BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g74 22/4 pp. 4-12
  • Para onde leva a estrada atual

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Para onde leva a estrada atual
  • Despertai! — 1974
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • Qual a Tendência das Reservas de Alimentos do Mundo?
  • Por Que a Escassez?
  • Áreas Críticas
  • A Tendência É Clara
  • Para Onde Vai Este Mundo em Sentido Econômico?
  • O Que Nossa Moeda Consegue Comprar?
  • Por Que Tal Inflação?
  • Falência
  • Agrava-se o Problema
  • O Que Acontece à Sua Segurança Pessoal?
  • Mais Perigo
  • Colapso das Instituições
  • ‘Retorno à Barbárie’
  • Safras recordes, mas escassez de alimentos — por quê?
    Despertai! — 1975
  • Para onde vai seu dinheiro?
    Despertai! — 1974
  • Por que a inflação mundial?
    Despertai! — 1974
  • O que acontece com os preços?
    Despertai! — 1974
Veja mais
Despertai! — 1974
g74 22/4 pp. 4-12

Para onde leva a estrada atual

HAVERÁ um meio de sabermos para onde vai este mundo? Há, sim. Parte da resposta vem da evidência observada em todo ramo de atividade humana.

Mas, primeiro, em que direção o mundo afirma estar indo? Leia os jornais, escute o rádio e a televisão, e torna-se claro que os líderes do mundo afirmam que este vai para uma condição mais pacífica e próspera. Todavia, acontece realmente isso?

Suponhamos que estivesse numa caravana de veículos cujos líderes lhe dissessem que o levavam a uma terra linda, fértil e tépida. Disseram-lhe que, de início, a estrada talvez fosse acidentada, mas que logo melhoraria; que, embora montanhosa no início, logo se aplainaria; e que, embora os suprimentos fossem bem escassos por algum tempo, tornar-se-iam mais abundantes à medida que fosse viajando. Mas, se a estrada ficasse cada vez mais acidentada, ao invés de plana, se as colinas se tornassem, não planícies, mas montanhas, se os suprimentos ficassem cada vez mais difíceis de obter, e se, ao invés de ver maior beleza, fertilidade e tepidez, notasse que as coisas ficavam cada vez mais desoladas, áridas e frias — quanto tempo passaria até que começasse a indagar se estava mesmo indo na direção certa?

Se outros na caravana insistissem em prosseguir, denunciando qualquer outra opinião como “pessimismo”, exigindo maior fé nos líderes da caravana, será que isto o influenciaria? Suponha que as placas avisassem haver grave perigo adiante, uma ponte caída, um deslizamento ou um desmoronamento da estrada — ainda arriscaria sua vida e a dos seus acompanhantes porque a maioria decidiu continuar avançando?

Confronta-nos similar situação hoje, em toda a terra? Contemple, não apenas uma fase das condições que atravessamos, mas o padrão inteiro das coisas. Veja a que equivalem, o que nos dizem quanto à direção em que vai este mundo.

Qual a Tendência das Reservas de Alimentos do Mundo?

Para viver em felicidade, uma das coisas mais básicas que as pessoas precisam é de boa alimentação. A humanidade já por milhares de anos conhece o negócio da produção de alimentos. Os métodos agrícolas têm sido estudados de forma científica e foram altamente desenvolvidos durante muitas décadas. Mas, qual é a clara tendência das reservas mundiais de alimentos hoje em dia?

Naturalmente sabe que, em certas áreas, as pessoas não têm o suficiente que comer. Isso não é novo. Em toda a história, pessoas de várias terras tiveram problemas de obter suficiente alimento. Mas, ominosa tendência está ocorrendo neste século. Durante a Primeira Guerra Mundial, e depois dela, mais pessoas na terra são atingidas pela escassez de víveres do que nunca antes. Com a Segunda Guerra Mundial, o problema se alastrou.

Na verdade, nos anos recentes, a escassez de víveres atingiu algumas nações aqui e acolá, em uma ocasião ou outra. Mas, hoje, a situação é diferente. Agora, todo o mundo acha-se atingido!

