BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w55 1/6 pp. 92-97
  • O poder da esperança

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • O poder da esperança
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1955
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • ANALISADO O PODER DA ESPERANÇA
  • A ESPERANÇA DE EVA, POR QUE ERA FALHA?
  • A ESPERANÇA VEM EM AJUDA
  • O PODER DA ESPERANÇA DE RESSURREIÇÃO
  • Esperança
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Esperança
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
  • Perseverança mediante esperança
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1955
  • Espere em Jeová e seja corajoso
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2006
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1955
w55 1/6 pp. 92-97

O poder da esperança

“Pois na esperança fomos salvos; porém a esperança que se vê, não é esperança; porque o que alguém vê, como o espera?” — Rom. 8:24

1. A quem se deve dar o crédito pela esperança, e de que modo é um poder tal esperança?

A ESPERANÇA nunca poderia existir no universo sem Jeová, a grande Fonte da vida eterna; “o Deus de esperança” (Rom. 15:13) Na hora mais escura da história da humanidade, quando Adão e Eva se rebelaram contra seu Criador, trazendo pecado e morte sobre seus descendentes, Jeová viu a necessidade duma esperança e a proveu na sua longanimidade. Essa esperança sublime, primeiro revelada há quase 6.000 anos atrás, está hoje cheia de poder dinâmico e protetor para os que amam e procuram a justiça. Seu poder, incentivado por um entendimento da Palavra escrita de Deus, impele o cristão à ação piedosa, sustenta-o tribulações e dirige-o a salvo através do caminho estreito que leva à vida interminável no novo mundo de Jeová.

2. Por que parece tão desesperadora a perspectiva do mundo?

2 Mas, por que parece tão desesperadora a perspectiva do mundo hoje em dia, se Jeová deu à humanidade uma esperança válida? É porque um iníquo, Satanás, o Diabo, cegou a grande massa da humanidade quanto à verdadeira esperança. Êsse astuto inventou esperanças falsas, impingindo-as aos povos de toda a terra. Astutamente, o Diabo enganou as nações por transformar-se em “anjo de luz”, de modo que agora “o mundo todo está sob o poder do maligno”. (2 Cor. 11:14; 1 João 5:19, Pe; 2 Cor. 4:4) Qual é o resultado? Um mundo cheio de pessoas com esperanças estéreis, vazias e vagas. Pergunte à pessoa comum qual é a sua esperança. A resposta, quase invariavelmente, revelará incerteza ou uma esperança vaga. Há pessoas que admitirão que sua esperança e adquirir dinheiro, mas estas não possuem a esperança que Jeová oferece, pois tais são criminosos aos olhos do Juiz supremo: “Se fiz do ouro a minha esperança, e disse ao ouro fino: Em ti confio; se me regosijei por ser grande a minha riqueza, e por ter a minha mão alcançado muito; isso também seria uma iniquidade que devia ser punida pelos juizes: Pois eu teria negado, a Deus que está lá em cima.” — Jó 31:24, 25, 28.

3. Explique por que não é seguro depositar nossa esperança em organizações de homens e por que faltam às nações “goso e paz”.

3 Os que depositam sua esperança nas promessas dos homens ou mesmo numa organização de nações, não podem dizer com certeza: “Na esperança fomos salvos.” Deveras, como poderiam ter uma esperança salvadora? Pois as promessas pomposas dos homens quanto a um mundo seguro de amanhã, têm fracassado miseravelmente. E, por desconsiderar a esperança que Jeová oferece, o povo fêz o objeto da sua esperança uma casa de aranha: se se encostar nela, ela não agüentará. Como poderia mesmo uma organização dos homens mais inteligentes ser a patrocinadora duma esperança salvadora, quando “na verdade todo o homem por mais firme que esteja, é totalmente vaidade”? (Sal. 39:5; Jó 8:14, 15) Assim, a melhor casa ou organização que o homem poderia edificar seria, como alicerce duma esperança salvadora, apenas uma casa de aranha. “E tu apagas seu desejo como se fôsse teia de aranha. Deveras, todos os homens são apenas fôlego.” (Sal. 39:11, TA) Embora os clérigos tenham proclamado o Presidente Eisenhower como “o arquiteto duma nova esperança”, conforme foi chamado na sua posse; embora os clérigos, junto com os políticos, tenham proclamado as Nações Unidas como a única esperança do homem, o fato nu permanece, que as nações não estão cheias de “todo o goso e paz”. E por quê? Porque não conhecem o “Deus de esperança”. Ouça as palavras de Cristo Jesus: “Pae justo, o mundo não te conheceu.” (João 17:25) Não tendo chegado a conhecer Jeová, a única Fonte de esperança genuína, as esperanças do mundo, baseadas em riquezas e nas promessas dos homens, murcham e desaparecem.

4, 5. (a) Quando os homens condenam a Deus pelo estado corruto do mundo, o que está errado? (b) De que maneira sujeitou Jeová a criação à vaidade “na esperança”?

4 A promessa de Jeová, de um novo mundo duradouro de justiça, nunca desaparecerá. (Deu. 7:9; Isa. 66:22) Essa é uma esperança que anima e liberta, apesar do fato de que até o momento “em Adão todos morrem”. (1 Cor. 15:22) De que modo é uma esperança que liberta? Porque um novo mundo significa “que tambem a própria creação será libertada do captiveiro da corrupção”. (Rom. 8:21) Os homens muitas vêzes condenam a Deus indiscriminadamente por todo o cativeiro à corrução do mundo atual. A dificuldade é que não examinam as Escrituras para obter a perspectiva correta. Foi só por causa da imerecida benignidade de Jeová que Adão e Eva, antes de se executar neles a sentença de morte, foram permitidos a ter filhos. De outro modo não estaríamos hoje aqui! Mas a criação humana, em resultado do pecado de Adão, nasceu em imperfeição e morte. (Rom. 5:12) Naturalmente, não o queríamos assim, mas a criação humana não teve escolha no assunto. Isso é explicado pelo apóstolo em Romanos 8:20: “Pois a creação ficou sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquelle que a sujeitou, na esperança.” Isso não significa que o Deus Todo-poderoso, na esperança de poder fazer alguma coisa por ela, sujeitou a criação humana à vaidade. Não! Deus nunca tem esperança! Êle sabe! “Conhecidas a Deus são todas as suas obras desde o princípio ao mundo.” (Atos 15:18, RJ) O conhecimento perfeito que Jeová tem das suas obras não admite esperança.

5 Mas, como então sujeitou Jeová tôda a humanidade à vaidade “na esperança”? Por dizer aquilo que êle disse no jardim do Éden, pouco antes de sentenciar Adão e Eva à morte. Como Juiz, Jeová Deus dirigiu-se ao infiel querubim que cobre, a criatura espiritual que se tornou conhecida como Satanás, o Diabo: “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente. Êle te ferirá na cabeça e tu o ferirás no calcanhar.” (Gên. 3:15, NM) Nisso se resumiu a suprema esperança de tôda a humanidade! A promessa do Deus Altíssimo de que o diabólica iniciador da iniqüidade, “aquele que tem os meios de causar a morte, isto é, o Diabo”, seria eliminado da existência por um libertador. (Heb. 2:14, NM) Aqui estava a promessa de um novo mundo, no qual a criação humana seria liberta da fútil escravidão à corrução para a gloriosa liberdade e vida! — Isa. 65:17.

6. Por que razões enviou Jeová seu amado Filho à terra?

6 Quando o Filho amado de Deus veio à terra, Aquêle escolhido por Jeová para ser o grande Libertador, tornou-se claro que a esperança de um novo mundo significava não só o ferir da serpente, mas também que a humanidade obediente poderia ser ‘salva na esperança’ para a vida eterna. Disse Jesus: “Eu vim para que elias tenham vida e a tenham em abundancia.” (João 10:10) Foi pelo perfeito novo mundo que Deus deu seu Filho unigênito e permitiu-lhe morrer na estaca de tortura. (João 3:16) Quando o ressuscitado Cristo Jesus apresentou a seu Pai no céu o mérito do seu sacrifício de resgate, sendo êste aceito por Jeová, colocou-se o alicerce do novo mundo. Atualmente, os que colocam a sua confiança sincera na esperança salvadora dos novos céus e nova terra de Jeová formam uma sociedade do Novo Mundo. Sua esperança, baseada na promessa de Deus, que não pode mentir, é uma fonte de poder sustentador e impelente nas suas vidas. Vejamos agora o motivo pelo qual essa esperança é um poder.

ANALISADO O PODER DA ESPERANÇA

7. Defina esperança. De que modo é ela mais poderosa que o mero desejo?

7 Esperança é definida pelo New International Dictionary, completo, de Webster, como sendo um “desejo acompanhado da expectativa de se alcançar, o que se deseja”. A esperança abrange, assim, dois elementos: (1) um desejo e (2) um sentimento de que o desejo se realizará ou será satisfeito. Portanto, a pessoa pode ter um intenso desejo, mas pode-lhe faltar a esperança. Pois o desejo acompanhado no fundo pelo reconhecimento de que há pouca ou nenhuma possibilidade de jamais ter satisfeito o desejo não é esperança. É verdade que o desejo pode atrair, mas a esperança faz muito mais: a esperança nos impele, a esperança impulsiona a pessoa, a esperança insta que se faça um esforço.

8. Por que precisa haver base para a esperança?

8 Para crermos nas coisas que esperamos, precisamos ter uma base firme e irremovível, uma base ou alicerce para confiança e segurança. Por quê? Pois aquilo que esperamos não vemos. “A esperança que se vê, não é esperança; porque o que alguém vê, como o espera?” (Rom 8:24) Aqui, a palavra ‘ver’ transmite a idéia de se ter satisfeita a esperança, pois então os olhos da pessoa verão a realização. Em Jó 7:7 (RJ) lemos: “Meus olhos não verão mais o bem”, e a referência marginal adiciona “ver, isto é, gozar”.

9, 10. (a) Conduz sempre ao êxito o poder da esperança? Explique. (b) Por que era certo de levar ao desapontamento a esperança do querubim cobridor?

9 Visto que a esperança é aquilo que não vemos, ela pode levar ao êxito ou ao fracasso, dependendo daquilo em que baseamos a esperança. Para mostrar que o poder motivante da esperança nem sempre leva ao êxito, tomaremos o exemplo do querubim cobridor que se transformou em Satanás, o Diabo. Esta poderosa criatura espiritual entregou-se a uma ambição que governava sua vida. Essa ambição tornou-se sua esperança, porque acreditava que havia uma possibilidade de ela ter êxito. Foi realmente o poder da esperança que moveu o querubim cobridor a executar seu plano ambicioso de ação. Êle rebelou-se contra a soberania universal de Jeová, tornou-se traidor e depois sutilmente induziu Eva a tornar-se também renegada.

10 Mas esta supermente satânica, que cometeu rebelião e que engendrou o afastamento da santa organização de Jeová, nunca realizará sua mais terna esperança, a de fazer-se semelhante ao Altíssimo. Pois havia algo de errado com a sua esperança. Primeiro: ela se compunha dum desejo criminoso; em segundo lugar: o sentimento de que o desejo se realizaria foi inspirado pelo orgulho cegante que corrompeu a sabedoria do querubim. (Eze. 28:17; 1 Tim. 3:6) Tal esperança inspirada pelo orgulho só pode levar ao desastre. (Pro. 16:18) Satanás já foi derrubado das alturas celestiais para a terra, junto com seus peões, os demônios. Muito em breve êsse regente invisível deste mundo recebera um xeque-mate no Armagedon, quando o Rei Cristo Jesus o lançar no abismo de inatividade semelhante à morte. (João 12:31; 14:30; Apo. 12:7-9, 12; 20:1-3) O caso do querubim cobridor ilustra como a esperança, sem uma base sólida, nunca pode levar ao êxito, e quão poderoso realmente é o desejo de algo, junto com o sentimento de alcançá-lo.

A ESPERANÇA DE EVA, POR QUE ERA FALHA?

11. Foi o poder da esperança que impeliu Eva a comer da árvore proibida? Como sabe isso?

11 Por meio da serpente, Satanás convidou Eva a comer da árvore poibida, tantalizando com êste desejo: “Positivamente não morrereis. Pois Deus sabe que no mesmo dia em que comerdes dêle, vossos olhos forçosamente serão abertos e forçosamente sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.” (Gên. 3:4, 5, NM) Acreditava Eva realmente nesta promessa de sabedoria semelhante à de Deus ao ponto de ter ela esperança? Sim, Eva teve todos os elementos que compõem a esperança: ela teve o desejo de sabedoria adicional e de todo o coração esperava que a alcançasse. De modo que seu desejo se tornara fértil; levara-a à esperança e seu poder impeliu Eva, não ao êxito, mas ao desastre. (Tia. 1:14, 15) Que Eva nutriu seu desejo para produzir o pecado, com a expectativa de obter sabedoria, é evidente das Escrituras: “Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.” (1 Tim. 2:14, Al). A própria Eva admitiu que acreditara implìcitamente na serpente: A serpente enganou-me e eu comi.” — Gên. 3:13.

12. Por que era falha a esperança de Eva?

12 Por que a esperança de Eva a levou à morte? Porque sua sólida; se ela pecasse, ela poderia esperar ganhar a coisa desejada. O pecado era a base da esperança. Eva não tinha base para crer que o pecado produziria aquilo que a serpente prometeu. Não havia evidência de espécie alguma para provar que a serpente era fidedigna e de confiança. Como poderia haver? A declaração da serpente contradisse diretamente o Criador de Eva, que havia declarado: “No dia em que dela comeres, positivamente morrerás.” (Gên. 2:17, NM) A serpente não provara inverídica a declaração de Jeová, nem estabelecera evidência de que sua própria declaração era a verdade. Portanto, Eva não teve base sólida para sua crença. Seu alicerce era a credulidade. E uma esperança baseada na credulidade, apenas tem a palavra ou opinião não provada de outrem quanto ao que trará o futuro. Qual era, então, a falha bem visível? O seguinte: A esperança de Eva não se baseava no que as Escrituras chamam de “fé”.

13. Qual e a relação entre a fé e a esperança?

13 “O que é fé? É aquilo que dá substância a nossas esperanças, aquilo que nos convence de coisas que não podemos ver.” (Heb. 11:1, Knox [em inglês) A palavra aqui traduzida “substância” significa o alicerce fundamental, aquilo que se torna o fundamento de outra coisa por cima dêle. De modo que a tradução de Weymouth (terceira edição, em inglês) define a fé como “a certeza bem fundamentada daquilo que esperamos”. Ora, o que é “certeza”? É convicção, uma crença firme? Ainda mais! Sob o cabeçalho “fé”, o New Standard Dictionary de Funk e Wagnall (terceira edição em inglês) nos diz: “Convicção é uma crença estabelecida por argumentação ou evidência; certeza é crença além do alcance da argumentação.” Certamente, pois, podemos entender o valioso significado da versão da Tradução do Novo Mundo [em inglês] : “A fé é expectação segura de coisas esperadas.” Eva nunca teve uma “certeza bem fundamentada” ou “expectação segura” daquilo que ela esperava. Por isso, sua esperança baseada no pecado terminou na morte. Mas, embora a esperança de Eva fosse falha, ainda tinha um poder impelente. Então, quanto mais poderosa deve ser a esperança baseada em fé!

A ESPERANÇA VEM EM AJUDA

14, 15. (a) De que é exemplo o capitulo onze de Hebreus? (b) Que esperança tiveram as testemunhas pré-cristãs de Jeová?

14 A esperança fundamentada em fé tem a promessa inatacável do Deus eterno de que as coisas que a pessoa espera se realizarão com absoluta certeza, se ela continuar fiel, até o fim. Tal esperança bem fundamentada foi a que tiveram as primitivas testemunhas de Jeová. Em Hebreus, capitulo onze, o apóstolo escreve da sua esperança. Mas, não é êste um capítulo que ilustra a fé? É verdade, mas também é um exemplo de esperança, esperança fundada em fé! Essas testemunhas pré-cristãs de Jeová esperavam um novo mundo. A Bíblia fala de Abraão: “Porque esperava aquela cidade de sólidos fundamentos, cujo arquiteto e fundador é Deus.” (Heb. 11:10, So) Isso não significa que Abraão, Isaac e Jacó tinham uma esperança celestial, mas, antes, que esperavam uma ressurreição à vida na terra, sob a regência dos novos céus. De modo que Paulo escreve sobre a esperança deles:

15 “Todos êstes morreram na fé, embora não alcançassem o cumprimento das promessas, mas viram-nas de longe, e as aclamaram, e declararam publicamente que eram estrangeiros e residentes temporários no país. . . . agora se esforçam em alcançar um lugar melhor, isto é, um que pertence ao céu.” (Heb. 11:13, 16, NM) Moisés era um dos que sabiam que sua esperança não era a de ir para o céu, mas de viver na terra durante a regência celestial de Cristo, o Rei. De posse de tal esperança, Moisés cultivou a mente para olhar ao futuro. A esperança podia agora sustenta-lo debaixo de tribulação. Deveras, Moisés preferiu “ser maltratado com o povo de Deus a gozar da alegria passageira do pecado: considerou opróbrio de Cristo como uma riqueza maior que os tesouros dos egípcios; porque tinha os olhos fitos na recompensa.” (Heb. 11:25, 26, Ne) Moisés tinha tôda razão para ’ter os olhos fitos’ numa terra cheia da glória de Jeová. Pois foi o próprio Deus Todo-poderoso quem, jurando sôbre a sua própria existência, prometeu a Moisés: “Tão certo como vivo, toda a terra se encherá da glória de Jeová.” (Núm. 14:21, NM) Moisés nunca esqueceu essa promessa. Assim como Sara, Moisés “teve por fiel aquelle que lho havia promettido”. — Heb. 11:11; Hab. 2:14.

16. Mostre de que modo a esperança era um poder na vida dêles.

16 Porque os da “tão grande nuvem de testemunhas” tiveram uma esperança confiante, eles declararam pùblicamente que não faziam parte do mundo. Isso lhes trouxe perseguição, às vezes tortura. Quebrou-se sua integridade sob a tortura? Não! A esperança veio em seu socorro; ajudou-lhes: “Outros homens foram torturados porque não queriam aceitar redenção por meio dum resgate, a fim de que pudessem alcançar uma melhor ressurreição.” (Heb. 12:1; 11:35, NM) Que poder sustentador se deriva da esperança corretamente fundamentada!

O PODER DA ESPERANÇA DE RESSURREIÇÃO

17. Por que ’não alcançaram o cumprimento das promessas“?

17 Torna-se claro que uma parte integrante da esperança daquelas primitivas testemunhas era a ressurreição. Voltaram as costas ao velho mundo e olharam para a frente à ressurreição para a vida na terra, sob o govêrno celestial, sem jamais se ter a necessidade de morrer outra vez. Embora fossem fiéis até o fim, êles ’não alcançaram o cumprimento das promessas’. Por quê? Porque “Deus proveu algo melhor para nós, a fim de que êles não fossem feitos perfeitos à parte de nós”. (Heb. 11:40, NM) Não podiam ser “feitos perfeitos”, diz o apóstolo, à parte da Congregação cristã, a noiva de Cristo, que é limitada a apenas 144.000 fiéis vencedores. (Apo. 7:4; 14:1, 3) Não pertencendo à congregação cristã que começou com Cristo Jesus, aquela “nuvem de testemunhas” não podia ter esperança na “primeira ressurreição”, aquela à vida e glória celestial. Os fiéis homens da antiguidade terão porém, uma ressurreição dos “justos” por serem ressuscitados mais cedo dentre os mortos, numa ressurreição na terra, e eles finalmente alcançarão a absoluta perfeição mediante o reino de Deus por Cristo Jesus. — Atos 24:15; Mat. 22:32, 33.

18. (a) Qual é a “viva esperança” e quem a possui hoje? (b) Quem mais possui uma esperança salvadora, e a quem a devem?

18 A esperança de vida eterna no céu para a fiel congregação cristã dos seguidores das pisadas de Jesus é chamada, pelo apóstolo Pedro, uma “viva esperança”. “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesús Cristo, que segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesús dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável, e que se não pode murchar.” (1 Ped. 1:3, 4, Al) Na terra há apenas um pequeno restante destes cristãos cuja esperança viva é reinar no céu, junto com Cristo, como reis e sacerdotes por mil anos. (Apo. 20:5, 6) Por ocasião da morte serão instantaneamente ressuscitados à vida no espírito, sendo “mudados, num momento, num abrir e fechar de olhos”. (1 Cor. 15:51, 52) Mas a esperança de salvação é também um poder nas vidas duma grande multidão” de pessoas de boa vontade: “Uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda a nação e de todas as tribus, povos e linguas, que estavam em pé deante do throno e deante do Cordeiro, cobertos de vestiduras brancas com palmas nas mãos; e clamavam com uma grande voz: Salvação a nosso Deus que está sentado sobre o throno, e ao Cordeiro.” (Apo. 7:9, 10) Estas são as “outras ovelhas” do Senhor que devem sua esperança de vida eterna numa terra paradisíaca a Jeová e também ao Cordeiro, Cristo Jesus, porque êle “tornou-se auctor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem”. — Heb. 5:9.

19-21 (a) Por que é vitalmente necessitado hoje o poder da esperança de ressurreição? (b) Como considera o mundo a integridade da sociedade do Novo Mundo?

19 De que modo é a esperança da ressurreição tal poder forte nas vidas do restante ungido e dos seus companheiros de boa vontade? Porque nenhuma quantidade de perseguição por parte da organização do Diabo pode qaebrantar sua integridade, nem mesmo a tortura ou morte; a esperança da ressurreição os sustenta. E assim como as primitivas testemunhas, desde Abel até João Batista, mantiveram sua integridade através de “escarneos, açoites e ainda grilhões e prisão”, assim também o fará a sociedade do Novo Mundo, se tal provação vier sôbre ela. (Heb. 11:36) Deveras, ela virá. Não predisse o Mestre, para êstes dias, que “sereis entregues á tribulação, e vos matarão; sereis odiados por todas as nações por causa do meu nome”? — Mat 24:9.

20 Durante a Segunda Guerra Mundial, milhares de testemunhas de Jeová encarceradas nos campos de concentração de Hitler recusaram aceitar seu livramento às custas da renúncia á sua fé. Fazer isso significaria a perda da sua esperança. Nem aceitarão os que têm a esperança do Novo Mundo “uma redenção por meio do resgate”, embora sejam encarcerados ou torturados por ditadores comunistas ou “democráticos”. E com o ataque do extremo norte, por parte de Gog de Magog, à frente, as testemunhas de Jeová necessitarão do poder sustentador da esperança de ressurreição. Quem achar a sua alma perde-la-á; e quem perder a sua alma por amor de mim acha-la-á.” (Mat. 10:39, Al, margem) Não entendendo e não experimentando o poder da esperança, o mundo fica muitas vêzes espantado com a inflexível integridade da sociedade do Novo Mundo. O seguinte é que certo homem escreveu acerca das testemunhas de Jeová e expressou seu espanto:

21 “Quando primeiro comecei a estudar as Testemunhas de Jeová, tive sorte de conseguir a boa ajuda de um dos conselheiros da União Americana das Liberdades Civis. Ao iniciar-me na investigação, êle me disse, em efeito: Provàvelmente nunca via alguém que realmente esteja disposto a morrer pelas suas convicções religiosas. Com nossos modos sofisticados de fazer as coisas, e com nossas mentalidades que nunca parecem tratar de absolutas certezas, nós, os modernos, pensamos que não há nada pelo qual valha a pena o homem sacrificar sua vida. Mas, ao encontrar-se com as Testemunhas, encontrará, provàvelmente pela primeira vez, pessoas que estão dispostas a ser perseguidas mesmo mortas, por causa da sua fé religiosa’ Naquele tempo eu não estava inteiramente convencido. Agora o estou.” E por que fica o mundo tão assombrado com a integridade das testemunhas de Jeová? Por que têm os mundanos esperanças vagas, “mentalidades que nunca parecem tratar de absolutas certezas”? É porque o mundo não chegou a conhecer a Jeová, “o Deus de esperança”.

22. (a) Descreva a expectativa do restante e das “outras ovelhas”. (b) Se a morte ocorrer antes do Armagedon, como é a esperança um poder para os sobreviventes?

22 Embora os do restante ungido esperem servir na terra por um período após o Armagedon, conforme agradar a Jeová, e embora as outras ovelhas esperem servir a Jeová, sem interrupção de vida, através do fim dêste sistema de coisas no Armagedon e no tempo infindável do novo mundo, contudo, devido causas naturais ou devido a manter a integridade, a morte pode ocorrer antes do Armagedon. Para o fiel restante, a morte significa a imediata realização da sua esperança celestial. Para as outras ovelhas, a morte significa um curto sono até saírem “para a ressurreição da vida”. (João 5:29) Em qualquer caso, o poder da esperança da ressurreição defaz a tristeza, a lamentação histérica, tão comum no mundo: “Irmãos, não desejamos que sejais ignorantes acerca dos que dormem na morte, para que não vos entristeçais como faz também o resto que não tem esperança.” (1 Tes. 4:13, NM) De modo que, seja pela vida ininterrupta através da guerra do Armagedon ou pela ressurreição da morte, após o Armagedon, a “grande multidão” de companheiros de boa vontade do restante espiritual confia firmemente na promessa de que eles alcançarão a perfeita imagem e semelhança de Deus como homens perfeitos.

23. É a esperança indispensável? Explique.

23 De modo que a esperança, corretamente fundada em fé pela obtenção dum conhecimento acurado da Palavra de Deus e por nos familiarizarmos com Ele e Suas obras, passadas e presentes, é de fato um poder! Enriquece nosso amor pelo Dador da vida, Jeová. Oferece-nos conforto em tempos de dificuldade. Transmite-nos paz para a mente neste tempo em que “homens desfalecem de mêdo e pela expectação das coisas que vêm sôbre a terra habitada”. (Luc. 21:26, NM) Ela insta conosco para mantermos a integridade. Trabalha a favor da nossa salvação final. “Pois na esperança fomos salvos.” A esperança é essencial. Não podemos passar sem ela. Se pudéssemos, Paulo teria reduzido as coisas indispensáveis para o cristão a duas coisas básicas: a fé e o amor. Mas não! Ele achou a esperança também indispensável: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três.” (1 Cor. 13:13, NTR) apóstolo não estendeu a fé ao ponto de incluir nela a substância da esperança. Ele sabia que a prova da perseverança ainda viria. E êle sabia que essa esperança era uma poderosa força que nos capaciraria a perseverar, fazendo que ‘não olhemos para as coisas que se vêem, mas sim para as que se não vêem’. — 2 Cor. 4:18

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar