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Despertai! — 1995
g95 8/3 pp. 17-20

Essas úteis linhas imaginárias

DO CORRESPONDENTE DE DESPERTAI! NA GRÃ-BRETANHA

DÊ UMA olhada num mapa-múndi ou numa miniatura do globo terrestre. Notou a rede de linhas perpendiculares e horizontais que cobrem toda a sua superfície? Sem dúvida você logo reconhece aquela que corre horizontalmente pelo meio do mapa: o equador. Mas que dizer das outras linhas? Que são elas?

Essas linhas são as chamadas linhas de latitude e de longitude. Linhas de latitude, ou paralelos, que correm horizontalmente no mapa, juntam pontos na superfície da Terra que ficam à mesma distância do equador. Linhas de longitude, ou meridianos, por outro lado, são traçadas na direção norte-sul, dum pólo ao outro. Isso você talvez se lembre das aulas de Geografia na escola. Mas qual é o objetivo desse sistema de linhas? Como funciona? E como se originou?

Como determinar a sua posição

Com tal entrelaçamento de linhas de latitude e longitude, cada ponto na superfície da Terra pode ser localizado com precisão por meio de duas medições, chamadas de coordenadas. Por exemplo, você pode localizar a cidade de Nova York no mapa pela referência lat. 40°42’ N e long. 74°0’ O, significando que a cidade se localiza a 40 graus e 42 minutos a norte do equador e 74 graus a oeste do universalmente aceito meridiano-origem, a linha de longitude que passa em Greenwich, distrito de Londres, Inglaterra.a Se forem acrescentados segundos a essas coordenadas, podem-se localizar até mesmo edifícios numa cidade. Por exemplo, a Prefeitura de Nova York fica na lat. 40°42’45” N e long. 74°0’23” O.

Também as distâncias são calculadas com referência a essas linhas. O comprimento de uma milha marítima, por exemplo, é igual ao comprimento de um minuto de meridiano terrestre. Visto que os pólos estão a 90 graus, ou 5.400 minutos (90 x 60 = 5.400), de latitude a partir do equador, uma milha marítima é 1/5.400 da distância do pólo até o equador. Assim, a milha marítima média é 6.080 pés (1.852 metros).

Poder localizar com precisão qualquer ponto no planeta é certamente uma tremenda vantagem, especialmente para os navegadores. Para que esse sistema funcione, porém, é preciso haver certos pontos de referência. O equador é uma escolha lógica, como linha básica para medições de latitudes. Mas por que foi escolhido Greenwich como local do meridiano-origem, o ponto de referência para as medições longitudinais leste-oeste? De fato, como foi que os homens tiveram a idéia de colocar essas linhas imaginárias nos seus mapas?

Linhas com uma longa história

Já no segundo século AEC, o astrônomo grego Hiparco usou o conceito de linhas imaginárias para localizar pontos na superfície da Terra. Ele escolheu uma linha que passava pela ilha grega de Rodes como referência para calcular posições a leste e a oeste. Em geral se reconhece o astrônomo grego Cláudio Ptolomeu, do segundo século EC, como o primeiro a divisar um sistema similar ao que se usa hoje. Suas linhas de latitude foram traçadas em paralelo com o equador. Para a longitude seu ponto de partida era uma linha que passava pela extremidade oeste do mundo de seus dias, as ilhas Afortunadas, como então se chamavam as ilhas Canárias.

Foi só em 1884 que se conseguiu um acordo internacional a respeito da escolha de uma linha de longitude básica, a partir da qual se pudesse medir posições para o leste e o oeste. Naquele ano, a Conferência Internacional do Meridiano, em Washington, EUA, reuniu 41 representantes de 25 países. Para que se pudessem fazer as necessárias observações astronômicas no meridiano-origem, os representantes preferiram uma linha que passasse por um observatório bem equipado. Por esmagadora maioria, eles escolheram a linha que passa por Greenwich, Inglaterra.

Viagens e fusos horários

A escolha de Greenwich como local do meridiano-origem não foi acidental. Desde o século 18, capitães de navio que partiam do movimentado porto de Londres vinham notando que, à medida que singravam o Atlântico na direção oeste, o Sol alcançava seu zênite mais tarde cada dia. Eles sabiam que, visto que a Terra gira 360 graus a cada 24 horas, a diferença de uma hora representava 15 graus de longitude de Greenwich. Assim, usando cronômetros acertados segundo o relógio padrão do observatório de Greenwich, eles podiam fixar a sua posição no mar aberto simplesmente por notarem a diferença entre a hora de Greenwich e a hora local deles. Por exemplo, se estivessem num ponto em que o Sol alcançasse seu zênite (12h00 da hora local) às 15h30 da hora de Greenwich, por meio de um simples cálculo podiam fixar sua posição como 52,5 graus (15 x 3,5) a oeste de Greenwich, isto é, ao largo da costa leste da Terra Nova, pressupondo-se que tivessem permanecido na mesma latitude.

