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  • g78 22/10 pp. 21-24
  • Foi meu bebê para o limbo?

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  • Foi meu bebê para o limbo?
  • Despertai! — 1978
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Despertai! — 1978
g78 22/10 pp. 21-24

Foi meu bebê para o limbo?

O ENTERRO terminou, mas não o choque regelante. O caixão, branquinho como a neve, foi sepultado na terra devastada. Parecia incrível que, apenas algumas semanas antes, meu garotinho tinha dado seus primeiros passos, seu rostinho reluzindo com um sorriso de puro triunfo. Mas, agora, André estava morto!

Como mãe do André, imagine o abalo que senti ao encontrá-lo sem vida em seu bercinho, seus olhos bem azuis voltados para o alto, num rosto doentio. O médico injetou duas ampolas de niquetamida direto no coração, através das costelas. Mas isto falhou em reiniciar as batidas de novo.

Sim, houve cartas e telegramas de condolência, mas trouxeram muito pouco conforto. Noite após noite, as pílulas soporíferas prescritas pelo médico não conseguiram trazer o alívio necessário ao meu cérebro cansado. Eu ficava parada junto à janela, olhando lá para fora a noite toda, procurando os céus. “Onde é que estará meu filhinho agora?”, ficava imaginando. “Estará ele em algum lugar ali no céu, entre as estrelas?”

Minha filha mais velha voltara para casa, do internato, para passar alguns dias. Confrontada com a tragédia, quase que suas primeiras palavras foram: “André está no limbo.”

Esta experiência de despedaçar o coração se deu em 1956. Mas, está vividamente inculcada na minha mente. Tudo isso aconteceu em Empangeni, no coração da Zululândia.

O pequenino André nunca tinha sido batizado e, assim, sentíamos profunda preocupação. Estaria um bebê não-batizado eternamente perdido no limbo, como ensinava a Igreja Católica? Como mãe de coração partido, simplesmente tinha de saber a verdade. Será que Deus realmente exigia que todos, inclusive os bebês, fossem batizados? Bem, o que era mesmo o limbo?

O Que É o Limbo?

A Nova Enciclopédia Católica (em inglês) afirma sob “Limbo”: “Atualmente, o termo é usado pelos teólogos para designar a condição e o lugar ocupados quer por aquelas almas que não mereceram o inferno e seus castigos eternos, mas que não puderam entrar no céu antes da Redenção (o Limbo dos pais), quer aquelas almas que estão eternamente excluídas da visão beática, por causa apenas do pecado original (o Limbo das crianças). . . . A palavra, em nossos tempos, refere-se ao lugar ou condição das criancinhas que morrem sem o Sacramento do Batismo, que sofrem a pena do dano mas não a pena dos sentidos. Às vezes, seu significado é mais amplo e denota uma condição ou lugar de felicidade natural também para tais criancinhas.”

No entanto, esta obra de referência também declara: “A sorte dos bebês que morrem sem o batismo é deveras um problema mui complexo . . . A questão do limbo ainda se acha entre as questões teológicas não equacionadas. Um endosso oficial da existência do limbo, por parte da Igreja, não pode ser encontrado.”

Embora isto se dê, o limbo é aceito pelos católicos devotos num lugar após outro, através da terra. Por certo, pode compreender a razão por que certa mãe enlutada e afligida pelo pesar precisava saber se o limbo deveras existia.

Aprender Sobre a Condição dos Mortos

Continuei orando mui fervorosamente para obter o entendimento correto sobre a condição dos mortos. Não muito depois da tragédia, nossa família mudou-se para a cidade de Pietermaritzburgo. Certo sábado, ouvi batidas à porta. Ao abri-la deparei com duas senhoras junto com um garotinho. Por que estavam ali? Para palestrar sobre a Bíblia. Uma vez convidadas a entrar, não demorou muito até me falarem o que as Escrituras tinham a dizer quanto à condição dos mortos.

Por exemplo, voltaram minha atenção para Eclesiastes 3:19-21. Embora católica, costumava usar a Versão Autorizada ou Versão Rei Jaime da Bíblia (equivalente à Almeida). Esta rezava: “Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais; a mesma coisa lhes sucede, como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego; e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade. Todos vão para um lugar; todos são pó e todos ao pó tornarão. Quem adverte que o fôlego dos filhos dos homens sobe para cima, e que o fôlego dos animais desce para baixo da terra?” — (Al, revista e corrigida).

Deveras, o homem talvez imagine que possua uma alma que suba para o céu. Mas, nisto, eu podia ver que estava errado, “porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais”, e “como morre um, assim morre o outro”. Por isso, André tinha de estar no túmulo. Era exatamente como dissera o salmista: “Não confieis em príncipes, nem em filhos de homens, em quem não há salvação. Sai-lhes o espírito, e eles tornam-se em sua terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos.” — Sal. 146:3, 4, Al.

As duas senhoras mostraram as seguintes palavras, do livro de Eclesiastes: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tão pouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol. Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma.” — Ecl. 9:5, 6, 10, Al.

Agora ficava patente que os mortos não sofriam tormentos num inferno ardente. As visitantes Testemunhas de Jeová explicaram meridianamente que a palavra hebraica, seol, e o termo grego, hades, às vezes traduzidos “inferno”, denotam a sepultura comum da humanidade. Ademais, minhas visitantes indicaram que “Deus é amor”, e que era um insulto ao Criador crer que Ele torturasse pessoas, quer por algum tempo, quer para sempre, num inferno ardente. — 1 João 4:8.

Daí, porém, eu queria aprender mais. Era a sepultura o fim de tudo para os que tinham morrido?

Não Existe Nada Mais?

“Pelo contrário”, disseram-me, “vem a hora em que os mortos escutarão a voz de Jesus Cristo e sairão numa ressurreição”. Que conforto havia nas palavras de Jesus Cristo! “Não vos maravilheis disto”, disse ele, “porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.” (João 5:28, 29, Al) A perspectiva duma ressurreição era maravilhosa! Mas, ainda permanecia uma pergunta causticante . . .

“Ressuscitará Jesus os não-Batizados?”

Minhas visitantes me garantiram que, segundo a Palavra de Deus, os bebês não-batizados, como o Andrezinho, não estavam excluídos da maravilhosa provisão da ressurreição, da parte de Deus. Deveras, a ampla maioria dos mortos nos túmulos memoriais serão ressuscitados à vida aqui na terra, sob o reino celeste de Jesus Cristo.

Para mim, era fantástico aquilo que tais senhoras apresentaram. Era algo de que jamais tinha ouvido falar antes. Quando ofereceram-se para me ajudar a pesquisar mais as verdades bíblicas, aceitei alegremente. E, à medida que o tempo passava, aprendi muito mais sobre o batismo.

Por exemplo, Jesus Cristo dissera a seus seguidores: “Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei.” (Mat. 28:19, 20) Isto significava que, antes de alguém ser batizado, teria de familiarizar-se com o nome e os propósitos de Deus. Teria de aprender o papel desempenhado pelo Filho, Jesus Cristo, no arranjo de coisas de Deus. A pessoa também precisaria saber algo sobre a operação do espírito santo, a força ativa de Deus. Óbvio era que nenhum bebê podia entender tais coisas. Assim, tornou-se-me claro que era antibíblico batizar uma criança de peito.

Ademais, aprendi que o batismo cristão não era simples aspersão. O próprio Jesus foi completamente imerso em água para simbolizar a apresentação de si mesmo ao Deus Onipotente. (Mat. 3:13-17) E, quando o eunuco etíope foi batizado, em símbolo de sua dedicação a Deus, o lugar escolhido para o batismo foi “certo corpo de água”. Tanto ele como o evangelizador Filipe “desceram à água”, e Filipe batizou o eunuco por imergi-lo na água e então levantá-lo dela. — Atos 8:35-39.

Imagine, porém, meu deleite ao compreender que Andrezinho não estava no limbo! Com efeito, a Nova Enciclopédia Católica admite: “A palavra [limbo] não é empregada pelos Pais, nem aparece nas Santas Escrituras.” Não é encontrada na Bíblia porque não existe tal lugar ou condição. Que alegria senti ao aprender tais coisas!

Ao se passar um ano da morte de Andrezinho, dei à luz uma menininha. Infelizmente, contudo, esse bebê só viveu cerca de vinte minutos. Todavia, quão grata sou de conhecer a maravilhosa provisão de Jeová Deus, de resgatar a humanidade imperfeita e de ressuscitar os que estão em Sua memória! — Mat. 20:28; Atos 24:15; Rom. 5:12.

Cerca de vinte anos se passaram desde a morte precoce de Andrezinho e sua irmã. Mas, agora, tenho uma esperança segura quanto ao futuro. E que prazer é partilhar essa grandiosa esperança com outros, falando a eles sobre Jeová, o Deus da ressurreição, e apontando o maravilhoso dom que ele dá — “A vida eterna por Cristo Jesus, nosso Senhor”! (Rom. 6:23) — Contribuído.

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