Com efeito, nada na história iguala a crise que agora toma forma no que tange às reservas mundiais de alimentos. O que a torna mais significativa é que surgiu apesar de todos os progressos da tecnologia moderna.

Em fins de 1972, U. S. News & World Report disse: “A produção mundial de alimentos . . . subitamente diminuiu quase ao ponto de uma crise global.” Pelo segundo ano em seguida, a produção de alimentos diminuiu nos países mais pobres, os próprios países em que mais se precisava de comida. A. H. Boerma, diretor-geral da Organização Para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas, disse:

“O fracasso num único ano pode ser considerado excepcional. Mas, dois fracassos em anos sucessivos . . . não podem ser postos de lado como infortúnio temporário.”

Em 1972, a produção mundial de alimentos caiu em 4 por cento. A situação tornou-se mais crítica no inverno setentrional de 1972-73. Na primavera de 1973, a revista Progressive Farmer (Lavrador Progressivo) trouxe a manchete: “Estamos Numa Crise Mundial de Alimentos?” Respondeu que Sim, e descreveu a situação como “altamente explosiva”, adicionando:

“Essa é a única maneira de se descrever a situação das rações e do trigo, no mundo e nos EUA. . . .

“Pela primeira vez em muitos anos, as palavras ‘inanição’ e ‘fome em massa’ são vistas e ouvidas. . . .

“Nunca antes, nos tempos recentes, tantas forças subitamente se uniram. O resultado foi quase o pânico.”

O que se desenvolve agora em escala global foi predito há vários anos. Exemplificando: William e Paul Paddock, entre outros, em seu livro Famine 1975 avisaram que o crescimento demográfico mundial corria adiante da produção de alimentos, e que se podia esperar uma crise em meados da década de 1970. Em maio de 1973, um editorial do Times de N. I. comentava: “Parece que a profecia dos irmãos Paddock sobre 1975 poderia começar a se tornar realidade já em 1974.” Os sintomas, porém, já surgiram antes de 1974.

Por Que a Escassez?

Por que a escassez de víveres? Há alguns anos, as esperanças eram tão grandes, graças às ‘sementes milagrosas’ de arroz e de trigo. Todavia, ao mesmo tempo, a população mundial continuou a “explodir”, em especial nos próprios países em que o alimento já era escasso. Não importa quão “milagrosas” possam ser certas sementes, um hectare plantado com elas só pode alimentar certo número. E, quando as pessoas se multiplicam mais célere do que o alimento, a fome é inevitável.

Daí, nos últimos dois anos, graves secas, enchentes, tempo hibernal adverso e má administração reduziram a produção. Entre muitos outros países, a União Soviética foi duramente atingida. Sua safra de 1972 foi, segundo certa autoridade, “a pior colheita em 100 anos”. Viu-se obrigada a comprar 28 milhões de toneladas de cereais, grande parte dos EUA.

Isso, bem como compras feitas por outras nações, junto com a crescente demanda e o tempo ruim nos EUA, esgotaram as reservas de cereais do governo dos EUA. E é isso que torna a atual situação diferente das outras nos tempos recentes. Como observou Newsweek: “Esta última crise alimentar ocorre num tempo em que as reservas agrícolas uma vez maciças em outras partes do mundo — notavelmente nos EUA — começaram a minguar.” Uma autoridade no intercâmbio de mercadorias, em Chicago, disse: “Não existe mais cereal para dar.”

Áreas Críticas

Na África, a situação ficou crítica. Enorme cinturão de terra, estendendo-se por 3.200 quilômetros pelo continente, provou grave fome em 1973:

“Mais de seis milhões de pessoas encaram a morte por inanição na região ocidental e meridional do Saara, assolada pela seca.” — “Post” de Nova Iorque.

