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  • Liberta a mente para combate piedoso
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1950
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1950
w50 1/12 pp. 182-191

Liberta a mente para combate piedoso

“Derruba o altar de Baal que é de teu Pai, e corta a sacra haste que está junto ao altar. Então edifica do material um altar ao SENHOR teu Deus no cume desta fortaleza.”—Juí. 6:25, 26, Uma Trad. Amer.

1. De que liberdade dotou Deus ao homem? Dê ilustração.

Jeová não é Deus de cativeiro. Não encarcera nenhuma das suas criaturas atrás de grades de ferro. Nem sequer amarra os processos mentais da pessoa, mas permite a liberdade de pensamento nas mentes que ele criou. Ele não trouxe à existência robôs físicos ou mentais para movimentarem-se mecanicamente conforme ele ordenou, mas proveu as suas criaturas inteligentes com mentes não só aptas para conhecer a justiça e a injustiça mas também livres para escolher uma das duas carreiras. Não estendeu ele esta liberdade de arbítrio, acompanhada de conselho acautelador, ao primeiro casal humano no Éden? E não fizeram isso os seus porta-vozes com a nação de Israel? “Chamo hoje o céu e a terra por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a benção e a maldição. Escolhe a vida para que vivas, tu e a tua semente, amando a Jehovah teu Deus, obedecendo a sua voz.” Porém, “Se vos parece mal o servirdes a Jehovah, escolhei hoje a quem haveis de servir.”—Gên. 2:17; Deu. 30:19, 20; Jos. 24:15.

2. De que maneira se tornou cativo Satanás? e como aprisionou outros junto com ele?

2 A criatura espiritual agora conhecida como Satanás o Diabo preferiu servir a si mesmo, e escravizou-se ao seu próprio orgulho iníquo e avareza ambiciosa. (Isa. 14.12-14) Aguilhoado por esses carcereiros de sua mente, Satanás empreen- deu a encarceração de outros. A pretexto de granjear maior liberdade mental para Eva, ele lhe cativou a mente, e por meio da sua apelação aos desejos egoísticos de Adão Satanás conseguiu seduzir o marido. Desde então a maioria dos descendentes desse primeiro casal foram “presos, à mercê de sua vontade”. (Gên. 3:3-6, 2 Tim. 2:26, Negromonte) Ainda que não estejam encadeados os seus corpos, Satanás lhes “cegou as mentes” à condição das trevas de um calabouço. (2 Cor 4:4) Entretanto esses cegos, eles próprios cativos, são os que abririam caminho à liberdade para a humanidade. “Prometem-lhes a liberdade, contudo eles mesmos são escravos da corrupção, porque o homem é feito escravo daquilo pelo qual há sido vencido.” (2 Ped. 2:19, Ver. Nor. Amer.) Assim como o cativo Satanás não podia lograr a liberdade para Eva, assim também os homens hodiernos, escravizados pelos desejos pecaminosos e corrupção não podem efetivamente desempenhar o papel de libertadores. Os cegos tanto guias como seguidores cairão juntos no barranco da destruição.—Mat. 15:14.

3. Quem não pode abrir as portas à liberdade mental? mas que as abrirá?

3 Sem grades literais Satanás o Diabo encarcerou as mentes dos homens, e a fim de impedir quaisquer fugas da prisão ele tem muitos carcereiros visíveis que estão de vigia sobre seus cárceres mentais. O diabólico Lúcifer é conhecido como o que “não abriu o cárcere aos seus cativos”, portanto os seus carcereiros não têm chaves para destrancar as celas. Ora, eles mesmos “tiraram a chave da ciência”, e essa é a única chave que abre de par em par as portas da liber- dade mental! Não disse Jesus, “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”? (Isa. 14:17, Ver. Fig; Luc. 11:52; João 8:32) A verdade mais indispensável é a contida na Palavra de Deus, a Bíblia. Duvida disto? Se se conhecessem e seguissem as verdades das Escrituras não poderiam existir preconceito racial, ódio religioso, avareza nacional, delinquência juvenil nem crime adulto tão pouco guerras internacionais. Seria um mundo transformado, um novo mundo. A verdade bíblica soltaria a mente do cativeiro satânico e lhe daria uma nova vista que revelaria o que fosse realmente bom e agradável e perfeito para a humanidade. Romanos 12:2 declara: “Não doteis os costumes deste mundo mas transformai-vos pela vossa nova atitude para que averigueis qual é a vontade de Deus—o que é bom, agradável e perfeito.” —Uma Trad. Amer.

4. Por que é mais importante aos ministros a liberdade mental do que a liberdade de corpo?

4 Portanto é a verdade bíblica que habilitará a humanidade a empreender uma fuga bem sucedida das prisões de Satanás, que precipitará a humanidade do cativeiro à liberdade de conhecer e servir o Deus verdadeiro. Quando a mente está livre, o povo de Jeová pode servi-lo ainda que seus corpos se definhem nas celas de uma prisão ou sofram nos campos de concentração. Quando o apóstolo Paulo estava encarcerado ele escreveu: “E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram têm antes contribuído para o progresso do evangelho, de modo que se tem tornado manifesto a toda a guarda pretoriana e a todos os demais, que é por amor de Cristo que estou em prisões, também a maior parte dos irmãos no Senhor, animados pelas minhas prisões, são muito mais corajosos para falar sem temor a palavra de Deus.” (Fil. 1:12-14, N.T. Rev.) Livre do erro e do medo das consequências, a mente cheia da verdade bíblica trava o combate piedoso de soltar outros para o serviço de Jeová.

5. Qual é o propósito divino de soltar os homens do cativeiro satânico?

5 Não foi em prol da liberdade de adoração que o Deus Todo-poderoso assolou o Egito com pragas devastadoras a fim de livrar os israelitas mantidos presos por Faraó? (Êxo. 5:1-9) Outra vez, séculos mais tarde, quando os israelitas foram soltos do cativeiro babilônico e voltaram para a pátria, isso não tinha por fim o estabelecimento de sua independência política como nação, mas sim a reedificação do templo em Jerusalém e a restauração da verdadeira adoração de Jeová. (Esd. 1:1-4, Isa. 61:1-6) Da mesma forma hoje, a liberdade que vem do conhecimento das Escrituras deve ser usada no serviço de Deus. As pessoas que foram libertas por ouvir a verdade devem daí pregar essa verdade para libertar outros, de modo que tantos quantos quiserem estejam livres para adorar a Deus segundo os seus mandamentos. E uma vez libertos, fiquem firmes nessa liberdade, conforme aconselhados: “Estai pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão.” (Gál. 5:1, Almeida) Que alguns têm êxito e outros falham se vê pelos eventos proféticos que aconteceram a Israel nos dias em que os juízes governavam.

CATIVEIRO PELA INFIDELIDADE

6. Que condições relativas à adoração existiram durante o período dos juízes?

6 O período dos juízes foi tempo turbulento na história de Israel. Destacou-se por altibaixos, e estes em proporção às suas obediências e desobediências. Quando os israelitas possuíram a terra prometida eles não expulsaram os demonólatras, mas os escravizaram. Em exata conformidade com o aviso de Deus, este procedimento conduziu os israelitas ao laço das religiões pagãs. (Deu. 7:16) Eles transigiram e fizeram alianças com os habitantes da terra, não exterminaram a adoração falsa, e tornaram-se escravos dela. Por isso Jeová disse a Israel com referência aos adoradores de demônios: “Eles vos serão por ciladas, e os seus deuses vos serão laços.” Visto que se permitiram enlaçar pela religião demoníaca, “acendeu-se a ira de Jehovah contra Israel, e ele os entregou nas mãos dos espoliadores para os despojarem, e os vendeu aos seus inimigos ao redor.” Não obstante, “Jehovah suscitou juízes, que os livraram da mão dos que os despojavam,” mas quando o juiz libertador morreu “reincidiam e tornavam-se piores [se corrompiam, Almeida]”. Depois de cada livramento e retorno para a alta plana de adoração fiel, os israelitas logo começavam a associar-se com os demonólatras mundanos, e mais uma vez os israelitas instáveis sucurmbiam a servidão das religiões pagãs. (Juí. 2:1-23) O seguinte mostra que este foi o estado de coisas logo antes da subida de Gideão como juiz:

7, 8. Qual foi o estado de coisas em Israel logo antes da judicatura de Gideão, e por quê?

7 “Fizeram os filhos de Israel o mal à vista de Jehovah, e ele os entregou nas mãos de Midian sete anos. A mão de Midian prevaleceu sobre Israel, por cuja causa fizeram para si os filhos de Israel as covas que estão nos montes, e as ca- vernas, e as fortalezas. Tendo Israel feito as suas semeadoras, subiam contra ele os Midianitas, os Amalekitas e os filhos do Oriente; e acampando-se, destruíam as novidades da terra até a vizinhança de Gaza, e nada deixavam em Israel para sustentar a vida, nem ovelhas, nem bois, nem jumentos. Pois eles subiam com os seus gados e tendas, e vinham tanto eles como os seus camelos em multidão inumerável como gafanhotos.”—Juí. 6:1-5.

8 Israel ceifou a colheita de desobediência, conforme avisara de antemão Jeová: “Baldadamente semeareis a vossa semente, porque os vossos inimigos a comerão.” (Lev. 26:13-17) Que haviam feito que parecia “mal à vista de Jehovah”? Jeová lhes disse, quando enviou um profeta em resposta aos clamores de socorro que Israel levantou: “Eu vos fiz subir do Egito, e vos tirei da casa da servidão; e vos livrei das mãos dos egípcios, e de todos os que vos oprimiam, e os desapossei de diante de vós, e dei-vos a sua terra. Eu vos disse: Eu sou Jehovah vosso Deus, não temais os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém não obedecestes a minha VOZ.” (Juí. 6:8-10) Da servidão egípcia Jeová Deus os tinha libertado e estabelecido na terra prometida para o propósito específico de os habilitar a adorá-lo livremente; mas tinham abusado e empregado mal a liberdade de adoração a fim de praticar o baalismo. Esta religião diabólica cativara a sua mente, e opressores pagãos engordaram-se com os frutos dos seus trabalhos físicos.

9. De que modo são proféticas do estado religioso da cristandade essas condições?

9 Tudo isso é um drama profético que prefigura as condições neste mundo do século vinte. Os povos da cristandade tomam o nome de Deus e de Cristo, e supõem que servem a Jeová, livres das práticas ignorantes e contaminadoras do paganismo. Contudo um só relance basta para mostrar quão anti-cristã é a cristandade, como muitas das suas obras são más aos olhos de Deus, como os seus preceitos foram desatendidos. Até de modo religioso, a cristandade foi apanhada no laço do baalismo moderno. Estudantes cuidadosos de antigas religiões sabem que todas as doutrinas básicas emanam de Babilônia fundada por (Cus e Ninrode, e que se pode procurar a origem de Baal nelas, e que Ninrode é o responsável pela hodierna concepção popular do Diabo como tendo chifres, rabo e a unha fendida. Quando o projeto de Ninrode de edificar uma torre colapsou e os povos foram espalhados pela confusão de línguas, estes levaram consigo as suas crenças religiosas. É por isso que as várias falsas religiões tem tanto em comum: originaram-se da única fonte do antigo baalismo.—As Duas Babilônias por Hislop (em inglês), págs. 21-40.

10, 11. Quando e como enlaçou a adoração de Baal o sistema que agora se tem desenvolvido na cristandade?

10 Tão pouco evitou a cristandade moderna este laço da adoração de Baal, pois se pode buscar a origem de muitas das suas doutrinas, junto com os ensinamentos das religiões pagãs, até a antiga Babilônia. As Escrituras predisseram que homens maus introduziriam heresias destruidoras depois da morte dos apóstolos; e essa contaminação chegou ao clímax em 325 E. C., quando o Imperador Constantino fundiu a cristandade apóstata com o paganismo. Logo após isto a igreja católica romana teve o seu começo, e quando séculos mais tarde o protestantismo se separou, este levou junto muitos dos ensinamentos religiosos pagãos. Atualmente aqueles que seguem o que se conhece por “religião cristã” não estão livres mentalmente para adorar a Deus de modo correto, as suas mentes foram enlaçadas com as formas modernas do baalismo e estão cegos à verdadeira adoração bíblica. Para estabelecer a base comum do paganismo e das “religiões cristãs” ortodoxas, consideremos as seguintes citações.

11 “A transfusão copiosa das cerimônias pagãs na adoração cristã que tinha sucedido antes do fim do quarto século, tinha, a certo ponto, paganizado (se o podemos assim expressar) a forma e aspecto exterior da religião”—História Eclesiástica (em inglês), pelo Deão Waddington.

12. Como mostra o Papismo de Van Dyke a origem pagã das práticas do catolicismo?

12 “Os adoradores de Buda na Birmânia, Sião, e no Império Chinês . . . têm as suas relíquias e imagens, objetos de suprema veneração, os seus templos que custam somas fabulosas de dinheiro; os seus santos canonizados pela autoridade eclesiástica, os seus sacerdotes tonsurados, que fazem voto de castidade, pobreza e obediência, as suas velas de cera acesas dia e noite; as suas penitências e torturas infligidas a si mesmos; as suas tradições sem fim, e distinções morais que disputam até as minudências; e o próprio confessionário. Têm também a sua quaresma durante a qual se supõe que toda a gente viva de legumes e frutas; os seus atos de mérito, repetição de orações, jejuns, ofertas às imagens, celibato, pobreza voluntária, devoções obrigatórias, e dádivas munificentes aos templos, mosteiros e ídolos. O próprio rosário, conjunto de contas que se rezam, o qual os papistas supõem ser um dispositivo especialmente revelado a São Domingos, forma parte da maquinaria sagrada do budista devoto.”—O Papismo (em inglês), por Van Dyke.

13. Como corrobora o Cardeal Newman o fato que a adoração católica origina do paganismo e demonismo?

13 “Confiando então no poder do cristianismo para resistir a infecção do mal, e para transmutar os próprios instrumentos e acessórios da demonolatria ao uso evangélico, e julgando também que estas práticas se originaram de revelações primitivas e do instinto da natureza, ainda que fossem corruptas, e que precisavam inventar o que necessitavam, se não usassem o que encontravam, e que possuíam além disso os verdadeiros arquétipos, dos quais o paganismo tentava as sombras; os chefes da igreja [católica romana] desde os tempos primitivos foram preparados, se surgisse a ocasião, para adorar, ou imitar, ou aprovar os ritos e costumes existentes da populaça, bem como a filosofia da classe instruída. O uso de templos, e estes dedicados a certos santos, e enfeitados em certas ocasiões de ramos de árvores, incenso, lâmpadas, e velas, promessas ao restabelecer-se de doenças; água benta; asilos; dias e estações santas, uso de calendários, procissões, bênçãos nos campos, vestimentas sacerdotais, a tonsura, o anel nos casamentos, o virar-se para o oriente, imagens numa data ulterior, talvez o cantochão, e o [cântico] Kyrie Eleison, são todos de origem pagã, e santificados pela sua adoção na igreja.”—Composição Sobre O Desenvolvimento da Doutrina Cristã (em inglês) pelo Cardeal Newman.

14, 15. Pode-se santificar o demonismo pela adoção numa igreja supostamente “cristã”? e que condições na cristandade paralelas às do dia de Gideão apoiam a sua resposta?

14 Certamente a cristandade se afundou no paganismo em busca da sua ciência religiosa, ainda que leve o nome de “crista”. Contrário à certa crença religiosa, não é possível santificar o demonismo por sua adoção nas igrejas cristãs ortodoxas assim como não o foi para Israel disfarçar a adoração de Baal. (2 Cor. 6:14-17) Pelo seu desvio da pura adoração de Jeová conforme exposta na Bíblia, a cristandade não tem a proteção de Deus e os seus povos sofrem do cativeiro mental e opressão corporal. Atualmente o povo se acha numa condição paralela à dos israelitas debaixo de Midiã. Os midianitas e os seus aliados representam os agentes visíveis de Satanás que se impõem com arrogância aos povos que têm de suportá-los.

15 Os sistemas políticos, comerciais, religiosos e militares governam e oprimem a plebe. Feito ladrões, espoliadores e assassinos roubam os indefesos e lhes tiram os frutos do seu trabalho. O povo comum lida para produzir alimento e roupa e casas, ao passo que outros, que nada produziram, colhem os lucros do trabalho. Os israelitas precisaram fazer para si covas em que esconder os seus mantimentos, a fim de comer. No tempo presente as pessoas fazem economias para um futuro incerto, mas os fatores regentes buscam estas economias e se servem de salários, impondo tributos exorbitantes, que não são usados em grande parte para despesas necessárias no interesse do povo mas para salários gordos aumentados por peitos, para projetos inúteis, enganos governamentais e puro desperdício. O alto comércio procura todo o lucro que pode adquirir, mantendo num contínuo espiral a subida dos preços, enquanto baixa a qualidade dos seus produtos. As falsas religiões parasitas mendigam e pedem dinheiro de pessoas que pensam que assim servem a Deus, mas que na realidade adiantam o baalismo moderno em que muitas das suas dificuldades estão arraigados. Desiludidos e oprimidos, em amargura muitos clamam ao Senhor na sua angústia; mas quando vem um pouco de alívio e prosperidade temporária eles se esquecem de Deus. Exatamente como fizeram os israelitas nos dias dos juízes.

“DERRUBA O ALTAR DE BAAL”

16. Que mensagem é trazida a Gideão, e qual é a sua reação a ela?

16 Dentre os israelitas que clamaram com sinceridade estava Gideão. Vemo-Io pela primeira vez em Ofra a malhar trigo no lagar, e não na eira onde os espoliadores midianitas o reconheceriam facilmente. Alguém o visita. Um anjo do Senhor se dirige a ele como “valentíssimo varão”, e diz, “Vai . . . e livra a Israel da mão de Midian: porventura não te enviei?” “Ó Senhor, como livrarei a Israel? eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu sou o menor na casa de meu pai,” replica Gideão. Ele não pensou de si mais do que convinha, mas era manso e humilde de coração. Todavia estava disposto a assumir o serviço perigoso, se tivesse certeza que Deus o apoiaria. Portanto pediu um sinal, e o recebeu quando o anjo fez subir fogo duma rocha e consumir a oferta de comida que Gideão tinha preparado.—Juí. 6:11-24.

17. Que fez Gideão sem demora, em resposta às instruções de quem?

17 Jeová Deus não tardou em instruir Gideão como proceder, tão pouco demorou Gideão a proceder em harmonia com essas instruções. O registo reza: “Naquela noite lhe disse Jehovah :Toma o touro de teu pai, a saber, o segundo touro de sete anos, e derruba o altar de Baal, que é de teu pai, e corta a Asherah [haste sacra, Uma Trad. Amer.] que está junto ao altar. Edifica um altar a Jehovah teu Deus no cume deste lugar forte, na forma devida, toma o segundo touro, e oferece um holocausto, usando da lenha da Asherah que cortarás. Gideão tomou dez dos seus servos, e fez segundo Jehovah lhe falara; mas porque teve medo da casa de seu pai, e dos homens da cidade, não o fez de dia, fê-lo de noite.”—Juí. 6:25-27.

18. A quem prefigurou Gideão, e como se assemelhou a posição destes prefigurados à de Gideão quando o anjo o visitou?

18 Neste drama profético Gideão representou a Cristo Jesus e o restante dos membros ungidos de seu corpo. Durante a Primeira Guerra Mundial e logo depois os genuínos cristãos estavam numa posição similar à de Gideão na época da visita do anjo. Assim como os israelitas na terra prometida, estavam localizados numa posição para servir a Deus, e semearam algumas sementes da verdade, mas não conseguiram colher plenamente os seus frutos cristãos. Tinham sido corrompidos por algumas das práticas religiosas dos modernos adoradores de Baal ao redor deles, e cegos destarte não formularam a mensagem com a perfeita franqueza e intransigência conforme a qual devia ter sido apresentada. Consideraram os governadores do mundo as “autoridades superiores” mencionadas em Romanos 13, foram atingidos por certo grau de adoração de criaturas e medo do homem, e não pregaram tão aberta e ousadamente como deviam. Opressivos mundanos exerceram domínio cruel sobre eles, mantiveram-nos em sujeição mental, e encarceraram muitos. Não estavam livres para o combate piedoso.

19. Como reagiu o restante ungido à vinda de Cristo Jesus ao templo, em 1918?

19 Daí veio Cristo Jesus ao templo em 1918, conforme prefigurado pela visita do anjo a Gideão. A sua comissão de pregar foi-lhes esclarecida. Sim, compuseram um grupo pequeno, o menor dentre os homens quanto a números e influência, e conforme todas as aparências nada poderiam fazer. Mas as verdades que então lhes iluminaram a mente e tiraram os mal entendidos indicaram-lhes que Deus estava com eles na obra, e revivificaram-se de repente no serviço do Reino, ainda que o inimigo pensasse que estes encarcerados destinados à morte estivessem virtualmente destruídos. (Sal 79:11; Isa. 42:7, Apo. 11:9-11) Convencidos que o poder de Deus já estava operando a seu favor, e cheios das novas verdades que jorravam do templo, este pequeno grupo de cristãos se uniram estreitamente para atacar as falsas religiões que cegavam os homens de boa vontade.

20. Conforme fez Gideão, como usaram os cristãos no serviço de Deus as coisa uma vez empregadas mal nos sacrifícios impróprios?

20 Gideão e seus companheiros atacaram com denodo o baalismo, desarraigando a imagem de Baal, cortando a haste sacra, e agarrando o touro dedicado a Baal. Daí empregaram no serviço de Deus esta matéria previamente usada de modo errado. Do material edificaram um altar para Jeová, mataram o touro escolhido, e serviram-se dele por holocausto a Deus alimentando o fogo com a haste sacra que tinham cortado. De maneira semelhante, depois da Primeira Guerra Mundial as testemunhas de Jeová revivificadas consumiram no serviço do Reino coisas uma vez apropriadas pelos sistemas opressivos do mundo. Tempo e energia antigamente desperdiçados são empregados agora no serviço de Deus. Usam-se as possessões materiais para a honra de Jeová, (Pro. 3:9) Palavras uma vez usadas de modos religiosos impróprios já são oferecidas como sacrifícios de louvor a Deus, como novilhos sacrificiais completamente dedicados a Jeová em holocaustos. “Tomai convosco palavras e voltai para Jehovah; dizei-lhe: Tira toda a iniquidade, e aceita o que é bom, assim oferecemos como novilhos as ofertas dos nossos lábios.” “Por Ele, pois, oferecemos a Deus, sem cessar, o sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que bendizem o seu nome.”—Osé. 14:2; Heb. 13:15, Negromonte.

21. Como acaba o sacrifício de louvor do cristão com o baalismo moderno e o derruba?

21 Assim como foi o sacrifício de Gideão a Deus que consumiu os haveres de Baal, assim também é o sacrifício cristão de louvor que acaba com as doutrinas da falsa religião. Quando os cristãos citam as palavras de Ezequiel, “A alma que pecar, essa morrerá,” a doutrina religiosa da imortalidade da alma humana perece. Quando se referem às palavras de Paulo, “O salário do pecado é a morte,” a fábula do tormento eterno dos iníquos desvanece. Ao repetirem as palavras de Jesus, “O Pai é maior do que eu,” se prova mentira a pretensão do trinitário que Deus e Cristo são iguais. Quanto à doutrina da trindade de três-em-um, só um texto nas Bíblias mais antigas a apoia, e já que a pesquisa erudita o provou espúria e não aparece mais nas traduções modernas acuradas, foi apagada das páginas da Palavra de Deus. (Eze. 18:4; Rom. 6:23; João 14:28; 1 João 5:7) Estas e outras palavras de louvor que cristãos adotam da Bíblia e empregam na sua pregação transtornam as falsas doutrinas das “religiões cristãs” organizadas de hoje em dia. Os credos e ensinos tradicionais da cristandade que remontam ao paganismo e não as Escrituras Sagradas são derrubados, não tem crédito nas mentes de homens informados e sinceros assim como a imagem de Baal e a haste sacra não o tinham depois que Gideão e os seus ajudantes as arrasaram.

22, 23. (a) Como, tanto no tipo como no antítipo, tem significado o nome de Gideão? (b) No tipo e no antítipo, como reagem os opositores ao derrubamento do baalismo?

22 O nome de Gideão significa “derrubador, rachador, guerreiro”. Aos instrumentos imundos da adoração de Baal Gideão atuou como derrubador e rachador no desarraigamento deles, e o seu procedimento subsequente justifica o significado do seu nome “guerreiro”. O Gideão maior, Cristo Jesus, revela as verdades e os juízos do templo que deitam abaixo o sistema do Diabo nas mentes dos Seus seguidores, e estes participam desta obra de arrasamento contra o baalismo moderno por transmitir a outros estas verdades que cortam e despedaçam. Com que reação da parte dos ouvintes? Para uma indicação, note as repercussões que os atos típicos de Gideão produziram: “Levantando-se os homens da cidade de madrugada, eis que estava o altar de Baal derrubado, cortada a Asherah que estava junto a ele, e oferecido o segundo touro sobre o altar que havia sido edificado. Falaram uns aos outros: Quem fez isto? Depois de investigarem e inquirirem, disseram: Foi, Gideão, filho de Joash, quem fez isto. Os homens da cidade disseram a Joash: Tira para fora teu filho, para que morra, porque derrubou o altar de Baal, e cortou a Asherah que estava junto a ele.”—Juí. 6:28-30.

23 Sem dúvida estes homens estavam dentre os que previamente clamaram ao Senhor pelas suas aflições. Provavelmente ouviram a mensagem que Deus enviou em réplica pelo profeta, que disse a Israel que a raiz da sua dificuldade se achava a sua reincidência no baalismo. Todavia quando foi atacada a causa das suas misérias, eles levantaram-se em motim contra o expositor dela. Queriam mais da coisa que os afligia. Não podiam enfrentar a situação com razão e lógica, mas no genuíno espírito de motim exigiram categoricamente a vida do expositor de Baal. Atualmente quando as testemunhas de Jeová expõem as religiões ortodoxas como sendo de origem pagã e contrárias à Palavra de Deus, destarte derrubando a falsa religião nas mentes de alguns ouvintes muitos outros levantam um grande uivo contra os servos de Deus, exigem a prisão deles, querem que sejam encarcerados, formam motins contra eles, e vão mesmo ao extremo de demandar e por vezes conseguir tirar a vida destes. Periodicamente os líderes mundanos da religião ou da política imploram mais daquilo que os aflige exclamam que o que é preciso é mais religião deles. Quando a sua severa tribulação descer sobre eles no Armagedon, que peçam a libertação a seus deuses escolhidos de origem pagã, e não a Jeová Deus.—Juí. 10:14.

24. Que prova a falsidade da adoração de Baal, seja antiga ou moderna?

24 Joás, pai de Gideão, fez parar o motim com estas palavras: “Pleiteareis vós por Baal? ou salvá-lo-eis vós? (Quem pleitear por ele, será morto ainda esta manhã.) Se ele é deus, pleiteie por si mesmo, porque alguém derrubou o seu altar!” Mas Baal não podia responder por si, tão pouco pode o baalismo hodierno manter os seus ensinamentos à face da verdade bíblica declarada nem resistir por argumentação lógica o testemunho produzido contra ele pelas testemunhas de Jeová. A fé crista é provada pelas obras, o baalismo é reprovado pela falta de boas obras. Portanto, “Naquele dia chamou a Gideão Jerubbaal, dizendo: Pleiteie Baal contra ele, pois derrubou o seu altar.” (Juí. 6:31, 32) Esse altar de Baal tinha pertencido a Joás, contudo Gideão não creu assim como muitos hoje em dia creem, que a religião de seu pai serve para eles, e Joás estava disposto a mudar de adoração quando se provou que o seu deus era inútil.

25. Por que é tão necessário acabar com a demonolatria antes de que alguém goze do apoio e benção de Jeová?

25 Então fora com toda a falsa religião que mantém cativas as mentes dos homens, restringe e cega as faculdades mentais de modo que não possam perceber a verdadeira adoração de Deus! Abaixo o altar de Baal, as imagens, as hastes sacras, as ofertas! Deus não quis livrar Israel enquanto o Baal ficava para receber o crédito da libertação; ele só salva quando não há deus estranho no meio do seu povo. (Isa. 43:12) Antes de Jeová dirigir a ação contra as bordas invasoras dos midianitas no dia de Gideão, Baal foi derrubado e os israelitas sinceros purificados das suas corrupções. Antitipicamente, antes de enviar Jeová as suas testemunhas contra os sistemas do Diabo em ataque destemido ele fez que passassem por uma purificação espiritual sob a superintendência do Gideão Maior, Cristo Jesus no templo, tudo isso com o fim de que fizessem “a Jehovah ofertas em justiça.”—Mal. 3:1-5; 1 Ped. 4:17.

CHAMADA DE ASSEMBLEIA AOS DESTEMIDOS

26. Para compreender o quê talvez fosse bastante perspicaz o inimigo, e com que reação da parte dele?

26 A desobediência a Deus conduzira os israelitas a um estado de virtual cativeiro; a obediência era a chave que destrancaria a prisão e os libertaria a fim de expulsarem os opressores. O desalojamento da adoração de Baal foi o primeiro passo necessário no caminho de volta à verdadeira adoração. Os despojadores pagãos da terra talvez fossem bastante perspicazes para compreender este fato, e perceber na purgação contra o baalismo os primeiros sinais dum levantamento em combinação contra a sua pilhagem costumeira da terra. De qualquer maneira, foi nesse tempo crítico que todos os opressores uniram as suas forças, pelo menos 135.000 em número, e as suas hordas precipitaram-se sobre as margens do Jordão, atravessaram agitadamente o rio, e estenderam-se ao centro de Israel, no vale fértil de Jezreel. Ali se estabeleceram, um campo inimigo espalhado que se eriçava com espadas para cortar qualquer oposição que surgisse contra eles.—Juí. 6:33; 8:10.

27. Como enfrentou Gideão esta ameaça maior, e com que preocupação pelo apoio de Deus?

27 O registo relata como Gideão foi animado pelo espírito do Senhor a encontrar esta invasão por tocar o alarme, enviar mensageiros a certos territórios, e congregar tropas para fazer frente aos invasores, como ele pediu a Jeová mais certeza que Ele estaria com eles na peleja e salvaria a Israel; e como esta certeza foi dada por Deus causar que o orvalho estivesse primeiro no velo de lã enquanto a terra ficava seca, e daí na terra enquanto o velo não ajuntava nada. Previamente Gideão o verificara, quando veio o anjo, para assegurar-se da direção divina, nessa ocasião ele reverificou-o na prova para certificar a direiteza da sua posição. Então “Levantando-se de madrugada Jerubbaal, que é Gideão, e todo o povo que estava com ele, acamparam-se junto à fonte Harod: O arraial de Midian estava da banda do norte, perto do outeiro de Moreh, no vale.”—Juí. 6:34-40; 7:1.

28. Que separação legítima da força de Gideão então ordenou Deus e por quê?

28 Com meramente 32.000 israelitas congregados nos outeiros acima, e uma horda inimiga de 135.000 estendida no vale em baixo Jeová Deus emitiu a Gideão esta ordem espantosa: “Tens contigo gente demais para eu entregar os Midianitas nas suas mãos, sem que Israel se glorie contra mim, dizendo : Foi a minha própria mão que me salvou. Agora apregoa aos ouvidos do povo, dizendo: Quem é medroso e tímido, volte.” (Juí. 7:2, 3) Esta vez o teste não foi um que Gideão pediu para indicar a direiteza de posição ou assegurança do apoio de Jeová, mas sim uma esquadrinhação pelo próprio Deus dos reunidos para a peleja. Disse-se aos medrosos que voltassem para casa, e 22.000 deixaram a assembleia, retiraram-se da força de combate. Dez mil ficaram junto à fonte de Harod; o nome desta fonte, incidentalmente, quer dizer “estremecimento, palpitação”. O partido desigual contra Israel uma vez quatro a um já tornou-se treze a um. Contudo, Jeová procedeu com prudência dentro da sua lei: “Dirão mais os oficiais ao povo: Que homem há que seja medroso e de coração tímido? vá-se e torne para sua casa, não suceda que se derreta o coração de seus irmãos como o seu coração”—Deu. 20:8.

29. Que se deu para cumprir o ajuntamento típico dos midianitas contra Gideão, e a sua provação em prol do apoio de Deus?

29 Na realização destas partes do drama profético, após a entronização de Cristo Jesus e a sua vinda ao templo e a purificação do restante ungido na terra, a organização de Satanás se dispôs para batalha contra os publicadores do Reino.(Apo. 12:17) Diversas profecias predizem que nesse tempo homens e nações conspirariam e uniriam as suas forças para resistir às testemunhas, já libertas mentalmente das muitas falsas ideias religiosas que lhes impediram o serviço a Deus. (Sal. 2 e 83; Isa. 8:9-12, Apo. 11:17, 18) Excedidas muito em número, assim como o bando de Gideão, as testemunhas ungidas de Jeová precisam depender do auxilio de Deus, por si nada podem fazer. De modo que, sem cessar, provam a sua posição, examinam-se a si mesmas, esquadrinham as Escrituras para verificar que a sua pregação continua em harmonia com elas, olham para evidências da direção e bênção de Jeová, e ficam alertas para tirar proveito da repreensão ou correrão divina. Assim como Gideão verificou e reverificou, assim também eles continuam a provar a sua posição perante Deus ao passo que prosseguem no decorrer do tempo.—2 Cor. 13:5; 1 Tes. 5:21, Heb. 12:5-11.

30. Atualmente, como opera o medo para separar muitos da congregação cristã?

30 Ao pregarem as testemunhas através da terra elas convidam outros a reunir-se com elas. Muitos ouvintes concordam no coração com a mensagem contra a religião hipócrita, mas não querem reunir-se. Outros concordam e congregam-se, assim como os 32.000 israelitas. Mas nestas reuniões discernem a peleja envolvida, veem a hoste do inimigo disposta em ordem de batalha contra as testemunhas, descobrem que vem a perseguição aos que ficam firmes a favor de Jeová, e após breve período de assistir às reuniões se retiram da companhia dos destemidos. Não possuindo o perfeito amor a Deus que lança fora todo o medo, são enlaçados por medo do homem e a timidez amarra-lhes a mente em escravidão. As reuniões onde jorram as águas da verdade lhes tornam lugares de estremecimento e palpitação, assim como, a fonte de Harod aos 22.000. Preferem uma boa reputação na vizinhança à boa reputação com Deus, assim como homens eminentes no tempo de Jesus: “Muitos das próprias autoridades creram nele, mas por causa dos fariseus não o confessavam, para não serem expulsos da sinagoga, porque prezaram mais a glória que vem dos homens, do que a glória que vem de Deus.” (João 12:42, 43) De modo que o seu fraco esforço de se escapar dos sistemas de cárcere de Satanás termina ao perderem ânimo, abandonarem a congregação, e voltarem ao cativeiro.—Pro. 29:25, Mat. 5:10-12; 2 Tim. 3:12; Heb. 10:25; 1 João 4:18.

SEPARAR DOS ZELOSOS OS PREGUIÇOSOS

31-33. Como foram atenuadas ainda mais as fileiras do exército de Gideão, e por quê?

31 Jeová Deus fez essa experiência para separar os medrosos. Fez isso pela divulgação da verdade que revelou a peleja logo adiante, que seria exposta a organização do Diabo, e essas revelações trouxeram à tona o medo. A verdade extraiu do rebanho de ovelhas os que não queriam seguir corajosamente seu Chefe, Cristo Jesus. Ela sacrificou quantidade por qualidade, contudo revelações adicionais da verdade atenuariam ainda mais as fileiras, conforme prefigurado pelo que aconteceu em seguida ao exército de dez mil de Gideão:

32 “E disse o Senhor a Gideão: Ainda muito povo há. Faze-os descer às aguas, e ali tos provarei, e será que, aquele de que eu te disser: Este irá contigo, esse contigo irá; porém todo aquele, de que eu te disser: Este não irá contigo, esse não irá. E fez descer o povo às águas. Então o Senhor disse a Gideão: Qualquer que lamber as águas com a sua língua, como as lambe o cão, esse porás aparte; como tombem a todo aquele que se abaixar de joelhos a beber. E foi o número dos que lamberam, levando a mão à boca, trezentos homens, e todo o resto do povo se abaixou de joelhos a beber as águas. E disse o Senhor a Gideão: Com estes trezentos homens que lamberam as águas vos livrarei, e darei os midianitas na tua mão; pelo que toda a outra gente se vá cada um ao seu Iugar.”—Juí. 7:4-7, Almeida.

33 O partido desigual contra Israel elevou-se a 450 contra um! Que podia fazer este mero punhado contra 135.000 espadeiros do inimigo? Por si só, certamente nada! A libertação que viesse por meio deles então certamente não se deveria à sua força de números. Jamais poderiam inchar-se de orgulho mais tarde e jactar-se, “Foi a minha própria mão que me salvou.” Não ao Baal já desarraigado e derrubado, nem às suas fileiras então muito atenuadas e esgotadas, mas somente a Jeová Deus se poderia atribuir o crédito da vindoura vitória!

34. Que circunstâncias existentes proveram uma base sã para o teste de beber?

34 Mas por que foram rejeitados e enviados para casa os 9.700 que se ajoelharam para beber? Concorria-se prontamente que a timidez constituiu boa razão para tirar os 22.000, mas que base sã poderia ter esta prova de beber? Ora, lembre-se que a força de Gideão estava nas imediações do arraial do inimigo, que a oposição estava dentro do alcance de visão, que uma peleja estava logo na frente. Não exigiram as circunstâncias que se ficasse alerta, de vigia? E quanto pode ver o homem que se abaixa ou prostra para insaciavelmente engolir a água, oblívio do ambiente? Não demostraram os 9.700 descuido, negligência, indiferença, falta de apreciarem a gravidade da situação, não ficando em pé mas abaixando-se confortavelmente para satisfazer as suas necessidades pessoais? Sim, tanto quanto os 300 demonstraram as boas qualidades opostas mantendo os pés no solo, elevando à boca a água necessária por apanharem a água aos bocados com a mão concavada, tendo os olhos para frente e cabeça erguida aos eventos que rapidamente chegavam ao clímax. Enquanto saciavam a sede, não se esqueceram do combate.

35. Hoje em dia, onde estão as estações de água simbólicas para muitos, e que apoio bíblico tem a sua resposta?

35 Qual é o significado profético disto? Ora, as Escrituras transbordam de evidência que água representa as verdades vivificadoras de Jeová. Tais expressões como fontes da salvação, fonte de águas vivas, rios da água da vida, a purificação pela “lavagem de água com a palavra” são apenas uns exemplos. (Isa. 12:3; Jer. 2:13; Eze. 47:1-12; Amós 8:11; Efé. 5:26; Apo. 22:1, 17) Ainda que alguém beba das águas da verdade em particular na sua própria casa, ele deve beber também nas assembleias da congregação. Essas reuniões são estações de água para muitos; e no drama que se está considerando era um grupo reunido que bebia. Portanto o teste de beber se tem manifestado nos tempos modernos nas assembleias das testemunhas de Jeová.

36. Que classe foi prefigurada pelos 9.700 que saíram reprovados no teste de beber no dia de Gideão, e quando mormente se evidenciou?

36 Os 22.000 tímidos não rondaram a fonte de Harod por bastante tempo para saciar a sede, mas os 9.700 o fizeram. Muitos hoje em dia vêm a uma ou duas reuniões e ficam amedrontados pela perspectiva de serviço e perseguição antes de realmente poderem provar as águas da verdade, mas outros continuam a reunir-se e beber a mensagem. Assistem as reuniões, não ficam em pé mas assumem posições de descanso e conforto, gozam a explicação harmoniosa das escrituras difíceis que lhes é como música suave aos ouvidos, e bebem as descrições das bênçãos do novo mundo que os impressionam como um lindíssimo cântico; mas não tocarão essa bela música para outros, não cantarão o lindo cântico para outros ouvidos, não ficarão em pé para dar testemunho, nem abrirão os olhos ao serviço, nem enfrentarão o inimigo no campo. (Eze. 33:30-33) O seu único programa de expansão é egoístico, para engrandecerem-lhes a própria cabeça, para ensoberbecerem-se com conhecimento não acompanhado do entendimento, para amontoarem a verdade para si mesmos assim como o avaro soterra o ouro. Esta classe, prefigurada pelos 9.700 no tempo de Gideão, evidenciou-se mormente durante os anos logo após 1920, quando tantos foram enlaçados pelo processo egocêntrico do desenvolvimento de “caráter”, e quando muito poucos perceberam a necessidade do serviço de campo. Quando a necessidade de fazer o serviço de campo foi enfatizada repetidas vezes nas reuniões, essa verdade era dura demais para muitos aceitarem e os removeu da assembleia do povo de Jeová.—Pro. 4:5, 7, João 6:60-66, 1 Cor. 8:1.

37. Como mostram outros tanto propósito como vigilância nas reuniões que os tornam comparáveis aos fiéis 300 no drama?

37 Quão diferente a atitude dos trezentos antitípicos quando frequentam as reuniões! Eles precisam beber, e bebem, sim, mas para eles a mensagem não é um simples bom sermão dominical para comichar os ouvidos e ser esquecido, não é linda música para entrar num ouvido e sair pelo outro, não é um cântico agradável para acalentar doces quimeras acerca do novo mundo. Quando nas reuniões eles apreciam experiências instrutivas ou demonstrações práticas, a mente está alerta quanto ao uso dessa instrução no seu próprio serviço de campo. Quando a revista A Sentinela é estudada pela congregação e são esclarecidos bons pontos das Escrituras, não só apreciam a verdade eles próprios mas imaginam como podem usar esse conhecimento na sua própria obra de pregação. São “cumpridores da palavra, e não ouvidores tão somente”. (Tia. 1:22) Eles se enchem das águas da verdade que jorram nas reuniões, mas ao fazer isso mantêm abertos os olhos e os ouvidos às oportunidades de serviço nas quais podem deixar a verdade correr a outros. Ao aprenderem eles próprios, o desejo de falar a outros aumenta a pressão até que se aproxima ao ponto de arrebentar, daí acham alívio abrindo os lábios e permitindo que a mensagem borbulhe para fora a fim de que outros a apreciem, conforme fez Eliú.—Job 32:17-20.

38. Durante os anos logo após 1920 como se diminuíram as fileiras das testemunhas ungidas, contudo por que não constituiu motivo de desânimo o pequeno número deles?

38 Durante os anos logo após 1920 as provações que vieram pelas contínuas novas verdades e juízos do templo purificaram e limparam o restante ungido até que só permaneceram os poucos inabaláveis, os provados e experimentados, os destemidos e altruístas, os combatentes alertas “fortalecidos no Senhor e na força do seu poder”. (Isa. 6:5-7; Zac. 3:1-5; Efé. 6:10) Um bando pequeno de testemunhas em comparação com as hordas do inimigo a ser encaradas, todavia, não se precisa de números para a vitória quando Jeová tomar o lado dos poucos. (1 Sam. 14:6, Luc. 19:40, Rom. 8:31) Os desenvolvimentos provaram fiel esse princípio no dia de Gideão; eventos antitípicos o corroboram atualmente.

POR QUE SÃO LIBERTAS AS MENTES

39. Como ressentiu e resistiu a maioria os esforços para com uma purificação espiritual e ainda o faz, tanto no drama como hodiernamente?

39 Mas antes de se mergulhar na narração bíblica do real combate e comparar os cumprimentos antitípicos com os seus eventos, reflita um pouco sobre o drama até este ponto. Todo Israel se achava num estado impuro aos olhos de Deus, pela adoração de Baal. Estavam virtualmente escondidos por motivo das forças cruéis de ocupação. Clamaram ao Senhor na sua aflição. Ele lhes respondeu, enviando um profeta, e um anjo, e levantando um juiz por libertador. A maior parte resistiram a mensagem enviada por intermédio do profeta, e quiseram matar pela violência amotinada o juiz levantado pela visita do anjo. Preferiram o baalismo popular à verdadeira adoração. Semelhantemente hoje, são as religiões ortodoxas mas falsas da cristandade que são populares, e as verdades não adulteradas da Bíblia soadas pelas testemunhas de Jeová incitam os desordeiros a violência.

40. Como está equipado para a batalha o restante ungido, e que tolice evita?

40 Mas o fiel Gideão e os seus homens derrubaram a Baal, enviaram convites para congregarem-se, prepararam as suas forças para a batalha por tirar os medrosos e egoístas preguiçosos, e ficaram alertas para ação. Atualmente existe um grupo semelhante, um restante ungido. Foram preparados para a batalha tirando-lhes da mente a falsa cerimônia e doutrina religiosa, libertos mentalmente do baalismo moderno, tendo as mentes abertas para receber as verdades da Palavra de Deus e do Galeão Maior no templo. Estudam, em particular e na assembleia, livres de todo o medo e egoísmo. Não cessam de congregar-se nem voltam para o baalismo. A esposa de Lot olhou para trás à Sodoma, os israelitas no deserto olharam para trás aos prazeres egípcios, a porca lavada torna a revolver-se no lamaçal, o cão volta ao seu vômito, mas os cristãos libertos do baalismo moderno não voltam, e tendo posto a mão ao arado de serviço do Reino não olham para trás.—Gên. 19:26, Núm. 11:4-6, 18-20, 2 Ped. 2:20-22, Luc. 9:62.

41, 42. De que modo usam a verdade de Deus as testemunhas mentalmente libertas, conforme demonstrado pelos simbolismos bíblicos?

41 De mente liberta e cheios da verdade que torna livres os homens, estas testemunhas ungidas saíram e ainda saem para livrar outros. Arranjam escapes de prisão, não de celas literais, nem usando serras nem explosivos, mas pela verdade da Palavra de Deus, que é mais cortante que qualquer espada de dois gumes, e que pode livrar com cutilada as mentes atadas por cordas diabólicas. A espada do espírito apunhala e acutila, as águas da verdade inundam os esconderijos do erro, a verdade dura e cortante semelhante à saraiva varre o refúgio de mentiras, como praga perturba e aterroriza os carcereiros clericais que não podem encobrir o seu ministério fraudulento, a verdade ardente consome a palha religiosa, e como um martelo quebrando rochas pulveriza as pedras de tropeço doutrinais que fazem que muitos tropecem quando tratam de seguir a vereda da verdadeira adoração. É como dizem Isaías e Jeremias:

42 “A saraiva varrerá o refúgio de mentiras e as águas inundarão o esconderijo. . . . quando passar o flagelo trasbordante, sereis por ele pisados. Todas as vezes que passar, vos arrebatará, porque de manhã em manha passará, de dia e de noite: e será simplesmente um horror o entender a mensagem. Pois a cama é tão curta que nela ninguém se pode extender, e a coberta tão estreita que com ela ninguém se pode cobrir.” (Isa. 28:17-20) “O profeta que tem um sonho, conte um sonho, e o que tem a minha palavra, fale a minha palavra fielmente. Que tem a palha com o trigo? diz Jehovah. Acaso não é a minha palavra como fogo? diz Jehovah; e como um martelo que faz as pedras em pedaços?”—Jer. 23:28, 29, Isa. 62:10; Efé. 6:17; Heb. 4:12.

43. Além de derrubar o baalismo moderno, que mais se consegue com a verdade? e como devem os seguidores de Cristo declarar essas verdades?

43 A verdade quanto à origem pagã e qualidades semelhantes a Baal das doutrinas religiosas da cristandade liberta delas a mente do ouvinte, transtorna-as, derruba-as de qualquer posição cristã que uma vez gozavam na mente deste. Mas a verdade bíblica faz mais do que desarraigar, derrubar, demolir e destruir, conforme mostrado pela comissão de Jeremias: “Vê que te constituí hoje sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares e demolires, para destruíres e derrubares, para edificares e plantares.” (Jer.1:10) Assim como Gideão edificou a verdadeira adoração após destruir o baalismo, assim também hoje o restante ungido planta e edifica o ensino correto após varrer o lixo doutrinal dos paganismos supostamente cristianizados. No desempenho deste serviço os seguidores de Cristo devem evitar especulações tolas e contendas, e ser mansos e dóceis e persuasivos, a fim de que o noviço recubra a liberdade mental que lhe foi arrebatada por Satanás. “Rejeita as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas. E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, e tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do Diabo, em que à vontade dele estão presos”— 2 Tim. 2:23-26, Almeida.

44. Por que foram libertas mentalmente as testemunhas de Jeová? e como são equipados para cumprir esse propósito?

44 É em prol desse combate piedoso nos interesses da liberarão que as próprias testemunhas de Jeová têm sido libertas mentalmente. A verdade que as libertou precisa ser usada para livrar outros, conforme manifestado pela parábola das minas. (Luc. 19:11-27; Mat. 5:14-16) Pelejam como soldados de Cristo, sofrendo aflições, separados dos negócios do mundo que embaraçam. (2 Tim. 2:2-4) Equipados não com armas carnais senão com a verdade bíblica, podem derrubar os cárceres e fortalezas mentais, e todo argumento ou obstáculo levantado pelos carcereiros visíveis pode ser esmagado, e as mentes uma vez cativas a Satanás ficam ligadas em obediência a Cristo e Deus. “Embora vivendo uma vida terrestre, não milito uma guerra terrestre, pois as armas que uso não são terrestres, mas divinamente fortes para demolir fortalezas. Destruo argumentos e todo obstáculo que se levanta contra o conheci- mento de Deus, e levo ao cativeiro todo pensamento e o obrigo a obedecer a Cristo.”—2 Cor. 10:3-5, Uma Trad. Amer.

45. Que questões restam para serem resolvidas no próximo artigo?

45 Quando remontamos ao antigo drama profético que envolve a Gideão e o seu pequeno bando de trezentos, quando os seguimos à batalha contra o inimigo estendido no vale de Jezreel como gafanhotos em número, acharemos lá prefigurada a milícia cristã que não usa armas carnais? Assemelhar-se-á o resultado da batalha nos dias dos juízes aos resultados do combate cristão nestes últimos dias do mundo de Satanás? Para averiguar os fatos em resposta queira ter a bondade de ver o nosso próximo artigo.

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