Com pressa — mas não chegando a parte alguma?
O MOTORISTA dirigia a uma velocidade que julgava confortável: 130 quilômetros por hora! As demais pessoas no carro, porém, acostumadas às restrições dum limite fixo de velocidade, mostravam-se totalmente enervadas com o trânsito rápido das auto-estradas da Alemanha Ocidental. Pois ali, exceto em determinados trechos, não existe limite de velocidade. Deveras, mesmo a 130 quilômetros horários, carros e motos passavam zunindo! Não mais conseguindo restringir-se, uma das pessoas no carro inquiriu: “Por que todo mundo está com tanta pressa? Para onde vai toda essa gente?”
“Provavelmente a parte alguma”, respondeu, sorrindo, o anfitrião dela, obviamente brincando. Porque era evidente que todo o mundo estava indo para alguma parte — aliás, com bastante pressa!
Todavia, por que todo mundo é tão apressado? Será que se esqueceram de que a metade do prazer de viajar reside em aproveitar o tempo para contemplar o panorama? Será que a vida realmente foi feita para ser uma corrida de cem metros, de nos deixar ofegantes?
Carros rapidíssimos, cadeias de lanchonetes para refeições ligeiras, e aviões supersônicos são marcas registradas duma era que faz crescentes exigências: Mais rápido! Mais ligeiro! Mais eficiência! Na verdade, poucos optariam voltar à era da carroça puxada a cavalo. E a maioria concordará que certa dose de pressa tem o seu lugar. Afinal de contas, ao chamar um médico ou um policial, certamente não espera que venham com toda a calma.
Ainda assim, será que toda essa pressa é necessária ou benéfica? Alguns acham que não é. Afirma um escritor do jornal Los Angeles Times: “Acossadas, apressadas e assustadas, [muitas pessoas] passam pela vida correndo, sob a tirania do relógio, numa Era da Pressa.”
A atual preocupação com a pressa também contribuiu para o que o jornal The Toronto Star chamou de “epidemia que está fugindo do controle” — o stress! O stress parece atingir as pessoas como uma poção venenosa. É culpada de uma série de moléstias, que vão da caspa e das unhas partidas à pressão arterial alta e aos ataques cardíacos. As relações humanas também sofrem sob a pressão do relógio.
Por que, então, a nossa era é chamada de “Era da Pressa”? Se se sente acossado e pressionado agora, como será a sua vida daqui a alguns anos? Existe qualquer meio de poder controlar mais a sua própria vida — de enfrentar o ritmo frenético da atualidade?