Observando o Mundo
Efeitos do barulho
A Índia tem uma população de quase um bilhão de pessoas. Segundo o Dr. S. B. S. Mann, professor do Instituto de Pós-Graduação de Chandigarh, Índia, 1 em cada 10 pessoas, ou quase 100 milhões de pessoas, sofre de algum tipo de perda auditiva. Falando na abertura da conferência anual da Associação de Otorrinolaringologistas da Índia, o Dr. Mann disse que a poluição causada por buzinas, motores, máquinas e aviões é a causa desse grave problema de saúde. Ele disse que boa parte da culpa cabe também aos fogos de artifício, tão populares durante os festivais. No festival de Dasehra, por exemplo, em todo o país as pessoas enchem grandes imagens de personagens da mitologia hindu, que simbolizam as forças do mal na sociedade, com centenas de fogos de artifício e põem fogo nelas, criando tremendas explosões. Depois desse evento ocorre o festival de Deepawali, de cinco dias, durante o qual milhões de fogos são detonados.
Preocupação com o desmatamento
“O ritmo de desmatamento na Amazônia voltou a crescer em níveis preocupantes”, informa o jornal brasileiro O Globo. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, do Brasil, “[estima] que em 1998 foram devastados 16.838 quilômetros quadrados da floresta”. Parece que o nível de destruição, que estava caindo desde 1995, voltou a crescer. Segundo o relatório, desde 1978, quando se iniciaram os programas de colonização, “já foram devastados 540 mil quilômetros quadrados, ou 13,7% da floresta”. Embora “a cobertura florestal da Amazônia [seja] de quatro milhões de quilômetros quadrados”, O Globo menciona que é preciso cuidar da floresta tropical. “Do total desmatado, 200 mil quilômetros quadrados foram abandonados pelos exploradores.”
Pai que se interessa tem filhos mais felizes
O pai que mostra interesse pessoal nas preocupações, nos trabalhos escolares e na vida social dos filhos produz “jovens motivados e otimistas, cheios de confiança e de esperança”, diz o jornal The Times, de Londres. Num estudo com 1.500 garotos entre 13 e 19 anos realizado pelo projeto Homens de Amanhã, mais de 90% dos garotos que achavam que o pai gastava tempo com eles e demonstrava interesse ativo no progresso deles mostraram “elevada auto-estima, felicidade e confiança”. Ao contrário, 72% dos garotos que achavam que o pai raramente ou nunca mostrava interesse neles tinham “os níveis mais baixos de auto-estima e confiança, e eram mais propensos à depressão, a não gostar da escola e a se meter em encrencas com a polícia”. Adrienne Katz, do projeto Homens de Amanhã, mencionou que pai e filho não precisam passar muito tempo juntos. “O importante é que a criança se sinta desejada, amada e ouvida”, disse ela.
Ler debaixo do cobertor
Ler com luz fraca debaixo dum cobertor talvez prejudique a visão da criança, diz o boletim de saúde Apotheken Umschau, da Alemanha. Na Universidade de Tübingen, um estudo feito com galinhas indicou que o crescimento do globo ocular pode ser afetado quando a visão é distorcida, mesmo que um pouquinho, e a luz é fraca. Quando uma criança lê na cama, debaixo do cobertor, ambos os fatores estão presentes: distorção, pois o olho não consegue focalizar direito quando o livro fica muito perto, e pouquíssima luz. “Gerações de adolescentes, armados de lanternas, devoraram suas histórias preferidas debaixo do cobertor e, ao fazerem isso, lançaram a base não só para sua educação literária, mas também para a miopia”, diz o boletim.
A volta das locomotivas a vapor?
Os fãs de ferrovias lembram nostalgicamente das impressionantes locomotivas a vapor de antigamente. Visto que eram pouco eficientes e poluíam demais, essas máquinas clássicas quase foram extintas. Mas Roger Waller, engenheiro de uma fábrica suíça de locomotivas, acredita que a máquina a vapor tem um grande futuro. Oito trens de cremalheira a vapor feitos por sua companhia já estão operando nos Alpes, diz o jornal Berliner Zeitung, e Waller recentemente adaptou uma antiga máquina a vapor para uso em ferrovias comuns. A locomotiva reformada usa óleo leve como combustível, em vez de carvão, o que reduz a poluição. Usa também rolamentos para diminuir a fricção e bom isolamento para evitar a perda de energia e reduzir o tempo de aquecimento ao mínimo. Waller diz: “É mais barata e melhor para o meio ambiente do que qualquer locomotiva diesel.”
