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  • g99 22/11 pp. 14-17
  • Novas visitas ao planeta vermelho

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  • Novas visitas ao planeta vermelho
  • Despertai! — 1999
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Despertai! — 1999
g99 22/11 pp. 14-17

Novas visitas ao planeta vermelho

Dois “detetives” da Terra foram enviados ao nosso vizinho no sistema solar, Marte. Suas descobertas talvez ajudem a responder algumas perguntas fundamentais sobre o passado geológico do planeta vermelho, bem como sua condição atual.

DESDE a antiguidade, Marte estimula a imaginação humana. Nossos ancestrais achavam que havia algo estranho com o corpo celeste brilhante e vermelho que se locomovia pelo céu noturno mais rápido do que as estrelas. Os antigos babilônios, gregos e romanos deram-lhe o nome de seus deuses da guerra e da morte, sem saber que sua cor avermelhada vinha do pó de óxido de ferro que cobre sua superfície.

Em tempos mais recentes, à medida que os astrônomos foram apontando telescópios cada vez mais poderosos para o sistema solar, não puderam deixar de notar que o nosso vizinho avermelhado tem estações, pólos gelados e outras características semelhantes às encontradas na Terra. No século 20, fez-se uma exploração inicial de Marte mediante várias sondas espaciais da União Soviética e dos Estados Unidos. Algumas delas orbitaram o planeta; outras pousaram nele. Daí, veio a missão da Mars Pathfinder, que chamou a atenção de milhões de telespectadores em julho de 1997.a

Atualmente, a sonda Mars Global Surveyor está coletando dados sobre o planeta vermelho. Embora essas missões tenham obtido muitas informações, ainda não foram respondidas muitas perguntas fundamentais sobre Marte.

Onde está a água?

Um ponto em comum nessas questões é a água. Os cientistas especulam que, no passado distante, Marte era bem diferente do que é hoje. Acham que o planeta tinha clima mais ameno, ar úmido e rios entrecortando a superfície. Mas de algum modo a água sumiu, deixando um globo seco, poeirento e varrido pelo vento, que faz os desertos da Terra parecerem paraísos. Para onde foi a água? Hoje, em que forma e onde se pode encontrar água em Marte? Como a água influencia as condições meteorológicas e o clima marciano?

“É uma história de detetive”, diz Norman Haynes, ex-chefe do escritório de Exploração de Marte, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, Califórnia. “Será um grande feito descobrir o que aconteceu à água de Marte.” Os cientistas esperam ter uma resposta em breve. Planejam lançar sondas robóticas mais ou menos a cada dois anos, quando a Terra e Marte estiverem num alinhamento favorável, para aos poucos resolver o mistério marciano.

O mais recente par de “detetives” é formado por um observatório climático na órbita polar e um robô que faz experiências químicas no solo, que darão aos cientistas mais informações sobre o subsolo marciano. São chamados de Mars Climate Orbiter e Mars Polar Lander.

Visto de cima

O Mars Climate Orbiter foi lançado em 11 de dezembro de 1998, do Centro Espacial Kennedy, em cabo Canaveral, Flórida, EUA, e iniciou sua jornada de nove meses até Marte. Ele deverá manter uma órbita a 400 quilômetros de altitude, monitorando dali a atmosfera, os acidentes geográficos e as calotas polares do planeta. As observações deverão continuar por um ano marciano, isto é, 687 dias terrestres.

A missão dessa sonda inclui observar o aspecto e o movimento do pó e do vapor d’água atmosféricos em Marte. Deverá monitorar também as mudanças sazonais na superfície do planeta. As imagens detalhadas dos acidentes geográficos poderão dar aos cientistas pistas importantes sobre o clima do planeta no passado. Além disso, esses dados talvez revelem mais informações sobre possíveis reservas de água líquida sob a superfície de Marte.

A sonda também servirá de satélite de comunicação para seu companheiro, o Mars Polar Lander. Ele foi lançado em 3 de janeiro de 1999 e está programado para chegar a Marte no início de dezembro deste ano. Mas onde pousar para se obter os melhores resultados?

Onde pousar?

Lembre-se de que a questão da água é fundamental para a exploração de Marte. Qual é o local ideal no planeta para estudar a água? Para estudar as condições meteorológicas, o clima e o ciclo da água na Terra, comparam-se os resultados de milhares de estudos realizados com muitos instrumentos em diversos locais. Mas a exploração de outros planetas exige um processo muito mais seletivo. Visto que são raras as oportunidades de estudar Marte na superfície, os pesquisadores científicos precisam decidir com cuidado que instrumentos enviar e para onde enviá-los.

Para o estudo do clima marciano, as regiões polares são ideais, embora bem diferentes da rochosa planície aluvial em que a Mars Pathfinder pousou dois anos atrás. É nas regiões polares que ocorrem os extremos sazonais. Acredita-se que tempestades sazonais de pó depositem uma fina camada de poeira nas regiões polares. Quando chega o inverno, o pó fica congelado debaixo do gelo de dióxido de carbono e água. Com o passar do tempo, muitas camadas se acumularam. “Essas camadas preservam um registro da história climática de [Marte]”, diz Ralph Lorenz, da Universidade do Arizona, EUA. Os especialistas acreditam que a exploração desse novo território será um passo significativo na pesquisa de Marte. Como assim? O que a sonda fará depois de pousar?

Uma olhada no subsolo

Com um metro de altura, a sonda parece uma aranha de três pernas com um braço robótico de dois metros de comprimento com uma concha na ponta. Sua missão começará antes de tocar o solo marciano. Pouco antes de atingir a atmosfera do planeta vermelho, ela soltará um par de cápsulas, cada uma mais ou menos do tamanho de uma bola de basquete.

Esses projéteis despencarão em queda livre até a superfície e atingirão o solo a uma velocidade de cerca de 700 quilômetros por hora. As cápsulas foram feitas para se abrir com o impacto e soltar um par de microssondas que penetrarão até um metro no solo. Depois, elas liberarão pequenas brocas e começarão a testar a composição química do solo marciano. O objetivo principal é procurar água que talvez esteja congelada e escondida no subsolo.

Pouco depois de as microssondas atingirem o solo, a sonda pousará com a ajuda de pára-quedas. Equipada com câmaras e sensores, ela foi projetada para estudar o terreno e as condições meteorológicas de Marte. Tirará fotos tanto durante a descida como depois de atingir o solo. Um microfone embutido registrará pela primeira vez o som do vento marciano. A sonda deverá funcionar por cerca de 90 dias depois do pouso.

Sede de conhecimento

Naturalmente, os cientistas levarão anos para estudar e analisar os dados coletados pelo Mars Climate Orbiter e pelo Mars Polar Lander. Eles são parte de um empreendimento de 16 anos que visa obter mais informações sobre Marte. Além da Nasa, as agências espaciais européia, japonesa e russa também estão envolvidas nessas missões. Por fim, os cientistas esperam que futuras missões tragam amostras de solo marciano para serem analisadas em laboratórios terrestres. Isso talvez os ajude a finalmente responder à pergunta sobre o que aconteceu ao clima do nosso vizinho vermelho, Marte.

[Nota(s) de rodapé]

a Veja o artigo “Um robô explora Marte”, na Despertai! de 22 de junho de 1998.

[Quadro/Foto na página 15]

A vida veio de Marte?

Acredita-se que o meteorito ALH84001, descoberto na Antártida em 1984, veio de Marte. Em agosto de 1996, alguns pesquisadores do Centro Espacial Johnson, da Nasa, e da Universidade Stanford anunciaram que essa pedra, do tamanho duma batata, contém evidências — não provas conclusivas — de vida em Marte: compostos orgânicos, depósitos minerais e micróbios fossilizados. Deduziu-se que a vida na Terra poderia ter se originado em Marte.

Mas agora quase toda a comunidade científica concorda que esse meteorito não dá evidência sólida de que a vida tenha vindo de Marte. “Acho muito improvável que tenham encontrado restos de atividade biológica”, disse William Schopf, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Similarmente, Ralph P. Harvey, da Universidade Case Western Reserve, disse: “Embora a vida em Marte seja uma idéia atraente para muitos de nós, o ALH[84001] evidentemente contém pouca prova da sua existência.”b

[Nota(s) de rodapé]

b Para evidências confiáveis sobre a questão da origem da vida na Terra, veja os capítulos 3 a 5 do livro Existe um Criador Que Se Importa com Você?, publicado pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.

[Quadro/Fotos nas páginas 16, 17]

Quarenta anos de exploração de Marte

◼ 1960: a União Soviética lança as primeiras sondas planetárias, com destino a Marte. As sondas não entram em órbita.

◼ 14 de julho de 1965: a Mariner 4, dos Estados Unidos, passa por Marte e transmite fotos e medições para a Terra.

◼ 1971: a sonda soviética Mars 3 solta uma cápsula que faz o primeiro pouso tranqüilo em Marte. A sonda americana Mariner 9 alcança Marte no mesmo ano e fotografa a maior parte da superfície do planeta, além das duas pequenas luas do planeta, Fobos e Deimos.

◼ 1976: duas sondas americanas, a Viking 1 e a Viking 2, pousam em Marte. Funcionam durante anos, executando experimentos complexos.

◼ 1988: cientistas soviéticos lançam duas sondas, Fobos 1 e Fobos 2, em direção a Marte. A Fobos 1 falha durante o vôo, mas a Fobos 2 atinge Marte e envia suas descobertas durante vários dias.

◼ 1992: os Estados Unidos lançam a sonda Mars Observer, que falha na missão.

◼ 4 de julho de 1997: a Mars Pathfinder, com o veículo-robô Sojourner, pousa em Marte. Envia impressionantes fotos em cores da superfície do planeta vermelho.

[Fotos]

Mariner 4

Uma das sondas Viking

Fobos 2

[Foto na página 15]

Mars Climate Orbiter

[Foto na página 15]

Mars Polar Lander

[Foto nas páginas 16, 17]

Paisagem marciana fotografada pela Mars Pathfinder

[Crédito das fotos nas páginas 15-17]

Página 15: meteorito: foto da NASA; fundo: NASA/U.S. Geological Survey; orbitador e aterrissador: NASA/JPL/Caltech

Páginas 16 e 17: paisagem, Mariner 4, sonda Viking: NASA/JPL/Caltech; planeta: foto da NASA; Fobos 2: NASA/National Space Science Data Center

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