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  • Quem corre risco?
  • Despertai! — 1986
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Despertai! — 1986
g86 22/4 pp. 4-7

Quem corre risco?

ONDE surgiu o vírus da AIDS? A opinião predominante nos círculos médicos europeus e americanos é de que sua origem acha-se na África Central. O macaco-verde africano porta um vírus similar, e julga-se que, o vírus penetrou nos humanos por meio do íntimo contato destes com macacos infetados.

Mas as vítimas da AIDS foram inicialmente identificadas nos Estados Unidos. Como foi que o vírus supostamente as infetou? Através do Haiti, segundo a opinião popular. Muitos haitianos visitaram a África durante um programa de intercâmbio cultural, em meados da década de 70. Mais tarde, diz-se, homossexuais, infetados quando passavam férias no Haiti, levaram a AIDS para Nova Iorque, EUA.

Tais teorias, entretanto, sofrem forte oposição dos africanos, que as chamam de “campanha de propaganda”. O Dr. V. A. Orinda, editor duma publicação médica africana, sugere que turistas de todo o mundo introduziram a AIDS na África. Admitidamente, ninguém sabe com certeza de onde proveio o vírus da AIDS.

Seja como for, esta doença mortífera ficou durante anos em estado latente, nos Estados Unidos, silenciosa, mortífera e multiplicando-se de forma prolífica. Depois de ser finalmente identificada, apenas alguns anos atrás, tornou-se rapidamente um desastre mundial de saúde.

Os Que Correm Riscos

A AIDS espalha-se pela troca de fluidos do corpo, especialmente o sangue e o sêmen. Assim, toda pessoa que tenha relações sexuais com alguém infetado com o vírus da AIDS, corre riscos. O tipo de práticas sexuais dos homossexuais os tornam especialmente suscetíveis. Deveras, mais de 70 por cento das vítimas da AIDS nos Estados Unidos são varões homossexuais, o que faz que alguns chamem a AIDS de peste gay.

Daí, em 1982, surgiu uma vítima da AIDS que não era homossexual. Era alguém que tomava tóxicos por injetá-los nas veias. Os toxicômanos, por partilharem agulhas não-esterilizadas, injetavam em si não só os tóxicos, mas também o vírus da AIDS existente no sangue de colegas. Os que tomavam tóxicos por via intravenosa logo se tornaram o segundo grupo de alto risco da AIDS.

Significa isto que correm risco os picados por mosquitos que transportam o sangue de uma pessoa infetada pela AIDS? Não existe prova de que a AIDS seja transmitida deste modo. “Os sanitaristas que lidam com seringas contaminadas obtêm mais sangue do que um mosquito poderia transmitir”, observa o Dr. Harold Jaffe, um dos líderes da pesquisa da AIDS. “Mas”, acrescenta, “não acho que se poderia dizer que isso é impossível”.

Além dos homossexuais e dos toxicômanos, outro grupo que começou a apresentar a AIDS foi o dos hemofílicos — pessoas que tendem a sangrar com facilidade. São comumente tratados com um concentrado conhecido como Fator VIII, feito de plasma sanguíneo ajuntado de até 5.000 doadores. A revista médica inglesa The Lancet disse que “nos países que utilizam o concentrado do Fator VIII proveniente dos EUA, é provável que a incidência aumente”. Assim, diz a revista, a porcentagem de hemofílicos alemães que alegadamente apresentavam anticorpos do vírus da AIDS aumentou de zero, em 1980, para 53 por cento em 1984!

Mas o vírus da AIDS também tem sido encontrado na urina, na saliva e nas lágrimas. Pode-se contrair a doença pela troca destes fluidos do corpo? Não existe prova de que alguém tenha contraído a AIDS desse modo, e os predominantes conceitos médicos são de que é improvável a transmissão por tais fluidos. Entretanto, o Dr. Richard Restak, neurologista de Washington, DC, EUA, afirma: “Se em tais fluidos existe o vírus, o mais sábio seria encarar a possibilidade de ele também poder ser transmitido por estas vias.”

O jornal National Catholic Reporter, de novembro último, disse que a prevalência da AIDS tem causado preocupações quanto a partilhar-se o cálice comum da Comunhão. Quando se indagou a respeito os Centros Controle de Doenças dos EUA, em Atlanta, Geórgia, o diretor em exercício, Dr. Donald R. Hopkins, disse não existir evidência de que a AIDS pudesse ser transmitida deste modo. No entanto, acrescentou que a falta de evidência “não devia ser subentendida como a inexistência de riscos”.

Visto que é bem possível que a AIDS seja contraída por íntimo contato com portadores da AIDS, é de admirar que as pessoas estejam preocupadas? Todavia, com freqüência se garante aos pais que seus filhos não serão infetados com a AIDS por parte dos colegas de escola. Como evidência disso, afirma-se que as vítimas da AIDS não transmitiram a doença para os membros de sua família, embora os beijem, comam usando os mesmos utensílios, e usem os mesmos sanitários. No entanto, o escritor William F. Buckley Jr., de Nova Iorque, partilha as preocupações dos pais, observando:

“Quando Rock Hudson [bem-conhecida vítima da AIDS] deixou o hospital, todas as enfermeiras que cuidavam dele — e se tratava dum hospital moderno e não da cabana dum curandeiro — tiveram de incinerar suas roupas. Alimentava-se o paciente com pratos de papel e de plástico, e com garfos e colheres de plástico — que eram destruídos.” Por que tais precauções se a equipe hospitalar não cria haver algum risco de infecção?

Perigos da Transfusão de Sangue

Por outro lado, a AIDS pode inquestionavelmente ser transmitida por se receber sangue duma pessoa infetada. Até doadores de sangue portadores do vírus da AIDS, mas que ainda não apresentam sintomas, podem transmitir a AIDS a outros.

O Dr. Arthur Ammann comunicou que um bebê em São Francisco, EUA, que recebera várias transfusões de sangue pouco depois de nascer, apresentou mais tarde a AIDS. Um dos doadores, que passava bem na ocasião, não ficou doente com AIDS senão sete meses depois da doação. Morreram tanto o doador como o bebê que recebeu seu sangue.

Quatro bebês prematuros australianos apresentaram a AIDS depois de receberem transfusões de um doador comum, que, mais tarde, comprovou-se ser portador de anticorpos da AIDS. Três dos quatro morreram dentro de sete meses.

Um menino no estado da Geórgia, EUA, morreu devido à AIDS cinco anos e meio depois de receber uma única transfusão de sangue de um homossexual que não apresentava quaisquer sintomas, mas cujo sangue, mais tarde, revelou-se positivo nos testes de anticorpos da AIDS. Infelizmente, os médicos da Faculdade de Medicina da Geórgia informam: “O sangue desse doador tem sido dado a muitos recebedores, desde que transfundimos nosso paciente.” — The New England Journal of Medicine, 9 de maio de 1985, página 1256.

Certo estudo comunicava que cerca de 40 por cento dos pacientes “portadores de AIDS relacionada com transfusões . . . tinham 60 anos ou mais”, e “tinham, na maioria dos casos, recebido suas transfusões em procedimentos cirúrgicos, não raro operações de pontes de safena”. — The New England Journal of Medicine, 12 de janeiro de 1984.

Isto suscita a importante questão: Existe algum meio seguro de se impedir que o vírus da AIDS penetre no sangue transfundido?

Um Teste Sanguíneo Fidedigno?

Uma vez isolado o vírus que causa a AIDS, tornou-se possível criar um teste sanguíneo que, pelo menos, revela se a pessoa esteve alguma vez exposta à AIDS e desenvolveu anticorpos. Assim, tornou-se possível um programa mais rigoroso de seleção dos doadores de sangue.

A imprensa e muitas pessoas do setor médico pareciam achar que o problema já estava assim resolvido. À guisa de exemplo, a revista Newsweek, de 12 de agosto de 1985, mencionou este teste como “garantindo, no conceito da maioria dos peritos, que a AIDS não mais será disseminada através dos estoques de sangue desta nação”.

Mas as orientações revisadas do Departamento de Saúde Pública dos EUA, a serem fornecidas às pessoas incluídas nas categorias de “alto risco”, não dizem isto. Antes, elas afirmam: “O teste não detectará todas as pessoas que podem ser portadoras do vírus, porque nem todos os infetados pelo vírus apresentarão anticorpos. . . . Existe uma possibilidade de que os anticorpos do vírus não sejam detectados quando seu sangue for submetido ao teste, embora você talvez tenha sido infetado. Caso isto acontecesse, o sangue seria empregado para tratar pacientes que correriam então o risco de infecção com o HTLV-3 e a AIDS.”

A revista da Administração de Alimentos e Remédios dos EUA, FDA Consumer, de maio de 1985, disse que “um teste negativo de anticorpos não garante que a pessoa esteja livre do vírus. . . . Isto acontece porque os anticorpos talvez ainda não se tenham desenvolvido, caso a exposição ao vírus tenha sido recente”.

O Dr. Myron Essex, presidente do departamento de biologia do câncer na Escola de Saúde Pública de Harvard, foi citado pelo jornal The New York Times como tendo dito: “É extremamente improvável que o teste constate mais de 90 por cento [do sangue infetado], e minhas melhores suposições são dum índice de 75 a 80 por cento. Ficaria surpreso se fosse melhor do que isso.”

O teste não só falha em revelar todo o sangue contaminado pelo vírus, mas, como comentou a revista Time: “O teste de sangue é caro demais para que muitos países o empreguem em larga escala.”

Uma pesquisa de Newsweek informava que 21 por cento dos entrevistados disseram que eles, ou pessoas conhecidas deles, recusavam-se a submeter-se a cirurgias eletivas que exigissem transfusão de sangue. Talvez mais pessoas procurem agora médicos que tenham desenvolvido métodos mais cuidadosos, utilizados pelos especialistas no crescente campo das cirurgias sem sangue.

[Foto na página 5]

Pode um paciente ter certeza de que o sangue por ele recebido esteja livre do vírus da AIDS?

[Crédito da foto]

H. Armstrong Roberts.

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