Permanecer na mesma latitude, ou navegação paralela, era uma tarefa simples. Por séculos os navegadores do hemisfério norte observavam que a estrela Polar parecia virtualmente estacionária em comparação com o movimento noturno da maioria das outras estrelas. Eles começaram a calcular a posição norte ou sul em que se encontravam medindo a altura dessa estrela acima da linha do horizonte. No mar aberto, sabiam que o rumo era seguramente leste ou oeste enquanto essa estrela permanecesse na mesma altura.

A escolha de Greenwich como referência teve outros benefícios para a Inglaterra. Com o advento das viagens de trem, foi preciso ter uma hora padrão dentro do país. Que decepção para o passageiro que, ao chegar à estação de Exeter para embarcar às 11h33, descobrisse que o trem já partira uns 15 minutos antes! O problema? Ele se baseara na hora de Exeter; o sistema ferroviário se baseava na de Londres. A aceitação da hora de Greenwich em todo o país acabou com essas dificuldades.

Problemas ainda maiores existiam nos Estados Unidos. Diferentes ferrovias seguiam diferentes horários. Esta situação levou a uma Convenção Geral de Horário das ferrovias, realizada em 1883. Foram adotados quatro fusos horários, cada qual cobrindo uns 15 graus de longitude, ou o tempo de uma hora, e cobrindo os Estados Unidos continentais. Todas as cidades dentro do mesmo fuso horário deviam seguir a mesma hora.

Por fim esse sistema de zoneamento ganhou aceitação mundial. O mundo foi dividido em 24 fusos horários. O centro do sistema passou a ser o Fuso 0, que se estende 7,5 graus para cada lado do meridiano de Greenwich. Quem viaja para o leste precisa adiantar o relógio uma hora a cada fuso horário que atravessa. Se for para o oeste, precisa atrasar uma hora, a cada fuso.

Meio caminho ao redor do mundo a partir de Greenwich, surge uma situação interessante. Ali, no meridiano de 180 graus, existe uma diferença de 24 horas de um lado da linha para outro. Assim, o meridiano de 180 graus, com pequenas variações para se ajustar a fronteiras nacionais, tornou-se a linha internacional de datas. Cruzando essa linha rumo ao oeste, o viajante perde um dia. Inversamente, cruzando a linha rumo ao leste, ele ganha um dia.

Ainda indispensáveis

Os dias de checar cronômetros em Greenwich e usá-los em alto-mar para calcular longitudes já passaram. A tecnologia moderna substituiu tudo isso. Sinais de rádio, radar e telecomunicações internacionais dão informações mais precisas. Mesmo assim, marcar a sua posição numa carta ou num mapa geográficos ainda depende dessas linhas imaginárias de latitude e longitude. Podemos ser gratos por essas utilíssimas linhas imaginárias.

[Nota(s) de rodapé]

a Na medição angular, um grau (°) é dividido em 60 minutos (’), e cada minuto é dividido em 60 segundos (”)

[Quadro/Fotos na página 20]

A HORA MÉDIA DE GREENWICH

Em 1675, o Rei Carlos II, da Inglaterra, autorizou a construção de um “pequeno observatório” onde se localiza hoje o distrito de Greenwich, em Londres, “para cálculos de longitude de lugares para aperfeiçoar a navegação e a astronomia”. Duas recém-inventadas peças de medição do tempo, com pêndulos de 4 metros de comprimento, foram instaladas com a finalidade de fazer cálculos exatos da rotação da Terra.

Cientistas do Observatório Real logo descobriram que a rotação da Terra não é isócrona, ou de velocidade constante. Isto se dá porque a órbita da Terra em volta do Sol não é um círculo perfeito e o eixo da Terra é inclinado. Assim, o dia solar — o período que vai de um meio-dia ao outro — varia de duração ao longo do ano. Com os relógios de Greenwich em ação, foi possível fazer cálculos que estabeleceram uma duração média do dia.

A hora do meio-dia médio de Greenwich é o momento em que o Sol alcança o zênite em qualquer ponto da linha de longitude de Greenwich, ou meridiano (do latim, meridianus, do meio-dia). Com base nesta palavra latina, o período antes do meio-dia veio a ser chamado de antemeridiano, ou anterior ao meio-dia; o período depois do meio-dia veio a ser chamado de pós-meridiano.

[Fotos]

Acima: Observatório Real de Greenwich. À direita: meridiano-origem no pátio calçado com pedras

[Mapa na página 18]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

FUSOS HORÁRIOS MUNDIAIS

-11 16:00

-10 17:00

-9 18:00

-8 19:00

-7 20:00

-6 21:00

-5 22:00

-4 23:00

-3 0:00

-2 1:00

-1 2:00

0 3:00

+1 4:00

+2 5:00

+3 6:00

+4 7:00

+5 8:00

+6 9:00

+7 10:00

+8 11:00

+9 12:00

+10 13:00

+11 14:00

+12 15:00

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