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  • g74 22/11 pp. 17-22
  • Quando os médicos tentam impor transfusões de sangue

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  • Quando os médicos tentam impor transfusões de sangue
  • Despertai! — 1974
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  • “Visando a ‘Cirurgia sem Sangue’”
  • Perigos das Transfusões
  • Não Há Teste Infalível
  • Livramento da Responsabilidade
  • É Coerente?
  • Razão Mais Importante
  • Ainda Tentam Impor Transfusões de Sangue
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Despertai! — 1974
g74 22/11 pp. 17-22

Quando os médicos tentam impor transfusões de sangue

QUANDO consulta um médico, que qualidades deseja que ele possua? Naturalmente, deseja um médico que tenha bom conhecimento e perícia médica. Quanto mais habilidade tiver, tanto mais poderá ajudá-lo.

No entanto, e se ele recusar deixar que tenha algo a dizer quanto ao que acontece com seu corpo? E se ele lhe amarrasse numa mesa e lhe impusesse algum remédio ou cirurgia, contrário à sua vontade? Provavelmente procuraria outro médico da próxima vez, no mínimo.

O que as pessoas desejam, e precisam, é dum médico que não só tenha conhecimento e perícia, mas também compreensão. Este tipo de médico jamais perde de vista que é um servidor público. Serve a seus pacientes da melhor forma que pode, mas não tenta dominá-los. Considera os desejos deles. Felizmente, há muitos de tais médicos. Compreendem haver sempre novos métodos — e diferentes conceitos até mesmo entre peritos. Assim, ao passo que recomendam certo tratamento, não tentam impô-lo ao paciente.

No entanto, há outro tipo de médico. Ele, também, sem dúvida está sinceramente interessado em seu paciente. Mas, este tipo de médico é tão decidido quanto a certo tratamento que chega a recorrer a um mandado judicial para impô-lo a um paciente. Amiúde, este tipo de médico não avalia que métodos mais novos ultrapassaram seu modo de lidar com certas doenças. E amiúde é este mesmo tipo de médico que não sente verdadeiro apreço pelo seu papel qual servidor público, e pelo direito de seu paciente de escolher ou rejeitar certos tipos de tratamento.

Assim, há este grande contraste nos médicos. Dos dois tipos, qual desejaria se ficasse doente, ou precisasse ser operado?

“Visando a ‘Cirurgia sem Sangue’”

Em nenhum sentido é mais evidente o contraste nos médicos do que no assunto das transfusões de sangue. De que modo?

Nos vários últimos anos, crescente número de médicos mudaram de idéia quanto a dar transfusões de sangue. Aprenderam a realizar todos os tipos de grandes operações sem sangue. Todavia, outros médicos ignoram estas novas descobertas. Persistem ainda em tentar impor sangue a pessoas que não o desejam.

Os novos aperfeiçoamentos neste campo são representados por manchetes tais como a do Times de Palo Alto, Califórnia: NOVAS TÉCNICAS CIRÚRGICAS ELIMINAM AS TRANSFUSÕES DE SANGUE.” Outra manchete, no Press de Long Island, Nova Iorque, proclamava: CRESCE A TENDÊNCIA VISANDO A ‘CIRURGIA SEM SANGUE. Esta última publicação declarava:

“Costumava-se usar a transfusão de sangue como parte padrão da cirurgia. Não se usa mais. Nos anos recentes, os médicos aperfeiçoaram novos métodos de operar que minimizam, se não eliminam totalmente, as transfusões de sangue. Afirmam que os novos métodos são melhores para os pacientes, também.”

O famoso cirurgião do coração, o Dr. Denton A. Cooley, do Instituto do Coração do Texas, em Houston, afirma: “É evidente o fato de que, agora, a maioria das grandes operações podem ser feitas sem transfusões. . . . Nosso alvo é ver quão pouco podemos usar.” E o Dr. Jerome H. Kay escreve o seguinte a The Journal of the American Medical Association: “Temos evitado as transfusões de sangue tanto quanto possível. . . . Já temos feito aproximadamente 6.000 operações a coração aberto no Hospital S. Vincente em Los Ângeles. Desde que não temos usado sangue para a maioria dos pacientes, é nossa impressão que os pacientes passam melhor.”

Há várias razões para esta tendência no sentido da “cirurgia sem sangue”. Uma é que os perigos das transfusões de sangue se tornam mais amplamente reconhecidos.

