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  • g98 22/2 pp. 20-21
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  • Cirurgia sem bisturi
  • Despertai! — 1998
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g98 22/2 pp. 20-21

Cirurgia sem bisturi

DE INÍCIO, a dor de cabeça de Cristina, embora fosse forte, parecia não ser motivo de alarme; afinal, ela só durou um dia. Mas daí Cristina ficou com o pescoço rijo. A seguir, a dor de cabeça voltou e ela ficou desnorteada — sintomas incomuns para qualquer pessoa — muito mais para uma criança de oito anos.

No hospital, uma tomografia computadorizada (TC) revelou que Cristina era portadora de malformação arteriovenosa (MAV) no cérebro — condição em que artérias se enredam com veias.a Sem tratamento, Cristina poderia ter um derrame fatal.

Até anos recentes, essas MAVs podiam ser tratadas apenas com cirurgia cerebral invasiva. Nesse procedimento, o cirurgião afasta o couro cabeludo e faz a incisão através do crânio. Daí, ele precisa esgueirar o bisturi através de um delicado labirinto de nervos e tecido cerebral até alcançar a lesão. Pesquisas clínicas indicam que em 1995 houve complicações em cerca de 12% das operações de MAV.

Os pais de Cristina optaram pelo bisturi gama (Gamma Knife) em vez de pelo bisturi cirúrgico. O nome é um tanto enganador, pois o bisturi gama na realidade não é um bisturi, ou faca. É um equipamento que emite 201 feixes de radiação focalizados com precisão através do crânio intacto. Cada feixe em si não é suficientemente forte para danificar o tecido que penetra. Mas todos os 201 feixes são apontados com cuidado para convergirem e emitirem uma alta dose de radiação no ponto exato da lesão.

Alguns estudos indicam que o bisturi gama é economicamente compensador e que ocorrem bem menos casos de infecções pós-operatórias do que na neurocirurgia convencional. Mas, como é o procedimento?

As quatro etapas da radiocirurgia

A radiocirurgia com bisturi gama é realizada em quatro etapas básicas. Primeiro, a cabeça do paciente é ajustada a uma leve guia estereotáxica, que manterá o paciente imobilizado durante o tratamento. Segundo, é feito um “mapa” do cérebro do paciente, por meio de TC, imagens de ressonância magnética (IRM) ou angiograma. Daí, as imagens do cérebro são transferidas para um sistema de planejamento de tratamento computadorizado, que isola o alvo e determina suas coordenadas.

Chega então a fase do tratamento, durante a qual a cabeça do paciente é colocada num capacete com 201 portais (orifícios) pelos quais os raios gama são disparados. A duração do tratamento? Apenas 15 a 45 minutos, durante os quais o paciente é sedado levemente e não sente dor.

Terminado o tratamento, o paciente fica no hospital para observação e, em geral, é liberado na manhã seguinte. Foi assim no caso de Cristina, acima mencionado. Ela foi tratada na quinta-feira, liberada na sexta-feira e na segunda-feira estava de volta à escola.

O que acontece com a MAV?

A radiocirurgia não destrói literalmente a malformação arteriovenosa. Em vez disso, ela provoca a multiplicação das células nas paredes internas dos vasos, bloqueando assim o fluxo sanguíneo à área problemática. Assim, em talvez um ano ou dois, os vasos defeituosos ficam completamente sem suprimento de sangue. Daí a malformação arteriovenosa se reduz e acaba sendo dissolvida pelo organismo.

O bisturi gama também tem sido usado para tratar pequenos tumores malignos com contornos bem definidos, assim como alguns tumores metastáticos, que o câncer de outras partes do corpo dissemina para o cérebro. Além disso, tem mostrado resultados promissores no tratamento da neuralgia trigeminal (condição dolorosa que afeta o nervo facial), epilepsia, doença de Parkinson e alguns casos de dor intratável.

Naturalmente, ainda existem tumores cerebrais e condições que desafiam o bisturi gama. Se os avanços na neurocirurgia levarão a tratamentos ainda mais eficazes, resta saber. No ínterim, a radiocirurgia de bisturi gama oferece esperança para muitos pacientes com tumores.

[Nota(s) de rodapé]

a A TC é um raio X com imagens transversais de uma parte do corpo.

[Quadro na página 21]

O desenvolvimento da radiocirurgia

O bisturi gama foi desenvolvido quase 50 anos atrás pelo neurocirurgião Lars Leksell e o biofísico Börje Larsson. Leksell descobriu que uma única e intensa dose de radiação poderia destruir tumores de difícil acesso no cérebro sem incisão — portanto, sem sangramento nem risco de infecção.

Leksell chamou seu novo procedimento de radiocirurgia estereotáxica. Finalmente, os médicos tinham um meio de tratar partes do cérebro anteriormente inacessíveis, sem precisar esgueirar um bisturi entre delicados nervos e tecido cerebral. Contudo, a aplicação desse novo procedimento teve de esperar muitos anos pelo desenvolvimento de modernas técnicas de imagem, como TC e IRM, que podem mostrar aos cirurgiões exatamente em que ponto devem fazer convergir a radiação. O primeiro equipamento de bisturi gama foi instalado em Estocolmo (Suécia) em 1968.

[Fotos na página 20]

AS QUATRO ETAPAS DA RADIOCIRURGIA COM BISTURI GAMA

1. Ajuste da guia estereotáxica

2. Produção de imagens do cérebro

3. Imagens computadorizadas ajudam a planejar o tratamento

4. Fase do tratamento

[Crédito]

Imagens por cortesia de Elekta Instruments, Inc., fabricantes do Gamma Knife®

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