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  • Livro bíblico número 40 — Mateus
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“Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa”
si pp. 175-181

Livro bíblico número 40 — Mateus

Escritor: Mateus

Lugar da Escrita: Palestina

Escrita Completada: c. 41 EC

Tempo Abrangido: 2 AEC–33 EC

1. (a) Que promessa apresenta Jeová à humanidade desde o Éden? (b) Como se estabeleceu firmemente entre os judeus a esperança no Messias?

DESDE o tempo da rebelião no Éden, Jeová apresenta à humanidade a confortadora promessa de que proverá, por meio da Semente de sua “mulher”, de libertação todos os que amam a justiça. Propôs-se a produzir esta Semente, ou Messias, através da nação de Israel. Com o passar dos séculos, fez com que dezenas de profecias fossem registradas por meio dos inspirados escritores hebreus, indicando que a Semente seria Governante no Reino de Deus e que agiria para santificar o nome de Jeová, livrando-o para sempre do vitupério que se acumulou sobre ele. Esses profetas forneceram muitos pormenores sobre este que seria o vindicador de Jeová e que traria a libertação do medo, da opressão, do pecado e da morte. Ao se completarem as Escrituras Hebraicas, a esperança no Messias se estabeleceu firmemente entre os judeus.

2. Ao surgir o Messias, de que modo eram ideais as circunstâncias para a difusão das boas novas?

2 No ínterim, o cenário do mundo havia sofrido mudanças. Deus manobrara as nações em preparação para o surgimento do Messias, e as circunstâncias eram ideais para a difusão das novas desse evento em toda a parte. A quinta potência mundial, a Grécia, proporcionara uma língua comum, um meio de comunicação universal entre as nações. Roma, a sexta potência mundial, unira suas nações vassalas num só império mundial e abrira estradas para que todas as partes do império fossem acessíveis. Muitos judeus haviam sido espalhados por todo este império, de modo que outros ficaram sabendo da expectativa dos judeus de um vindouro Messias. E agora, mais de 4.000 anos depois da promessa edênica, o Messias aparecera! Viera a Semente prometida, há muito aguardada! Desenvolveram-se os eventos mais importantes até então na história da humanidade, ao passo que o Messias cumpria fielmente a vontade de seu Pai aqui na terra.

3. (a) Que provisão fez Jeová para registrar os pormenores da vida de Jesus? (b) O que distingue cada um dos Evangelhos, e por que todos os quatro são necessários?

3 Era novamente tempo de se fazerem escritos inspirados para registrar estes acontecimentos momentosos. O espírito de Jeová inspirou quatro homens fiéis a escrever relatos independentes, provendo assim um testemunho quádruplo de que Jesus era o Messias, a Semente e o Rei prometidos, e fornecendo pormenores sobre sua vida, seu ministério, sua morte e sua ressurreição. Tais relatos são chamados Evangelhos, sendo que a palavra “evangelho” significa “boas novas”. Embora os quatro sejam paralelos e não raro abranjam os mesmos incidentes, não são absolutamente meras cópias uns dos outros. Os primeiros três Evangelhos são muitas vezes chamados de sinópticos, que significa “similar ponto de vista”, visto que adotam um enfoque similar ao narrar a vida de Jesus na terra. Mas cada um dos quatro escritores — Mateus, Marcos, Lucas e João — conta sua própria história do Cristo. Cada um tem seu próprio tema e objetivo específicos, reflete sua própria personalidade, e tem em mente seus leitores imediatos. Quanto mais examinamos seus escritos, mais apreciamos as características distintivas de cada um, e que estes quatro livros inspirados da Bíblia formam narrativas independentes, complementares e harmoniosas da vida de Jesus Cristo.

4. O que se sabe sobre o escritor do primeiro Evangelho?

4 O primeiro a escrever as boas novas a respeito de Cristo foi Mateus. Seu nome é provavelmente uma forma abreviada do hebraico “Mattithiah”, que significa “Dádiva de Jeová”. Ele foi um dos 12 apóstolos escolhidos por Jesus. Durante o tempo em que o Amo viajou através da terra da Palestina, pregando e ensinando sobre o Reino de Deus, Mateus gozou duma relação achegada e íntima com ele. Antes de se tornar discípulo de Jesus, Mateus era cobrador de impostos, ocupação que os judeus abominavam completamente, visto ser um lembrete constante para eles de que não mais eram livres, mas estavam sob o domínio da Roma imperial. Mateus também era conhecido por Levi, e era filho de Alfeu. Aceitou prontamente o convite de Jesus de o seguir. — Mat. 9:9; Mar. 2:14; Luc. 5:27-32.

5. Como é Mateus firmado qual escritor do primeiro Evangelho?

5 Embora o Evangelho atribuído a Mateus não o mencione como escritor, o testemunho sobrepujante dos primitivos historiadores da igreja o qualificam como tal. Talvez não haja livro antigo cujo escritor tenha sido mais clara e unanimemente firmado do que o livro de Mateus. Desde Pápias, de Hierápolis (início do segundo século EC), em diante, temos uma série de testemunhas primitivas de que Mateus escreveu este Evangelho e de que este é parte autêntica da Palavra de Deus. A Cyclopedia de McClintock e Strong declara: “Passagens de Mateus são citadas por Justino, o Mártir, pelo autor da carta a Diogneto (veja-se Justin Martyr, de Otto, vol. ii), por Hegesipo, Irineu, Taciano, Atenágoras, Teófilo, Clemente, Tertuliano e Orígenes. Não é meramente pelo assunto, mas pela forma das citações, pelo apelo calmo como se fosse à autoridade estabelecida, pela ausência de qualquer sinal de dúvida, que consideramos provado que o livro que possuímos não foi objeto de alguma mudança súbita.”a O fato de Mateus ser apóstolo e, como tal, ter o espírito de Deus sobre si, assegura que aquilo que escreveu seria um registro fiel.

6, 7. (a) Quando e em que idioma foi o Evangelho de Mateus escrito primeiro? (b) O que indica que foi escrito primariamente para os judeus? (c) Quantas vezes contém a Tradução do Novo Mundo o nome Jeová neste Evangelho, e por quê?

6 Mateus escreveu seu relato na Palestina. Desconhece-se o ano exato, mas as subscrições no fim de alguns manuscritos (todos posteriores ao décimo século EC) afirmam ter sido em 41 EC. Há evidências que indicam que Mateus escreveu originalmente seu Evangelho no hebraico popular da época e mais tarde o traduziu para o grego. Jerônimo, em sua obra De viris inlustribus (Sobre os Varões Ilustres), capítulo III, diz: “Mateus, também chamado Levi, e que de publicano se tornou apóstolo, primeiro produziu um Evangelho de Cristo na Judéia, na língua e nos caracteres hebraicos, para o benefício dos da circuncisão que haviam crido.”b Jerônimo acrescenta que o texto hebraico deste Evangelho foi preservado nos seus dias (quarto e quinto séculos EC) na biblioteca que Pânfilo colecionara em Cesaréia.

7 No início do terceiro século, Orígenes, ao considerar os Evangelhos, é citado por Eusébio como dizendo que o “primeiro foi escrito . . . segundo Mateus, . . . que o publicou para aqueles que do judaísmo vieram a crer, estando escrito no idioma hebraico”.c Que foi escrito tendo em mente primariamente os judeus, é indicado por sua genealogia, que apresenta a linhagem legal de Jesus, a começar com Abraão, e por suas muitas referências às Escrituras Hebraicas, mostrando que apontavam para o vindouro Messias. É razoável crer que Mateus usou o nome divino Jeová na forma do Tetragrama ao citar partes das Escrituras Hebraicas que continham o nome. É por isso que na Tradução do Novo Mundo o livro de Mateus contém o nome Jeová 18 vezes, assim como a versão hebraica de Mateus produzida originalmente por F. Delitzsch no século 19. Mateus teria tido a mesma atitude de Jesus para com o nome divino e não se teria restringido por uma superstição judaica prevalecente quanto a não usar tal nome. — Mat. 6:9; João 17:6, 26.

8. Como se reflete no conteúdo do seu Evangelho ter sido Mateus um cobrador de impostos?

8 Visto que Mateus fora cobrador de impostos, era natural que fosse explícito ao mencionar dinheiro, números e valores. (Mat. 17:27; 26:15; 27:3) Ele apreciava profundamente a misericórdia de Deus ao permitir que ele, um desprezado cobrador de impostos, se tornasse ministro das boas novas e associado íntimo de Jesus. Portanto, notamos que Mateus é o único dentre os escritores dos Evangelhos que nos informa da repetida insistência de Jesus de que se requer misericórdia além de sacrifício. (9:9-13; 12:7; 18:21-35) Mateus foi grandemente encorajado pela benignidade imerecida de Jeová e registra apropriadamente algumas das mais reconfortantes palavras proferidas por Jesus: “Vinde a mim, todos os que estais labutando e que estais sobrecarregados, e eu vos reanimarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, pois sou de temperamento brando e humilde de coração, e achareis revigoramento para as vossas almas. Pois o meu jugo é benévolo e minha carga é leve.” (11:28-30) Quão reanimadoras foram essas palavras ternas para este ex-cobrador de impostos, contra quem, sem dúvida, seus compatriotas não haviam dirigido outra coisa senão insultos!

9. Que tema e estilo de apresentação caracterizam Mateus?

9 Mateus salientou especialmente que o tema do ensino de Jesus era “o reino dos céus”. (4:17) Para ele, Jesus era o Pregador-Rei. Usou com tanta freqüência o termo “reino” (mais de 50 vezes), que seu Evangelho poderia ser chamado de o Evangelho do Reino. Mateus se preocupou mais com a apresentação lógica dos discursos e dos sermões públicos de Jesus do que com a seqüência estritamente cronológica. Quanto aos primeiros 18 capítulos, o destaque que Mateus dá ao tema do Reino levou-o a desviar-se duma ordem cronológica. Contudo, os últimos dez capítulos (19 a 28) seguem em geral uma seqüência cronológica, bem como continuam salientando o Reino.

10. Quanto do conteúdo se encontra só em Mateus, e que período abrange o Evangelho?

10 Quarenta e dois por cento do relato do Evangelho de Mateus não se encontra em nenhum dos outros três Evangelhos.d Isto inclui pelo menos dez parábolas ou ilustrações: o joio no campo (13:24-30), o tesouro escondido (13:44), a pérola de grande valor (13:45, 46), a rede de arrasto (13:47-50), o escravo que não mostrou misericórdia (18:23-35), os trabalhadores e o denário (20:1-16), o pai e os dois filhos (21:28-32), o casamento do filho do rei (22:1-14), as dez virgens (25:1-13) e os talentos (25:14-30). Ao todo, o livro fornece o relato desde o nascimento de Jesus, em 2 AEC, até sua reunião com os discípulos pouco antes da sua ascensão, em 33 EC.

CONTEÚDO DE MATEUS

11. (a) Como começa logicamente o Evangelho, e que eventos iniciais são relatados? (b) Quais são alguns dos cumprimentos proféticos que Mateus traz à nossa atenção?

11 Apresentação de Jesus e das novas do “reino dos céus” (1:1–4:25). Logicamente, Mateus inicia com a genealogia de Jesus, provando o direito legal de Jesus qual herdeiro de Abraão e de Davi. A atenção do leitor judeu é assim atraída. Daí, lemos o relato da concepção milagrosa de Jesus, seu nascimento em Belém, a visita dos astrólogos, a fúria de Herodes ao matar todos os meninos em Belém com menos de dois anos, a fuga de José e Maria para o Egito com a criancinha, e seu subseqüente retorno para residir em Nazaré. Mateus tem o cuidado de trazer à atenção o cumprimento de profecias para provar que Jesus é o predito Messias. — Mat. 1:23—Isa. 7:14; Mat. 2:1-6—Miq. 5:2; Mat. 2:13-18—Osé. 11:1 e Jer. 31:15; Mat. 2:23—Isa. 11:1, nota.

12. O que ocorre no batismo de Jesus e imediatamente após?

12 O relato de Mateus dá então um salto no tempo de quase 30 anos. João, o Batizador, prega no ermo da Judéia: “Arrependei-vos, pois o reino dos céus se tem aproximado.” (Mat. 3:2) Ele batiza os judeus arrependidos no rio Jordão e adverte os fariseus e os saduceus sobre o vindouro furor. Jesus vem da Galiléia e é batizado. Imediatamente, o espírito de Deus desce sobre ele, e uma voz dos céus diz: “Este é meu Filho, o amado, a quem tenho aprovado.” (3:17) Jesus é então conduzido ao ermo, onde, depois de jejuar por 40 dias, é tentado por Satanás, o Diabo. Repele a Satanás três vezes por citar a Palavra de Deus, dizendo por fim: “Vai-te, Satanás! Pois está escrito: ‘É a Jeová, teu Deus, que tens de adorar e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado.’” — 4:10.

13. Que eletrizante campanha se realiza então na Galiléia?

13 “Arrependei-vos, pois o reino dos céus se tem aproximado.” Estas palavras eletrizantes são agora proclamadas na Galiléia pelo ungido Jesus. Ele convida quatro pescadores a deixar suas redes para segui-lo e tornar-se “pescadores de homens”, e viaja com eles por “toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles e pregando as boas novas do reino, e curando toda sorte de moléstias e toda sorte de enfermidades entre o povo”. — 4:17, 19, 23.

14. Em seu Sermão do Monte, sobre que felicidades fala Jesus, e o que diz ele sobre a justiça?

14 O Sermão do Monte (5:1–7:29). À medida que multidões começam a segui-lo, Jesus sobe num monte, senta-se e começa a ensinar seus discípulos. Inicia este emocionante discurso com nove ‘felicidades’: felizes os cônscios de sua necessidade espiritual, aqueles que pranteiam, os de temperamento brando, os famintos e os sedentos da justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os pacíficos, os perseguidos por causa da justiça e os que são vítimas de vitupérios e mentiras. “Alegrai-vos e pulai de alegria, porque sua recompensa é grande nos céus.” Chama seus discípulos de “sal da terra” e de “luz do mundo”, e explica a justiça, tão diferente do formalismo dos escribas e dos fariseus, que é requerida para se entrar no Reino dos céus. “Tendes de ser perfeitos, assim como o vosso Pai celestial é perfeito.” — 5:12-14, 48.

15. O que tem Jesus a dizer sobre a oração e sobre o Reino?

15 Jesus adverte contra dádivas e orações hipócritas. Ensina seus discípulos a orar pela santificação do nome do Pai, pela vinda do Seu Reino e pelo sustento diário. No transcorrer do inteiro sermão, Jesus mantém em foco o Reino. Acautela os que o seguem para que não se preocupem e nem trabalhem apenas pelas riquezas materiais, pois o Pai conhece suas necessidades reais. “Persisti, pois”, diz ele, “em buscar primeiro o reino e Sua justiça, e todas estas outras coisas vos serão acrescentadas”. — 6:33.

16. (a) Qual é o conselho de Jesus sobre relações com outros, e o que diz ele sobre aqueles que obedecem à vontade de Deus e os que não o fazem? (b) Que efeito tem seu sermão?

16 O Amo dá conselhos sobre relações com outros, dizendo: “Todas as coisas, portanto, que quereis que os homens vos façam, vós também tendes de fazer do mesmo modo a eles.” Os poucos que encontram a estrada da vida serão os que fazem a vontade de seu Pai. Os obreiros do que é contra a lei serão conhecidos pelos seus frutos e serão rejeitados. Jesus compara aquele que obedece às suas palavras ao “homem discreto, que construiu a sua casa sobre a rocha”. Que efeito tem este discurso sobre as multidões que o ouvem? Ficam “assombradas com o seu modo de ensinar”, pois ele ensina ‘como quem tem autoridade, e não como seus escribas’. — 7:12, 24-29.

17. Como mostra Jesus sua autoridade qual Messias, e que preocupação amorosa expressa ele?

17 Expansão da pregação do Reino (8:1–11:30). Jesus realiza muitos milagres — cura leprosos, paralíticos e possessos de demônios. Demonstra até mesmo autoridade sobre o vento e as ondas por acalmar uma tempestade, e ressuscita uma menina. Quanta compaixão sente Jesus pelas multidões, ao ver como são esfoladas e lançadas de um lado para outro, “como ovelhas sem pastor”! Por isso ele diz aos seus discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, rogai ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita.” — 9:36-38.

18. (a) Que instrução e admoestação dá Jesus ao seus apóstolos? (b) Por que ai desta “geração”?

18 Jesus escolhe e comissiona os 12 apóstolos. Dá-lhes instruções definidas sobre como efetuar seu trabalho e enfatiza a doutrina central do seu ensinamento: “Ao irdes, pregai, dizendo: ‘O reino dos céus se tem aproximado.’” Dá-lhes admoestação sábia e amorosa: “De graça recebestes, de graça dai.” “Mostrai-vos cautelosos como as serpentes, contudo, inocentes como as pombas.” Eles serão odiados e perseguidos, até mesmo por parentes chegados, mas Jesus lembra-lhes: “Quem achar a sua alma, perdê-la-á, e quem perder a sua alma por minha causa, achá-la-á.” (10:7, 8, 16, 39) Eles seguem seu caminho, para ensinar e pregar em suas cidades designadas! Jesus identifica João, o Batizador, como mensageiro enviado adiante dele, o prometido “Elias”, mas “esta geração” não aceita nem João nem ele, o Filho do homem. (11:14, 16) Assim, ai desta geração e das cidades que não se arrependeram ao ver suas obras poderosas! Mas aqueles que se tornam seus discípulos acharão refrigério para suas almas.

19. Quando os fariseus questionam sua conduta no sábado, de que modo Jesus os denuncia?

19 Refutados e denunciados os fariseus (12:1-50). Os fariseus tentam achar falta em Jesus na questão do sábado, mas ele refuta suas acusações e lança sobre eles forte condenação pela sua hipocrisia. Ele lhes diz: “Descendência de víboras, como podeis falar coisas boas quando sois iníquos? Pois é da abundância do coração que a boca fala.” (12:34) Nenhum sinal lhes será dado exceto o de Jonas, o profeta: o Filho do homem ficará três dias e três noites no coração da terra.

20. (a) Por que fala Jesus por meio de ilustrações? (b) Que ilustrações do Reino conta ele então?

20 Sete ilustrações do Reino (13:1-58). Por que fala Jesus por meio de ilustrações? Ele explica aos discípulos: “A vós é concedido entender os segredos sagrados do reino dos céus, mas a esses não é concedido.” Declara seus discípulos felizes porque vêem e ouvem. De que instrução reanimadora ele os provê então! Depois de explicar a ilustração do semeador, Jesus conta as ilustrações do joio no campo, do grão de mostarda, do fermento, do tesouro escondido, da pérola de grande valor e da rede de arrasto — todas retratando algo relacionado com “o reino dos céus”. Contudo, o povo tropeça por causa dele, e Jesus lhes diz: “Um profeta não passa sem honra a não ser em seu próprio território e em sua própria casa.” — 13:11, 57.

21. (a) Que milagres realiza Jesus, e estes o identificam como sendo quem? (b) Que visão se dá concernente à vinda do Filho do homem no seu Reino?

21 Ministério e milagres adicionais do “Cristo” (14:1–17:27). Jesus está profundamente comovido com a notícia de que João, o Batizador, fora decapitado por ordem do fraco Herodes Ântipas. Alimenta milagrosamente uma multidão de mais de 5.000; caminha sobre o mar; refuta crítica adicional dos fariseus, sobre quem ele diz que estão ‘infringindo o mandamento de Deus por causa de sua tradição’; cura possessos de demônios, “coxos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros”; e novamente alimenta mais de 4.000, com sete pães e alguns peixinhos. (15:3, 30) Respondendo a uma pergunta de Jesus, Pedro identifica-o, dizendo: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente.” Jesus elogia a Pedro e declara: “Sobre esta rocha construirei a minha congregação.” (16:16, 18) Jesus começa então a falar de sua iminente morte e de sua ressurreição no terceiro dia. Mas também promete que alguns de seus discípulos “não provarão absolutamente a morte, até que primeiro vejam o Filho do homem vir no seu reino”. (16:28) Seis dias mais tarde, Jesus leva Pedro, Tiago e João a um alto monte, a fim de o verem transfigurado em glória. Em visão, vêem Moisés e Elias conversando com ele, e ouvem uma voz do céu dizendo: “Este é meu Filho, o amado, a quem tenho aprovado; escutai-o.” Depois de descerem do monte, Jesus lhes diz que o prometido “Elias” já veio, e eles percebem que fala a respeito de João, o Batizador. — 17:5, 12.

22. O que aconselha Jesus sobre o perdão?

22 Jesus aconselha seus discípulos (18:1-35). Enquanto se acham em Cafarnaum, Jesus fala aos discípulos a respeito da humildade, da grande alegria de se recuperar uma ovelha perdida e de resolver ofensas entre irmãos. Pedro pergunta: ‘Quantas vezes devo perdoar meu irmão?’, e Jesus responde: “Eu não te digo: Até sete vezes, mas: Até setenta e sete vezes.” Para dar mais força a isto, Jesus conta a ilustração do escravo cujo amo lhe perdoou uma dívida de 60 milhões de denários. Mais tarde, este escravo mandou prender um co-escravo seu por causa de uma dívida de apenas 100 denários, e, em resultado disso, o escravo que não mostrou misericórdia foi da mesma forma entregue aos carcereiros.e Jesus enfatiza o seguinte: “Do mesmo modo lidará também convosco o meu Pai celestial, se não perdoardes de coração cada um ao seu irmão.” — 18:21, 22, 35.

23. O que explica Jesus sobre o divórcio e sobre o caminho da vida?

23 Os dias finais do ministério de Jesus (19:1– 22:46). O ritmo dos eventos acelera, e aumenta a tensão ao passo que os escribas e os fariseus ficam mais furiosos com o ministério de Jesus. Vêm para enlaçá-lo numa questão sobre divórcio, mas fracassam; Jesus mostra que a única base bíblica para o divórcio é a fornicação. Um jovem rico vem a Jesus, perguntando qual é o caminho da vida eterna, mas vai embora contristado quando descobre que precisa vender tudo o que tem e ser seguidor de Jesus. Depois de contar a ilustração dos trabalhadores e o denário, Jesus fala novamente sobre sua morte e ressurreição, e diz: “O Filho do homem não veio para que se lhe ministrasse, mas para ministrar e dar a sua alma como resgate em troca de muitos.” — 20:28.

24. Ao entrar na última semana de sua vida humana, que confrontos tem Jesus com os opositores religiosos, e como lida ele com as perguntas deles?

24 Jesus entra agora na última semana de sua vida humana. Faz sua entrada triunfal em Jerusalém como ‘Rei montado num jumentinho’. (21:4, 5) Limpa o templo dos cambistas e de outros especuladores, e o ódio de seus inimigos aumenta quando lhes diz: “Os cobradores de impostos e as meretrizes entrarão na frente de vós no reino de Deus.” (21:31) Suas ilustrações oportunas do vinhedo e da festa de casamento vão diretamente ao ponto. Ele responde habilmente à pergunta dos fariseus sobre o imposto, por dizer-lhes para pagar de volta a “César as coisas de César, mas a Deus as coisas de Deus”. (22:21) De modo similar, refuta uma pergunta capciosa dos saduceus e defende a esperança da ressurreição. Os fariseus se dirigem novamente a ele com uma pergunta sobre a Lei, e Jesus lhes diz que o maior mandamento é amar a Jeová de forma plena, e que o segundo é amar ao próximo como a si mesmo. Jesus pergunta-lhes então: ‘Como pode o Cristo ser tanto filho de Davi como seu Senhor?’ Ninguém sabe responder, e depois disso ninguém se atreve a interrogá-lo mais. — 22:45, 46.

25. Como denuncia Jesus vigorosamente os escribas e os fariseus?

25 ‘Ai de vós, hipócritas’ (23:1–24:2). Falando às multidões no templo, Jesus faz outra denúncia mordaz contra os escribas e os fariseus. Eles não só se desqualificaram para entrar no Reino, mas utilizam-se de todas as artimanhas para impedir que outros entrem. Como sepulcros caiados, parecem belos por fora, mas por dentro estão cheios de corrupção e podridão. Jesus conclui com o seguinte julgamento contra Jerusalém: “Vossa casa vos fica abandonada.” (23:38) Ao sair do templo, Jesus profetiza sua destruição.

26. Que sinal profético fornece Jesus sobre sua presença em glória real?

26 Jesus fornece o ‘sinal de sua presença’ (24:3–25:46). No monte das Oliveiras, os discípulos lhe perguntam sobre ‘o sinal de sua presença e da terminação do sistema de coisas’. Em resposta, Jesus indica um período futuro de guerras, ‘nação contra nação e reino contra reino’, escassez de alimentos, terremotos, aumento do que é contra a lei, a pregação mundial destas “boas novas do reino”, a designação do “escravo fiel e discreto”, e muitos outros aspectos do sinal composto. (24:3, 7, 14, 45-47) Jesus conclui esta importante profecia com as ilustrações das dez virgens e dos talentos, que reservam alegres recompensas para os alertas e fiéis, e a ilustração das ovelhas e dos cabritos, que mostra que os semelhantes a cabritos partirão “para o decepamento eterno, mas os justos, para a vida eterna”. — 25:46.

27. Que eventos marcam o último dia de Jesus na terra?

27 Eventos do último dia de Jesus (26:1–27:66). Depois de celebrar a Páscoa, Jesus institui algo novo com seus apóstolos fiéis, convidando-os a partilhar um pão não-fermentado e vinho quais símbolos de seu corpo e de seu sangue. Daí, vão a Getsêmani, onde Jesus ora. Ali, Judas chega com uma multidão armada e trai a Jesus com um beijo hipócrita. Jesus é levado perante o sumo sacerdote, e os principais sacerdotes e o inteiro Sinédrio buscam falsas testemunhas contra Jesus. Fiel à profecia de Jesus, Pedro nega-o quando posto à prova. Judas, sentindo remorso, lança seu dinheiro da traição dentro do templo, sai e se enforca. Pela manhã, Jesus é levado perante o governador romano Pilatos, que o entrega para ser pregado na estaca, sob a pressão da turba, incitada pelos sacerdotes, que grita: “O sangue dele caia sobre nós e sobre nossos filhos.” Os soldados do governador zombam da sua realeza e depois o conduzem para Gólgota, onde é pregado na estaca entre dois ladrões, com uma inscrição sobre sua cabeça, que reza: “Este é Jesus, o Rei dos judeus.” (27:25, 37) Depois de horas de agonia, Jesus finalmente morre por volta das três horas da tarde e é colocado num túmulo memorial novo, pertencente a José de Arimatéia. Este foi o dia mais momentoso de toda a história!

28. Com que melhores notícias culmina Mateus seu relato, e com que comissão conclui ele?

28 A ressurreição de Jesus e suas instruções finais (28:1-20). Mateus culmina então seu relato com as melhores notícias. O morto Jesus é ressuscitado — está vivo novamente! Bem cedo, no primeiro dia da semana, Maria Madalena e “a outra Maria” vão até o túmulo e ouvem o anjo anunciar este fato alegre. (28:1) Para confirmar isso, o próprio Jesus lhes aparece. Os inimigos tentam até mesmo lutar contra o fato de sua ressurreição, subornando os soldados que estavam de guarda junto ao túmulo para dizerem: “Seus discípulos vieram de noite e o furtaram, enquanto estávamos dormindo.” Mais tarde, na Galiléia, Jesus se reúne outra vez com seus discípulos. Qual é sua instrução de despedida? A seguinte: “Ide . . . fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho e do espírito santo.” Teriam eles orientação nesta obra de pregação? As últimas palavras de Jesus registradas por Mateus fornecem a seguinte garantia: “Eis que estou convosco todos os dias, até à terminação do sistema de coisas.” — 28:13, 19, 20.

POR QUE É PROVEITOSO

29. (a) De que modo Mateus serve de ponte entre as Escrituras Hebraicas e as Gregas? (b) Que privilégio usufruído por Jesus ainda está aberto aos cristãos hoje?

29 O livro de Mateus, o primeiro dos quatro Evangelhos, serve realmente de excelente ponte para ligar as Escrituras Hebraicas às Escrituras Gregas Cristãs. Identifica, inequivocamente, o Messias e Rei do prometido Reino de Deus, torna conhecidos os requisitos para as pessoas se tornarem seus seguidores e delineia o trabalho diante deles na terra. Primeiro, João, o Batizador, depois Jesus, e finalmente seus discípulos saíram a pregar: “O reino dos céus se tem aproximado.” Ademais, a ordem de Jesus se estende até a terminação do sistema de coisas: “E estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” Foi deveras, e ainda é, um grandioso e maravilhoso privilégio participar nesta obra do Reino, que inclui ‘fazer discípulos de pessoas de todas as nações’, trabalhando segundo o modelo deixado pelo Amo. — 3:2; 4:17; 10:7; 24:14; 28:19.

30. Que trecho específico de Mateus obteve reconhecimento por seu valor prático?

30 O Evangelho de Mateus constitui deveras “boas novas”. Sua mensagem inspirada constituía “boas novas” para aqueles que a aceitaram no primeiro século da Era Comum, e Jeová Deus cuidou de que fosse preservada como “boas novas” até o dia de hoje. Até mesmo não-cristãos têm sido compelidos a reconhecer o poder deste Evangelho, como, por exemplo, o líder hindu Mohandas (Mahatma) Gandhi, que disse: “Não deixe de beber intensamente das fontes que lhe são oferecidas no Sermão do Monte . . . Pois o ensino do Sermão se destinava a cada um de nós.”f

31. Quem tem demonstrado verdadeiro apreço pelos conselhos contidos em Mateus, e por que é proveitoso estudar este Evangelho vez após vez?

31 Contudo, o mundo inteiro, até a parte que afirma ser cristã, continua tendo problemas. Apenas pequena minoria de cristãos verdadeiros prezam, estudam e põem em prática o Sermão do Monte e todos os demais conselhos salutares das boas novas segundo Mateus, derivando assim inestimáveis benefícios. É proveitoso estudar vez após vez as excelentes admoestações de Jesus sobre encontrar a verdadeira felicidade, bem como sobre moral e casamento, o poder do amor, a oração aceitável, valores espirituais versus valores materiais, buscar primeiro o Reino, o respeito pelas coisas sagradas, e a vigilância e a obediência. O capítulo 10 de Mateus fornece as instruções de serviço que Jesus deu àqueles que empreendem a pregação das boas novas do “reino dos céus”. As muitas parábolas de Jesus contêm lições vitais para todos os que ‘têm ouvidos para ouvir’. Ademais, as profecias de Jesus, tais como suas predições pormenorizadas sobre ‘o sinal da sua presença’, criam forte esperança e confiança no futuro. — 5:1–7:29; 10:5-42; 13:1-58; 18:1–20:16; 21:28–22:40; 24:3–25:46.

32. (a) Ilustre como profecias cumpridas provam que Jesus é o Messias. (b) Que forte garantia nos fornecem hoje tais cumprimentos?

32 O Evangelho de Mateus está cheio de profecias cumpridas. Muitas de suas citações das inspiradas Escrituras Hebraicas visavam mostrar tais cumprimentos. Fornecem evidência incontestável de que Jesus é o Messias, pois teria sido totalmente impossível programar de antemão todos esses pormenores. Compare, por exemplo, Mateus 13:14, 15 com Isaías 6:9, 10; Mateus 21:42 com Salmo 118:22, 23; e Mateus 26:31, 56 com Zacarias 13:7. Tais cumprimentos fornecem-nos forte garantia, também, de que todas as predições proféticas do próprio Jesus, registradas por Mateus, se cumprirão no devido tempo, ao se realizarem os gloriosos propósitos de Jeová com respeito ao “reino dos céus”.

33. Em que conhecimento e esperança podem os que amam a justiça exultar agora?

33 Quão exato foi Deus ao predizer a vida do Rei do Reino, até nos mínimos detalhes! Quão exato foi o inspirado Mateus ao registrar fielmente o cumprimento dessas profecias! Ao refletirem sobre todos os cumprimentos e promessas proféticos registrados no livro de Mateus, os que amam a justiça podem deveras exultar no conhecimento e na esperança do “reino dos céus” qual instrumento usado por Jeová para santificar Seu nome. É este Reino por Jesus Cristo que produz indizíveis bênçãos de vida e felicidade para os de temperamento brando e os que têm fome espiritual “na recriação, quando o Filho do homem se assentar no seu trono glorioso”. (Mat. 19:28) Tudo isto está contido nas estimulantes boas novas “segundo Mateus”.

[Nota(s) de rodapé]

a Reimpressão de 1981, Vol. V, página 895.

b Tradução do texto latino editada por E. C. Richardson e publicada na série “Texte und Untersuchungen zur Geschichte der altchristlichen Literatur”, Leipzig, 1896, Vol. 14, páginas 8, 9.

c The Ecclesiastical History, VI, XXV, 3-6.

d Introduction to the Study of the Gospels, 1896, B. F. Westcott, página 201.

e Nos dias de Jesus, um denário equivalia ao salário de um dia; assim, 100 denários equivaliam a cerca de um terço do salário de um ano. Sessenta milhões de denários equivaliam ao salário que levaria milhares de vidas para ajuntar. — Estudo Perspicaz das Escrituras, Vol. 1, página 683.

f Mahatma Gandhi’s Ideas, 1930, de C. F. Andrews, página 96.

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