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g96 22/12 pp. 8-12

Como evitar atolar-se em dívidas

NESTES tempos de mudanças, gerir os recursos domésticos pode ser um desafio. Como enfrentá-lo?

A resposta não é necessariamente aumentar a renda. Para os especialistas, a resposta está em se ter consciência da origem e da destinação do dinheiro, bem como na disposição de fazer decisões bem fundadas. Para isso, é preciso fazer um orçamento.

Não resista à idéia

Orçamentos, contudo, “evocam todo tipo de imagens de enfado”, diz a consultora financeira Grace Weinstein. Por isso, muitos simplesmente não fazem orçamento. Outros relacionam a necessidade de orçamento com baixa renda ou pouca instrução. Mas, até mesmo profissionais de alta renda podem ter problemas financeiros. Outra consultora diz: “Um dos meus primeiros clientes ganhava US$ 187.000 por ano . . . Só em cartões de crédito ele devia quase US$ 95.000.”

Miguel, a quem já nos referimos, relutava em procurar assessoria financeira por outra razão. Ele admite: “Eu temia ser considerado ingênuo e tolo.” Mas tal temor é infundado. Gerir dinheiro e ganhar dinheiro exigem técnicas diferentes, e a maioria não domina a técnica de gerir dinheiro. Disse uma assistente social: “Formamo-nos no segundo grau sabendo mais sobre triângulo isósceles do que sobre como economizar dinheiro.”

Aprender a fazer um orçamento, porém, é relativamente fácil. Significa fazer uma lista de receitas e outra de despesas — e cuidar de que as despesas não ultrapassem as receitas. Realmente, fazer um orçamento pode ser agradável, e apegar-se a ele pode ser satisfatório.

Como começar

Comecemos fazendo uma lista de receitas. Para a maioria de nós isso deve ser fácil, pois em geral são apenas alguns itens: salários, juros bancários, e assim por diante.

Mas não inclua receitas incertas, tais como pagamento de horas extras, dividendos ou prêmios. Consultores alertam que planejar à base de rendas incertas pode colocá-lo no vermelho. Se tais rendimentos se concretizarem, talvez possa usá-los como regalia para você e sua família, ou para ajudar um necessitado ou contribuir para um fim meritório.

Alistar as despesas, contudo, pode ser um pouquinho mais complicado. Roberto e Ronda, mencionados nos artigos anteriores, não podiam entender para onde ia seu dinheiro arduamente ganho. Roberto explica como resolveram o problema: “Por um mês, ambos escrevemos num pedaço de papel cada centavo que gastávamos. Até mesmo o dinheiro de um cafezinho. E, ao fim do dia, lançávamos o total no livro de orçamento, que eu havia comprado.”

Anotar meticulosamente todos os gastos ajudará você a localizar qualquer ‘dinheiro misterioso’ que parece sumir. Se conhecer bem os seus hábitos de consumo, porém, talvez decida dispensar essa listagem diária de gastos e passar diretamente para a lista de gastos mensais.

Lista de gastos mensais

Talvez queira elaborar uma tabela similar à que aparece acima. Na coluna “Quantia gasta”, anote o total que você gasta atualmente em cada item. Limite o número de categorias principais, usando classificações como “comida”, “casa” e “roupa”. Mas não omita subcategorias pertinentes. Roberto e Ronda gastavam muito comendo fora, assim, separar “comer fora” de “supermercado” foi útil. Se você gosta de ser hospitaleiro, isso também pode ser uma subcategoria sob “comida”. A idéia é que a tabela reflita sua individualidade e preferências.

Ao elaborar a tabela, não omita as despesas trimestrais, semestrais e anuais, e outras despesas periódicas, como prêmios de seguro e impostos. Mas, para incluí-las na tabela mensal, será preciso dividir o montante pelo número correspondente de meses.

Um item importante na lista de despesas é “poupança”. Embora muitos não encarem poupança como despesa, é ajuizado destinar parte da renda mensal para emergências ou fins especiais. Grace Weinstein acentua a importância de incluir poupança na lista de despesas: “Se não conseguir poupar pelo menos 5% de sua renda líquida (e esse é um mínimo absoluto), você terá de tomar medidas mais duras. Não compre a prazo, reorganize seu estilo de vida, gaste só o essencial.” Sim, não deixe fora o item poupança no seu orçamento mensal.

Para socorro em caso de desemprego, costuma-se agora recomendar que se tente criar uma reserva equivalente a pelo menos seis meses de renda. “Se você ganhar um aumento”, diz um consultor, “poupe metade dele”. Acha impossível poupar?

Considere Laxmi Bai, que, como muitos outros das zonas rurais da Índia, é muito pobre. Ela passou a colocar num pote de barro um punhado de arroz da porção diária que cozinhava para a sua família. Periodicamente, ela vendia o arroz e depositava o dinheiro no banco. Com essa medida ela conseguiu um empréstimo bancário para ajudar seu filho a montar uma oficina de consertos de bicicleta. Pequenas economias assim fizeram grande diferença na vida de muita gente, diz o jornal India Today. Alguns se tornaram economicamente independentes com isso.

Equilibrar um orçamento, porém, é mais do que apenas alistar receitas e despesas. Envolve manter as despesas mais baixas do que as receitas, o que pode significar um corte nos gastos.

É essencial?

Note o cabeçalho “Essencial?”, na tabela da página 9. Essa coluna é vital, em especial se você constatar que o total na coluna “Valor previsto no orçamento” é maior do que a sua renda. Contudo, decidir se um item é essencial, e quanto reservar para ele, pode ser difícil. Em especial nesses dias de mudanças, em que somos bombardeados por um fluxo contínuo de novos produtos apresentados como necessidades. Classificar cada despesa em termos de necessidade absoluta, necessidade questionável ou regalia, será de ajuda.

Verifique cada despesa na lista e, com boa reflexão, indique um “S” na coluna “Essencial?” se o item for absolutamente essencial; “?” se for uma necessidade questionável; e “N” se for apenas regalia. Lembre-se: o total da coluna “Valor previsto no orçamento” não pode exceder à sua renda mensal.

Os cortes, naturalmente, começariam nos itens “?” e “N”. Não é preciso eliminar totalmente essas despesas. A idéia é examinar se o custo de cada item compensa o benefício que traz, e cortar de acordo. Roberto e Ronda constataram pela lista que gastavam US$ 500 por mês comendo fora. Era um hábito, pois nenhum dos dois sabia cozinhar. Mas Ronda decidiu aprender, e diz: “Agora gosto de cozinhar e comemos em casa mais vezes.” Roberto acrescenta: “Agora só comemos fora em ocasiões especiais, ou quando é necessário.”

Uma mudança de circunstâncias pode forçá-lo a fazer uma reavaliação geral do que é essencial. Conforme foi mencionado no primeiro artigo, a renda de Antonio despencou. Foi de US$ 48.000 para menos de US$ 20.000 por ano, e ficou nesse patamar por dois anos. Se isso lhe acontecer, talvez tenha de fazer um orçamento emergencial, podando todos os gastos possíveis.

Foi o que Antonio fez. Com cortes profundos nos gastos com alimentos, roupa, transporte e recreação, ele penosamente conseguiu preservar a sua casa.a “Tivemos de determinar em família as nossas reais necessidades e desejos”, diz ele, “e aprendemos da experiência. Sabemos agora nos contentar com menos”.

Corte de despesas

Dívidas indomadas podem frustrar seus empenhos de viver segundo seus recursos. Embora possa ser vantajoso contrair uma longa dívida para adquirir bens que valorizem, tais como uma casa, usar cartões de crédito para custear o cotidiano pode ser desastroso. Portanto, “não pague um centavo sequer em taxas extras de cartão de crédito”, diz a revista Newsweek.

Os peritos financeiros aconselham quitar os débitos de cartões de crédito, mesmo que para isso se tenha de sacar da poupança. Não faz sentido pagar juros elevados sobre dívidas e, ao mesmo tempo, manter economias a juros baixos. Percebendo isso, Miguel e Renata liquidaram suas faturas de cartões de crédito com o dinheiro da poupança, e decidiram nunca mais se meter nessa situação.

Roberto e Ronda, não tendo tais recursos, recorreram a um orçamento emergencial. Roberto diz: “Fiz um gráfico num quadro branco, indicando a regressão mensal de nossa dívida, e pendurei esse quadro no nosso quarto, onde podíamos vê-lo todas as manhãs. Isso era um incentivo diário.” No fim do ano, como ficaram contentes de se terem livrado da dívida de US$ 6.000 em cartões de crédito!

Em alguns países, mesmo a hipoteca não é mais o bom negócio que costumava ser. E comprar uma casa pode custar-lhe muito em termos de juros. Como reduzir o custo de uma hipoteca? “Pague uma entrada maior do que o banco exige, ou, então, compre uma casa mais barata”, recomenda Newsweek. “Se já tiver casa própria, resista ao impulso de querer voar mais alto.”

Poderá reduzir expressivamente o custo do financiamento de um carro se der uma boa entrada. Mas terá de poupar com antecedência, abrindo espaço para isso no seu orçamento familiar. E que tal comprar um bom carro usado?b Seu baixo preço inicial poderá significar menores custos financeiros. Poderá até mesmo comprar um sem se endividar.

Vai dar certo?

Se o seu orçamento vai dar certo depende muito de quão realístico ele é. “O sistema não vai funcionar se a quantia destinada ao lar for tão pequena que não dará para passar o mês com ela”, diz um casal que segue com êxito o seu orçamento.

Outro essencial para o êxito do orçamento é o bom entrosamento familiar. Os que são afetados pelo orçamento devem poder expressar seus pontos de vista e sentimentos sem serem ridicularizados. Se os da família entenderem as necessidades e os desejos mútuos e conhecerem a real situação financeira da família, provavelmente haverá melhor cooperação e maior chance de o orçamento dar certo.

Nestes tempos críticos, com freqüentes mudanças no cenário mundial, aumentam as pressões financeiras sobre a família. (2 Timóteo 3:1; 1 Coríntios 7:31) Precisamos exercer “sabedoria prática” ante os desafios da vida moderna. (Provérbios 2:7) Apegar-se a um orçamento pode ser exatamente do que você precisa para conseguir isso.

[Nota(s) de rodapé]

a Sobre cortes nos gastos do cotidiano, veja Despertai! de 8 de agosto de 1984, página 15.

b Veja Despertai! de 8 de abril de 1996, páginas 16-19.

[Destaque na página 11]

Examine cada item para ver se o benefício compensa o custo

[Destaque na página 12]

Cuidado com os juros dos cartões de crédito!

[Tabela na página 9]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

TABELA MENSAL DE GASTOS E AVALIAÇÃO Mês

Quantia Valor previsto

GASTOS gasta Essencial? no orçamento

Comida:

Supermercado

Comer fora

Hospitalidade

Casa:

Hipoteca ou aluguel

Água, luz, gás, etc.

Roupa

Transporte

Presentes

●

●

●

Poupança

Impostos

Seguro

Diversos

TOTAL (compare com a renda)

RENDA MENSAL

Salários

Aluguel

Juros sobre poupança

TOTAL (compare com despesas)

[Foto na página 10]

Bom entrosamento familiar é importante para fazer um orçamento dar certo

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