BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g71 22/10 pp. 27-29
  • A viagem de Paulo a Roma

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • A viagem de Paulo a Roma
  • Despertai! — 1971
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • Tempestade e Naufrágio
  • Relato Fidedigno
  • Náufragos numa ilha
    Meu Livro de Histórias Bíblicas
  • “Nenhum de vocês morrerá”
    ‘Dê Testemunho Cabal’ sobre o Reino de Deus
  • Bons portos
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
  • Bons Portos
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
Veja mais
Despertai! — 1971
g71 22/10 pp. 27-29

“A Tua Palavra É a Verdade”

A viagem de Paulo a Roma

O APÓSTOLO cristão Paulo fora mantido prisioneiro por dois anos na cidade portuária de Cesaréia. Então, a seu próprio pedido, seria levado a Roma para comparecer perante César. Paulo e outros prisioneiros estavam a cargo de um oficial do exército chamado Júlio. Lucas, que registrou o relato da viagem, acompanhou Paulo.a

Embarcando num barco, dirigiram-se para o norte, ao longo da costa. No dia seguinte desembarcaram em Sídon. Fazendo-se ao mar novamente, o barco navegou passando pela ponta nordeste da ilha de Chipre, e daí ao longo das costas de Cilícia e Panfília na Ásia Menor. A marcha aqui foi mais vagarosa, mas por fim alcançou-se o movimentado porto de Mirra. Em Mirra, Júlio pôde conseguir passagem para este grupo em outro barco. Evidentemente pertencia à frota transportadora de cereais que viajava regularmente entre a Alexandria, Egito, e Roma.

De Mirra, cingindo-se à costa da Ásia Menor, o grande barco seguiu caminho contra o vento. Assim, levou “muitos dias” para ir de Mirra a Cnido, cidade costeira ao norte da ilha de Rodes. De Cnido, o barco teria de enfrentar mar aberto se a decisão fosse de viajar para oeste, passando pela ponta meridional da Grécia e daí indo para Roma. Mas, evidentemente, ventos fortes desaconselharam tal decisão. Ao invés disso, o barco foi para o sul, em direção à ilha de Creta.

Chegando a Salmone, na costa leste de Creta, o barco contornou a ilha, indo a Bons Portos [Belos-Portos, Herder, LEB]. Por causa da demora devida ao vento, o “dia da expiação já passara”. Isto significava que já era provavelmente outubro nessa ocasião. Navegar mais nessa época do ano seria perigoso. Mas, em razão de que a baía de Belos-Portos era inconveniente para passar o inverno, fez-se a decisão de tentar chegar a Fênix, outra baía a uns 64 quilômetros mais, ao longo da costa cretense.

Tempestade e Naufrágio

A confiança da tripulação nesta decisão aumentou quando soprou um brando vento sulino. Mas, daí, um furioso vento leste-nordeste se abateu subitamente contra o barco, apoderando-se dele e o impelindo! O abrigo da pequena ilha de Cauda ofereceu uma brevíssima trégua do vento tempestuoso. Durante esta, o bote que estava sendo rebocado atrás foi prontamente içado a bordo, e usaram-se cordas e cabos disponíveis para cingir o barco a fim de impedir que se rompesse.

O que aterrorizou a tripulação foi que o vento tempestuoso os estava impelindo para as areias movediças de Sirte, na costa da Líbia, África do Norte. A tripulação se empenhou furiosamente para virar a direção do barco e assim evitar o naufrágio. O barco foi também aliviado por se lançar ao mar a carga. O navegador Edwin Smith comentou esta parte crítica da viagem no número de março de 1947 de The Rudder (O Leme):

“Neste caso colocariam o navio na amura de estibordo, isto é, com o lado direito encarando o vento. Apontaria assim quase para o norte, ou se afastaria da costa Africana e de Sirte; e qualquer avanço que pudesse fazer enquanto estivesse à capa o levaria em sua rota para a Itália, ao passo que seu movimento lateral (deriva) seria, falando-se de modo geral, para o oeste.

“No dia seguinte, quando o vento tempestuoso continuou com sua plena força, aliviaram o navio. Cada passo dado até aqui indica habilidade náutica perita, e também neste caso, pois todas as obras de náutica recomendam esta como uma das coisas que se deveria fazer.” As medidas tomadas viraram o barco numa rota ocidental, evitando o naufrágio na perigosa costa Africana.

Nem o sol nem as estrelas apareceram por muitos dias à medida que o barco era impelido para o oeste. A esperança de sobrevivência foi quase abandonada. Mas, daí, à meia-noite, no décimo quarto dia depois de terem partido de Creta, alguns da tripulação começaram a suspeitar que se aproximavam de terra. Sondagens da profundidade confirmaram isto. Lançaram-se as quatro âncoras, e o barco parou lentamente.

Finalmente raiou o dia. A tripulação cortou as âncoras, desamarraram os remos da popa, içaram o traquete e dirigiram-se para a praia. Mas o navio encalhou e começou a ser despedaçado na tremenda ressaca. Às ordens de Júlio, todos se lançaram ao mar e conseguiram chegar a salvo à terra, alguns nadando e outros se agarrando a tudo que estivesse disponível do navio.

A ilha foi identificada como Malta. Aqui invernaram, e quando se tornou seguro viajar na primavera, prosseguiram viagem em outro barco alexandrino. Com o correr do tempo, o barco passou pelo sudeste da Sicília, aportando em Siracusa por três dias. Daí, prosseguiu para Régio, no “dedo do pé” da Itália, e dali navegaram para Putéoli. Aqui o grupo desembarcou e terminou a última etapa da jornada por terra até Roma.

Relato Fidedigno

Este relato bíblico sublinha as limitações impostas aos navios no primeiro século — sua necessidade de encontrar ancoradouros seguros, de usar as vantagens naturais oferecidas pelos contornos litorâneos, e de evitar o mar aberto em certas épocas do ano. As velas, âncoras, remos da popa, e o bote rebocado na popa concordam todos com as descrições dos barcos daquele tempo. Cingir e alijar o barco eram métodos a que se recorria exatamente em tais circunstâncias.

A referência ao barco de cereais de Alexandria concorda com a situação do mundo romano naquele tempo. Havia tal frota no serviço imperial então, e um oficial do exército veio a assumir o comando, conforme mostra o relato bíblico.

O relato destaca vividamente os problemas de um navio ao navegar a barlavento, e o tipo de ventos prevalecente em determinada época do ano naquela parte do mundo. Com um vento condutor ocidental, as cerca de setenta milhas náuticas (quase 130 km) de Cesaréia a Sídon levaram mais ou menos um dia, mas com um vento sulino favorável uma travessia rápida de cerca de um dia era possível de Régio a Putéoli, uma distância de umas 200 milhas náuticas (370 km).

Também, é digna de nota a exatidão da rota do barco para os bancos de areia de Sirte ocasionada pelo vento que sopra das montanhas de Creta. A posterior alteração da rota, possível com tal vento, poderia levar o barco precisamente para Malta.

O navegador Edwin Smith sentiu-se movido a concluir seus comentários sobre a viagem: “Vimos em nosso exame que toda declaração quanto aos movimentos deste navio, desde o tempo em que partiu de Belos-Portos até que tocou a praia de Malta, conforme delineado por Lucas, foi comprovada pela evidência externa e independente da mais exata e satisfatória natureza . . . Tudo o que contribui para mostrar que Lucas realmente fez a viagem conforme descrita, e se mostrou além disso ser um homem cujas observações e declarações podem ser aceitas como fidedignas e dignas de crédito no mais alto grau.”

Acontece invariavelmente que, quanto mais de perto se examinam os relatos bíblicos, tanto maior se torna o apreço da pessoa pela fidedignidade e merecimento de crédito deles. O relato da viagem de Paulo a Roma é apenas outro exemplo da exatidão da Bíblia.

[Nota(s) de rodapé]

a O relato da viagem de Paulo se encontra nos capítulos 27 e 28 do livro bíblico de Atos.

    Publicações em Português (1950-2026)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar