Um Futuro Seguro — Como o Poderá Alcançar
1. Que espécie de segurança gostaria de ter para si e para os seus entes queridos?
PESSOAS de todas as rodas da vida têm verdadeiro desejo de segurança. Naturalmente a deseja também para si mesmo e para os seus entes queridos. A maioria quer mais do que apenas uma promessa de condições melhores em algum tempo indefinido no futuro. Somos hoje confrontados com problemas urgentes da vida. Do que precisamos é algo que proveja segurança genuína agora mesmo e que continue a provê-la nos anos à frente. É possível tal segurança?
2. (a) O que diz a Bíblia, em Isaías 32:17, 18, a respeito da segurança? (b) Agradam-lhe tais condições?
2 Existem pessoas de todas as raças, em todas as partes da terra, que crêem que é possível. A segurança que as interessa foi descrita há muito tempo atrás por um profeta inspirado de Deus, que escreveu: “O trabalho da verdadeira justiça terá de tornar-se a paz; e o serviço da verdadeira justiça: sossego e segurança por tempo indefinido. E meu povo terá de morar num lugar de permanência pacífico, e em domicílios de plena confiança, e em lugares de descanso sem perturbação.” (Isaías 32:17, 18)a Centenas de milhares de pessoas, em todas as partes da terra, já estão começando a usufruir segurança pacífica apesar da agitação do mundo atual, e elas têm motivo para aguardar um futuro ainda mais brilhante. Você, leitor, também poderá compartilhar com elas tais benefícios.
3. Promete a Bíblia algo mais que resulte na segurança para a humanidade? (Revelação 21:4, 5)
3 Essas pessoas aguardam o tempo, agora já bem próximo, em que ‘não haverá quem faça as pessoas tremer’ — um tempo em que não haverá mais crimes, nem haverá mais perigo para a propriedade e a vida da pessoa. (Miquéias 4:4) Têm motivos válidos para crer que muitos dos que agora vivem cheguem a ver o dia em que não haverá mais fome, porque “virá a haver bastante cereal na terra”. (Salmo 72:16) E esperam ver pessoalmente o cumprimento da promessa de que ‘Deus enxugue dos seus olhos toda lágrima, e que não haja mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já terão passado’. (Revelação [Apocalipse] 21:3, 4) Como podem ter tanta certeza de que tais coisas acontecerão realmente? Podem tê-la porque essas promessas são encontradas na própria Palavra de Deus, a Bíblia.
4. Embora homens fossem usados para fazer a escrita, por que procedem realmente de Deus as coisas escritas na Bíblia? (2 Timóteo 3:16, 17)
4 O que a Bíblia diz sobre o nosso futuro não é apenas o resultado de empenhos humanos para interpretar as tendências da história. Usaram-se homens para escrever, mas a mente deles foi dirigida pelo espírito de Deus. De modo que a mensagem procede de Deus. A respeito da fonte do conteúdo da Bíblia, ela mesma diz: “Nenhuma profecia da Escritura procede de qualquer interpretação particular. Porque a profecia nunca foi produzida pela vontade do homem, mas os homens falaram da parte de Deus conforme eram movidos por espírito santo.” (2 Pedro 1:20, 21) Não deve ser difícil para nós, hoje, entender como Deus pôde fazer isso. Até mesmo homens viajando pelo espaço têm enviado mensagens de volta para a terra, as quais foram recebidas com notável clareza. Não era então possível que o Deus no céu, de maneira bem superior, transmitisse mensagens a homens fiéis, sintonizados com ele? Claro que sim! Portanto, é com boas razões que o convidamos a examinar o que a Bíblia diz sobre como poderá alcançar um futuro seguro.
ONDE SE PODE OBTER VERDADEIRA AJUDA
5. Que conceito realístico nos exorta a Bíblia a adotar quanto ao dinheiro e a outros bens materiais? (Eclesiastes 7:12)
5 A Bíblia ajuda-nos a encarar a vida de modo realístico. Visando nosso bem-estar eterno, exortamos a termos confiança naquilo que vai perdurar. Milhões de pessoas depositam hoje sua confiança nos bens materiais. Embora a Bíblia reconheça o valor do dinheiro e de outros bens materiais, ela mostra que tais coisas não são o principal na vida. Expressa a verdade irrefutável de que, “mesmo quando alguém tem abundância, sua vida não vem das coisas que possui”. (Lucas 12:15) Os bens podem perder o valor. Podem ser roubados ou destruídos. A vida de seu proprietário pode até mesmo ficar em perigo quando alguém tenta roubar-lhe o dinheiro. A verdadeira segurança, portanto, deve vir de outra parte. Mas, de onde?
6. Por que não é razoável basearmos todas as nossas esperanças quanto ao futuro naquilo que líderes humanos prometem?
6 Há pessoas que fixam toda a sua esperança quanto ao futuro naquilo que líderes humanos prometem. Será que você, leitor, deverá fazer o mesmo? Sem mesmo levantar a pergunta sobre se determinados líderes são honestos e capazes ou não, a Bíblia toca no âmago do assunto por nos lembrar que todos eles morrem. Ela acautela sabiamente: “Não confieis nos nobres, nem no filho do homem terreno, a quem não pertence a salvação. Sai-lhe o espírito, ele volta ao seu solo; neste dia perecem deveras os seus pensamentos.” (Salmo 146:3, 4) No máximo, pois, os líderes humanos podem influenciar os assuntos duma parte da humanidade apenas durante uns poucos anos. Quanto à segurança a longo prazo, não lhe poderão prover, assim como tampouco a podem prover para si mesmos.
7. (a) Quem realmente nos pode prover segurança a longo prazo, e por quê? (Atos 17:28) (b) De que precisamos, se havemos de usufruir tal segurança?
7 Mas há Um que a pode prover Ele é o Criador dos céus e da terra. Ele existiu antes de se formar esta terra: e continuará a existir muito depois de ter passado este século vinte. Conforme o Salmo 90:2 diz a seu respeito: “De tempo indefinido, a tempo indefinido, tu és Deus.” Ele é a Fonte da vida e é Aquele que deu a terra a capacidade de sustentar coisas vivas. Assim, nosso bem-estar atual e nossas perspectivas quanto ao futuro dependem dele. Por este motivo precisamos manter uma boa relação com ele, se havemos de usufruir verdadeira segurança.
8. (a) Que espécie de pessoas procura Deus? (b) Portanto, o que devemos nós, individualmente, estar dispostos a fazer para satisfazermos tal requisito? (Mateus 7:21-23)
8 Significa isso que basta apenas ter alguma religião na vida? Seria um engano chegar a tal conclusão. Aqueles a quem Deus concede uma relação favorável consigo mesmo são pessoas de certa espécie. De que espécie? A Bíblia as descreve do seguinte modo: “Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai com espírito e verdade, pois, deveras, o Pai está procurando a tais para o adorarem. Deus é Espírito, e os que o adoram têm de adorá-lo com espírito e verdade.” (João 4:23, 24) É você, leitor, alguém que adora a Deus ‘com verdade’? Já examinou as suas crenças à luz da Palavra de Deus, para ver se concordam plenamente com o que é apresentado ali pelo “Deus da verdade”? (Salmo 31:5) Está disposto a fazer isso? Ensinos e práticas que não se harmonizam com a verdade não são de benefício duradouro para ninguém. Fazem com que as pessoas desconsiderem a realidade das coisas; levam-nas na direção errada. Só se pode ter o contentamento resultante da verdadeira segurança quando se quer saber realmente a verdade e quando se está disposto a fazer os ajustes necessários para harmonizar a vida com a verdade. Uma das verdades mais importantes envolve a identidade do próprio Deus.
9. (a) Qual é o nome pessoal de Deus? (b) Que texto usaria para provar a um amigo qual é o nome de Deus?
9 Conhece o nome pessoal dele? Não é “Deus” ou “Senhor”. Estes apenas são títulos, assim como “senhor” e “rei” são títulos. No entanto, segundo a versão de João Ferreira de Almeida da Bíblia (traduzida no começo do século 18; segundo a edição revista e corrigida, também na edição da Imprensa Bíblica Brasileira), o Salmo 83:18 diz: “Tu, a quem só pertence o nome de Jeová, és o Altíssimo sobre toda a terra.” Não se trata dum nome que os homens tenham dado a Deus. Conforme mostra a Versão Brasileira (publicada em 1917), Deus fala a respeito de si mesmo ao dizer: “Eu sou Jeová; este é o meu nome.” (Isaías 42:8) A versão católica da Liga de Estudos Bíblicos verte o nome por “Javé”.
10. (a) É realmente importante conhecer e usar o nome de Deus? (Atos 15:14) (b) Se amarmos a Jeová, como deveremos pessoalmente usar esse nome? (Isaías 43:10)
10 Certos tradutores talvez pensem que tornam a Bíblia aceitável para mais pessoas por não usarem o nome pessoal de Deus, mas, será que são honestos, como tradutores, quando procuram ocultar o nome que aparece mais vezes do que qualquer outro no texto da língua original? O verdadeiro Deus quer que as pessoas conheçam seu nome. Tornou isso claro ao mandar que seu servo Moisés informasse certo governante do antigo Egito sobre o motivo de Deus o ter poupado até aquele tempo. Qual era o motivo? “Para mostrar-te meu poder e para que meu nome seja declarado em toda a terra”, disse Deus. (Êxodo 9:16) É importante que usemos o nome de Deus, fazendo-o com respeito. E se amarmos a verdade, não hesitaremos em identificar-nos como adoradores de Jeová, o único Deus verdadeiro.
11. Como encara Deus o uso de imagens na adoração? (Salmo 115:3-8; Deuteronômio 7:25)
11 No entanto, precisamos ter cuidado de não associar o nome de Deus com algo que ele não aprova. Lembre-se de que “Deus é Espírito, e os que o adoram têm de adorá-lo com espírito e verdade”. (João 4:24) Se reconhecermos que “Deus é Espírito” e se o adorarmos “com espírito”, quer dizer, de modo espiritual, não usaremos objetos materiais para representarem a Deus. Segundo João 1:18: “Nenhum homem jamais viu a Deus”, de modo que é impossível fazer qualquer retrato ou escultura dele. Uma imagem que não pode ver, nem ouvir ou falar, que não pode levantar nem sequer um dedo para ajudar os que a cultuam, nunca poderia representar corretamente o Deus vivente. Naturalmente, há imagens que não se destinam a representar o próprio Deus, mas, a questão é: São objetos de devoção religiosa? Quando Deus deu os Dez Mandamentos, declarou especificamente que não se devia fazer nenhuma imagem para tal fim. Ele ordenou: “Não farás para ti escultura, nem imagem alguma . . . Não te prostrarás diante delas, nem as servirás.” (Êxodo 20:4, 5, versão católica do Pontifício Instituto Bíblico) Em vez de usarmos objetos que Jeová não aprova, o amor à verdade nos ajudará a chegar a conhecer a Deus assim como realmente é.
12. (a) Que espécie de Deus é Jeová? (b) Quais das suas qualidades lhe agradam especialmente?
12 Suas qualidades são tais, que granjeiam a confiança de todos os que amam a justiça. Algumas destas qualidades, tais como onipotência e sabedoria muitíssimo superiores às de qualquer homem, evidenciam-se nas suas obras de criação material. E não concorda que a beleza do pôr-do-sol, o belo canto dos pássaros, a fragrância das flores e os muitos sabores de que gosta revelam todos o amor que Deus tem à humanidade? Mas a Bíblia vai além disso, revelando-nos mais sobre Deus Revela que Jeová defende o que é direito, mas que ele também é compassivo e mostra consideração. Descreve-o do seguinte modo: “Jeová, Jeová, Deus misericordioso e clemente, vagaroso em irar-se e abundante em benevolência e em verdade, preservando a benevolência para com milhares, perdoando o erro, e a transgressão, e o pecado, mas de modo algum isentará da punição.” Êxodo 34:6, 7) E a Bíblia fala sobre os tratos que Deus teve por muitos séculos com a nação do antigo Israel, tratos que demonstram vividamente tais qualidades. Este registro escrito prova também que “Deus não é parcial, mas, em cada nação, o homem que o teme e que faz a justiça lhe é aceitável”. (Atos 10:34, 35) Quer que pessoas de toda espécie usufruam uma boa relação com ele, e providenciou bondosamente que isso seja possível.
13. Como fica a vida da pessoa afetada quando realmente confia em Jeová? (Provérbios 3:5, 6)
13 O que acontece quando alguém cria apreço pelas muitas qualidades admiráveis do verdadeiro Deus? O “nome” de Deus aumenta em significado para ele. Passa a confiar em Jeová, fazendo as coisas do modo de Deus, e, em resultado disso, recebe proteção É assim como diz Provérbios 18:10:“O nome de Jeová é uma torre forte. O justo corre para dentro dela e recebe proteção.”
14. (a) Por que depende nosso futuro de Jeová? (b) Com que decisão séria se confronta cada pessoa? (Deuteronômio 30:19, 20)
14 Esta proteção inclui as perspectivas para o futuro da pessoa. Na realidade, o futuro de toda a humanidade depende de Jeová. Por quê? Porque esta terra é criação dele, e todos os que vivem nela dependem das provisões que faz para sustentar a vida. Ele declarou na Bíblia seu propósito de prover condições de vida seguras e felizes para seu povo. Nada, no céu ou na terra, pode impedir que o Deus Todo-poderoso execute seu propósito. Contudo, este propósito não nos priva do livre-arbítrio. Não determina o destino de cada um de nós sem termos alguma escolha no assunto. Mas, confronta-nos com uma decisão séria: Somos induzidos pelo apreço de tudo o que Jeová fez por nós, e ainda fará no futuro, a harmonizar nossa vida com a sua vontade? A falta de crença por parte de alguém não altera o fato de que Jeová é o verdadeiro Deus, nem modificará o propósito Dele. Mas, pode decidir se alguém tira, ou não, proveito pessoal deste propósito amoroso. É realmente uma escolha entre a vida e a morte.
POR QUE A FALTA DE SEGURANÇA ESTRAGA A VIDA HUMANA
15. Quais são algumas das coisas que tornam hoje a vida insegura?
15 A fim de sabermos avaliar de que modo o propósito de Jeová resulta em verdadeira segurança, podemos com proveito relembrar primeiro algumas das coisas que tornam a vida hoje insegura. Entre essas há a falta de amor, o descaso pela lei, a falta de respeito pela propriedade dos outros, e o uso de mentiras e de violência para se alcançar certos objetivos. Além disso, não podemos desconsiderar as doenças e o reconhecimento de que, mais cedo ou mais tarde, todos morrem. Tanto por experiência pessoal como por observação, sabemos que essas coisas afetam a vida humana. Mas, como é que surgiu tudo isso? A resposta está na Bíblia.
16. No princípio, o que contribuiu para a segurança usufruída por Adão e Eva? (Gênesis 1:31; 2:8, 15)
16 Logo o primeiro livro da Bíblia nos informa que, quando Jeová criou nossos primeiros pais humanos, Adão e Eva, sua obra era muito boa. Não havia falha na constituição deles, que resultasse em doenças; tinham diante de si a perspectiva de viver para sempre. Deus proveu-lhes amorosamente um parque ajardinado, um paraíso no Éden, como seu lar. Incluiu generosamente no seu lar ajardinado uma abundância de vegetação que produzia semente e árvores frutíferas para sustentá-los Deu também à vida deles um objetivo, por mandá-los exercer controle sobre os peixes, as aves e todos os animais, e cultivar a terra e povoá-la com seus descendentes, até que o globo inteiro fosse igual ao paraíso em que os colocara. Em tal ambiente, a sensação de segurança era a coisa mais natural. Mas, exigia-se deles alguma coisa, se haviam de continuar a usufruir tal segurança.
17. (a) O que se exigia de Adão e Eva, se haviam de continuar a estar seguros? (b) Como testou Jeová a obediência deles, e por que era este um assunto importante? (Lucas 16:10)
17 Eles tinham de reconhecer sua posição em relação com Deus. A terra e todas as coisas nela pertenciam ao seu Criador, de modo que este tinha o direito de decidir como deviam ser usadas. A própria vida era uma dádiva condicional; quer dizer, Adão e Eva podiam continuar a usufrui-la, desde que continuassem a satisfazer o requisito da obediência amorosa ao seu Pai celestial. A fim de enfatizar a seriedade deste requisito, Jeová impôs a seguinte ordem ao homem: “De toda árvore do jardim podes comer à vontade. Mas, quanto a árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau, não deves comer dela, porque no dia em que dela comeres, positivamente morrerás.” (Gênesis 2:16, 17) A obediência demonstraria que o homem aceitava a Deus como Governante; a desobediência significaria a rejeição da perfeita vontade de Deus. Esta lei não envolvia nenhuma dificuldade; não privava o homem de nada do que precisasse, mas constituía uma prova simples, mas eficiente, apropriada para as circunstâncias em que vivia. Oferecia a Adão e sua esposa Eva a oportunidade de mostrarem amor ao seu Pai celestial.
18. (a) Quais foram as coisas, que causam insegurança, que se evidenciaram primeiro em conexão com o pecado de Adão e Eva, e depois? (b) Conforme explicado em Romanos 5:12, como afetou isso todos os descendentes de Adão?
18 A narrativa bíblica, em Gênesis, capítulo três, mostra que eles fracassaram. Comeram deliberadamente da árvore que Deus colocara “fora dos limites”. Desfez-se a segurança que o casal humano usufruíra até então. Lá naquele tempo surgiram pela primeira vez as próprias coisas que produzem hoje insegurança Eram a falta de amor a Deus, o descaso pela lei e a falta de respeito pela propriedade dele Adão e Eva, desaprovados por Deus, foram expulsos do Éden. Lá fora do paraíso, muitos de seus descendentes, inclusive seu próprio filho Caim, ficaram ainda mais degradados, ao recorrerem à violência. Mesmo os que não têm desconsiderado deliberadamente a lei de Deus têm sentido no seu próprio corpo os efeitos da herança do pecado. Conforme explica Romanos 5:12: “Por intermédio de um só homem [Adão] entrou o pecado no mundo, e a morte por intermédio do pecado, e assim a morte se espalhou a todos os homens, porque todos tinham pecado.”
19. (a) Com quem se originou a rebelião no Éden? (Revelação 12:9) (b) Como se tornou este Satanás, o Diabo? (Tiago 1:14, 15)
19 Todavia, é preciso notar que o primeiro movimento em direção à rebelião não se originou de Adão ou da esposa deste. A Bíblia menciona uma “serpente” falando com Eva, induzindo-a por fraude a violar a lei de Deus. Naturalmente, uma serpente literal não pode falar; e a Bíblia identifica mais adiante o poder que havia atrás daquela serpente como sendo uma pessoa espiritual, invisível. Esta pessoa espiritual não havia sido criada para ser iníqua. Mas, assim como se dava com os homens, esse filho espiritual de Deus tinha livre-arbítrio, tinha a capacidade de escolher como queria usar suas faculdades. Por entreter desejos errados, ficou orgulhoso; quis que outras criaturas o adorassem qual deus. Pelo proceder que adotou para alcançar seu objetivo ele se tornou opositor de Deus, quer dizer, Satanás, e caluniador, isto é, Diabo.
20. (a) Ao falar com Eva, que afirmações fez Satanás? (b) Por que não melhorou ela sua situação ao agir segundo o que Satanás disse?
20 Chegou-se a Eva, fazendo primeiro perguntas e depois contradizendo diretamente a Deus, por dizer a Eva: “Positivamente não morrereis [se comerdes da árvore proibida]. Porque Deus sabe que, no mesmo dia em que comerdes dele, forçosamente se abrirão os vossos olhos e forçosamente sereis como Deus, sabendo o que é bom e o que é mau.” (Gênesis 3:1-5) Para a mulher, isso parecia ser algo melhor do que aquilo que já tinha. Mas, será que, por acreditar nisso, ela obteve realmente maior segurança? Melhorou seu marido a sorte dele por se juntar a ela na transgressão? Não; tudo era mentira Isto foi provado conclusivamente quando morreram, e os homens continuam a morrer até o dia de hoje.
21. (a) Que questões vitais foram suscitadas lá no Éden e como afetam a segurança de toda a criação? (b) Que acusação adicional se fez nos dias de Jó, e o que dava a entender? (Jó 1:7-12; 2:1-5)
21 Ali, no Éden, suscitaram-se questões vitais, que afetam a segurança de toda a criação. Desafiou-se a veracidade de Deus, e isto lançou dúvida sobre a justeza e a legitimidade de seu governo. Sugeriu que o homem estaria em situação melhor se fizesse as suas próprias decisões quanto ao que era bom e o que era mau, fixando as suas próprias normas e agindo como seu próprio governante. A rebelião de Satanás e o fracasso do primeiro casal humano quanto a serem leais a Deus suscitou a pergunta sobre o que fariam outras criaturas inteligentes de Deus. Haveria quem permanecesse leal a Deus? Mais tarde, nos dias do homem Jó, Satanás fez a acusação de que os que serviam a Deus faziam isso apenas por considerações egoístas, não por amor. “Acaso é por nada que Jó teme a Deus?” argumentou Satanás. (Jó 1:9) Ele deu a entender que ninguém manteria a sua integridade para com o governo de Jeová, se ele, o adversário de Deus, pudesse submetê-lo a uma prova. Só depois de estas questões estarem resolvidas é que a humanidade usufruiria novamente completa segurança. Todavia, Jeová sabia que essas questões podiam ser resolvidas para a plena satisfação de todos os amantes da justiça, e ele fez provisões para este fim.
PROVISÕES QUE TORNAM POSSÍVEL UM FUTURO SEGURO
22. (a) Quando Jeová julgou os nossos primeiros pais, o que tornou ele possível para nós? (2 Pedro 3:9) (b) Em torno de quem gira a provisão de Jeová para o futuro da humanidade?
22 Quando nossos primeiros pais foram julgados por sua rebelião contra Deus, Jeová não se esqueceu dos descendentes deles, ainda por nascer. Tomou amorosamente o propósito de tornar possível que cada um de nós escolhesse por si mesmo se deseja, ou não, viver sob regência divina. Este propósito gira em torno do Filho de Deus, Jesus Cristo.
23. (a) Que espécie de vida tinha Jesus antes de se tornar homem? (b) Por que não devemos chamá-lo como sendo o Deus ou como alguém igual ao Deus? (João 17:3)
23 Este Filho foi a primeiríssima das criações de Jeová no domínio celestial. “Mediante ele foram criadas todas as outras coisas nos céus e na terra”, informa-nos a Bíblia. (Colossenses 1:15-17) Mas, no tempo designado de Deus, seu Filho deixou para trás a sua glória celestial e nasceu milagrosamente como humano na terra. O anjo Gabriel, enviado de antemão para informar sobre o nascimento, não disse que o menino nascido seria o Deus. Antes, anunciou-o como sendo o nascimento do “Filho de Deus”. (Lucas 1:35) O próprio Jesus não afirmava ser o Deus. Não agiu igual a Satanás, que procurava ser cultuado. Disse verazmente: “O Pai é maior do que eu.” (João 14:28) Portanto, para usufruirmos uma relação certa com o Deus da verdade, não devemos atribuir ao seu Filho uma posição diferente, nem falar dele como sendo o Deus ou como igual ao Deus.
24. O que foi realizado por Jesus provar a sua integridade sob grande pressão, como homem na terra?
24 Aqui na terra, Jesus passou por coisas pelas quais nunca passou antes. No céu, ele fora imaculado em fazer a vontade de seu Pai. Mas, continuaria a mostrar-se leal como homem na terra, especialmente quando sujeito à dor e a uma humilhação imerecida? Satanás estava decidido a provar que ninguém, nem mesmo este Filho mais destacado de Deus, ficaria fiel quando sujeito a uma prova. Mas, Jesus apegou-se lealmente à Palavra de Deus, confiando nela como seu guia e citando-a ao rejeitar a tentação. Rejeitou firmemente a pressão de que agisse de modo errado, dizendo: “Vai-te, Satanás! Pois está escrito: ‘É a Jeová, teu Deus, que tens de adorar e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado.”‘ (Mateus 4:10) Jesus manteve a sua lealdade a Jeová, qual Governante, até à própria morte, sob provas muito mais severas do que Adão teve de enfrentar. Desta maneira, Jesus limpou o nome de seu Pai das acusações falsas feitas por Satanás. Jesus nos mostrou, pelo seu exemplo, como podemos vencer tentações e como podemos demonstrar que também somos defensores leais do governo de Jeová.
25. O que mais resultou da morte de Jesus como homem perfeito, e o que possibilita isso para nós? (1 Timóteo 2:3-6)
25 No entanto, o Filho de Deus nos proveu mais do que apenas um bom exemplo. O próprio Jesus explicou que veio para “dar a sua alma como resgate em troca de muitos”. (Marcos 10:45) Isto era necessário, se a humanidade havia de ser aliviada do pecado, bem como da doença e da morte resultantes do pecado. Segundo a lei de Deus, o preço de resgate tinha de ser uma vida humana perfeita, a fim de corresponder à vida humana perfeita perdida por Adão. Nenhum descendente imperfeito de Adão podia provê-lo. O próprio Jeová fez amorosamente tal provisão. Enviou seu próprio Filho para a terra. Daí, depois da morte de Jesus, Deus o ressuscitou para viver novamente, então como pessoa espiritual, e aceitou o valor de sua vida humana como sacrifício a favor da humanidade. Isto abriu para nós a oportunidade de recuperarmos o que Adão perdeu. Conforme a Bíblia explica: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna.” (João 3:16) Que perspectivas maravilhosas isso abre para nós, se tão-somente exercermos fé no Filho de Deus, aprendendo o que ele ensinou e vivendo em plena harmonia com isso!
26. (a) Por que não se envolveu Jesus nos assuntos políticos? (João 18:36) (b) Que atitude para com os governos deviam os seguidores de Jesus ter, conforme lhes ensinou? (Mateus 22:17-21)
26 Essa fé inclui o apreço do papel que Jeová deu ao seu Filho no governo. Jesus não se envolveu nos assuntos políticos dos seus dias; sabia que nenhum governo humano defendia a regência de Jeová. Apesar do que tais governantes pudessem dizer a respeito da crença em Deus, todos eles estabeleciam suas próprias normas quanto ao que era bom ou mau. Assim, quer o reconhecessem, quer não, todos seguiam a liderança do adversário de Deus, Satanás, o Diabo, a quem a Bíblia identifica como sendo “o governante do mundo”. (João 14:30) Jesus ensinou aos seus discípulos que eles deviam pagar os impostos e que deviam acatar a lei, enquanto Deus permitisse a existência dos governos dos homens. Mas, esclareceu que a única esperança dum futuro seguro residia no reino de Deus, um governo realmente justo, administrado desde o próprio céu e exercendo autoridade sobre toda a humanidade. Por isso, ensinou-lhes a orar a Deus: “Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra.” Jesus exortou-os a viverem em harmonia com as leis deste reino, conforme especificadas na Bíblia. E comissionou-os a pregar “estas boas novas do reino” às pessoas em toda a parte. — Mateus 6:10; 24:14.
27. O que é o reino de Deus e como podemos mostrar nosso apreço dele? (Mateus 6:33)
27 Este reino é o instrumento que Jeová usa para executar a sua vontade. Unificará toda a criação inteligente novamente sob o reinado de Jeová. Os membros deste governo celestial incluem pessoas tiradas desta terra, que provaram seu apoio leal à soberania de Jeová, à regência dele. Tais pessoas são chamadas de “pequeno rebanho”. (Lucas 12:32) O último livro da Bíblia mostra que seu número é limitado a “cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra”. (Revelação 14:1, 3) O principal a quem se confia o poder régio, porém, é o próprio Filho de Deus, Jesus Cristo. Em cumprimento da profecia divina, é a este que Jeová concedeu “domínio, e dignidade, e um reino, para que todos os povos, grupos nacionais e línguas o servissem”. (Daniel 7:13, 14) É vital que cada um de nós viva em plena harmonia com esse arranjo divino. Os que se negarem a isso nunca mais poderão interferir na segurança dos outros.
28. (a) Por quanto tempo tem havido governo humano e por que não continuará mais por muito tempo? (Jeremias 17:5) (b) O que significará isso para Satanás? (c) O que acontecerá com os governos humanos? (d) O que acontecerá com os iníquos? (e) O que acontecerá com os indiferentes para com o governo de Jeová? (2 Tessalonicenses 1:6-9)
28 Desde a rebelião no Éden, os homens têm tido cerca de seis mil anos para experimentar os frutos do governo humano. Tem sido um desastre. A Bíblia indica apropriadamente a atual geração como aquela durante a qual Deus executará seus julgamentos. O que significará isso para o principal inimigo da humanidade, Satanás, o Diabo? Ele e seus demônios serão completamente postos fora de ação, ‘lançados no abismo’, não mais podendo desencaminhar a humanidade. (Revelação 20:1-3) O que significará a execução dos julgamentos de Deus para os governos dos homens? A Bíblia prediz isso: “O próprio reino . . . esmiuçará e porá termo a todos estes reinos [dos homens], e ele mesmo ficará estabelecido por tempo indefinido.” (Daniel 2:44) O que significará isso para os mentirosos, os ladrões e os que praticam a violência? “O iníquo não mais existirá; e estarás certamente atento ao seu lugar, e ele não existirá.” (Salmo 37:10) O que significará isso para os que, com indiferença, não fazem caso do governo de Jeová? Nos dias de Noé, “não fizeram caso, até que veio o dilúvio e os varreu a todos”, e assim será agora, quando Deus usar seu Filho para executar a justiça. — Mateus 24:39.
29. O que significará tudo isso para os apoiadores leais do governo de Jeová? (Revelação 7:9, 10, 13, 14)
29 Mas, o que significará tudo isso para os que provaram que são apoiadores leais do governo de Jeová? Significará libertação, para entrarem na nova ordem justa de Deus. Nos tratos de Deus com a antiga nação de Israel proveu-se um exemplo do efeito que isso terá sobre a vida. Aconteceu exatamente assim como Deus mandara Moisés dizer: “Tendes de . . . morar na terra que Jeová, vosso Deus, vos dá como propriedade, e ele certamente vos dará descanso de todos os vossos inimigos ao redor, e deveras morareis em segurança.” (Deuteronômio 12:10) Escreveu-se sobre as condições prevalecentes durante o reinado do Rei Salomão: “Judá e Israel continuaram a morar em segurança, cada um debaixo da sua própria videira e debaixo da sua própria figueira, desde Dã [no longínquo norte] até Berseba [no sul].” (1 Reis 4:25) Em harmonia com a lei de Deus, cada família tinha sua própria terra para cultivar e em que viver. A obediência a Deus resultou em ele dar bênçãos, e, conforme prometeu, isto incluiu ‘chuva para a terra no seu tempo designado’. (Deuteronômio 11:13-15) Havia segurança econômica.
30. Conforme descritas no Salmo 72, que condições contribuintes para a segurança prevalecerão em toda a terra sob o reino de Deus?
30 Isso não foi registrado na Bíblia apenas para haver um registro histórico, mas foi para nosso encorajamento. O Senhor Jesus Cristo, aquele a quem Jeová designou para ser rei sobre toda a terra, é mencionado nas Escrituras como sendo “algo mais do que Salomão”. (Lucas 11:31) Sob o reinado de Cristo, condições ainda melhores do que as existentes em Judá e Israel nos dias de Salomão prevalecerão em toda a terra. O Salmo 72 descreve belamente essas bênçãos do seguinte modo: “Nos seus dias florescerá o justo e a abundância de paz até que não haja mais lua. E terá súditos de mar a mar e desde o Rio [Eufrates] até os confins da terra. Resgatará sua alma da opressão e da violência, e o sangue deles será precioso aos seus olhos. Virá a haver bastante cereal na terra; no cume dos montes haverá superabundância.” (Salmo 72:7, 8, 14, 16) A condição então prevalecente será a descrita por Jesus Cristo a um homem que pediu que Jesus se lembrasse dele ao entrar no seu reino. Jesus disse-lhe: “Estarás comigo no Paraíso.” — Lucas 23:43.
31. (a) Como será possível que até mesmo os mortos sejam beneficiados por essas grandiosas provisões? (b) Donde retornarão os ressuscitados? (Ezequiel 18:4; Jó 14:13)
31 Os que já morreram por causa do pecado que herdaram de Adão não ficarão esquecidos naquele tempo. Eles também são abrangidos pelo sacrifício resgatador do Filho de Deus. A Bíblia prediz animadoramente: “Há de haver uma ressurreição tanto de justos como de injustos.” (Atos 24:15) O que significa isso? A Bíblia diz que “os vivos estão cônscios de que morrerão; os mortos, porém, não estão cônscios de absolutamente nada”. (Eclesiastes 9:5) Estão sem vida na sepultura. A ressurreição, portanto, significa voltarem a viver. À parte dos do “pequeno rebanho”, que compartilharão com Jesus Cristo a vida celestial, todos os outros ressuscitados terão forma humana, com a perspectiva de viverem eternamente aqui mesmo, na terra.
32. (a) Por meio de que serão eliminadas a doença e a morte? (Marcos 2:1-12) (b) Deseja pessoalmente tirar proveito dessas provisões feitas por Jeová para haver um futuro seguro?
32 Este será um tempo de renovação para a família humana. Sob a direção do reino celestial, eliminar-se-ão todos os traços do pecado e de todos os seus efeitos, pela aplicação do valor do sacrifício de Jesus a todos os que tiverem fé. Quando Jesus estava na terra, ele demonstrou o que isso significava para a humanidade. Curou toda espécie de moléstia, restabelecendo até mesmo a vista aos cegos e curando os coxos. Na nova ordem de Deus, a terra estará cheia de pessoas que receberão tais bênçãos. A promessa divina é: “Enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.” (Revelação 21:4) Sim, desaparecerão todas as coisas que tornaram a vida insegura. Quão grandiosa é tal perspectiva!
33. Pode-se agora mesmo usufruir verdadeira segurança?
33 Mas, nem tudo o que resulta em segurança terá de esperar o futuro. Grande parte dela já pode ser usufruída agora.
SEGURANÇA QUE PODE SER USUFRUÍDA AGORA
34. Quais as coisas mencionadas aqui que resultariam em considerável segurança pessoal?
34 Não importa que outras circunstâncias na vida se tenha de enfrentar, a maioria concorda que alguém que tem assegurado o alimento diário e roupa suficiente possui um alto grau de segurança. Se ele, além disso, se associar principalmente com pessoas que têm verdadeiro amor entre si, então isto acrescenta outra dimensão a essa segurança. E se ele souber o que o futuro tem em reserva, então isso também ajudará a manter reduzida ao mínimo qualquer sensação de insegurança. Mas a maioria não tem tal sensação de segurança. Significa isso que as promessas de segurança, feitas na Palavra de Deus, só se cumprirão no futuro? Ou pode-se alcançar segurança desde já, por se ter fé nessas promessas e agir em harmonia com elas? Existe alguém que faça isso agora de maneira unida?
35. (a) Em que circunstâncias proverá Deus o alimento diário e vestimenta no tempo atual, segundo ele diz? (b) Quem usufrui tal segurança e como conseguem tais provisões? (Efésios 4:28)
35 Os cristãos conhecidos como testemunhas de Jeová verificaram que a Palavra de Deus é veraz e provaram que fazê-la operar na sua vida produz desde já benefícios esplêndidos. Tais benefícios resultam de se dar a importância certa às coisas espirituais na vida cotidiana. Naturalmente, todos na terra, quer tenham inclinações espirituais, quer não, podem tirar proveito do que a terra produz. Mas a Bíblia mostra que Deus tem interesse especial no bem-estar dos que colocam o serviço prestado a ele em primeiro lugar. Jesus disse, para fortalecer a fé dos seus discípulos: “Nunca estejais ansiosos, dizendo: ‘Que havemos de comer?’ ou: ‘Que havemos de beber?’ ou: ‘Que havemos de vestir?’ Porque todas estas são as coisas pelas quais se empenham avidamente as nações. Pois o vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas essas coisas. Persisti, pois, em buscar primeiro o reino e a Sua justiça, e todas estas outras coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:31-33) Mas, como obtêm essas “outras coisas” de que precisam para se sustentarem em sentido físico? Não é o caso de a congregação cristã ampará-los financeiramente. Antes, todos são trabalhadores dispostos. E, quando alguém realmente torna o reino de Jeová e a Sua justiça a coisa principal na sua vida, Deus abençoa seus esforços de obter as coisas necessárias para a vida. Responde à sua oração de ‘dar-nos hoje o nosso pão para este dia’. (Mateus 6:11) Jeová não promete aos seus servos abundância material enquanto existir o mundo atual, mas assegura-lhes que terão aquilo de que realmente necessitam. E não há outro que seja mais habilitado para cuidar de que o obtenham.
36. (a) Que espécie de conduta e atitude gera insegurança? (b) Que qualidade falta basicamente entre pessoas desta espécie? (c) Onde disse Jesus que se encontraria tal amor?
36 O grande Provedor das necessidades materiais torna também disponível outra coisa que é agora importante para a segurança. Conforme deverá reconhecer, ter as coisas materiais necessárias para a vida não fará com que a pessoa se sinta contente e segura, se os seus companheiros forem pessoas que realmente não se interessam nela. Gera insegurança quando as pessoas mentem e defraudam; quando usam a língua sem se preocuparem muito com os sentimentos dos outros; quando julgam os outros à base dos bens materiais, da cor da pele ou da origem nacional; e quando a “bondade” amiúde é motivada por razões ocultas e egoístas. O que mais falta entre pessoas desta espécie é o amor — o interesse genuíno e altruísta nos outros. Pode-se achar realmente tal amor — não apenas entre uns poucos, mas como tendência predominante de toda uma sociedade de pessoas? Jesus Cristo assegura-nos que sim. Ele disse: “Por meio disso saberão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor entre vós.” E ele sabia que haveria tais pessoas em nossos dias, porque disse aos seus discípulos: “Eis que estou convosco todos os dias, até à terminação do sistema de coisas.” — João 13:35; Mateus 28:20.
37. Como nos ajuda a Bíblia a identificar aqueles que têm tal amor? (1 João 4:20, 21)
37 Se tiver achado que falta esse amor entre aqueles com quem se associa, então terá de procurar em outra parte. A Bíblia fornece em 1 João 4:8 a orientação necessária, dizendo: “Quem não amar, não chegou a conhecer a Deus, porque Deus é amor.” Assim, é entre os que deveras ‘conhecem a Deus’ que se pode encontrar tal amor. Isto, no entanto, não significa que o encontre entre todos os que são religiosos; sabe que não é assim. Mas, poderá encontrá-lo entre os que conhecem a Jeová, o único Deus verdadeiro, entre os que tratam o nome dele com respeito e que sinceramente procuram harmonizar a sua vida com a vontade dele. Os benefícios de tal associação são evidentes.
38. Além de simplesmente se estar entre tais pessoas, o que mais se pode fazer, que contribua para a segurança e o usufruto da vida?
38 Naturalmente, ninguém se torna com isso imune aos efeitos da conduta desregrada dos demais no mundo. Não obstante, quando alguém chega a reconhecer pessoalmente sua própria dependência de Deus e plenamente aceita as normas de Deus quanto ao que é certo ou errado, conforme especificadas na Bíblia, tira disso muito proveito. Fica protegido contra o envolvimento em atividades que só trazem mágoas e pesares. Conforme diz Provérbios 1:33: “Quanto àquele que me escuta [isto é, que escuta a sabedoria divina], residirá em segurança e estará despreocupado do pavor da calamidade.” Sua vida pode encher-se de verdadeiro significado, se ele a usar em harmonia com a vontade do Criador. Em vez de sentir as frustrações que tantos outros sentem, poderá ter a alegria resultante de se ajudar outros a aprender algo sobre a única solução real para os problemas da humanidade — o reino de Deus. Jesus Cristo predisse tal obra, dizendo: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” — Mateus 24:14.
39. Como se sentem as testemunhas de Jeová a respeito do futuro, e por quê? (Lucas 21:28-32)
39 Ao passo que os que participam nesta atividade de pregação encaram o futuro, não se enchem de temores. Por terem estudado a Bíblia e crerem no que ela diz, sabem o que o futuro trará. Em vez de se sentirem frustrados com cada desenvolvimento desagradável dos assuntos do mundo, vêem nestas coisas o cumprimento da profecia bíblica a respeito do fim deste sistema de coisas. Sabem que agora dentro em breve, nesta geração, Deus destruirá todos os que continuarem a desconsiderar seu governo legítimo e que insistem em estragar o usufruto da vida para seu próximo. Aguardam com confiança o cumprimento da esperança apresentada em 2 Pedro 3:13, que diz: “Há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a sua promessa, e nestes há de morar a justiça.”
40, 41. (a) Portanto, por que usufruem as testemunhas de Jeová já agora um grau tão alto de segurança, embora vivam no meio dum mundo atribulado? (b) Deseja tal segurança como a usufruída pelas testemunhas de Jeová?
40 Esta é a espécie de segurança que os adoradores cristãos de Jeová Deus usufruem agora mesmo, os quais ‘adoram o Pai com espírito e verdade’. Resulta de se sujeitarem às normas justas de Jeová e as porem em operação na sua vida. Conforme predito em Isaías 32:17, 18: “O trabalho da verdadeira justiça terá de tornar-se a paz; e o serviço da verdadeira justiça: sossego e segurança por tempo indefinido. E meu povo terá de morar num lugar de permanência pacífico, e em domicílios de plena confiança, e em lugares de descanso sem perturbação.” São apoiadores leais da soberania de Jeová. Não fixam as suas próprias normas do que é bom ou mau. Não procuram solucionar os problemas do mundo por conta própria. Aceitam com gratidão e apóiam a provisão amorosa feita por Jeová: seu reino nas mãos de Jesus Cristo.
41 Gostaria de compartilhar a segurança que usufruem? Poderá fazer isso.
O QUE PODERÁ FAZER A RESPEITO DISSO
42. O que poderá ver por si mesmo, se freqüentar o Salão do Reino das Testemunhas de Jeová?
42 Um dos primeiros passos a dar é associar-se com os que usufruem tal segurança. Assim poderá ver por si mesmo se isto é realmente o que procura. As testemunhas de Jeová convidam-no cordialmente às reuniões no Salão do Reino da sua vizinhança. Verificará que as reuniões delas não estão cheias de ritos, nem se faz ali coleta. Antes, há uma palestra significativa sobre a Palavra de Deus e como ela afeta nossa vida. A Bíblia aconselha: “Consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos ao amor e a obras excelentes, não deixando de nos ajuntar, como é costume de alguns, mas encorajando-nos uns aos outros.” (Hebreus 10:24, 25) É este espírito que encontrará no Salão do Reino.
43. (a) De que precisará, se quiser pessoalmente usufruir a segurança que observa na vida dos outros no Salão do Reino? (b) Por que não pode nenhum de nós pressupor tal relação como garantida, mas como pode ser conseguida?
43 Freqüentar tais reuniões o habilitará a ver a segurança que outros usufruem, e, sem dúvida, gostará da associação. Mas, requer algo mais, se quiser ter pessoalmente tal segurança. Aquilo de que mais precisa é uma relação aprovada com Jeová Deus. É dele que dependem tanto seu bem estar presente como todas as suas perspectivas quanto ao futuro. Essa relação não é algo que possamos pressupor como garantida. Não nascemos com ela. Todos nós somos descendentes do pecador Adão, de modo que nascemos numa família humana afastada de Deus. Para obtermos o favor de Jeová, precisamos ficar reconciliados com ele, e isto só é possível à base da fé na provisão amorosa feita por ele mediante o sacrifício de seu Filho. Conforme disse o próprio Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” — João 14:6.
44. (a) O que precisamos primeiro reconhecer a respeito da vida e de como devemos usar a nossa vida? (Revelação 4:11) (b) Para agradarmos a Jeová, como nos devemos sentir a respeito dele? (c) Por que é importante a imersão em água, e o que é necessário antes de a pessoa estar pronta para ser batizada? (Mateus 28:19, 20)
44 Precisamos reconhecer que devemos a vida a Deus e que é errado deixarmos de usar nossa vida em obediência a Deus. Se sinceramente lamentarmos qualquer falta passada quanto a usarmos a vida em harmonia com a vontade de Deus, rejeitaremos tal proceder errado e daremos meia-volta, harmonizando nossa vida com a vontade de Deus. Isto inclui fazer o que Jesus disse que seus discípulos têm de fazer, a saber, ‘negar-se a si mesmos’. (Mateus 16:24) Quem fizer isso, não mais afirmará que tem o “direito” de levar a sua vida apenas para satisfazer seus próprios desejos egoístas, sem consideração da vontade de Deus. Antes, sujeitar-se-á plenamente a fazer a vontade de Deus, conforme orientado pelo Filho dele. E fará isso porque é direito e porque está convencido de que tudo o que Jeová faz tem um objetivo bom e justo, e o que Deus faz resultará em bênçãos para nós, se amarmos a justiça. Amará verdadeiramente a Jeová ‘de todo o coração, mente, alma e força’. (Marcos 12:29, 30) Depois de ter assumido tal compromisso no coração, está pronto para se apresentar para a imersão pública em água, em imitação de Jesus Cristo e em obediência às instruções que ele deu aos seus discípulos. Só assim, conforme delineado pela Palavra de Deus, pode-se entrar numa relação aprovada com o verdadeiro Deus e compartilhar a segurança que Seus servos usufruem.
45. Como demonstramos que queremos realmente a Jeová por Governante?
45 Após isso, é vital continuar a demonstrar que realmente rejeitou o proceder de independência advogado por Satanás; que não estabelece as suas próprias normas do que é bom e do que é mau; que deseja mesmo ter a Jeová por seu Governante. Terá de fazer conforme declarado em Provérbios 3:5, 6: “Confia em Jeová de todo o teu coração e não te estribes na tua própria compreensão. Nota-o em todos os teus caminhos, e ele mesmo endireitará as tuas veredas.” Sim, ele dirigirá os seus passos no caminho da verdadeira segurança duradoura.
46. Que segurança resulta para os que deveras aceitam as provisões amorosas de Jeová?
46 Quão grandiosas são as bênçãos para todos os que realmente aceitam as provisões amorosas feitas por Jeová para a humanidade! Adotando uma posição firme sob o governo dele, são desde já protegidos e podem encarar o futuro com confiança. Por causa da benevolência e veracidade de Jeová, compartilharão a segurança plenamente satisfatória usufruída pela humanidade sob o reino de Deus, nas mãos do Filho dele, Jesus Cristo.
[Nota(s) de rodapé]
a A menos que haja outra indicação, as citações bíblicas, nesta publicação, são tiradas da moderna Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas.
[Foto na página 4]
Pessoas atualmente vivas verão o dia em que não haverá mais fome.
[Foto na página 7]
Nossas perspectivas do futuro dependem Daquele que criou os céus e a terra.
[Foto na página 13]
A narrativa bíblica a respeito de nossos primeiros pais mostra por que a insegurança estraga hoje a vida humana.
[Foto na página 22]
Debaixo do reino de Deus, não haverá mais crime, nem perigo para a propriedade ou a vida da pessoa.
[Foto na página 24]
A Palavra de Deus promete a eliminação da doença e da morte — sim, até mesmo os entes queridos que faleceram serão ressuscitados para viverem novamente.