BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g73 8/9 pp. 13-15
  • Os jogos olímpicos — em ideal e na realidade

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Os jogos olímpicos — em ideal e na realidade
  • Despertai! — 1973
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • Livres do Nacionalismo?
  • Não é Importante Vencer?
  • Apenas “Amadores” nos Jogos Olímpicos?
  • O Papel da Religião nos Jogos Olímpicos
  • O Futuro dos Jogos Olímpicos
  • Os ideais olímpicos em crise
    Despertai! — 2000
  • Jogos olímpicos da Noruega: bastaram os ideais?
    Despertai! — 1994
  • Os jogos olímpicos — são realmente “para a glória do esporte”?
    Despertai! — 1984
  • Para onde vão as Olimpíadas
    Despertai! — 1977
Veja mais
Despertai! — 1973
g73 8/9 pp. 13-15

Os jogos olímpicos — em ideal e na realidade

NO OUTONO setentrional de 1972, cerca de um bilhão de pessoas observaram, quer em primeira mão quer pela televisão, os Jogos Olímpicos de Munique, Alemanha. Achava-se entre tais espectadores? Rememorando, do que mais se lembra sobre tais Jogos?

Para muitos, o assassínio de onze atletas e treinadores é a coisa mais notável. Este evento brutal quase que fez com que o real espetáculo olímpico sumisse de vista. O investimento de Cr$ 4.875 milhões ficou ameaçado de ruína. Mas, da forma como os eventos se desenrolaram, os Jogos sofreram apenas breve atraso.

Todavia, suponhamos que tais matanças não tivessem ocorrido. Será que os Jogos Olímpicos corresponderam a seus próprios ideais? Examinemos tais ideais à luz do que aconteceu em Munique.

Livres do Nacionalismo?

Teoricamente, os Jogos Olímpicos deviam refletir “a cooperação e a boa vontade internacionais”, conforme declarado por Avery Brundage, presidente do Comitê dos Jogos Olímpicos Internacionais (IOC). O prestígio e a rivalidade nacionais deviam ser postos de lado. Mas, ficaram livres do nacionalismo os Jogos de Munique?

Não. A influência política quase que torpedeou os Jogos antes de começarem. Cerca de quarenta e cinco nações ameaçaram abandoná-lo se a Rodésia competisse. Os rodesianos, em conseqüência, foram expulsos dos Jogos numa jogada que Brundage denominou de “patente chantagem política”. A política, depois disso, saturou os Jogos Olímpicos.

Exemplificando: ouviram-se acusações de que havia preconceitos nacionalistas nas decisões. Isto se deu em especial nos eventos em que os juízes tinham de analisar o estilo do competidor. Quase uma dúzia de juízes foram despedidos apenas do boxe, e outros foram advertidos quanto a suas decisões eivadas de preconceitos. Lamentou a revista Time: “Milhões [de cruzeiros] são gastos na publicidade de tenda de circo, mas não há dinheiro para pagar autoridades imparciais e dotadas de conhecimento.”

Fortes sentimentos também eram evidentes na ‘contagem de medalhas’ para cada nação. Indivíduos obtêm medalhas para vitórias conseguidas nos eventos olímpicos. Mas, durante os Jogos, lembrava-se aos observadores quantas medalhas as nações estavam ganhando. Quão bem os Estados Unidos estavam competindo com a Rússia, ou o mundo não comunista contra o comunista, era destacado.

Assim, desconsiderando o ideal da “cooperação e boa vontade internacionais”, as diferenças políticas realmente se aprofundaram, e não foram solucionadas, pelos Jogos Olímpicos. “Ninguém pode duvidar agora”, disse o Times de Nova Iorque, “que a idéia duma ‘paz olímpica’ é uma lorota”.

Mas, não contribui para a paz e a amizade entre os atletas a competição nos Jogos Olímpicos? Não aceitam o credo: “o mais importante nos Jogos Olímpicos não é vencer, mas participar”?

Não é Importante Vencer?

Na realidade, vencer é muitíssimo importante, conforme esclarecido quando se considera os conceitos dos participantes.

Certo saltador estadunidense confessou: ‘O que realmente me amola, porém, é a idéia de voltar para casa e, digamos que eu não ganhei. Alguém se aproxima e diz: ‘Oi, como vai?’ e eu lhes digo que fiquei em segundo lugar, e eles me consideram um fracasso. A primeira coisa que as pessoas sempre perguntam é: ‘Ganhou?’ e, se disser que não, isso é o fim da conversa.”

Nem a forte competição cimenta amizades entre os competidores. O contrário é alcançado, conforme admitido por um corredor dos EUA: “O espírito dos Jogos Olímpicos já desapareceu. . . . A pista de corridas e o campo de esportes são divertidos, mas aqui as pessoas estão fazendo com que deseje odiar seu competidor. Por quê? Trata-se apenas duma corrida.”

O ódio, e não a amizade, conduz a tamanha violência como a que foi vista na partida de pólo aquático entre a Iugoslávia e Cuba. Um despacho da “United Press International” disse: “A água da piscina ficou colorida com sangue. Deram-se cotoveladas, mantiveram-se os jogadores debaixo d’água e houve outras formas menores de violência.” Mas, a intensa competição olímpica produz outros maus efeitos.

Alguns atletas estimularam seus corpos com tóxicos como efedrina, apenas para serem barrados da competição. Outros, cujo esporte em particular exigia nervos firmes, usaram tranqüilizantes. Será que os atletas drogaram-se porque criam que o todo-importante era “participar”? Não! Na realidade, estavam determinados a vencer!

Apenas “Amadores” nos Jogos Olímpicos?

Idealmente, também, todos os competidores olímpicos devem ser “amadores”. Devem participar por amor ao esporte e não por dinheiro. Mas, a hipocrisia por trás da ‘condição de amador’ foi indicada na revista Esquire:

“Amiúde, o amadorismo é apenas uma questão de se alguém é pago aberta ou secretamente. Um corredor ‘amador’ recebeu recentemente US$ 4.000 [Cr$ 26.000,00] por uma única corrida. Um saltador admite ter recebido um carro esporte de US$ 6.000 [Cr$ 39.000,00] por mudar a marca de tênis de corrida pouco antes da final dos Jogos Olímpicos. Na Europa, os pagamentos são também feitos por sob a mesa, mas a mesa se acha amiúde em plena vista. Certo estadunidense menciona ter recebido um envelope no tablado dos vitoriosos em plena vista de 20.000 europeus. ‘Todo o mundo sabia o que havia no envelope’, diz ele com uma risada, ‘e a maioria deles sabia quanto havia nele. O camarada que mo entregou era membro do comitê dos Jogos Olímpicos do país.’”

Assim, o lucro financeiro realmente motiva muitos competidores “amadores”. Não é surpresa que o correspondente Eric Segal se tenha referido aos Jogos como “assolados de elefantíase comercial”.

Todavia, é difícil hoje uma clara distinção entre “amadores” e “profissionais”. Exemplificando: sob o sistema comunista, todos os atletas olímpicos recebem casa, comida e um salário do governo. Todavia, não são “profissionais”, visto que não há ‘esportes profissionais’ no mundo comunista. Mas, os comunistas competem nos Jogos Olímpicos contra os atletas de outras nações que lutaram para ‘pagar sua própria passagem’ para os Jogos. As nações ocidentais afirmam que isso é muitíssimo injusto.

No entanto, será que as equipes ocidentais se acham inteiramente isentas das mesmas acusações? Não concedem as universidades estadunidenses bolsas de estudo que valem milhares de cruzeiros aos atletas estudantes “amadores”? Não gastam alguns militares estadunidenses grande parte de sua inteira carreira de serviço competindo como “amadores”, enquanto são alojados e alimentados pelo governo? Tais práticas são igualmente injustas para com os atletas mais pobres.

Por causa da fricção gerada em torno do ideal da ‘condição de amador’, muitos que apóiam os Jogos Olímpicos preferem permitir que participem todos os atletas, inclusive os “profissionais”. Já agora, abandonar os rótulos de “amador” e “profissional” resultou favorável nos campeonatos de golfe e de tênis.

O Papel da Religião nos Jogos Olímpicos

Mencionam-se os Jogos Olímpicos como o mais notável evento esportivo do mundo. Mas, na realidade muitos costumes religiosos têm sido preservados em relação aos Jogos. Surpreende-lhe isto?

Bem, os antigos jogos gregos, que começaram em 776 A. E. C., e continuaram na Era Comum, eram essencialmente de natureza religiosa. Atualmente a tradição religiosa foi mantida. Como? Considere o que aconteceu antes dos Jogos Olímpicos de 1972.

Uma mulher, vestida como alta sacerdotisa, solicitou a Zeus as graças dele. Ela acendeu uma tocha de uma pira acesa pelo sol nas ruínas do templo de Hera em Olímpia, Grécia. Durante quatro semanas, esta tocha olímpica foi levada por cerca de 5.600 quilômetros por corredores em revezamento até Munique. Quando foi usada para acender o “fogo sagrado” dos Jogos, ao som de um toque festivo de trombetas, uma revoada de milhares de pombas e salvas de artilharia. Daí, seguiu-se uma bênção e o hino olímpico. Realmente, os antigos ritos religiosos gregos, embora modernizados, revivem nos Jogos Olímpicos!

O Futuro dos Jogos Olímpicos

Os ideais olímpicos parecem nobres para alguns. No entanto, os Jogos de 1972 novamente demonstraram de forma clara que tais ideais não são atingidos. Alguns sugerem que se tornem menores tais Jogos no futuro, realizando o campeonato de natação em um lugar, o de corridas em outro, e assim por diante.

Mas, em realidade, os Jogos Olímpicos simplesmente refletem o mundo assolado de problemas que representam, cheio de nacionalismo, de competição e de comercialismo. Os problemas que confrontam os Jogos Olímpicos, como os que confrontam o mundo, fazem com que alguns duvidem da realização dos Jogos de 1976.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar