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  • Caçar e pescar — à moda antiga
  • Despertai! — 1981
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Despertai! — 1981
g81 8/6 pp. 27-28

Caçar e pescar — à moda antiga

TALVEZ, para a maioria das pessoas que pescam, seu equipamento inclua uma rede ou uma vara. A caça é geralmente realizada com uma espingarda. Mas, como membro da tribo dos mandaias, nas Filipinas meridionais, fui ensinado a viver da caça e pesca sem nenhum desses equipamentos!

Meu treinamento começou aos cinco anos. Muitas pessoas talvez encarem como primitivos os métodos que usávamos, mas nossa família gozava duma abundância de carnes e peixes provenientes da própria “despensa” da floresta. Métodos similares eram provavelmente usados há milhares de anos, quando, após o dilúvio dos dias de Noé, Deus disse à humanidade: “Todo animal movente que está vivo pode servir-vos de alimento.” — Gên. 9:2, 3.

Pesca — No Estilo da Selva

Por exemplo, não usávamos varas ou redes para pescar. Então, o que usávamos? Muitas vezes, apenas as mãos! Meu pai me ensinou a apanhar peixes, camarões, lagostas ou caranguejos com as mãos, ao redor das pedras e da relva, no leito do rio. Aprendi também a usar um cesto de bambu ou um cesto de espinhos. Colocava isca neles à noite e de manhã — confiantemente — haveria uma safra.

Em nossa tribo, o arco e a flecha eram muito usados para a pesca. Aprendi a agachar-me num galho suspenso sobre a água e imitar os sons de certos peixes. Quando vinham à tona, atirava a flecha e mergulhava para buscar minha presa.

Outro modo em que apanhávamos peixes era por cavar um buraco na margem do rio, de cerca de 60 cm de largura, 80 cm de comprimento e uns 30 cm de profundidade. Em frente a esta entrada, fazíamos uma grade de varetas de bambu. A grade tinha uma pequena porta feita de tal forma que, quando o peixe a atravessasse para procurar alimento, ficaria preso.

Noutro estilo de pesca, cinco ou 10 pessoas trabalhavam juntas. Erguíamos uma espécie de curral na extremidade dum lago ou rio e depois vadeávamos vagarosamente na água em direção a ele, batendo todo o tempo na água com paus. Peixes, tartarugas e até mesmo pequenos crocodilos eram impelidos para dentro do curral. Sim, comíamos os crocodilos também!

Enguias grandes nadavam amiúde por baixo de troncos de árvores, raízes, raminhos ou folhas. Para apanhá-las, fincávamos simplesmente a lança comprida entre qualquer destes destroços flutuantes. Caso houvesse uma enguia ali, e nós a atingíssemos, ela flutuava para a superfície.

Quando as noites eram escuras, atraíamos a presa com uma luz. Quando ela se aproximava, usávamos a arma apropriada para matá-la.

As Artimanhas do Caçador da Selva

Meu pai também me ensinou a arte de caçar na floresta. Caçar era vital para nós, pois desse modo nossa família podia comer. Uma coisa que aprendi rapidamente foi que um caçador da selva não segue as trilhas batidas, visto que os animais as evitam. Assim, tivemos de aprender como abrir caminho pela vegetação rasteira, sendo arranhados pelos espinhos e folhas, procurando evitar, o tempo todo, mosquitos, formigas, abelhas e cobras.

Visto que rastrear um animal pode levar mais de um dia, aprendi a arranjar lugares seguros para dormir e a acender fogueiras para cozinhar meu alimento. Precisava saber quais as plantas, as frutas e as frutinhas silvestres podia comer, e quando os ninhos dos pássaros teriam ovos. Descobri, também, como obter água potável de lianas e outras plantas. Sim, conhecer a selva poderia significar a diferença entre um estômago vazio e um cheio, até mesmo entre a vida e a morte!

Por que os caçadores nativos não se perdem na selva? Porque nos é ensinada a arte de ler a direção do vento e de usar o sol e as estrelas para fixar uma direção.

Os sentidos também precisam ser aguçados. Visão aguçada é essencial para se distinguir uma presa duma moita. Ouvir também é importante, a fim de podermos perceber animais se movendo nas proximidades. Ora, podia até mesmo farejar quando havia macacos, porcos, aves, morcegos ou cobras na vizinhança!

Caçar — e Ser Caçado

Às vezes, caçar era um empenho comunitário. A aldeia inteira se espalhava num grande círculo e se aproximava gradualmente duma espécie de curral que havia sido construído, batendo no matagal, impelindo os porcos selvagens e os veados em direção a ele. Uma vez que as presas estivessem lá dentro, o chefe da aldeia as dividia de acordo com o tamanho da família.

Outro modo de caçar veados era queimar uma pequena área da floresta e esperar. Os veados gostam muito de lamber as cinzas de madeira queimada, de modo que vinham ao pôr-do-sol para um petisco. Uma luz os atraía ao caçador.

Meu pai me ensinou a imitar com perícia a voz dos animais. Assim, da mesma forma em que imitávamos os sons dos peixes, também nos ocultávamos perto duma árvore frutífera e imitávamos o pio de diversas aves. Quando respondiam voando à chamada, atirávamos nelas com nosso arco e flecha o que não é uma proeza fácil.

Para apanhar galinhas do mato, colocávamos um galo doméstico dentro dum curral camuflado com raminhos e folhas. O caçador imitava o cocoricar dum galo e nosso galo doméstico respondia. Sua resposta era tomada como desafio para os galos da floresta mais próximos, que vinham correndo procurar briga. Uma vez dentro do curral, eram nossos.

Às vezes, o caçador precisava ser cuidadoso. Não éramos os únicos residentes da selva que procuravam uma refeição. Por exemplo, escutávamos, às vezes, um cocoricar exatamente como dum galo do mato. Mas, na verdade era uma serpente negra tentando atrair o galo para sua refeição. E ela não encarava com bondade os humanos que interferiam em sua caçada.

Caçando e Pescando Ainda

Faz muitos anos desde que deixei a selva. Mas, ainda há membros tribais que moram na selva, usando algumas das artes e tradições antigas.

Tendo sido um caçador, tenho elevado apreço pela arte envolvida. Mas, já por quase 30 anos, tenho sido feliz por dedicar-me a outra espécie de ‘caça e pesca’. Minha esposa e eu temos usado nossa arte numa obra vitalizadora, ‘caçando’ aqueles cujo coração é reto para com Deus, e que desejam servi-lo. Felizmente, a “presa” que agora apanhamos obtém a oportunidade de viver para sempre numa nova ordem justa. (Mat. 13:47, 48) — Contribuído.

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