada delicada e peritamente em blocos de gelo, vê-se uma casa rural, uma cocheira e animais da roça. Há também um navio de tesouro e uma coleção de bichos de verdade no gelo: rãs, um pingüim, um camelo, uma naja, um cisne, um gato “preto”, um urso (seguramente preso à cerca), um caranguejo, uma tartaruga e cães polares.

Demolidos os Deuses e Homens de Neve

Visto que o Japão é país budista, uma colossal estátua do Bosatsu-Hanka Buda, erguendo-se a quase onze metros de altura, acha-se proeminentemente exibida no parque central. Mas até mesmo “Buda”, embora primorosamente esculpido no exterior, é apenas como qualquer outra imagem feita pelo homem por dentro — só que um pouquinho mais fria em Sapporo. É bastante sólida para suportar a maioria das tempestades, embora uma fubuki (nevasca) durante o festival possa ser penosa sobre os seus visitantes. E se a neve macia se acumular em seus olhos e ouvidos, caminhões dos bombeiros com suas escadas acham-se à disposição para lançar jatos d’água e removê-la de novo. Por quatro dias refrescantes e quatro noites iluminadas, Buda reina junto com seus co-deuses e amostras.

Depois destes quatro dias transitórios de glória, todas as amostras de deuses e homens e outras têm de ser demolidas, pois constituiriam um perigo para as crianças e outros transeuntes se fossem deixadas a decompor-se pelos elementos. Já na manhã seguinte ao festival, “Buda” ficou sem um dedo. Logo, os trabalhadores ficam atarefados com a picareta e a pá, destruindo a ele e a seus companheiros, da cabeça aos pés. Às vezes esses “deuses” recebem uma libação de despedida, de saque, que é derramada entre seus dentes de gelo, para fazê-los agüentar os golpes dos homens que manejam as pás e picaretas.

Em certo sentido, esta demolição de “Buda” representa o que muitos dos cidadãos pensantes de Sapporo fazem agora. Esta cidade, e deveras a inteira ilha de Hokkaido, fustigada pela neve, mostra ser um dos mais frutíferos campos para o testemunho do Reino no Japão. À medida que as testemunhas de Jeová pregam com a Bíblia Sagrada a estas pessoas humildes, muitas delas vêm a compreender que “Buda”, embora belamente esculpido, não passa de um ídolo, e que, conforme declara a Bíblia, “o ídolo nada é no mundo”. (1 Cor. 8:4; Sal. 115:4-8) No coração, demolem a idéia de “Buda”, de modo tão completo quanto os trabalhadores demolem os deuses do festival de neve.

Embora o festival na neve apresente muitas notáveis e graciosas obras de arte, estas são de fabricação humana e duram apenas alguns dias. E podem quaisquer destas chegar sequer a comparar-se com a graciosidade da paisagem nívea que Jeová pincela por toda a região campestre em cada inverno? Os modelos de neve, como os deuses que alguns deles representam, são passageiros, mas os magníficos ciclos do arranjo terrestre de Jeová continuarão para todo o sempre, para o usufruto prazeroso dos que o amam. Será assim como Deus prometeu há muito, no tempo de Noé: “Por todos os dias que a terra continuar nunca cessarão sementeira e colheita, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite.” — Gên. 8:22.

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