Aprendendo a sorrir
No Japão, onde as pessoas se orgulham de prestar bons serviços, cada vez mais companhias estão “enviando empregados para escolas que os ensinam a ser mais amigáveis”, diz o jornal Asahi Evening News. “As companhias encaram sorrisos, risadas e humor como modos baratos e eficazes de aumentar as vendas em meio à terrível recessão.” Em uma escola, os estudantes se sentam na frente de espelhos e praticam sorrisos, “tentando criar o sorriso mais agradável”. Para isso, devem pensar na pessoa que mais amam. Os instrutores esforçam-se para fazer os estudantes relaxar e assim sorrir de modo natural. Além de enviar os empregados para escolas, algumas empresas os põem para trabalhar em lanchonetes, anotando os pedidos, pois os empregados desses estabelecimentos são treinados para sorrir o tempo todo. Será que sorrir ajuda nos negócios? Segundo o jornal, uma companhia de cosméticos que ofereceu cursos de sorriso para mais de 3.000 empregados viu as vendas crescer 20% ao longo do ano. Uma funcionária disse que o curso também melhorou o ambiente no escritório. “É gostoso estar rodeada de patrões agradáveis que sorriem bastante”, disse ela.
Diagnóstico precoce salva vidas
“A chave para lidar com o câncer e tratá-lo de forma apropriada é diagnosticá-lo cedo”, diz uma notícia no jornal Times of Zambia. Infelizmente, em algumas partes da África, um número desconhecido de pessoas morre de câncer que poderia ter sido detectado cedo se tivessem feito exames médicos. Os tipos de câncer mais comuns entre as mulheres são o do colo do útero e de mama; entre os homens, o da próstata e do cólon. A Junta Central de Saúde de Zâmbia recomenda, portanto, que as pessoas vão ao hospital para ser examinadas. O Times declara que o diagnóstico precoce “significa menos dor e trauma tanto para o paciente como para a família. E permite que os médicos tomem medidas a tempo”.
Robô de ordenhar
“Ordenhar as vacas duas vezes por dia é impor-lhes uma rotina desnatural”, diz Sue Spencer, membro de uma equipe que está desenvolvendo um robô de ordenhar. Segundo Spencer, o úbere muito cheio pode deixar a vaca coxa e causar-lhe outras doenças. Assim, o que uma vaca leiteira pode fazer quando quer ser ordenhada, mas não é o horário de o fazendeiro ordenhar? Talvez, recorrer ao robô de ordenhar. Ele já está sendo usado numa fazenda na Suécia, segundo a revista New Scientist. Sempre que precisam, as vacas desse rebanho sueco simplesmente entram num estábulo aberto onde fica o robô. Todas as 30 vacas do rebanho usam um colar eletrônico que permite ao sistema identificá-las. Se for hora de ordenhá-la, um portão que dá para a área de ordenha se abre. O braço mecânico do robô, guiado a laser, encontra delicadamente o úbere da vaca e inicia a ordenha.
Diminui a taxa de natalidade na Europa
“No ano passado, a taxa de natalidade na União Européia (UE) atingiu o ponto mais baixo desde o fim da Segunda Guerra Mundial”, diz o jornal Süddeutsche Zeitung. A Eurostat, agência de estatística da UE, anunciou que, em 1998, nasceram cerca de quatro milhões de crianças na UE, em comparação com seis milhões por ano em meados dos anos 60. Em média, os países da UE têm, anualmente, 10,7 nascimentos por 1.000 pessoas. Que país tem a taxa de natalidade mais baixa? A Itália, com apenas 9,2 nascimentos por 1.000 cidadãos — apesar da posição da Igreja Católica Romana contra o controle da natalidade. A taxa de natalidade mais alta é a da Irlanda: 14,1 por 1.000.
Refeições em família
Em muitos países os pais lamentam que os filhos raramente comem com eles, porque em geral preferem lanches rápidos. Mas parece que a França é uma exceção. Segundo o jornal francês La Croix, um estudo recente revelou que 84% das famílias francesas jantam junto. De fato, o estudo demonstrou que 95% dos jovens de 12 a 19 anos achavam bom o ambiente durante as refeições em família. Os especialistas ressaltam que é importante que as famílias tomem refeições junto regularmente. O Dr. François Baudier, do Centro Francês para Educação na Saúde, observa: “A refeição não é só uma hora para comer, mas para partilhar pensamentos.”