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  • g76 22/12 pp. 16-19
  • Conselho Mundial de Igrejas — uma casa dividida

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  • Conselho Mundial de Igrejas — uma casa dividida
  • Despertai! — 1976
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  • Profundas Divisões
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Despertai! — 1976
g76 22/12 pp. 16-19

Conselho Mundial de Igrejas — uma casa dividida

DURANTE séculos, religiões da cristandade têm estado divididas. Isso não é nada novo. Atualmente, porém, a fragmentação da cristandade atingiu seu auge. Há mais religiões que afirmam ser cristãs.

No entanto, embora todas afirmem ser cristãs e adorar o mesmo Deus, têm doutrinas, práticas e credos políticos diferentes. Até no seio da mesma igreja há, amiúde, divisões profundas, tais como nas questões raciais e nacionais, bem como nas oriundas barreiras financeiras e sociais.

Tais divisões resultam na maior das contradições em tempos de guerra: membros da mesma religião, bem como outros, todos afirmando seguir o “Príncipe da Paz”, massacram uns aos outros.

Tentativas de Unificação

Tais contradições óbvias desviam muitas pessoas das igrejas — e de Deus. Assim, fazem-se muitas tentativas de sanar as divisões. Uma destas tentativas de unificação foi a formação do Conselho Mundial de Igrejas.

O Conselho foi formado em Amsterdã, Holanda, em 1948, tendo sua sede em Genebra, Suíça. Compõe-se presentemente de 286 das maiores organizações eclesiásticas, incluindo protestantes, anglicanos, ortodoxos orientais e velhos católicos. Estes representam calculadamente de 400 a 500 milhões de pessoas.

Em fins de 1975, o Conselho realizou sua quinta assembléia geral. O local, pela primeira vez, foi a África — Nairóbi, Quênia. As igrejas-membros foram representadas por 747 delegados votantes. Outras religiões, inclusive judeus, hindus, budistas, muçulmanos e católicos romanos, enviaram observadores. O Papa Paulo VI enviou uma mensagem de saudação.

O tema da assembléia era “Jesus Cristo Liberta e Une”. O Dr. Philip Potter, secretário-geral do Conselho, falou da “busca da unidade da igreja”.

Profundas Divisões

Desde o próprio início, tornou-se patente que havia profundas divisões, impossíveis de sanar. Uma delas tinha que ver com a composição modificada da assembléia.

Nas assembléias anteriores, os delegados das igrejas da Europa Ocidental e da América do Norte tinham dominado os debates. Mas, em Nairóbi, as igrejas que representavam a Ásia, África, América Latina, as Ilhas do Pacífico e a Europa Oriental, dominada pelos soviéticos, tinham a maior força de votos.

Dos 747 delegados que compareceram a esta conferência religiosa, 439 eram das nações do “Terceiro Mundo” (em desenvolvimento) e de países comunistas. Juntos, constituíam cerca de 60 por cento do total de delegados.

Esta composição modificada era patente em muitas questões que dividiam o Conselho. Usualmente, as igrejas da Europa Ocidental e da América do Norte apoiavam as diretrizes políticas, sociais e econômicas do Ocidente. As igrejas do Terceiro Mundo e dos países comunistas detinham conceitos opostos.

Um indício da diferença surgiu quando um delegado africano lançou a seguinte acusação ao Conselho: “Creio que há uma conspiração para amainar esta inteira assembléia, a fim de agradar aos norte-americanos e aos europeus, porque é ali que está o dinheiro.” No entanto, em vista da nova maioria, isso não aconteceu.

Outro exemplo da tensão Leste-Oeste foi observado por Newsweek. Comentou que um eclesiástico liberiano “propôs a exigência mais controversial de todas — a moratória de cinco anos no envio de missionários brancos para a África”. A hostilidade de alguns eclesiásticos africanos para com seus correspondentes europeus e estadunidenses era evidente.

Divididas Quanto à ‘Luta Pela Libertação’

Uma questão amargamente divisória teve que ver com os ‘movimentos de libertação’. A tônica deste assunto foi dada no início da assembléia, num discurso básico. Este foi proferido pelo Dr. Robert Brown, professor de teologia da Universidade da Califórnia.

Embora fosse duma nação ocidental, Brown indicou que “a idéia de Jesus Cristo como libertador da humanidade oferecia pouco consolo para aqueles a quem a história vê como opressores, tais como os ‘brancos’ que, como raça, conquistaram, oprimiram e exploraram tantos das raças de cor do mundo”.

Seus comentários deixaram irados os eclesiásticos ocidentais. Mas, à medida que outros oradores apresentaram seus conceitos, tornou-se óbvio que a maioria do Conselho era a favor da continuação da libertação do imperialismo ocidental’. Esse tema fora adotado na última assembléia do Conselho em Upsália, Suécia, em 1968.

A respeito de tal questão, um editorial do Times de Seattle, EUA, comentou: “Em tal situação mudada, podia-se ouvir as pessoas das nações subdesenvolvidas. Falaram francamente aos delegados das nações desenvolvidas. O que tinham a dizer talvez contenha as sementes de debate, confrontação e controvérsia novos.” O editorial observava “o sentimento profundo do mundo não desenvolvido quanto ao fato de que o mundo desenvolvido, os Estados Unidos e outros, os terem despojado de seus recursos naturais”.

Assim, não foi nenhuma surpresa quando uma comissão especial recomendou que o Conselho devia “acelerar a ajuda aos grupos de guerrilha em todo o mundo, e especialmente na África austral”. Tal apoio já tinha sido aprovado em Upsália, quando o Conselho estabeleceu um “Programa de Combate ao Racismo”. Em tal programa, canalizaram-se fundos para vários movimentos guerrilheiros.

A revista Christianity Today (Cristianismo Atual), em sua edição de 2 de janeiro de 1976, reconheceu que tais fundos já tinham sido destinados. E também noticiou que a assembléia rejeitara “uma proposta de restringir os subsídios do Programa de Combate ao Racismo aos grupos não-violentos”.

No entanto, a mesma publicação comentou que “o governo marxista” de Moçambique era um “que o conselho ajudou a assumir o poder”. Todavia, esse novo governo, disse, “assumia uma linha dura para com as igrejas e, especialmente, para com os missionários estrangeiros”. Por causa disso, alguns delegados ocidentais consideraram contraproducente o apoio aos movimentos de libertação.

Os resultados trágicos da divisão entre as igrejas foram trazidos à atenção do Conselho pelo clérigo presbiteriano Gordon Gray, da Irlanda. Declarou ele: “Da Irlanda, proclamamos ao mundo um Jesus Cristo que escraviza e divide. Tanto as igrejas Católica Romana como as protestantes verificaram ser prisioneiras das divisões políticas, sociais, culturais e religiosas que ajudamos a criar e preservar. Quando o colapso de nossa sociedade exigiu urgentemente uma palavra profética do Senhor, descobrimos que não podíamos concordar quanto a qual deveria ser tal palavra.”

Mais Divisões

Outra área que expôs quão terrivelmente dividido estava o Conselho teve que ver com a liberdade religiosa. Fizeram-se tentativas, da parte de alguns delegados ocidentais, de adotar uma resolução que condenava os países onde se nega a liberdade religiosa.

No entanto, a orientação desta condenação foi mais explicitamente vista quando um sacerdote ortodoxo disse: “Nos chamados países socialistas, matam-se e assassinam-se as pessoas.” Era evidente que o principal empuxo destas tentativas visava a União Soviética.

Esta tentativa de condenação sofreu amarga oposição. O National Catholic Reporter falou da “agonia entre o Leste e o Oeste, quando o Ocidente quis especificar as violações da liberdade religiosa na União Soviética”. Por fim, foi adotada apenas uma versão ‘amainada’ da proposta.

Mas, estava o Conselho realmente interessado na liberdade religiosa? Não, porque ignorou um dos exemplos mais flagrantes e amplamente conhecidos da opressão religiosa nos tempos modernos. Trata-se da tortura, assassínio, estupros e banimento em massa das Testemunhas de Jeová em Malaui.

O jornal alemão, Bild, disse: “Esta seria uma boa oportunidade de protestar contra a perseguição dos cristãos em alguns países da África negra. Por exemplo . . . em Malaui, onde as Testemunhas de Jeová têm sido espancadas, e suas esposas estupradas. Que fez o Conselho Mundial de Igrejas! Decidiu boicotar sete bancos (entre eles se achava o “Deutsche Bank”), porque faziam negócios com a África do Sul. Política com notas bancárias ao invés de ajuda aos irmãos necessitados — isso também é um credo, mas é um credo ruim.”

No Star de Washington, D. C., EUA, o redator W. F. Willoughby perguntou a respeito da perseguição contra as Testemunhas de Jeová: “Mostrar-se-á o CMI à altura nesta ocasião lancinante, porém oportuna? Se não, qualquer outro pronunciamento que faça contra a opressão — religiosa, racial ou de outra forma — soará menos do que convincente.”

O Conselho não ‘se mostrou à altura’. Nada fez, mostrando que estava então mais interessado em assuntos políticos do que na liberdade religiosa. Foi só cinco meses depois da conferência que o secretário-geral do Conselho, Sr. Potter, escreveu ao presidente de Malaui uma carta a respeito da perseguição. Mas, na própria ocasião, o Conselho mesmo não tomou nenhuma ação.

Nenhuma União

A quinta assembléia do Conselho Mundial de Igrejas deveras provou algo. Provou que a casa da cristandade acha-se mais terrivelmente dividida do que nunca.

O secretário-geral do Conselho, Sr. Potter, disse que “não surgiram quaisquer idéias ou frases notavelmente novas”, e que as tentativas de unificação ainda estavam “no deserto”. Acrescentou Christianity Today: “Essa avaliação da posição do Conselho Mundial de Igrejas, feita pelo seu próprio secretário-geral, resumiu o sentimento de muitos delegados no último dia da Quinta Assembléia do conselho.”

Tão fúteis foram as tentativas de unificação que, quando a assembléia terminou, um delegado australiano de alta categoria disse: “Poder-se-ia dizer que acabou antes de começar?” E comentou o Star de Toronto: “Nairóbi suscitou muito mais indagações do que respondeu.”

Comentou Newsweek: “Tornou-se claro que suas disputas internas tinham debilitado a imagem do Conselho no Ocidente e no Terceiro Mundo. E, no meio de seus embates políticos, a organização parcela ter perdido completamente a visão de seu alvo religioso básico: juntar cristãos de todo o mundo numa frente unida.”

Todavia, a Bíblia, a base do cristianismo, afirma que os verdadeiros cristãos ‘devem todos falar de acordo’. Afirma: “não haja entre vós divisões”, mas que os cristãos devem estar “aptamente unidos na mesma mente e na mesma maneira de pensar”. — 1 Cor. 1:10.

A Bíblia também afirma que os que professam servir a Deus, mas que odeiam seus irmãos espirituais, são mentirosos. E identifica, como filhos do Diabo, os que assassinam seus irmãos. — 1 João 4:20, 21; 3:10-12.

Não é de admirar que o colunista Jeffrey Hart dissesse: “A quinta assembléia do Conselho Mundial de Igrejas, reunida solenemente em Nairóbi, Quênia, apresentou um espetáculo de doença moral e espiritual de revirar o estômago.”

Parte do Mundo

A assembléia também provou que as igrejas estavam muito distantes do verdadeiro ensino cristão quando concordaram em ficar ainda mais intensamente envolvidas nos assuntos políticos do mundo. Noticiou The Christian Century: “Ser, ou não ser, parte do mundo — essa não é a questão. A questão é se deve ficar envolvida até os tornozelos ou até as orelhas. A Assembléia optou pelo máximo.

O que ajudou a assegurar que este seria o caso foi o fato de um dos presidentes recém-eleitos do Conselho ser o Metropolita Ortodoxo Russo, Nikodim, arcebispo de Leningrado. Ele apoiou a ajuda do Conselho aos grupos de libertação e disse: “Acho que, como um dos presidentes, sinto-me agora ainda mais interessado nesse tipo de trabalho.”

Todavia, Jesus disse que seus verdadeiros seguidores ‘não fariam parte do mundo’. (João 17:16) A Palavra de Deus também diz: “Todo aquele que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” — Tia. 4:4.

As igrejas realmente rejeitaram a Palavra e o propósito de Deus. Voltaram as costas para a única esperança da humanidade, o reino celeste de Deus, e a nova ordem que trará aqui na terra.

Para Onde Vai?

O estado dividido do Conselho Mundial de Igrejas mostra que não existe possibilidade de Deus o estar apoiando. “Deus não é Deus de desordem, mas de paz.” — 1 Cor. 14:33.

Antes, a confusão, semelhante à de Babel, de doutrinas e práticas contrárias à vontade de Deus, identifica-o como parte da meretriz chamada “Babilônia, a Grande”, em Revelação, capítulo 17. E seu futuro é claro. Essa profecia mostra que se dirige à aniquilação total às mãos daqueles mesmos com os quais agora banca a meretriz — as forças políticas deste mundo. — Rev. 17:16.

Jesus predisse: “Toda cidade ou casa dividida contra si mesma não permanece.” Nem permanecerá a casa dividida do Conselho Mundial de Igrejas. — Mat. 12:25.

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