Perigos das Transfusões

Newsweek de 30 de abril de 1973, observou que a transfusão de sangue é “um processo que pode resultar em graves complicações, se o sangue novo estiver contaminado ou for incorretamente tipado com o do paciente”. Quão grave? Winfield Miller afirma em Medical Economics: “Nenhum produto biológico tem maior potencial para erros fatais no exercício da medicina do que o sangue. Mais de um médico já aprendeu, para sua tristeza, que cada frasco de sangue nos bancos de sangue é um frasco de nitroglicerina em potencial.”

Quão mortíferas podem ser as transfusões de sangue? As estimativas variam. Uma afirma que, cada ano, mais de 30.000 estadunidenses contraem hepatite através das transfusões de sangue, e que, deste número, 3.000 morrem dessa doença. Outro cálculo afirma que “180.000 estadunidenses, cada ano, contraem a hepatite sérica através das transfusões de sangue”. Ainda maiores números têm sido publicados no Congressional Record dos EUA, que afirma:

“O Centro Para o Controle das Doenças declara que a taxa anual de hepatite talvez ultrapasse o total oficial, devido a que muitos médicos deixam de comunicar os casos de hepatite sérica. O centro calcula que até 35.000 mortes e 500.000 casos de doença por ano podem ser atribuídos à presença da hepatite sérica no sangue para transfusões.”

Todos esses cálculos se baseiam apenas em uma das complicações resultantes da transfusão de sangue — a hepatite. No entanto, há outras, como as reações hemolíticas e a sobrecarga, mencionadas no livro Complications in Surgery and Their Management (Complicações na Cirurgia e Como Resolvê-las). Tal livro então adiciona: “Em termos de invalidez e perda de vida . . . as transfusões de sangue se rivalizam com alguns de nossos maiores problemas de saúde.” O Textbook of Medicine (Compêndio de Medicina) de Cecil-Loeb calcula que, nos EUA, “pelo menos 120.000” reações adversas reconhecíveis devido às transfusões de sangue podem ser esperadas cada ano.

Na Rodésia, o Sunday News de Bulawayo noticiou, em fins de 1973, outra grave complicação. Falou de bebezinhos, um do sexo masculino e outro do sexo feminino, infetados de sífilis por meio de transfusões de sangue. Ambos receberam sangue do mesmo frasco. Esta publicação africana comentava: “As crianças receberam sangue fresco que fora submetido aos testes normais para verificação de doenças venéreas e declarado puro.” Como pôde acontecer tal coisa? O Textbook of Surgery de Davis-Christopher explica: “Os primeiros estágios da sífilis são difíceis de detectar e os doadores talvez não estejam cônscios de sua infecção.”

Quão sensível é o sangue pode-se depreender de descobertas recentes. Num certo estudo, de 29.000 doadores de sangue, pesquisadores de Wisconsin, EUA, descobriram uma quantidade excessivamente alta de monóxido de carbono no sangue. O monóxido de carbono é um dos piores venenos mortíferos conhecidos. Como conseguiu penetrar no sangue de tais doadores? Entre os fatores fornecidos achavam-se a fumaça da combustão de veículos automotores, o trabalho da pessoa e onde morava. Os piores culpados foram os fumantes. Tinham um nível três ou quatro vezes maior deste veneno no sangue.

É óbvio, então, que há muitos e muitos problemas graves ligados às transfusões de sangue. Com boa razão, portanto, o State Journal of Medicine de Nova Iorque declarou: “Não se devia dar nenhuma transfusão se outra terapia bastar.” E esta conclusão foi tirada há vários anos atrás, antes de muitos dos novos métodos de “cirurgia sem sangue” terem sido aperfeiçoados.

Não Há Teste Infalível

Faz-se muito esforço para tentar desenvolver métodos de detectar o sangue que transmita doenças ou o sangue incompatível. Mas, ao passo que se fizeram aprimoramentos, não existe nenhum método infalível.

O Legislativo da Califórnia tirou esta conclusão e a incluiu em seu Projeto de Lei N.º 793 de 15 de março de 1973. Reconhece Medical World News: “Mesmo se todo doador de sangue for investigado pelos testes mais sensíveis agora disponíveis . . . muitos pacientes ainda contrairão a hepatite pós-transfusional.”

Nem é uma simples questão de não se poder eliminar o fator causador da hepatite. O famoso cirurgião de coração aberto do Hospital S. Barnabé (Nova Iorque), Dr. Charles P. Bailey, declara: “Os perigos da incompatibilidade e de danos aos rins, resultantes de transfusões, embora muito reduzidos, jamais podem ser abolidos, não importa quão cuidadosa seja a ‘prova de compatibilidade’ do sangue.”

Uma das razões para estes grandes problemas foi observada pela revista Let’s Live. Num artigo escrito por dois médicos, faz-se a menção da “qualidade ímpar da relação entre o corpo e seu próprio sangue”. O artigo diz:

“Em seu livro Who Is Your Doctor and Why? (Quem É Seu Médico e Por Quê?), o Dr. Shadman escreve: ‘O sangue em qualquer pessoa é, em realidade, a própria pessoa. Contém todas as peculiaridades do indivíduo de quem provém. Isto inclui as caraterísticas hereditárias, as susceptibilidades às doenças, os venenos devido ao modo de vida pessoal, aos hábitos de comer e de beber. . . .’

“‘Toda pessoa tem seu próprio tipo de sangue e, visto não haver duas pessoas exatamente iguais, não se pode, com impunidade, colocar o sangue de outra pessoa em suas veias, não importa quão bem tipado seja. Seu sistema tem de livrar-se dele e começa a fazê-lo imediatamente, e continua a fazê-lo até que o tenha eliminada todo. . . .’

“‘Uma porção de propaganda é circulada sobre a purificação do sangue e o uso apenas do resíduo limpo. Não se pode fazer isso. A sangria de outrora foi suplantada pela transfusão de sangue. Dentre todas as práticas médicas ridículas dos tempos passados e presentes, a pior é a atual mania de sangue.’”

O artigo também citava o Dr. Shadman como afirmando: “Ao realizar mais de 20.000 operações cirúrgicas, jamais dei uma transfusão de sangue e jamais tive um paciente que morreu por falta dela. Tenho dado muitas transfusões de solução salina normal. É melhor e mais segura. Tenho-a usado em casos de todos os graus de exsangüinação, e nenhum morreu. Alguns eram tão brancos quanto o giz e frios como uma pedra, mas viveram.”

Tal afirmação talvez pareça exagerada para alguns. Todavia, observe o que declara o Textbook of Surgery de Davis-Christopher, publicação de peso: “Calcula-se que de 35 a 50 por cento de todas as transfusões de sangue são desnecessárias, e apenas cerca de 1 por cento são dadas como processos para salvar a vida.”

Além disso, não é provável que o elemento humano possa ser eliminado da coleta e estocagem de sangue. Fazem-se erros, e há também descuido, conforme admitido em Hospital Practice (Prática Hospitalar) de janeiro de 1974.

Livramento da Responsabilidade

Os danos causados por transfusões de sangue criam enormes problemas legais. Processaram-se médicos e hospitais, exigindo enormes somas de dinheiro. Este se tornou um problema muito mais grave quando, não faz muito tempo, uma corte suprema estadual dos EUA acordou que os hospitais podem deveras ser considerados responsáveis por danos resultantes duma transfusão de sangue.

Em resultado, muitos pacientes a quem se vão dar transfusões de sangue têm de assinar um formulário de isenção. Por assinar este formulário, o paciente concorda em isentar o hospital e sua equipe de qualquer responsabilidade se sofrer danos oriundos do sangue. Um de tais formulários hospitalares reza:

“Compreendo plenamente que a transfusão ou a administração de sangue ou de derivados de sangue talvez resulte em HEPATITE POR VÍRUS ou outras reações adversas que resultem em possíveis doenças e complicações graves, em hospitalização, na necessidade de cuidado e tratamento médicos adicionais, em invalidez temporária ou permanente, bem como em outros possíveis efeitos adversos sobre minha saúde e bem-estar, (inclusive a morte).”

Neste formulário, fornece-se um espaço para que os genitores ou tutores assinem quando o paciente for menor de idade.

É Coerente?

Por certo é coerente com os direitos do paciente informá-lo dos perigos das transfusões de sangue. Isto é, se o paciente quiser sangue. Por assinar o formulário, concorda em tomar sangue por seu próprio risco.

Mas, e se NÃO quiser sangue? Quão coerente é que os médicos e hospitais desejem que assine formulários isentando-os de possíveis danos por darem sangue, e, no entanto, em outros casos, desejam obter mandados judiciais de modo a poderem impor o sangue a pacientes que não o desejam?

Também, a mesma incoerência se mostra ao lidar com pacientes menores de idade, crianças. Por um lado, pede-se aos genitores ou tutores que assinem formulários isentando os médicos e hospitais da responsabilidade se ocorrerem danos à criança devido à transfusão de sangue. Todavia, por outro lado, ignora-se os genitores ou tutores quando assinam, ou querem assinar, formulários que isentem os médicos ou hospitais da responsabilidade por NÃO dar uma transfusão de sangue a uma criança.

Só pode haver um conceito coerente e razoável. Esse é levar em conta o direito do paciente de recusar um tipo determinado de tratamento médico. Em especial, este direito torna-se precioso quando tal tratamento é admitidamente perigoso, até mesmo mortífero.

Sobre este ponto, o Dr. Arthur Kelly, antigo secretário da Associação Médica Canadense, disse: “Médico algum pode ter certeza de que certa pessoa morrerá se não receber uma transfusão de sangue ou viverá se a receber. Talvez seja melhor que a pessoa esquisita morra do que se prejudique o direito humano fundamental de recusar o tratamento médico.”

Razão Mais Importante

Como é bem conhecido, as testemunhas de Jeová não tomam transfusões de sangue. Na verdade, reconhecem os perigos. Mas, objetam mormente a isso por motivos religiosos, e para elas esta é uma questão muito mais importante.

A Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, ordena especificamente aos verdadeiros cristãos que “se abstenham das coisas poluídas por ídolos, e da fornicação, e do estrangulado, e do sangue”. (Atos 15:20, 29) Afirma que devem ‘guardar-se do sangue’. — Atos 21:35.

Esta proibição do sangue foi registrada nas Escrituras Gregas Cristãs. Mas, mesmo então não era nova. A mesma lei foi dada por Deus milhares de anos antes, e acha-se registrada nas Escrituras Hebraicas. Nem foi tal lei dada apenas à antiga nação de Israel. Foi dada à humanidade séculos antes de tal nação vir à existência, e aplica-se a toda a humanidade. — Veja Gênesis 9:4; Levítico 17:11, 12, 14; Deuteronômio 12:23 como exemplos.

Muitas pessoas zombaram de tais ordens quando as transfusões de sangue começaram a tornar-se populares. Mas, agora, algumas dessas mesmas pessoas estão mudando de idéia. Vêem que aquilo que parecia um “cura-tudo” de início agora se transformou num pesadelo. Assim, depois de todos esses anos, as últimas descobertas da medicina moderna têm mostrado a sabedoria da proibição divina de se tomar sangue.

Ainda Tentam Impor Transfusões de Sangue

A pessoa imaginaria que, com certeza agora, nesta data avançada, e em vista das últimas informações e das novas técnicas, os médicos e os hospitais não mais imporiam transfusões e sangue. Mas, impõem.

Por exemplo, em fins de 1973, jovem senhora grávida, Connie Reavis, recusou a recomendação de seu médico de tomar sangue. O médico e o hospital em Portland, Oregon, levaram a questão aos tribunais. O Juiz do Tribunal de Circuito, Berkeley Lent, aprovou a petição de impor o sangue. A Sra. Reavis recusou-se a obedecer ao mandado. Entrou em contato com médicos em Seattle, que concordaram em não usar sangue. No Hospital da Universidade de Washington, bem sucedida cesariana trouxe ao mundo uma menininha de 5 quilos e trezentos gramas. Não se usou nenhum sangue.

Em outro caso, Curtis Dunn e sua esposa Patsy, testemunhas de Jeová, verificaram quão desencaminhantes podem ser os formulários assinados. Esperando seu terceiro filho, assinaram um formulário liberando os médicos e o hospital de qualquer responsabilidade por ela não tomar sangue.

Depois de a criança nascer, ficou anêmica. Os médicos dum hospital de Houston, Texas, levaram a criança para longe dos pais, por meio dum mandado judicial e lhe deram uma transfusão de sangue. Essa ação foi tomada subitamente. Não houve oportunidade de se ouvir primeiro o assunto. Mas, o que aconteceu ao formulário que assinaram?

O exame mais detido do formulário de isenção foi revelador. O formulário declarava apenas que isentava os médicos e o hospital de qualquer responsabilidade pela decisão dos pais. Não dizia que a decisão dos pais seria respeitada sob todas as circunstâncias. Assim, tais formulários podem ser relativamente inúteis. Podem ser enganosos, engodando os pacientes confiantes a sentirem um senso falso de segurança.

É interessante que um médico que analisou o caso tenha dito mais tarde: “Esta anemia, com toda a probabilidade, foi devida ao uso prolongado do cateter de infusão venosa umbilical que fora inserido [para a infusão de fluidos ou de sangue] quando a criança tinha sete horas de vida.”

Não Se Trata de “Vida ou Morte”

Muitas vezes os médicos disseram às testemunhas de Jeová confrontadas com grande cirurgia que tinham de tomar uma transfusão de sangue ou morreriam. No entanto, vez após vez, esse não resultou ser o caso. A muitas delas se permitiu seguir um tratamento alternativo e se deram muito bem. E, ao assim fazer, viram-se livres dos perigos surgidos pelas transfusões de sangue.

Exemplificando: aos pais de um bebezinho de um dia em Kentucky foi dito que o bebê tinha de tomar uma transfusão de sangue. Os médicos num hospital em Fort Thomas disseram que, de outro modo, ele morreria devido à incompatibilidade do fator Rh. Quando os médicos procuraram obter um mandado judicial para dar uma transfusão de sangue, o pai, William Bergeron, entrou em contato com outro médico. Tirou o bebê daquele hospital e o transferiu para outro em Houston, Texas. Ali, os médicos trataram com êxito o bebê pela fototerapia fluorescente e deram alta a ele em questão de três dias.

A experiência de Aaron Lee Washburn, de 16 anos, foi similar. Ele estivera num acidente dum veículo e sofreu fraturas múltiplas da cabeça e de outras partes. Num centro médico de Dallas, seus pais declararam expressamente sua rejeição às transfusões de sangue. De início, isso foi respeitado. Mas, três dias depois, o cirurgião que faria a operação tentou obter um mandado judicial para impor uma transfusão de sangue. Disse ao juiz que não poderia operar sem ela. Mas, daí, outros cirurgiões trataram do caso. Respeitaram a posição dos pais quanto ao sangue e realizaram a operação. O inteiro período operatório durou sete horas e meia. Não se usou nenhum sangue. A operação teve êxito e isso foi amplamente reconhecido nas notícias pela imprensa.

Lições Aprendidas

As experiências das testemunhas de Jeová no que tange às transfusões de sangue revelam várias lições. Uma das mais positivas é noticiada pela “Associated Press”:

“A necessidade de desenvolver técnicas cirúrgicas que não exigissem transfusões de sangue foi estimulada, em parte, pelas limitações às formas usuais de cirurgia impostas pela fé das Testemunhas de Jeová, cuja religião se opõe à transfusão de sangue de doadores.”

Sim, muitos dos novos processos e tendências na “cirurgia sem sangue’, surgiram graças aos médicos que procuravam melhores meios de operar testemunhas de Jeová. Algumas destas novas técnicas têm tido tanto êxito que crescente número de médicos agora as usam em todos os seus pacientes.

Outra lição aprendida é que, ao passo que há agora mais médicos que respeitam o direito do paciente de recusar o sangue, esta não é de maneira alguma uma tendência universal. Muitos médicos não mostram grande respeito, e recorrerão a mandados judiciais para tentar impor o sangue a pacientes que não o querem.

Uma dolorosa lição aprendida é que um formulário assinado não constitui garantia de que a recusa do paciente ao sangue será respeitada. Não basta assinar uma declaração isentando a equipe médica da responsabilidade se acontecer algo errado devido à não aceitação de sangue pelo paciente. Tais formulários precisam incluir uma garantia, por parte da equipe médica envolvida, de não dar sangue sob quaisquer circunstâncias. Ao mesmo tempo, tais formulários podem expressar a disposição de aceitar tratamentos alternativos aprovados pelo paciente.

Todavia, ao passo que as testemunhas de Jeová ainda passam por muitas dificuldades, tem havido grandes “aberturas”. Têm visto muitos da classe médica reconhecer que as transfusões de sangue podem prejudicar e matar. Têm visto mais autoridades falarem abertamente contra tal prática. E têm chegado a conhecer cada vez mais médicos que honram seu direito de recusar o sangue. A estes médicos compreensivos, tais pacientes sentem-se muitíssimo gratos.

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