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  • g90 22/5 pp. 15-19
  • Point lobos — dramático ponto de encontro da terra com a água

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  • Point lobos — dramático ponto de encontro da terra com a água
  • Despertai! — 1990
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Despertai! — 1990
g90 22/5 pp. 15-19

Point lobos — dramático ponto de encontro da terra com a água

NÃO é apenas dramático. Às vezes, este encontro da terra com a água em Point Lobos é bem violento! Quando é maré alta e ventos fortes sopram do oceano, formam-se ondas gigantescas que vêm rolando para se chocar com os penhascos rochosos. Com um baque retumbante, elas se lançam de 12 a 15 metros no ar. Quando isto acontece, os visitantes correm para o “Sea Lion Point” (Ponto do Leão-Marinho) para ver o espetáculo. Perfilam-se tão próximo quanto sua ousadia lhes permite, assombrados à medida que cada onda se choca com o paredão rochoso. Fascinados com tal demonstração de poder, à medida que toneladas de água são lançadas para o alto, nem ligam para os borrifos que caem sobre eles. Enquanto as ondas se mostram bravas, a assistência reluta em ir embora dali.

Mas é preciso ir-se, pois há muita coisa mais para se ver em Point Lobos. Há um monte de atrações, o que constitui uma das razões pelas quais o Estado da Califórnia o comprou, em 1933, e o tornou uma reserva ecológica estadual. O outro motivo, o primário, foi preservar o lindo cipreste de Monterey. Ele cresce naturalmente apenas em Point Lobos e na vizinha península de Monterey. Ao longo da ponta destes penhascos que dão para o oceano Pacífico, o cipreste de Monterey está agora conservando sua derradeira posição.

Antes de se tornar uma reserva ecológica estadual, Point Lobos teve ama história bem diversificada. Durante séculos, os índios coletavam mariscos e acampavam em seus cabos. Em fins dos anos 1700 e princípios dos anos 1800, tornou-se pastagem para o gado. Os portugueses mantinham ali uma estação baleeira, de 1861 a 1884. Depois disso, os pescadores nipônicos se envolveram na conserva de haliótis, que mandou centenas de milhares de haliótis para o Oriente. Estas terras mudavam freqüentemente de donos — certa vez, segundo nos contaram, durante um jogo de cartas.

As Trilhas

Entra-se na Reserva Estadual de Point Lobos pela Rodovia N.º 1 da Costa do Pacífico, a uns 16 quilômetros ao sul de Monterey, e a uns 5 quilômetros ao sul de Carmel. Na reserva as estradas são raras. Levam às três principais áreas de estacionamento, e, dali, em várias direções, partem trilhas que circundam os pinheirais e os bosques de ciprestes. Uma trilha de 10 quilômetros de extensão segue a faixa costeira da reserva, margeando alternadamente a beira dos elevados penhascos, de modo a propiciar vistas espetaculares dum mar encapelado bem lá embaixo, e descendo até a beirada da água, a fim de levá-lo até junto aos tanques, formados pela maré, repletos de vida — anêmonas-do-mar, urtigas-do-mar, caranguejos, estrelas-do-mar, mariscos, algas verdes e vermelhas, e muitas outras criaturas. Pare e ajoelhe para perscrutar estes pequenos mundos fascinantes circunscritos pelas rochas. Mas fique alerta! Ondas traiçoeiras gostam de deixá-lo ensopado!

Ao caminhar pela trilha, a caminho da ilha Bird, contemple as águas verde-jade de “China Cove” (Enseada da China), aninhada lá embaixo como uma gema cercada de penhascos íngremes. As ondas preguiçosamente espoucam sobre a pequena praia arenosa, em uma ponta, onde pessoas que ficam com água pela cintura e nadadores apreciam a água fria, e mais tarde, aquecem-se ao sol tépido da praia abrigada. Outros também apreciam tal regalo — focas da baía se espalham pelas saliências das rochas para tomar sol.

A trilha prossegue até que você se acha ao longo da ilha Bird, onde se juntam, aos milhares, as aves marinhas. Quando é época de formar seus ninhos, os cormorões se ocupam em voar com algas penduradas dos bicos, construindo ninhos tão juntos que o leitor pensaria tratar-se de construtores erguendo casas geminadas. Pelicanos chegam e partem em suas pescarias, mergulhando no mar, quando vêem seu almoço nadando lá embaixo. Gaivotas planam no ar e rodopiam ao vento, tão majestosamente livres, que a pessoa fica invejosa por estar presa à terra.

A Trilha “Cypress Grove” (Bosque de Cipreste), serpenteando por um dos dois agrupamentos de crescimento natural do cipreste de Monterey que ainda existem na Terra, é a favorita de muitos visitantes. De seus penhascos, são visíveis espetaculares vistas do mar. Algas vermelhas cobrem as rochas e troncos de árvores expostos ao ar úmido do mar. Líquen rendado pende dos raminhos de pinheiros e de ciprestes. Nos bosques pode-se ver o veado-de-cauda-negra — não raro mães com suas crias mordiscando os arbustos. Da ponta desta península, é possível ver baleias-cinzentas de 40 toneladas soltando seus repuxos e às vezes saltando fora da água, ao passarem por Point Lobos, em sua viagem migratória de 16.000 quilômetros de ida e volta até a Baixa Califórnia, em dezembro e janeiro, para acasalar-se e parir, retornando ao mar de Béring em março e abril, para alimentar-se.

As Lontras-marinhas

Os animais mais populares, porém, não são estes beemotes marinhos que nadam em alto-mar. A pergunta que os guardas da reserva ecológica mais ouvem é: “Onde estão as lontras-marinhas?” Elas geralmente se encontram entre as algas-marinhas flutuantes nas enseadas abrigadas. Os visitantes munidos de binóculos perscrutam tais áreas para localizá-las, e então as observam mergulhando em busca de seu almoço. Do cardápio constam petiscos tais como mariscos, caranguejos, mexilhões, lulas, polvos, haliótis e urtigas-do-mar. Sua mesa é uma pedra que elas colocam sobre o peito e na qual batem suas entradas de moluscos a fim de retirar a carne lá de dentro. Quando não estão almoçando, podem estar dormindo, envoltas em algas-marinhas, para não serem levadas pela corrente. Ou talvez haja uma lontra-mãe com sua cria sobre o peito, penteando-a ou alimentando-a. O filhote nasce na água, vive na água; contudo, tem de aprender a nadar. Mas não pode afogar-se — os filhotes de lontras-marinhas possuem flutuabilidade natural.

A pele de cor castanho-achocolatada da lontra-marinha — muitas vezes cinzenta ou branca ao redor da cabeça, nos animais adultos — é excelente e espessa. No posto de informações próximo do “Sea Lion Point”, acha-se exposta uma pele de lontra-marinha. Passe seus dedos nela. Sinta sua sedosa maciez. Foi esta pele superfina que quase levou a lontra à extinção. Duas vezes mais densa do que a pele de foca, esta pele possui 100.000 pêlos por centímetro quadrado, cerca de 800 milhões ao todo. A lontra não se mantém aquecida, porém, apenas por causa da pele. Ela gasta longas horas penteando-se para prender o ar na pele, e é este ar que insula a pele da lontra, protegendo-a da água gélida. Ímpar, branda e não-agressiva — não é de admirar que a lontra-marinha seja a favorita dos visitantes!

A Reserva Submarina

Estas trilhas lhe dão acesso aos 224 hectares de Point Lobos. Mas estes hectares não são toda a Reserva Estadual de Point Lobos. Não são nem a metade dela. Trezentos hectares estão debaixo d’água. Tome a estrada que se ramifica para a área de estacionamento da “Whalers Cove” (Enseada dos Baleeiros), onde, mui provavelmente, verá mergulhadores com trajes de mergulho e escafandros autônomos entrando na primeira reserva submarina dos Estados Unidos. Estabelecida em 1960, é um dos mais ricos habitats subaquáticos da Califórnia, e é plenamente protegida pela lei estadual. Infelizmente, as maravilhas deste mundo subaquático não são para o leitor — a menos que tenha licença legal para vestir um traje de mergulho e um escafandro autônomo a fim de explorar suas profundezas.

Um panfleto que lhe é dado na entrada da reserva ecológica sugere o que se está perdendo: “Na luz tênue dos bosques de algas-marinhas de 30 metros de altura, animais sem espinha dorsal e plantas desprovidas de raízes criam um mundo de cores vibrantes. Lingcod, cabezone e bodiões aparecem e desaparecem da vista. O aparecimento inesperado de uma foca, de uma lontra, ou de uma baleia, faz o coração bater mais rápido.” Um dos habitantes destas profundezas que poderia fazer com que seu coração desse um salto é a maior estrela-do-mar do mundo, a estrela-morcego, que chega a atingir 1,20 metro de ponta a ponta! Assim como a pessoa dispõe dum guia das trilhas, quando caminha pelas picadas das áreas terrestres de Point Lobos, os mergulhadores dispõem dum livro submergível com 38 fotos coloridas, para identificar a vida marinha.

Point Lobos é um lugar de calma reflexão. Com suas mais de 300 espécies vegetais e 250 espécies de aves e de animais, não existe falta de material: longas algas-marinhas castanhas curvam-se graciosamente sobre a superfície do mar, na “Bluefish Cove” (Enseada da Enchova). Lilases acrescentam sua fragrância ao salgado ar marinho. Folhas de salva esmagadas entre os dedos liberam seu pungente aroma. Evite fazer isto com as brilhantes folhas do carvalho venenoso que perfila as trilhas. Por que se deixa o carvalho venenoso ali? É o habitat que agrada pequenas aves e animais. Lobos é o lar deles e não o nosso.

O canto lamuriante do pardal-de-coroa-branca, suavemente repetido à medida que pousa no ramo mais alto duma artemísia. O grito de alto diapasão do ostraceiro-negro, à medida que foge precipitadamente pelas rochas da faixa litorânea, seu brilhante bico vermelho reluzindo ao sol. Nas rochosas ilhas ao largo, os leões-marinhos fazem uma algazarra que não pode ser ignorada. E há sempre a lontra-marinha, que à guisa de instrumento, estoura as conchas sobre a pedra em seu peito. E deleite-se de novo com os murmúrios da rebentação tranqüila ou com seus choques contra as rochas, quando está brava.

Este é um lugar de contemplação. Respire fundo a brisa do mar. Ande lentamente pelas trilhas. Tome tempo para assimilar a atmosfera. Acumule recordações. Embeba o seu espírito.

Talvez rejeite, como sendo um elogio exagerado, a descrição de Point Lobos, feita pelo paisagista Francis McComas como “o maior ponto de encontro de terra e mar do mundo”. Mas, depois de alguns dias caminhando por suas trilhas, respirando fundo seu salgado ar marinho, escutando seus sons, contemplando suas vistas, assimilando a serenidade geral de sua beleza prístina, é possível que não considere tão exagerado assim o elogio dado por ele.

Inegavelmente, Point Lobos é um tônico para os nervos em frangalhos, um suavizante bálsamo para o espírito, um tributo para os dotes artísticos de seu Criador, Jeová Deus.

[Fotos nas páginas 16, 17]

No Alto, à Esquerda: O Pináculo.

Alto à Direita: A lontra-marinha meridional.

Centro, à Esquerda: As águas verde-jade de “China Cove”.

Centro, à Direita: Peixes meia-lua no bosque de algas-marinhas.

Embaixo, à Direita: O vento e a água deixaram suas marcas no arenito.

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