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  • Como plantas avarentas acumulam água

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  • Como plantas avarentas acumulam água
  • Despertai! — 1992
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Despertai! — 1992
g92 22/3 pp. 23-25

Como plantas avarentas acumulam água

NEM todas as plantas no Monumento Nacional do Saguaro, no Arizona, EUA, são avarentas com sua água. Na floresta conífera das majestosas montanhas Rincon, o grande volume de água simplesmente percorre as plantas, entrando pelas raízes e saindo através das folhas. Mas, essa é a área remota do parque. São as planícies desérticas, quentes e secas, que atraem os visitantes. É ali, onde num típico ano a precipitação pluviométrica é inferior a 300 milímetros, que vicejam essas plantas que acumulam água.

Existem cerca de 50 tipos de cactos no parque, mas o que acumula mais água é o que tem o mesmo nome deste monumento nacional, o saguaro gigante, Carnegiea gigantea. O saguaro no início é bem pequeno, mas acaba se tornando gigante. Contudo, isso leva muito tempo. A semente não é maior do que o ponto no final desta sentença. No fim do primeiro ano, a plantinha talvez meça apenas 6 milímetros. Trinta centímetros depois de 15 anos, 2 metros depois de 50, e aos 75 anos aparece o primeiro ramo. Nessa época, começa a florescer e a produzir sementes. Quando adulto, um saguaro produz dezenas de milhares de sementes por ano, cerca de 40 milhões na vida toda, das quais talvez apenas uma chegue a vingar. Ele pode viver até 200 anos, com um tronco de 80 centímetros de diâmetro e 15 metros de altura, e pesar dez toneladas — quatro quintos das quais é água. E é muito avarento com sua água!

É também muito ganancioso para obtê-la! Suas raízes entrelaçam-se ficando bem próximas à superfície e espalhando-se até 30 metros em cada direção. Após uma chuva, talvez absorvam até 750 litros de água, suficientes para manter o saguaro por um ano. Cilindros compostos de doze ou mais nervuras lenhosas percorrem o centro do tronco e os ramos para dar força. Pregas semelhantes ao acordeão permitem-lhe expandir ou contrair, à medida que a água é estocada ou exaurida. A casca verde e cerosa realiza a fotossíntese e retém a umidade. Os espinhos afiados desencorajam os animais de roubar sua água.

Mas, o mecanismo de conservação de água mais surpreendente do cacto é a habilidade de produzir seu próprio alimento sem perda excessiva de água. A fotossíntese — processo através do qual as plantas fabricam seu alimento — requer água, obtida das raízes; dióxido de carbono, obtido no ar; e luz solar. Durante as horas diurnas, a maioria das plantas transpiram pelos poros, ou estômatos, das folhas uma porcentagem espantosa de seu suprimento de água, absorvendo ao mesmo tempo o dióxido de carbono e a luz solar requeridos para a fotossíntese.

Os cactos, contudo, não podem dar-se ao luxo de tal perda de água durante o dia em seu ambiente quente e árido. Portanto, eles fecham os estômatos de seus troncos para evitar quaisquer perdas pela transpiração. Isto, contudo, impede a absorção do dióxido de carbono para a fotossíntese, que só pode ocorrer com a luz solar que fornece a energia necessária. Como se resolve esse dilema? Através de um projeto biológico bem incomum.

A Solução do Dilema

As noites no deserto são frescas, chegando a ser frias. Os cactos abrem então seus estômatos. Inspiram o dióxido de carbono, mas perdem bem pouca umidade pela transpiração no ar noturno. Mas a fotossíntese não ocorre nessa hora. O dióxido de carbono é armazenado através de um conjunto de reações químicas totalmente diferentes e muito eficientes, chamado sistema PEP. Posteriormente, o dióxido de carbono é liberado e enviado ao local em que ocorre o processo da fotossíntese durante o dia.

A fotossíntese em si é um processo muito complexo, que envolve cerca de 70 reações químicas distintas, e tem sido declarado “como um acontecimento verdadeiramente miraculoso”. A maneira especial como os cactos a iniciam à noite para conservar a água simplesmente torna maior o milagre. Naturalmente, os evolucionistas dizem que isso tudo evoluiu pelo acaso cego, mas visto que esse processo é usado por várias plantas não aparentadas, o acaso cego teria de realizar o milagre não uma, mas muitas vezes. A evidência aliada ao bom senso indica que isso aconteceu de acordo com a planificação de um Criador inteligente.

Um Servo de Muitos

O saguaro realiza um serviço comunitário. De fins de abril até junho, grandes buquês de flores brancas formam um ‘boné’ que cobre a ponta do tronco e dos ramos. Cada flor abre de noite e murcha no dia seguinte. Mas cada saguaro repete este espetáculo noite após noite por cerca de quatro semanas, produzindo até uma centena de flores. O vistoso espetáculo conferiu-lhe a honra de ser a flor-símbolo do Estado do Arizona. Pássaros, morcegos, abelhas e mariposas alimentam-se do néctar e polinizam as flores.

Os frutos amadurecem durante junho e julho, quando pecaris, coiotes, raposas, esquilos, formigas-ceifeiras e muitos pássaros regalam-se com os frutos e as sementes. Pica-paus dourados e pica-paus comuns fazem no tronco e nos galhos mais cavidades do que necessitam para usarem como ninhos, mas a planta cura essas lesões com um protetor tecido cicatrizante, de modo a evitar a perda de água, e essas cavidades são mais tarde usadas por muitas outras aves, incluindo as corujas anãs, as corujas-das-torres e pequenos gaviões. A competição é intensa.

Em tempos passados, essas cavidades em forma de cuia eram usadas pelos índios como jarras de água. As nervuras lenhosas, que sustentam o enorme peso dos saguaros carregados de água, eram usadas para fazer abrigos e cercas. Esses gigantes verdes também dão em abundância um fruto suculento, semelhante ao figo, que os índios papago arrancavam das pontas dos troncos e dos ramos com compridas varas. Usavam-no para fazer geléia, xarope e bebidas alcoólicas. As sementes serviam de alimento para os índios e para suas galinhas. Esse fruto era tão importante para os papago que a época da colheita marcava o início do ano.

As plantas do deserto são versáteis ao lidar com o problema de água. O algarobo consegue toda a água de que necessita. Ele envia a raiz principal a uma profundidade de 10 a 30 metros para achar uma fonte subterrânea. Mas como a planta nova consegue sobreviver ao longo período de seca até que sua raiz atinja a água? Este é apenas um dos mistérios sem solução do deserto. A rainha-da-noite produz um bulbo que serve como reservatório particular subterrâneo. A palmatória envia raízes extensas para ajuntar água e ao mesmo tempo liberar toxinas que matam quaisquer plantinhas que comecem a crescer nas proximidades.

As belas plantas anuais que florescem na primavera, dando um espetáculo de cores, não têm nenhum desses mecanismos engenhosos para sobreviver à escassez de água. Assim, como enfrentam essa situação? Elas evitam totalmente a escassez de água! Suas sementes contêm inibidores químicos que as impedem de brotar. Uma chuva pesada removerá esses inibidores, as sementes crescerão e germinarão, e as plantas vicejarão e produzirão sementes para futuras plantas. É necessário pelo menos 13 milímetros de chuva para eliminar os inibidores; uma chuva leve não basta. Essas sementes podem medir a precipitação, por assim dizer, e a menos que tenha caído chuva o bastante para saturar suficientemente o chão de modo que possam completar seu ciclo de vida, elas permanecem dormentes. Não começam o que não podem terminar.

Os saguaros têm vizinhos interessantes, não é verdade?

[Fotos na página 24]

Flores e fruto do saguaro.

[Foto na página 25]

Eles servem como poleiros altos para gaviões.

[Crédito]

Frank Zullo

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