“Quase 40% do gado em Níger, Máli Chade, Alto Volta e Senegal — e 80% na Mauritânia — pereceu. ‘Em certos lugares, há animais mortos pela estrada a cada 200 jardas [uns 180 metros]’, afirma um diplomata.” — “Newsweek”.

Um perito do Mercado Comum Europeu disse que esta inteira região da África confrontava “um desastre de tal magnitude que ainda não conseguimos medir”. Em certo ponto, a crise alimentar era tão grave que um oficial das Nações Unidas disse: “Se o problema não for solvido em dois meses, talvez cerca de 6 milhões de pessoas morram.”

A seca talvez fosse um fator principal, mas também o foi a má administração. O gado aumentara em demasia, de modo que o pasto era roçado demais. Desprovido de cobertura, o solo começou a transformar-se em deserto.

A produção de alimentos da Índia também diminuiu nos últimos dois anos devido à seca e outros fatores. Todavia, sua população aumentou em cerca de 25 milhões nesses mesmos dois anos! Newsweek noticiou que, nas áreas atingidas, “cerca de 200 milhões de indianos enfrentam a ameaça de desastrosa fome”.

Muitas outras terras são atingidas por populações em explosão que ultrapassam a produção de alimentos. Devido a esta crise mundial, o Times de N. I. declarou:

“Dois terços das 800 milhões de crianças nos três continentes [África, Ásia e América Latina] são atingidas pela subnutrição segundo peritos das Nações Unidas e de outras partes. Há seis anos, as Nações Unidas avisaram sobre ‘impendente crise de proteínas’. Hoje, afirmam os peritos, a crise já chegou.”

A Tendência É Clara

A tendência é clara — a produção mundial de alimentos não pode acompanhar o passo do aumento demográfico. Na verdade, talvez haja uma inversão temporária dessa tendência. As nações talvez pareçam emendar o problema por certo tempo.

Simplesmente, porém, não conseguimos fugir do fato de que o quadro geral desde a Segunda Guerra Mundial é de um mundo cada vez menos capaz de alimentar-se. Sob os sistemas atuais, então, períodos temporários de alívio certamente serão seguidos por outras crises — de maior magnitude.

Mas, por que não ampliar a área que produz alimentos? Também, o que dizer de se comer mais peixes? Responde The Wall Street Journal:

“A área das novas terras que podem facilmente ser incorporadas às áreas aradas se reduz, ao passo que cresce mais, a cada ano a demanda de alimento. Aumentando o problema, cada vez mais terras agrícolas são abandonadas cada ano, algumas por causa da erosão, mas também por causa da invasão das rodovias, fábricas e habitações humanas.

“A pesca de algumas espécies [de peixe] de mesa, de qualidade, está declinando como resultado da pesca excessiva. Muitos biólogos marinhos crêem agora que a pesca total de peixes de mesa de qualidade talvez esteja bem perto do limite máximo suportável.”

Assim, apesar de toda sua tecnologia avançada, o homem não encontra a solução para o problema alimentar mundial. Torna-se pior cada vez que a população do mundo aumenta na mais rápida taxa de toda a história. Agora, cada ano presencia aumento líquido de cerca de 75 milhões de pessoas nesta terra!

Talvez more num país que, presentemente, possui alimentos. Todavia, esse alimento, com toda probabilidade, torna-se mais caro, à medida que cresce a demanda em todo o mundo.

O que lhe significa isto? Se os presentes sistemas aperfeiçoados por este mundo deixam de solver o problema mais fundamental do homem — sua reserva alimentar — não mostra isto que há necessidade de ampla mudança na terra?

Todavia, este é apenas um dos muitos “marcos” que apontam a direção em que vai este mundo.

Para Onde Vai Este Mundo em Sentido Econômico?

Há um velho ditado de que ‘o dinheiro é a mola do mundo’. Os atuais sistemas do mundo deveras se moldam a este princípio. Com que resultado para nós, hoje?

As modernas economias nacionais são tão interligadas que súbita queda no valor da moeda de uma só nação poderosa pode virtualmente paralisar o comércio em todo o mundo. A desvalorização da moeda ou a inflação galopante pode converter muitos em mendigos. O livro Money and Economic Activity (Dinheiro e a Atividade Econômica) de Houghton Mifflin, afirma: “Na Alemanha, no fim de 1923, foram precisos 1.200.400.000.000 de marcos de papel para se comprar aquilo que apenas 35 marcos podiam comprar apenas dois anos antes.” Apenas três anos (1946-1948) da guerra civil na China devastaram de tal forma o valor da moeda chinesa que os operários levavam seu pagamento para casa em enormes maços de dinheiro, e as pessoas amiúde usavam o dinheiro de pouca monta para acender o fogo na cozinha.

Será menos perigoso colocarmos nossa confiança na moeda das nações hodiernas?

O Que Nossa Moeda Consegue Comprar?

Em que direção vai o valor de sua moeda? O alimento continua a custar mais, naturalmente, mas, o que dizer dos outros itens — roupa, moradia, combustível, eletricidade, transporte e recreação?

Conhece a resposta. Não importa onde more, o custo de vida continua indo na mesma direção: sobe — sobe — sobe. Há qualquer fim em vista destes preços crescentes?

No Canadá, apenas os preços dos alimentos subiram 11% num ano. A Alemanha e a Suíça, consideradas ilhas da estabilidade econômica, sofreram ambas uma taxa de 8% de inflação. Na maioria dos outros países, a situação é muito pior.

A queda do poder adquisitivo da nação mais rica da terra, os EUA, é abaladora. São precisos agora US$ 5 para se comprar aquilo que se comprava com US$ 1 em 1900!

Um banqueiro de Zurique disse: “A psicologia inflacionária agora é ampla e arraigada por toda a Europa. Precisa-se tomar ação drástica para suster a inflação, mesmo se corrermos o risco duma recessão, e de maior desemprego.”

É por isso que, embora na atualidade haja o que muitos chamam de “surto de progresso” ou “prosperidade” mundial, disse o banqueiro suíço: “Trata-se dum surto tenebroso de progresso.” E observou U. S. News & World Report: “Há um medo consumidor de que o surto de progresso talvez seja seguido, no futuro não muito distante, por uma ‘depressão’.”

Por Que Tal Inflação?

Por que tal persistente inflação? A razão principal é que tanto as pessoas como as nações não vivem segundo sua renda. Sentem um frenesi de querer ‘obter agora e pagar mais tarde’. Isto resulta numa onda sísmica de empréstimos sem igual na história.

Assim, em grande parte, a “prosperidade” hodierna é irreal, porque é financiada com dinheiro emprestado. É como a pessoa que ganha Cr$ 500,00 por semana e então pede emprestados outros Cr$ 500,00. Por certo, conseguirá viver melhor por algum tempo. Mas, algum dia, terá de prestar contas — tem de começar a viver segundo seus recursos, e pagar a dívida, ou declarar-se falida.

Mas, nos dias de hoje, a maioria dos governos dificilmente consideram ser bom viver segundo seus recursos. Os políticos desejam manter sua popularidade, e, assim, usualmente não tomam as medidas necessárias para deter a inflação. Acham ser politicamente vantajoso continuar pedindo empréstimos e gastando para sustentar a “prosperidade”. A disposição parece ser: ‘Que o próximo a ocupar o cargo se preocupe com isso.’

Mas, os governos não diferem das pessoas que não pagam suas dívidas: também eles podem falir. Conforme o Economic Education Bulletin, publicado nos EUA, avisou:

“Um surto de progresso artificialmente estimulado pela inflação não é prosperidade sólida. Tem havido vários de tais surtos na história da Nação, e todos foram seguidos por sérias depressões. Jamais os administradores duma ‘moeda papel inconversível administrada’ [moeda papel não lastreada por bens tais como ouro] conseguiram criar sólida e duradoura prosperidade.”

Falência

O que torna a situação ainda pior é a condição financeira dos EUA, base do sistema econômico do mundo ocidental. Por muitos anos, agora, têm gasto no ultramar muito mais do que têm ganho. Por quê? O Economic Education Bulletin fornece as razões:

“Primeiro, por muitos anos o Governo dos E. U. tem dispendido no ultramar mais moeda e crédito dos E. U. do que recebeu do exterior. Através de seu amplo e super-generoso programa de ajuda externa e através de grandes gastos militares em outros países, colocou tais exigências nas mãos dos governos, dos bancos centrais, e de indivíduos estrangeiros. . . .

“Segundo, os Estados Unidos entregaram-se a marcante e prolongada inflação . . . por mais de três décadas. . . . Isso também resultou em tão marcante aumento nos preços [dos produtos dos EUA] que muitos processadores dos E. U. não mais podem competir nos mercados mundiais.”

O arranjo feito pelas nações ocidentais, depois da Segunda Guerra Mundial, foi que os débitos internacionais seriam pagos em ouro. Mas, em 1971, devido aos gastos dos EUA no ultramar, havia seis vezes mais dólares em mãos dos estrangeiros que os EUA tinham em ouro para pagá-los! Era como alguém que devesse a outrem Cr$ 6.000,00, mas só tivesse Cr$ 1.000,00 em haveres para sanar a dívida, e a dívida crescia sempre!

Daí, veio agosto de 1971. Nessa época, os EUA abruptamente fecharam sua ‘janela do ouro’. Recusaram-se a honrar sua promessa de resgatar com ouro os dólares em papel-moeda que os estrangeiros detinham. Mas, o que significa quando alguém afirma que não vai mais pagar suas dívidas, como disse antes que pagaria? A publicação acima-citada mostra o que significava isso:

“O fechamento da janela do ouro constituía o reconhecimento de que o Governo dos E. U. . . . estava internacionalmente falido.”

Os EUA se tornaram o maior devedor falido na história do mundo! E, desde 1971, a situação se agravou. Agora, em 1973, o débito externo dos EUA é oito ou nove vezes superior ao valor do ouro que possuem.

Agrava-se o Problema

Existe qualquer possibilidade de inversão desta tendência? Joseph Alsop, editorialista, declarou:

“O que nos ameaça — o que já começou, com efeito — é permanente crise monetária, que talvez signifique permanente crise inflacionária.

“Em três anos, nas atuais projeções nossos dólares não serão nada do que parecem ser hoje, embora um dólar agora já valha muito pouco.”

A maioria dos observadores concordam. Mas, o que os torna tão seguros? É o fato de que há uma ‘crise energética’ em muitas partes do mundo. Especialmente nos EUA. Usam o petróleo muito mais rápido do que podem agora encontrar e produzir. E a demanda aumenta cada ano, ao passo que suas reservas diminuem. Em resultado, aquela nação tem de importar cada vez mais petróleo do exterior. Isso significa gastar mais dólares em outros países.

O editor Alsop chamou de “horríveis” as perspectivas econômicas para o futuro imediato. Podemos ver a razão por examinarmos algumas estatísticas. Em 1970, os EUA pagavam cerca de Cr$ 13 bilhões a outros países para suas importações de petróleo. Em 1973, importaram mais de Cr$ 45,5 bilhões de petróleo. Os cálculos são de que, em 1975, as importações de petróleo custem cerca de Cr$ 97,5 bilhões. Em 1980, esta soma, diz-se, subirá vertiginosamente para cerca de Cr$ 195 bilhões — e para muito mais, depois disso. Tudo isto acontece quando o balanço de pagamentos já há muito é deficitário! Acrescentou Alsop:

“Os números também significam uma crise energética, por certo. . . . Todavia, a inconveniência para muitos, e graves perdas financeiras para alguns, são meras ninharias em comparação com a tragédia nacional de um dólar cada vez menos valioso.”

Por isso, baseado na evidência, o que acha? Há probabilidade de o atual sistema econômico do mundo solucionar seus problemas? Acha que seria seguro esperar isso, e pôr sua esperança nele?

Torna-se evidente às pessoas razoáveis que o sistema econômico possui graves defeitos, que está rompendo-se. Deveras, se seguir seu curso atual, caminha para o colapso. Embora as melhoras ou o alívio temporários talvez ocorram, é evidente que precisam ocorrer enormes mudanças no futuro próximo.

Na realidade, o sistema econômico do mundo está construído sobre falso alicerce. As nações operam com enormes débitos, com “gastos deficitários”. Seus cidadãos fazem o mesmo, comprando cada vez mais a crédito. Este aumento de cada vez maior extensão do crédito produz um efeito como o da bem conhecida “casa de cartas”. A estrutura não possui nenhuma força real, e qualquer pressãozinha pode fazer com que toda ela subitamente desabe.

O Que Acontece à Sua Segurança Pessoal?

Toda pessoa almeja sentir-se garantida, segura. Ninguém deseja ser vítima de um “assaltante”, ou que sua casa seja arrombada. As mulheres não querem ser violadas. É universal o desejo de ter vizinhos honestos, decentes. E todos querem ver melhorar a qualidade da vida.

Mas, tornam-se as cidades, os povoados e as áreas rurais locais mais seguros em que viver? Melhora a qualidade da vida?

Se for adulto, rememore como eram as coisas há dez, vinte ou mais anos. Considera a vida e a propriedade mais seguras hoje do que eram naquele tempo? Confia mais nas pessoas nos dias atuais? Quando vai ver quem bate à porta de sua casa à noite, sente-se mais seguro agora?

A ampla maioria das pessoas afirma que o contrário é que é verdade. Acham que a sua segurança pessoal corre muito mais perigo agora do que em qualquer tempo de que se lembrem.

Mais Perigo

Toda a evidência dos oficiais de polícia concorda. Quase todo país da terra experimenta chocante aumento de crime e violência, nos anos recentes. Aumentou tanto a anarquia que se tornou um dos mais graves problemas de nossos tempos.

Arnold Toynbee, respeitado historiador inglês, segundo noticiado em West Australian, concluiu que há “óbvio declínio da honestidade comum, a ausência dum propósito comum”. A publicação também declarava: “Ele acha que as nações ascendem ou caem em relação à união moral da família e o propósito moral do Estado, e vê no Ocidente um declínio de ambas.”

Nos próprios países considerados mais “avançados” é que a segurança diminui mais rápido. Um oficial de polícia canadiano, de Hamilton, Ontário, lançou a culpa pelo crime naquele país ‘sobre o colapso moral da sociedade’, e referiu-se ao Canadá como “sociedade doentia”. Em Toronto, duas vezes mais pessoas são agora apanhadas roubando as lojas do que há cinco anos atrás. Todavia, disse o Star de Toronto: “Crê-se que até mesmo isso seja apenas uma fração do número de compradores e de comerciários que roubam.” Um diretor da segurança de 40 lojas naquela cidade observou: “Temos apanhado todo o mundo — um médico, um advogado, e a esposa dum juiz.”

Na Grã-Bretanha, o aumento em agressões maldosas deixa atônitos os experimentados oficiais de polícia. Um detetive da Scotland Yard observou que os crimes violentos estão aumentando, e que os criminosos agora “são completamente insensíveis e não mostram remorso”. Em Londres, o Daily Mail relatou, os roubos após as agressões aumentaram maciçamente em 129% apenas em quatro anos! E declarou o Daily Telegraph:

“Lorde Hailsham, o Lorde Chanceler, . . . asseverou, e poucos se inclinariam a questionar seu ponto, que, se o crime pronunciável continuar a aumentar em sua presente taxa, o sistema judicial se romperá . . .

“Muitos pensadores progressistas costumavam pensar que a causa do crime era a pobreza. Como é, então, que o crime aumentou ao nos tornarmos mais prósperos?”

Nos EUA, houve uma onda de crime de imensas proporções na última década. Na maioria das áreas daquele país, os grandes crimes aumentaram dez a quinze vezes mais do que a população. Em Albuquerque, Novo México, um residente cuja casa foi assaltada quatro vezes em cinco anos, declarou: “Sento-me na minha casa, como Kit Carson no forte, temeroso de sair porque alguns . . . desordeiros poderão vasculhar meus bens.”

Em outra parte dos EUA, o dono dum prédio de apartamentos de ‘segurança máxima’ disse: “Temos até que parafusar a mobília e os quadros”, porque tantos estavam sendo roubados. De um empreiteiro que vende sistemas automáticos para impedir assaltos a domicílios, roubaram equipamentos custosos de seu próprio caminhão!

O Times de Los Angeles disse que as estatísticas do crime “rezam como relatório dum campo de batalha, mas a batalha, sem nenhuma esperança em vista dum cessar-fogo, é travada nos povoados e cidades por todos os Estados Unidos”. Em especial, os crimes violentos — o assassinato, a agressão, o estupro — aumentaram violentamente.

Até nas pequenas comunidades, há menos segurança. Um lojista numa pequena cidade da Virgínia disse sobre o crime: “Temos notado que aumenta nas cidadezinhas. Nunca tivemos um roubo por aqui, até há alguns anos, e, agora, esse negócio acontece a toda hora.”

As estatísticas oficiais de crimes são suficientemente desalentadoras. Mas, o Times de N. I. revelou: “Em algumas categorias, o número de crimes cometidos poderia ser até cinco vezes maior que o número oficialmente relatado pelas vítimas.”

Colapso das Instituições

Junto com este amplo aumento no crime, veio o colapso das próprias instituições para as quais a pessoa se voltaria em busca de ajuda. O governo, a religião do mundo, a ciência — todos tem falhado em deter a onda. Nada parece estável, fidedigno. Até mesmo a vital unidade familiar se rompe rapidamente.

Por exemplo, no ano de 1972, houve um auge de todos os tempos no número de divórcios nos EUA — 839.000! Aumentaram mais de duas vezes mais rápido que os casamentos. Agora, cerca de um de cada três casamentos termina em divórcio. Em outras terras a situação é similar. Na União Soviética, sua revista Sputnik afirma:

“O índice de divórcios aumenta na União Soviética e provoca sério efeito na taxa de nascimentos do país, bem como nos aspectos sociais e econômicos da vida. . . .

“Em 1950, havia três divórcios para cada cem casamentos, em 1960 o número subira para dez por cento, e, em 1967, já atingira 30 por cento. . . .

“A sensação de que a unidade familiar é instável é gerada até mesmo entre casais que não pensam no divórcio.”

Podem as pessoas voltar-se para os líderes governamentais para que detenham o colapso geral da sociedade? O próprio fato de que o problema aumenta, década após década, mostra que não conseguem parar tal declínio. Ademais, as pessoas duvidam cada vez mais da fidedignidade de seus líderes políticos.

Assim, numa entrevista recente, George Bush, presidente do Comitê Nacional Republicano dos EUA, admitiu que “há ampla sensação no país, sem se considerar o partido, de que os políticos são corruptos”. Esta não é senão uma expressão típica dos sentimentos em todo o mundo. O colapso no respeito pelas autoridades governamentais só pode apressar o passo da anarquia e da desordem entre o povo comum.

Nem os líderes científicos e industriais resultam ser verdadeira bênção para a humanidade. Ao passo que tem havido impressionantes consecuções na tecnologia, melhorou isto realmente a qualidade geral da vida? A tecnologia moderna é responsável pela poluição, pela superpopulação e por perigosas rodovias, pelo trabalho monótono nas máquinas, pelas horríveis armas de destruição em massa que, cada ano, custam uma verdadeira fortuna. Será de admirar que um professor de física na Universidade do Texas respondeu à pergunta: “Pode a ciência salvar-nos?” com um redondo “Não!”?

Até mesmo os feitos espaciais espetaculares resultam supérfluos em seus efeitos. Cada vez mais pessoas vieram a concluir que tais aventuras não se relacionam aos problemas terrestres. As enormes somas gastas são agora reputadas por muitos como grandemente desperdiçadas. Pensam da mesma forma que a pessoa que escreveu ao Times de N. I., e disse, em resposta à afirmação de que grandes benefícios fluíam das explorações espaciais:

“Diz-se-nos que o investimento de nosso país no espaço ‘acelerou a economia, melhorou a qualidade da vida de nosso povo, incrementou nosso prestígio nacional, e contribuiu para nossa segurança nacional.’

“Gostaria que nos tivesse dito como. A economia está desesperadora, nosso prestígio é só tapeação, a qualidade de nossa vida se deteriora, e nossa segurança nacional já atingiu o ‘estágio de mais do que destruir o inimigo’. . . . Nós ‘povo da terra’, estamos chorando, simplesmente chorando.”

‘Retorno à Barbárie’

Se encarar a verdade de frente, terá de ver que, sem considerar o que os líderes mundiais tenham tentado fazer, a segurança e a qualidade da vida continuam a deteriorar. Isso moveu o historiador Toynbee a afirmar que ‘a civilização hodierna claramente bate em retirada’ para a barbárie.

Reflexo desta insegurança é o seguinte item da revista Time: “Um painel de peritos . . . chama a depressão de ‘a forma mais comum de desordem mental’. Cada ano, os médicos tratam cerca de 4.000.000 a 8.000.000 de estadunidenses assim afligidos.” E outra evidência da insegurança é o trágico aumento das doenças do coração. Disse a Organização Mundial de Saúde que já atinge dimensões surpreendentes em todo o mundo.

É óbvio que, não demorará muito, algo na sociedade terá de “ceder”. As coisas não podem continuar dessa forma sem que ocorra ampla mudança. Mas, haverá uma saída destes gigantescos problemas? Será que as pessoas, de algum modo, inverterão tais tendências tão profundamente arraigadas? Ou poderia dar-se que uma ordem inteiramente nova seja a única forma de se evitar o desastre, uma ordem que comece tudo de novo, desde o alicerce?

[Foto na página 4]

De quanta evidência precisa a pessoa para provar que vai na direção errada?

[Gráfico na página 5]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

Aumento da População Mundial +2%

0

Produção Mundial de Cereais -4%

1971 1972

Resultado: Queda de 6% nos suprimentos de cereais por pessoa.

[Quadro na página 6]

O que US$ 1,19 comprava

em 1964

PÃO E MANTEIGA, 73/4c

COPO DE FRUTAS, 7c

SALADA, 161/4c

BEBIDA, 51/4c

ERVILHAS, 53/4c

CARNE, 583/4c

BATATA, 23/4c

SOBREMESA, 151/2c

em 1973

CARNE, $ 1,02

SOBREMESA, 17c

[Quadro na página 9]

Causas Básicas dos Problemas Econômicos

“Todos parecem querer, a todo transe, obter o máximo e dar tão pouco quanto seja possível, a imaginar escassezes e perturbar a produção, e a encontrar substitutos fáceis para o trabalho honesto e árduo. Em toda a parte há sinais de contendas e de inquietação, entre os jovens, entre os trabalhadores nas fábricas e nos campos, e, o mais ominoso de tudo, entre aqueles que operam o Governo.” — “The Times of India”, conforme citado pelo “Times” de Nova Iorque, de 16 de agosto de 1973, p. 10.

[Quadro na página 12]

Desvanece-se o Otimismo

“Nada resta do otimismo um tanto míope do século dezenove, quando se esperava que a ciência e o progresso abolissem todos os males, tanto individuais como coletivos. Todas as certezas tradicionais entram em colapso; rompem-se as culturas e as civilizações; a humanidade, como um todo, ficou cônscia da extrema precariedade de sua existência.” — Do prefácio do livro “La Mort et Ses Mystères” (A Morte e Seus Mistérios), do psicólogo francês, Ignace Lepp.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar