BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w56 1/1 pp. 13-17
  • O guerreiro cristão

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • O guerreiro cristão
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1956
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • OS HOMENS DE BOA VONTADE NA GUERRA
  • Travando a guerra correta
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1957
  • A santidade da nossa guerra. . .
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1955
  • Lutadores pela verdade
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1957
  • ‘Reunamo-nos em fileira combatente’
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1983
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1956
w56 1/1 pp. 13-17

O guerreiro cristão

1. Por que é santa a guerra do cristão? Que pergunta surge sôbre o método de guerra?

AS guerras das fiéis testemunhas dos dias pré-cristãos eram santas, porque eram teocráticas e foram travadas em nome de Jeová dos exércitos e por direção e ordem dêle. A guerra dos verdadeiros cristãos hodiernos, que também são testemunhas de Jeová, não é menos santa, sagrada, pois ela, da mesma forma, é teocrática. Em muitos casos as valentes testemunhas de Jeová naqueles dias antigos lutaram com armas materiais, infligindo a morte física. Podem as testemunhas cristãs hodiernas lutar com tais armas mortíferas e materiais? Compete a Jeová responder e instruir as nossas consciências.

2. Por que estão confrontados os cristãos com a maior luta de tôda a história? Por que é êste o dia do iníquo?

2 Nos tempos antigos, as fiéis testemunhas de Jeová muitas vêzes lutaram contra concentrações pesadas do inimigo, mas, atualmente, as testemunhas cristãs de Jeová estão confrontadas com a maior luta da história. As antigas testemunhas que pelejavam por Jeová enfrentavam inimigos humanos e se equipavam com armas feitas pelo homem. As hodiernas testemunhas cristãs de Jeová encaram um inimigo sôbre-humano e travam com êle uma luta renhida. Êle é adversário invisível, mas, ainda assim, a guerra com êle é muito real. É, portanto, um conflito que requer vigilância constante e firme atenção, uma guerra perpétua, um conflito vitalício, do qual não se nos dá licença, no qual não há trégua, nem armistício. Nêle há contínua necessidade da exortação divina, a fim de se conservar em condição de luta sempre corajoso. O conflito atinge sua intensidade no dia que se chama de “dia iníquo”. Não há mais dúvida sôbre isso: êste é o “dia iníquo”, pois Satanás, o Diabo, e seus demônios invisíveis foram lançados fora do céu para a terra e o “dominador dos demônios” tem grande ira, porque sabe que lhe resta um certo período de tempo até a maior guerra de todos os tempos, a guerra universal do Armagedon. — Apo. 12:7-13, 17; 16:14-16; Mat. 12:24, NM.

3. Por que, então, precisam os cristãos de equipamento bélico diferente? De quem provém?

3 É por isso que esta guerra é diferente da dos exércitos do mundo. Trava-se com um adversário diferente. Os exércitos do mundo lutam pelo deus dêste sistema de coisas do qual formam parte; as testemunhas cristãs de Jeová lutam contra o “deus dêste sistema de coisas”. (2 Cor. 4:4, NM) É por isso que precisam de armas diferentes, um equipamento bélico que nenhum dos fabricantes de armamentos dêste sistema de coisas pode produzir. Conhecem seu inimigo, e conhecem o único equipamento bélico com o qual podem lutar contra êle e vencer. É um equipamento bélico que provém do maior Lutador de todos, Jeová Deus. Em palavras que indicam êste equipamento necessitado e que expõe o inimigo, a Palavra de Jeová diz: “Finalmente, prossegui adquirindo poder no Senhor e na fortaleza da sua fôrça. Revesti-vos da completa armadura de Deus para poderdes ficar firmes contra as maquinações do Diabo; porque temos uma luta, não contra sangue e carne, mas contra os governos [não os de sangue e carne], contra as autoridades, contra os dominadores do mundo destas trevas, contra as forças espirituais iníquas nos lugares celestiais. Por êste motivo, tomai a completa armadura de Deus, para que possais resistir no dia iníquo e, havendo feito cabalmente tôdas as coisas, permanecer firmes.” — Efé. 6:10-13, NM.

4. A despeito do tipo de armas do Israel antigo, que fato altera a modalidade de guerra cristã?

4 Ser nosso inimigo espiritual e sobre-humano altera por completo a natureza da nossa guerra e a natureza das nossas armas bélicas. É verdade que as testemunhas da antiguidade lutaram, em muitos casos, com as várias armas da guerra antiga, e aquelas testemunhas forneceram uma representação ou tipo profético das hodiernas testemunhas cristãs de Jeová na sua guerra teocrática contra Satanás, o Diabo, e contra suas hostes sobre-humanas, os demônios que são mais altos e mais poderosos que sangue e carne.

5. Qual era a condição dos sacerdotes e dos levitas? A quem representavam todos os israelitas naturais juntos?

5 Outra coisa: Os sacerdotes da família de Aarão bem como todos os demais homens da tribo de Levi estavam isentos dos deveres seculares dos outros homens israelitas. A ordem do grande Teocrata a Moisés neste sentido era bem definida: “Somente não contarás a tribo de Levi, nem tirarás a soma deles entre os filhos de Israel; mas incumbe tu os Levitas de cuidarem do tabernáculo do testemunho, e de todos os seus móveis, e de tudo o que lhe pertence. Eles levarão o tabernáculo e todos os seus móveis e serão os seus ministros, e acampar-se-ão ao redor do tabernáculo.” O registro da inscrição dos demais israelitas para as atividades teocráticas contra os inimigos de Israel reza: “Estes são os que foram contados dos filhos de Israel segundo as casas de seus pais; todos os que foram contados dos arraiais segundo as suas turmas, eram seiscentos e três mil e quinhentos e cinquenta. Os Levitas, porém, não foram contados entre os filhos de Israel; assim como Jehovah ordenou a Moysés.” (Núm. 1:1-50; 2:32, 33) Dêste modo, aquêles que prestavam serviço sagrado no tabernáculo ou no templo, a saber, os homens da tribo de Levi, inclusive os sacerdotes, estavam insentos desta inscrição geral e das suas obrigações. Todos aquêles israelitas naturais, os homens inscritos, e os levitas, e todos os demais das tribos dessa nação, representavam o Israel espiritual, a única verdadeira congregação cristã da qual Jesus Cristo é a Cabeça. Neste quadro, porém, há atualmente a seguinte diferença:

6, 7. (a) Mas, neste quadro, qual é a maior diferença, conforme declarado pelo apóstolo Pedro? (b) Consequentemente, do que foram todos êles isentados e por quem?

6 No Israel espiritual não existe tal divisão de membros inscritos em seculares, sacerdotes, levitas e outros não inscritos. No Israel espiritual, a única verdadeira igreja, edificada sôbre Jesus Cristo, a Rocha, todos são sacerdotes, todos consagrados por Deus para seu serviço sagrado. (Mat. 16:18) O próprio apóstolo Pedro colocou êste fato além de disputa, ao dirigir-se aos cristãos santificados pelo espírito de Deus e dizer: “Chegando-vos para êle, pedra viva, rejeitada, na verdade, pelos homens, mas perante Deus eleita e preciosa, vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo. . . . vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, que outrora nem éreis povo, mas agora sois povo de Deus; vós que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora a tendes alcançado.” — 1 Ped. 1:1, 2; 2:4-10, NTR.

7 Os 144.000 membros da verdadeira igreja ou congregação cristã compõem um sacerdócio, cada um sendo um sacerdote espiritual e Jesus Cristo é seu Sumo Sacerdote. No seu santo serviço a Deus e na sua atitude para com êste mundo, tais subsacerdotes cristãos o imitam. (Heb. 3:1; 1 Cor. 11:1) Êles formam uma casa espiritual para a habitação de Deus pelo seu espírito, e Jesus é a principal pedra angular dêste templo espiritual e não é lícito que sejam profanados e dessacrados pelo uso errado por parte dêste mundo. (Efé. 2:19-22; 1 Cor. 3:16, 17; Mat. 26:51-56) É por êste motivo possante que Jeová Deus isentou TODOS êles, a igreja ou congregação inteira, de participar com armas carnais na batalha vindoura do Armagedon. Portanto, não formando parte dêste mundo que será destruído no Armagedon, êstes subsacerdotes de Jesus Cristo têm de manter estrita neutralidade para com os hodiernos conflitos das nações e têm de se aplicar aos seus deveres sacerdotais para com o povo de tôdas as nações com equidade, sem parcialidade, nem discriminação.

8. Quem se opõe a se meterem nos assuntos mundanos imundos? Por que é importante a sua objeção?

8 A congregação cristã debaixo do seu Sumo Sacerdote, Jesus, constituindo tôda uma “nação santa”, “o sacerdócio real”, é o próprio Jeová Deus que se opõe a meterem-se de forma adúltera nos assuntos dêste mundo e tomarem parte ativa nêles. Êle lhes ordena: “Retirai-vos, retirai-vos, saí daí, não toqueis coisa imunda; saí do meio dela; purificai-vos, os que levais os vasos de Jehovah.” (Isa. 52:11) Assim, Jeová declara a sua objeção, para a orientação da consciência cristã, e a Sua objeção é determinativa.

9. Por que são avaliadas erradamente as testemunhas cristãs de Jeovã pelas autoridades dêste mundo? Que admoestação dá o apóstolo Paulo neste sentido?

9 As testemunhas cristãs de Jeová não andam vestidas da roupa dos clérigos da cristandade, mas vestem-se de modo simples, da roupa usual do homem ou mulher comum. Nós até trabalhamos parte do tempo no serviço secular, e fazíamos isto antes de os “padres-operários” da França serem autorizados a fazer algum trabalho honesto nas oficinas para tentar parar o avanço do comunismo. A maior parte das testemunhas cristãs de Jeová trabalha em ocupações honestas de tempo parcial, assim como o fêz o apóstolo Paulo, a fim de sermos apostólicos, provendo as nossas necessidades naturais de forma decente e honrosa e não sobrecarregando financeiramente as congregações com as quais estamos associados. Porque não nos distinguimos dos demais do povo por usar títulos altissonantes ou roupa religiosa desusada, nem por viver uma vida folgada como clérigo, talvez as autoridades dêste mundo não nos considerem sacerdotes consagrados de Deus, mas nos considerem de acordo com aquilo que parecemos ser na carne. Por não terem o ponto de vista bíblico, talvez façam conforme disse o apóstolo Paulo, “nos julgam como se andássemos segundo a carne”. Mas, em admoestação contra tal avaliação errada de nós, o apóstolo inspirado acrescenta: “Porque, embora andemos na carne, não guerreamos segundo o que somos na carne. Pois as armas da nossa guerra não são carnais, mas poderosas em Deus para a demolição das coisas fortemente entrincheiradas. Pois derrubamos raciocínios e tôda coisa elevada que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento para fazê-lo obediente ao Cristo, e nos mantemos de prontidão para infligirmos punição por tôda desobediência [mas não com armas carnais mortíferas], assim que fôr cumprida a vossa própria obediência. Olhais para as coisas segundo seu valor nominal.” (2 Cor. 10:2-7, NM) Por conseguinte, temos de desiludir a mente dos que nos julgam pelas aparências e dêste modo não nos aliviam como ministros de Jeová Deus, sacerdotes consagrados do Deus Altíssimo, membros duma “nação santa”, não dêste mundo.

10. Para que guerra são santificados tais sacerdotes cristãos? Quem os alistou? Como precisam mostrar que são a espécie correta de soldados?

10 Sob inspiração, o apóstolo diz a nós, como seguidores de Cristo, que não lutamos contra carne e sangue e que as nossas armas não são carnais. Somos sacerdotes consagrados, não sujeitos à militarização para tomar parte violenta na batalha do Armagedon. Mas, desempenhando nossos deveres sacerdotais, no próprio meio dessa “guerra do grande dia do Deus Todo-Poderoso”, seremos observadores inofensivos, espectadores jubilosos de como Jeová Deus e as suas hostes angélicas debaixo de Jesus Cristo travarão a batalha vitoriosa contra a organização do Diabo, visível e invisível. A essência dêsse argumento é que estamos empenhados numa luta espiritual. É uma guerra espiritual para a qual somos santificados. Estamos alistados num exército espiritual em guerra teocrática, e o nosso Comandante é o Filho de Deus, Jesus Cristo, e é a êle que temos de agradar por obediência e imitação. O mesmo apóstolo Paulo, escrevendo ao jovem Timóteo, esclareceu êste ponto por dizer-lhe: “Toma tua parte em sofrer o mal como a espécie correta de soldado de Cristo Jesus. Ninguém que serve como soldado se envolve nos negócios comerciais da vida, a fim de granjear a aprovação daquele que o alistou como soldado.” (2 Tim. 2:3, 4, NM) É a aprovação de Cristo Jesus que estamos obrigados a granjear, pois êle nos alistou no exército teocrático, somos ‘soldados de Cristo Jesus’ e temos de mostrar que somos da espécie correta por sofrer o mal por amor dêle.

11. Por que não podem os seguidores de Cristo ser escravos de dois senhores? Como viola a consciência cristã o esfôrço de tornar religiosos os conflitos do mundo?

11 Jesus Cristo, nosso Comandante, disse: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar ao outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro.” (Mat. 6:24, NTR) Como soldados de Jesus Cristo, estamos empenhados numa guerra sagrada “contra as forças espirituais iníquas nos lugares celestiais” e precisamos continuar a pregar as boas novas do reino de Deus de modo que a luz das boas novas derrote as fôrças das trevas. Os esforços dos dominadores da cristandade, para tornar religiosas as suas guerras, chamando-as de “cruzadas” e de outros nomes atraentes semelhantes, não alteram o caso quanto ao sacerdócio de Jeová. Por assim tentar tornar religiosos os seus combates, os dominadores estão instituindo um estabelecimento de religião. Êles estão dando ordens de modo religioso aos que devem ter a liberdade de consciência para escolher sua própria religião ou a liberdade de escolher seguir a Palavra de Jeová e guiar a sua consciência pela Palavra dêle. Com respeito ao estabelecimento de uma religião e à proibição da prática de outra, o apóstolo Pedro e seus co-apóstolos disseram ao Supremo Tribunal judaico: “Precisamos obedecer a Deus como dominador antes que aos homens.” — Atos 5:29, NM.

OS HOMENS DE BOA VONTADE NA GUERRA

12. Além dos israelitas naturais, quem mais se empenhava nas guerras do Israel antigo? Quem eram alguns dêsses no exército de Davi?

12 Empenhados nas guerras de Israel da antiguidade, havia não só os israelitas naturais daquela nação teocrática, mas também valentes estrangeiros de boa vontade. Alistados nos exércitos do Rei Davi havia tais estrangeiros como Urias, o heteu, que recusou dormir em casa quando a arca de Deus e seu exército teocrático acampavam no campo, porque queria permanecer constantemente santificado para a peleja e estar pronto para o dever a qualquer momento, sem ser desqualificado. Havia, também, Zelec, o amonita; Itma, o moabita; Itai, o giteu, um filisteu de Gat, junto com seiscentos outros giteus; e também os guarda-costas especiais do Rei Davi, conhecidos como quereteus e peleteus, os quais, segundo se entende, eram estrangeiros. —2 Sam. 11:6-17; 23:37-39; 1 Crô. 11:26, 46; 2 Sam. 15:18, 19; 8:18; 20:7, 23; 1 Reis 1:38, 44; 1 Crô. 18:17.

13. A quem representam tais guerreiros estrangeiros de Davi? Por que é a guerra dêles agora somente espiritual?

13 A quem representam êstes guerreiros estrangeiros que acompanhavam Davi nas suas batalhas por Jeová? Representam os homens de boa vontade de tôdas as nações hoje, os companheiros leais do restante do “sacerdócio real” debaixo de Cristo Jesus, o Sumo Sacerdote. Mas, ainda que não sejam sacerdotes espirituais, não são autorizados por Jeová Deus a participar nos assuntos imundos dêste mundo, assim como os do restante do Israel espiritual não o são. Vieram a estar debaixo do mesmo Comandante que o restante dos sacerdotes espirituais; a guerra que travam só pode ser a guerra espiritual, guerra teocrática, de modo que não podem empunhar, nem empunharão arma carnal alguma na batalha do Armagedon, nem cometerão violência nessa guerra. Embora sejam estas as “outras ovelhas” do Pastor Correto de Deus, ainda assim foram congregadas ao único aprisco do Pastor, em companhia com as ovelhas espirituais do “pequeno rebanho” e têm de seguir ao único Pastor junto com estas. (João 10:14-16; Luc. 12:32) A guerra de ambos os grupos no único aprisco é uma só guerra, a guerra espiritual, a guerra teocrática, a guerra santa. Para esta guerra ambos foram santificados, pois ambos ouviram a voz do Pastor Correto, Cristo Jesus, que é o Davi Maior, e daí ambos se dedicaram a Jeová Deus para seguir fielmente as pisadas do Pastor. Não podem seguir outro comandante, ouvindo outras vozes que possam chamar.

14. Onde servem a Deus, de modo sagrado, estas “outras ovelhas”? Em que palavras descreve Isaías a sua vinda para lá e a instrução que recebem?

14 Estas “outras ovelhas” de tôdas as nações já formam uma “grande multidão” em companhia com o restante espiritual, mas continuam a entrar no aprisco e continuarão a fazer isso até a irrupção do conflito universal do Armagedon. A profecia que prediz a sua vinda as descreve como estando em pé diante do trono de Deus e prestando-lhe serviço sagrado de dia e de noite no seu templo. (Apo. 7:9-15) Como poderiam estas “outras ovelhas” fazer isto e ao mesmo tempo ficar envolvidas em tôdas as “obras da carne” dos homens não santificados? Não poderiam fazer isso e ao mesmo tempo herdar as bênçãos terrestres debaixo do reino de Deus no novo mundo. As profecias de Isaías e de Miquéias as descrevem como subindo à casa de Jeová e nos dizem o que êle lhes ensina e o que exige delas nestes últimos dias dêste velho mundo. Lemos: “Sucederá nos dias vindouros que o monte da casa de Jehovah será estabelecido no cume dos montes, e será exaltado sobre os outeiros; e concorrerão a ele todas as nações. Irão muitos povos e dirão: Vinde e subamos ao monte de Jehovah, à casa do Deus de Jacob; dê-nos ele a lição dos seus caminhos, e andaremos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra de Jehovah. Ele julgará entre as nações, e servirá de árbitro a muitos povos; das suas espadas forjarão relhas de arado, e das suas lanças podadeiras: uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.” (Isa. 2:2-4) A profecia de Miquéias (4:1-3) dá ênfase dupla àquela profecia de Isaías.

15. Quando é que o mundo vê cumpridas aquelas profecias? Por que não podem ser elementos perturbantes no lugar em que chegaram as ovelhas?

15 Visto que ambas as profecias se aplicam agora mesmo na vinda das “outras ovelhas”, dos homens de boa vontade de todas as nações, ao templo de Jeová, é agora que as nações mundanas se maravilham porque não vêem estas “ovelhas” no templo de Deus pegar nas armas que Isaías e Miquéias mencionam, nem aprender mais as artes da guerra moderna não teocrática. Comportam-se como “ovelhas” inofensivas do Pastor celestial. (João 10:16; Apo. 7:15-17) Elas aprenderam acêrca do julgamento e da decisão de Jeová e chegaram a saber que sua lei e palavra, vindas de Sião celestial, as proíbem de praticar as “obras da carne” como antes, mas agora precisam voltar-se às artes da paz que praticarão no novo mundo logo adiante. Estas “outras ovelhas” são as coisas desejadas, as coisas preciosas a Deus de tôdas as nações e vieram à sua casa, ou templo, enchendo-a de glória. Ali têm de reconhecer a vontade de Deus e obedecer-lhe, a qual a profecia de Ageu 2:9 nos diz que é: “E neste lugar darei a paz, diz Jehovah dos exércitos.” Por conseguinte, elas têm de guardar a paz e não ser elementos perturbantes no meio do sacerdócio espiritual, a classe espiritual do templo. Êste sacerdócio espiritual não pode sancionar que se empenhem em combates violentos entre si próprios no templo de Jeová Deus, nem que se empenhem em combates violentos com os de fora, na batalha do Armagedon. — Ageu 2:7-9; Tia. 4:14.

16. De que espécie, portanto, precisa ser a nossa guerra unida? Para nos empenharmos nesta, a que ordem precisamos obedecer?

16 A nossa guerra unida tem de ser, portanto, uma guerra espiritual. E, para esta, ambos os nossos rebanhos temos de nos revestir da mesma armadura dada por Deus, em obediência à ordem: “Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçados os pés com o equipamento das boas novas de paz. Tomai, sobretudo, o grande escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os projéteis ardentes do maligno. Aceitai também o capacete da salvação, e a espada do espírito, isto é, a palavra de Deus, enquanto com toda forma de oração e súplica continuais a orar em tôda ocasião no espírito. E, para isso, mantende-vos despertos, com tôda a constância e com súplicas a favor dos santos, e por mim, para que me seja dada a habilidade de falar, junto com o abrir de minha bôca, para com tôda a franqueza no falar fazer conhecido o segrêdo sagrado das boas novas, pelo qual atuo como embaixador em cadeias, para que, no tocante a êle, eu fale destemidamente como devo falar.” — Efé. 6:14-20, NM.

17. Como podemos ser pacíficos e, ainda assim, nos empenharmos nesta guerra? Por que não devemos usar espada inferior?

17 Com esta armadura podeis ser agora residentes pacíficos da terra, não fazendo mal a sangue e carne alguma, e, ao mesmo tempo, podeis empenhar-vos numa peleja espiritual teocrática contra as forças espirituais iníquas nos lugares celestiais, os quais usam seus incautos humanos terrestres para tentar parar a franqueza no falar na pregação das boas novas destemidamente. A “espada do espírito”, ou espada espiritual, é a Palavra de Deus. Com ela não se pode fazer violência física a ninguém, mas, ao invés, imensurável bem espiritual. Um general da guerra coreana disse recentemente: “A pena é mais poderosa que a espada”, referindo-se à espada literal. Por sua vez, a Palavra de Deus é mais poderosa que a pena dos homens do mundo, e, por isso, é mais poderosa que a espada literal. O apóstolo Paulo também disse que a viva Palavra de Deus “é . . . eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes”. (Heb. 4:12, NTR) Por que, então, devíamos nós, que somos santificados para a guerra teocrática sagrada, levantar ainda, uns contra os outros, uma arma menos poderosa e inferior? Por que não devíamos usar a espada mais poderosa, a arma superior, a espada espiritual, a Palavra de Deus, contra o nosso inimigo comum, as “forças espirituais iníquas nos lugares celestiais”? O nosso poder na guerra consiste nas armas de Deus, e apenas estas podemos usar.

18. Qual é o acréscimo necessário à nossa guerra defensiva? De que maneira foi isto ilustrado eficazmente no caso do Rei Asa de Judá?

18 Não despercebamos, também, que a oração é parte essencial da nossa guerra, um acréscimo necessário à nossa armadura defensiva. A oração no meio da batalha teocrática mais renhida é muito vital. Há muito tempo atrás trouxe vitória ao Rei Asa de Judá. Compreendendo que seu exército de quinhentos e oitenta mil guerreiros santificados não era antagonista físico à altura do exército de um milhão de etíopes, com trezentos carros debaixo de Zerá, o etíope, Asa orou fervorosamente: “Além de ti não há quem ajude o fraco contra o poderoso; ajuda-nos, Jehovah nosso Deus, porque em ti confiamos e em teu nome viemos contra esta multidão. Jehovah, tu és nosso Deus; não prevaleça o homem contra ti.” Em resposta a essa súplica, o homem não prevaleceu, nem mesmo um milhão de homens. Conforme está escrito: “Feriu Jehovah os ethiopes diante de Asa e diante de Judah; e os ethiopes fugiram. . . e os ethiopes caíram sem poder salvar a vida, porque foram destroçados diante de Jehovah e diante do seu exército.” (2 Crô. 14:9-14) Êste registro foi escrito de antemão para nosso ensino; e quão grandiosa ilustração é de como a oração ajuda a obter a vitória! Ofereçamo-la agora, sempre.

19. (a) Por que não nos é permitido deixarmos a armadura espiritual e tomarmos armas carnais no Armagedon? (b) Como tem Cristo Jesus nos santificado para a guerra correta, e por que nos alistamos àvidamente nela?

19 Aqui, então, estamos no dia iníquo, revestidos da armadura teocrática, santificados para a guerra sagrada na causa de Jeová. Enfrentamos a guerra universal do Armagedon. Aquela será a luta mais violenta e desastrosa de tôda a experiência humana. Mas, não será necessário que tomemos parte na violência daquele tempo. Dos antigos quadros proféticos do Armagedon nos vêm as palavras de Jeová: “Não é vossa a peleja, mas sim de Deus.” “Estai quietos e vêde o livramento que Jehovah vos há de dar hoje;. . . Jehovah pelejará por vós.” (2 Crô. 20:15; Êxo. 14:13, 14) Estas palavras são uma proibição contra deixarmos nossa armadura espiritual naquela ocasião e tomarmos armas carnais e confiarmos no uso destas pró ou contra qualquer pessoa na terra na batalha do Armagedon. Precisamos guardar a nossa santificação para a nossa guerra sagrada até ao ataque total sôbre a nossa sociedade do Novo Mundo por Gog, príncipe soberano de Magog, e à irrupção do Armagedon pelo contra golpe de Jeová contra êle em nossa defesa. (Eze. 38:1 a 39:22) O nosso Sumo Sacerdote, Cristo Jesus, ofereceu seu sacrifício humano por nós, por meio do qual alcançamos uma condição santificada diante de Deus para o nosso conflito espiritual. Temos consultado a vontade de Deus por meio dêle e temos aprendido que temos de ‘pelejar pela vitória na peleja correta da fé’. (1 Tim. 6:12, NM) Sabemos que cada um de nós tem de provar ser a “espécie correta de soldado de Cristo Jesus”. Êle, como nosso Sumo Sacerdote, está conosco no acampamento para nos aconselhar e nos animar a não temermos o inimigo, mas a prosseguirmos fazendo a vontade de Deus como soldados teocráticos. A nossa guerra para a glória e vindicação de Jeová é uma guerra santa, uma obrigação sagrada, um dever santificado, e a nossa consciência cristã não acha objeção a nos empenharmos nesta guerra teocrática revestidos de armadura santa, mas àvidamente nos alistamos neste serviço como voluntários leais. — Sal. 110:3.

20. (a) Como devemos conservar o acampamento teocrático? (b) Como então, nos podemos comportar no meio da guerra do grande dia do Deus Todo-Poderoso, e com que grandioso resultado?

20 Temos de conservar limpo o nosso acampamento por vivermos do modo santo, não cometendo fornicação com êste mundo inimigo, para que Jeová não veja nada indecente entre nós e deixe de nos acompanhar. Revestidos da armadura espiritual de Deus, temos de pelejar continuamente agora contra as “fôrças espirituais iníquas nos lugares celestiais”, brandindo corajosamente a “espada do espírito, isto é, a palavra de Deus”, por pregarmos em tôda a terra habitada as boas novas do reino estabelecido de Deus. Daí, ao aproximar-se a batalha decisiva, sim, mesmo ao entrarmos na “guerra do grande dia do Deus Todo-Poderoso”, nós, como “nação santa” e “sacerdócio real”, junto com nossos guerreiros companheiros de boa vontade, de tôdas as nações, seremos dignos de cantar os louvores de Jeová e tocar as trombetas para um avanço corajoso contra o adversário, com plena confiança de que Jeová nos dará a vitória. E, ao prosseguirmos pelejando em apoio da pregação das boas novas, oraremos fervorosamente na fé uns pelos outros e pelo bom êxito da causa divina. Então a nossa guerra teocrática não será em vão. Não, mas será galardoada com a própria vitória de Deus, mediante Cristo Jesus, e com a vida eterna no justo novo mundo para nós como participadores da Sua vitória! (1 Cor. 15:57, 58) “Não é vossa a peleja, mas sim de Deus.” — 2 Crô. 20:15.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar