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  • Ainda lavram a terra com cavalos
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Despertai! — 1996
g96 22/10 pp. 25-27

Ainda lavram a terra com cavalos

DO CORRESPONDENTE DE DESPERTAI! NA AUSTRÁLIA

NESSA era de alta tecnologia, alguns talvez achem difícil crer que ainda existam lavradores que lavram a terra com cavalos. Mas, existem lugares em que vigorosos cavalos de tiro são usados em lugar de tratores.

Admitidamente, fazendas que usam cavalos tornaram-se raras. Mas, há certos argumentos em favor do seu uso.

Uso na agricultura

Desde os primórdios, os cavalos são usados como animais de carga. São mencionados nos anais dos sumerianos, dos hititas, dos egípcios e dos chineses. Mas, por séculos, seu uso na agricultura era limitado. Isso porque se dizia que o custo de manutenção de bois era menor e eles podiam servir de alimento quando não mais pudessem trabalhar. Mas os bois são mais lentos do que os cavalos.

Por volta do século 19, o cavalo já havia assumido a lavra da terra em muitos países ocidentais. Certa fonte atribui isso, em parte, à “invenção de equipamentos agrícolas mais sofisticados, melhor adaptados à veloz e uniforme ação do cavalo, em vez de ao boi, que é mais lento”.

Com o tempo, raças tais como a clydesdale, na Escócia, a suffolk punch e a shire, na Inglaterra, e a percherão, principalmente na França, passaram a ser utilizadas na atividade agrícola. Esses cavalos lentos, porém fortes, foram cruzados com outros mais leves, para produzir um cavalo um pouco menos forte, porém mais veloz. Os espécimes resultantes desses cruzamentos vieram a ser chamados de cavalos de tiro (ou, de tração), em alusão a sua capacidade de puxar pesadas cargas.

O cavalo em comparação com o trator

Naturalmente, nunca se produziu um cavalo com capacidade de tração equiparável à de um trator moderno. Mas, talvez se surpreenda com a força do cavalo! Em 1890, dois cavalos de tiro clydesdale arrastaram uma carroça totalmente carregada, com as rodas travadas! E, em 1924, uma junta de cavalos ingleses shire realizou um feito igualmente impressionante, exercendo uma força de tração calculada em 50 toneladas!

Cavalos de tiro também são inteligentes e têm iniciativa. Por exemplo, uma junta que lavra a terra praticamente não precisa ser dirigida, se houver um bom cavalo de sulcagem. O cavalo de sulcagem lidera a junta, seguindo fielmente a linha do sulco. Pensa-se que os cavalos conseguem sulcar linhas excepcionalmente retas porque usam antolhos e não podem olhar para trás, coisa que os tratoristas muitas vezes tendem a fazer.

Ademais, durante a colheita, os cavalos podem ser mais versáteis do que um trator. A sua habilidade de fazer uma curva de exatos 90 graus — e quando necessário, uma de 180 graus — significa que eles não deixam de lavrar nenhum pedaço do terreno nas operações agrícolas.

Junta de cavalos em ação

Uma junta de cavalos atendendo às ordens do condutor é uma vista impressionante. A junta é treinada a obedecer a ordens específicas, com manobras específicas, embora a linguagem e as expressões exatas variem segundo o condutor. Os cavalos aprendem o vocabulário e o tom da voz do condutor. Um assobio característico, junto com palavras de incentivo do condutor, podem constituir o sinal para eles entrarem em ação.

Na Austrália, o cavalo à direita na junta (do ponto de vista do condutor) é chamado de offside, e o cavalo à esquerda é chamado de nearside. Esses nomes provavelmente se originam da maneira como os antigos trabalhavam com a sua junta, em geral caminhando no lado esquerdo dos cavalos.

Como é emocionante observar uma linha de dez cavalos, ao executarem uma curva de 90 graus, respondendo às chamadas do condutor! Para virar para a esquerda, o cavalo nearside precisa dar pequenos passos para trás, enquanto o restante da junta marcha em quarto de círculo em volta dele. Daí, se a curva precisa ser feita para a direita, o cavalo offside precisa dar pequenos passos para trás. Em terras secas, é uma imagem e tanto ver a junta desaparecer numa nuvem de poeira e, em seguida, ressurgir como uma muralha de cavalos em marcha depois de completada a curva!

Cada cavalo é chamado por nome e atende a ele segundo o tom da voz do condutor. Se um cavalo afrouxa o passo, em geral tudo o que se precisa é pronunciar o nome dele num tom agudo e reprovador. Nos treinamentos iniciais, os cavalos em geral tiveram de aprender que tal tom vem acompanhado de uma leve estocada ou chicoteada. Aprendida a lição, contudo, a disciplina mais dura raramente é necessária, se é que alguma vez o é.

Um dia de trabalho típico

O lavrador talvez se levante às cinco da manhã para tratar os animais e tomar o seu próprio desjejum, enquanto os cavalos se alimentam. Os cavalos aprendem a ingerir bastante líquido antes de começar o dia de trabalho, pois não ganharão nada para beber antes do almoço. Todos os cavalos são escovados, antes de serem arreados. Isso evita a irritação do couro e lhes dá uma sensação agradável. Em geral, os cavalos se agrupam ao redor do lavrador, esperando pacientemente a sua vez. Daí, eles são arreados e emparelhados. Tudo isso pode levar uma hora ou mais, dependendo do tamanho da junta. Também, preparam-se as cevadeiras para a ração do meio - dia. Afinal, não é só o condutor que merece um bom almoço!

A junta labuta sem se queixar por oito ou dez horas e, com coelheiras e outro equipamento bem ajustados, os cavalos não ficam com os ombros feridos ou esfolados. Ao anoitecer, homem e animais voltam com prazer para casa, para uma refeição tranqüila, bastante líquido, e um descanso reparador.

Os que ainda lavram a terra com cavalos talvez se adiantem em dizer que isso é muito mais agradável do que ouvir o ruído de máquinas o dia inteiro. A serenidade faz o lavrador sentir-se parte da terra. Ele observa melhor a criação ao seu redor — o ruído de aves ciscando nos recém-abertos sulcos na terra; o cheiro de relva úmida; os estalidos da geada à medida que as lâminas do arado cortam o solo gelado numa manhã fria — pequeninas coisas que tendem a passar despercebidas quando o lavrador é bombardeado pelo barulho de um trator.

É verdade que os tratores podem trabalhar 24 horas por dia, um feito impossível para cavalos. Também é verdade que tratores podem arar mais terra e exigem menos manutenção. Mas, nenhum trator jamais produziu um adorável filhotinho, e esse é apenas um dos prazeres que torna incomparável trabalhar com cavalos. O condutor pode também “conversar” com os cavalos no trabalho. E eles respondem por meio de sua obediência, de orelhas empinadas para não perder nenhuma palavra.

Trabalhar na lavoura é duro e, às vezes, tedioso. Mas, quem ainda lavra seus campos à moda antiga, com cavalos, pode derivar muitas alegrias de trabalhar tão intimamente com esses vigorosos e diligentes animais da criação de Deus.

[Foto na página 26]

Cavalos podem ser mais versáteis do que um trator

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