BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w57 1/11 pp. 274-282
  • Partilhando as coisas com outros

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Partilhando as coisas com outros
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1957
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • PARTILHANDO “SEGUNDO A SUA NECESSIDADE”
  • PARTILHANDO “SEM MURMURAÇÃO”
  • FAZENDO O ESFORÇO
  • TODAS AS COISAS PELA CAUSA DAS BOAS NOVAS
  • O proceder de hospitalidade
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1957
  • Hospitalidade
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Segue “o proceder da hospitalidade”?
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1986
  • Demonstremos hospitalidade aos outros
    Nosso Ministério do Reino — 1983
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1957
w57 1/11 pp. 274-282

Partilhando as coisas com outros

1. Explique a diferença entre a hospitalidade do mundo e a cristã.

HOSPITALIDADE cristã expressa amor; a hospitalidade do mundo expressa orgulho. Há uma vasta diferença entre as duas. Uma origina-se do amor e da bondade, a outra, do orgulho e do egoísmo. Os do mundo praticam a hospitalidade ‘diante dos homens, a fim de serem observados por êles’. Esperam muitas vêzes que os beneficiados façam uma retribuição. ‘Convidar-te-ei a jantar comigo, se me convidares a jantar contigo’ é a essência da hospitalidade insincera do mundo. Mas, quão diferentes são os cristãos! Partilham as coisas com outros, não por causa de orgulho ou por desejar uma retribuição, mas de profundo amor a Deus e ao homem. Assim, enquanto o homem do mundo dá a outro em razão daquilo que êste tem, o cristão dá a um homem em razão daquilo que êle é — seu vizinho, seu irmão. Em breve virá o tempo em que todo humano vivente seguirá o proceder cristão da hospitalidade e assim será semelhante ao seu Pai no céu. — Mat. 6:1, NM.

2, 3. (a) Que sentimento se manifesta quando se recebe a verdade? (b) Até que pleno alcance tem as ovelhas, em contraste com os cabritos, respondido à mensagem dos irmãos do Rei?

2 A pessoa de coração reto, ao receber as abundantes provisões espirituais de Jeová, sente o impulso de ser hospitaleiro e de partilhar suas coisas materiais com outros — tudo com o fim derradeiro de partilhar as boas novas com outros. Não foram as ovelhas, na parábola de Jesus, as que partilharam as coisas com o Rei? O Rei disse às ovelhas: “Fiquei com fome, e vós me destes algo para comer, fiquei com sede, e vós me destes algo para beber. Eu era estranho, e vós me recebestes hospitaleiramente; nu, e vós me vestistes. Fiquei doente, e vós cuidastes de mim. Estive em prisão, e vós viestes visitar-me.” Como podiam as ovelhas fazer tudo isso a favor dum Rei celestial? “Em verdade vos digo”, disse Jesus, “ao ponto que o fizestes a um dos mínimos destes meus irmãos, a mim o fizestes”. — Mat. 25:35, 36, 40, NM.

3 Quão veraz é isso no cumprimento da parábola durante este tempo do fim! Os irmãos do Rei, o restante ungido, suportaram perseguições e dificuldades para pregar as boas novas. Quem veio em ajuda destes? Os cabritos? Nunca! Recusaram partilhar qualquer coisa, até mesmo simpatia ou tempo, com os irmãos do Rei. Não dariam ajuda e auxílio aos irmãos espirituais do Rei, assim como não os dariam ao próprio Rei, se estivesse na terra. Mas as ovelhas, gratas pelas riquezas espirituais que se lhes trouxeram, respondem não somente com ajuda hospitaleira prestada ao restante dos seguidores de Cristo, mas fazem até mais: devotam seu coração ao Irmão deles, o Rei. E assim, por causa da ajuda e do auxílio prestado aos irmãos do Rei, o Rei diz às ovelhas: “Vinde, vós os que tendes a bênção de meu Pai, herdai o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” — Mat. 25:34, NM.

4-6. Como podemos mostrar que temos o verdadeiro amor de Deus, enquanto o sistema de coisas do Diabo estiver em existência?

4 Partilhar as coisas com outros, especialmente com os que são verdadeiros cristãos, tem òbviamente a aprovação e recomendação do Rei. Visto que ainda não terminou a pregação das boas novas do Reino, há ainda oportunidade de partilhar as coisas com outros, a fim de ajudá-los, quer pertençam ao restante, quer às outras ovelhas, na execução da obra do Reino. “Realmente, então, enquanto tivermos tempo favorável para isto, obremos o bem para com todos, mas especialmente para com aqueles que estão aparentados conosco na fé.” — Gál. 6:10, NM.

5 Não pode haver dúvida de que fazer bem a nossos irmãos inclui partilhar as provisões materiais. Pois, o apóstolo João, descrevendo o verdadeiro amor, disse: “Todo aquele que tiver os meios deste mundo para sustentar a vida e que vê seu irmão padecer necessidade, contudo lhe fechar a porta da sua terna compaixão, de que modo permanece nêle o amor de Deus? Filhinhos, amemos, nem em palavra, nem com a língua, mas em obra e em verdade.” — 1 João 3:17, 18, NM.

6 Visto que o amor é mais do que apenas um movimento da língua, assim também é a expressão ativa do amor: a hospitalidade. “Não negues o bem a quem de direito, tendo na tua mão o poder de o fazer. Não digas ao teu proximo: Vae e volta, que amanhã o darei, tendo-o tu contigo.” Portanto, aquêle que tiver verdadeiro amor partilha as coisas quando se necessita de ajuda; não pesa os seus bens por tanto tempo que nunca partilha nada, ou, se o fizer, que seja demasiado pouco e demasiado tarde. Visto que ainda estamos no mundo do Diabo, acontece às vêzes que nossos irmãos, não por preguiça ou por culpa dêles, acham-se em necessidade desesperadora. A causa pode ter sido uma tempestade, uma enchente, um incêndio, um acidente, doença ou perseguição. Se alguém vir seu irmão em tal necessidade e lhe negar ajuda, quando estiver ao seu alcance prestá-la, “de que modo permanece nêle o amor de Deus”?— Pro. 3:27, 28.

PARTILHANDO “SEGUNDO A SUA NECESSIDADE”

7. Qual é o ponto de vista bíblico sobre partilhar as coisas? O que precisamos vencer para seguir a admoestação?

7 A fim de partilharmos as coisas com outros no tempo certo e na quantidade certa, precisamos lutar e vencer a tendência humana de ser esquecediço e irrefletido. Cada homem, absorto na sua própria esfera de atividade, tem a tendência de tornar-se descuidado e desatento para com as necessidades de outros. Por isso se admoesta os cristãos a terem em vista, “não com interêsse pessoal apenas os vossos próprios assuntos, mas também, com interêsse pessoal, os dos outros”. “Partilhai com os santos segundo a sua necessidade.” “Que sejam liberais, prontos para repartir.” “Não vos esqueçais de fazer o bem e de partilhar as coisas com outros.” — Fil. 2:4; Rom. 12:13; 1 Tim. 6:8; Heb. 13:16, NM.

8. Com quem, especialmente, podemos partilhar “segundo a sua necessidade”? Por que não é isso favoritismo?

8 Alguns irmãos, por devotarem todo o seu tempo à pregação das boas novas, podem padecer mais necessidade do que outros. É com respeito às necessidades de tais que há muitas vêzes oportunidade de ministrar. Isto não é favoritismo. É uma regra bíblica, preservada para nossa instrução em 1 Timóteo 5:17, 18 (NM): “Sejam os homens mais idosos, que presidem de modo correto, considerados dignos de dupla honra”, ou, conforme acrescenta a nota marginal, “de dupla recompensa”. Quem, especialmente, é digno desta “dupla recompensa”? “Especialmente os que trabalham àrduamente no falar e no ensino. Pois a Escritura diz: ‘Não atarás a boca do boi quando debulha o cereal’; também: ‘Digno é o trabalhador do seu salário.’” Conhece os que trabalham àrduamente. Não é difícil de determinar. Tomar interêsse pessoal nestes e partilhar com êles “segundo a sua necessidade”, contudo, segundo nossos meios, é correto e agradável a Deus. Não é favoritismo quando oferecemos tal “dupla” hospitalidade a servos de circuito e de distrito, a missionários, pioneiros e outros “que trabalham àrduamente no falar e no ensino” das boas novas. É a vontade de Deus.

9, 10. (a) O que disse o apóstolo, ao escrever à congregação, a respeito dos que presidem de modo correto e que trabalham árduamente na pregação das boas novas? (b) Assim como se deu com os cristãos do primeiro século, que privilégio está aberto para nós hoje?

9 O apóstolo Paulo recomendou muitas vêzes que certas pessoas, por causa do seu trabalho, fossem recebidas com hospitalidade generosa e compreensiva: “Recomendo-vos Febe, nossa irmã, que é ministro da congregação que se acha em Cencréia, para que a acolheis no Senhor dum modo digno dos santos, e para que a ajudeis em todo assunto em que possa precisar de vós, pois ela mesma, também, provou ser defensora de muitos, sim, de mim mesmo.” Paulo sabia que Febe, “ministro” da congregação de Cencréia trabalhava àrduamente, e que ela mesma tinha muitas vêzes partilhado suas provisões com outros, sim, com o próprio apóstolo. Êle recomendou, assim, que fôsse recebida pelos irmãos em Roma do modo como ela recebia os outros, “dum modo digno dos santos”. — Rom. 16:1, 2, NM.

10 Quando o corpo governante dos cristãos do primeiro século enviava servos especiais às congregações, para lhes ministrarem com respeito às suas necessidades espirituais, era o privilégio dos irmãos envolvidos oferecer hospitalidade. O mesmo se dá hoje. O corpo governante envia servos especiais, tais como servos de circuito e de distrito, e irmãos de Betel, para ajudarem às congregações espiritualmente. É o privilégio das congregações receber êstes servos especiais “dum modo digno dos santos”, e partilhar com êles “segundo a sua necessidade”.

11. (a) Que significa partilhar as coisas “segundo a sua necessidade”? (b) Ao partilharmos as coisas, o que é que obtém o favor de Deus?

11 Visto que a hospitalidade cristã é “segundo á sua necessidade”, ela é liberal, contudo moderada. Devemos estar prontos a partilhar, mas ser razoáveis no partilhar. (Tito 3:2) Seja “moderado nos hábitos“. Embora a liberalidade seja uma regra cristã, a extravagância não é. Ninguém deve fazer-se pobre, mesmo que seja apenas temporariamente. Acontece às vezes que irmãos não oferecem partilhar as coisas com outros, porque acham que aquilo que têm para oferecer não é nada de especial, não é um “novilho cevado”. Tais pessoas adotam uma atitude errada. Nenhum irmão devia deixar de acolher um servo especial só porque aquilo que tem para oferecer é apenas alimento comum. Quando o Filho de Deus oferecia hospitalidade, achava ele que alimento comum não era bastante bom? Ora, a refeição que ele proveu milagrosamente para os 5.000 não era nenhum “novilho cevado”, mas era só pão e peixe. Embora Jesus, pelos poderes de Deus, pudesse ter provido um banquete tão suntuoso como os dos romanos ricos, ele preferiu alimentá-los “segundo a sua necessidade”. Portanto, não pense que tem de ostentar condições melhores do que realmente possui; isso não seria seguir o proceder de hospitalidade, mas sim o proceder do orgulho. Nossa generosidade cristã deve ser igual à nossa disposição de economizar em prol da causa das boas novas. Assim, nossa generosidade nunca se tornará extravagância, e fazermos economia nunca se tornará mesquinhez. Ao partilhar algo, não é aquilo que partilha, mas sim por que o partilha, o que conta perante Deus: “Se houver primeiro prontidão, ela é especialmente aceitável segundo o que a pessoa tem, não segundo o que a pessoa não tem.” — 1 Tim. 3:2; 2 Cor. 8:12, NM.

12. (a) Explique o modo cristão de aceitar as coisas. (b) Que perigo esconde o egoísmo desenfreado?

12 Assim como temos de ser razoáveis no dar, temos de ser também razoáveis no receber. Visto que damos “dum modo digno dos santos”, devemos receber do mesmo modo. Seja razoável em aceitar aquilo que se oferece. Por exemplo, se fôr convidado a participar da refeição de outro, seja moderado, seja altruísta. Se houver, cinco pessoas para participar duma refeição e houver apenas cinco pedaços de carne na mesa, a coisa bondosa, a coisa altruísta é tomar apenas um pedaço, embora seu apetite deseje mais. Jeová odeia pessoas egoístas. Nenhum egoísta herdará o reino de Deus. (1 Cor. 6:10) Lembre-se, no fim do reinado de mil anos de Cristo será uma expressão de egoísmo a que fará que inúmeros humanos participem do destino do Diabo. Comece agora a desarraigar todas as formas de egoísmo. Quanto mais progresso fizermos agora naquela direção, tanto melhor será para nós quando vier a prova final. Portanto, assim como o ato de dar requer bondade e consideração alertas, assim também é com receber.

PARTILHANDO “SEM MURMURAÇÃO”

13. Para a hospitalidade ter valor perante Deus, como deve ser oferecida?

13 A pessoa altruísta dá sem ressentimento. “Cada um faça segundo resolveu no coração, não ressentido ou sob compulsão, pois Deus ama ao dador alegre.” Pareceria ser desnecessário admoestar alguém a respeito de dar sem ressentimento. No entanto, Pedro achou necessário dizer: “Sede mútuamente hospitaleiros, sem murmuração.” — 2 Cor. 9:7; 1 Ped. 4:9, NM.

14. (a) Por que é possível que alguns sejam dadores ressentidos? (b) Como se pode descobrir os que abusam da hospitalidade? Que regra bíblica deve ser aplicada a eles?

14 Alguns dos primitivos cristãos devem ter murmurado ao oferecerem hospitalidade. Talvez tenham sido egoístas, mesquinhos, sovinas. Ou é possível que tenham tido experiência com alguém que abusou da hospitalidade, fazendo-os sentir-se ressentidos. Certos em Tessalônica estavam “andando desordeiramente”, “nao trabalhando nada”. Alguns dêstes talvez fossem aproveitadores, sustentando-se com a hospitalidade dos irmãos. Talvez fossem a lares diferentes, aproveitando-se dos irmãos. De qualquer modo, Paulo achou sábio estabelecer a regra: “Se alguém não quiser trabalhar, que também não coma.” Por aplicar este princípio bíblico, nenhum irmão precisa achar que seja perigoso oferecer hospitalidade. Por quê? Porque se fôr perspicaz, descobrirá logo quem abusa da hospitalidade. Pois o aproveitador não tem mentalidade espiritual; sua conversação não é sinceramente teocrática. A falta de espiritualidade pode ser rapidamente discernida. Mas, acima de tudo, há o sinal positivo do trabalho. O trabalhador árduo não tem tempo para aproveitar-se dos outros, porque está ocupado demais em suprir as suas próprias necessidades e em pregar as boas novas. O aproveitador tem tempo porque não trabalha arduamente. Portanto, é fácil distinguir quem é digno de nossa hospitalidade. É com estes que devemos partilhar “sem murmuração”. —2 Cor. 9:7; 2 Tes. 3:10, 11, NM.

15. Que elogio e encorajamento deu o apóstolo João ao seu amado amigo Gaio?

15 Muitos são os mencionados na Bíblia que consideravam a hospitalidade um grande privilégio e que davam “sem murmuração”. O apóstolo João escreveu a Gaio: “Amado, estás fazendo uma obra fiel naquilo que fazes para os irmãos, e estranhos ainda por cima, que deram testemunho do teu amor perante a congregação. Peço-te que os encaminhes dum modo digno de Deus. Pois foi a favor do seu nome que eles saíram, não tomando nenhum dinheiro do povo das nações. Nós, portanto, estamos sob a obrigação de receber a tais pessoas de modo hospitaleiro, para que possamos tornar-nos colaboradores deles na verdade.” Gaio tinha mostrado hospitalidade para com os que trabalhavam àrduamente, e João, agora, tendo ouvido falar do seu maravilhoso espírito, elogia-o por ‘fazer uma obra fiel’. Êle anima Gaio ainda mais por dizer-lhe que continuasse a receber os irmãos “dum modo digno de Deus”. — 3 João 5-8, NM.

16-18. (a) Quem era Lídia, e por que devemos ser semelhantes a ela? (b) Como considerava Paulo a hospitalidade? Por que devemos ser semelhantes a êle?

16 Outra que demonstrou o espírito correto foi Lídia. Paulo encontrou-a em Filipos, na Macedônia. Ela aceitou a verdade e foi batizada. “Ora, quando ela e sua família foram batizadas, ela disse com instância: ‘Se vós, homens, me julgastes fiel a Jeová, entrai em minha casa e ficai. E ela simplesmente nos fêz ir.” — Atos 16:15, NM.

17 Lídia seguiu deveras o proceder da hospitalidade. Paulo mostrou também o espírito correto. Lídia achou que seria grande privilégio acolher estes servos de Jeová. E Paulo não estava muito desejoso de ir; nunca agiu como se Lídia tivesse qualquer obrigação de convidá-lo. Paulo nunca mostrou qualquer atitude de “eu tenho direito a isso”, ou, “você me deve isso”. Não fizera nem mesmo uma só menção de alimento e abrigo. A própria Lídia fêz a sugestão. Quão atenciosa era ela! Sabia que Paulo precisava comer e que precisava dum lugar para dormir. E Paulo, não querendo ser carga para ninguém, não importa quão substanciais fossem seus meios, aceitou apenas depois de forte insistência por parte dela. O comentário de Lucas — “e ela simplesmente nos fêz ir” — mostra que pessoa atenciosa e generosa Lídia era. Seja igual a ela.

18 Devemos ser também iguais a Paulo. Nunca fêz ninguém sentir que tinha obrigações para com o apóstolo. Portanto, nunca considere que a hospitalidade é algo que se lhe deve. Nunca pense que os irmãos lhe devem algo. Por exemplo, se um irmão usar seu automóvel para levá-lo á uma reunião, não pense que daí em diante êle está obrigado a levá-lo cada semana. A atitude correta e altruísta seria: ‘Ora, prefiro andar a pé à reunião do que ser carga para alguém. Se um irmão mostrar bondade por levar-me no seu carro à reunião, agradecerei a Jeová por sua bondade amável; e se não o fizer outra vez, não estarei ressentido.’ Por mantermos esta atitude altruísta, os irmãos que fazem dádivas sentirão que aquilo que partilham é “dádiva abundante e não como algo extorquido”. — 2 Cor.9:5, NM.

FAZENDO O ESFORÇO

19. Ao fazermos esforços de ser hospitaleiros, que devemos ter em mente?

19 Se desejarmos partilhar as coisas com outros, temos de fazer esforço. Êste esforço deve ser desembaraçado e fácil de aceitar. Assim, se convidar um árduo co-trabalhador para o jantar, ao invés de dizer: “Gostaria de jantar conosco?” diga: “Venha jantar conosco.” Se tiver esta intenção, então fale positivamente. Lembrando-se da atitude do apóstolo Paulo, de não se tornar pesado para ninguém, poderá imaginar como êle teria respondido a uma pergunta tal como: “Gostaria de jantar conosco?” Lídia fêz um convite positivo, e mesmo então ela ‘simplesmente o fêz ir’.

20, 21. (a) Dê exemplos bíblicos dos que fizeram esforços especiais para partilhar as coisas? (b) Que resposta sincera inspirou sua hospitalidade?

20 Fazer o esforço requer, às vezes, dar-se trabalho extra. Quando Paulo escreveu a Timóteo, êle mencionou como Onesíforo deu-se o trabalho de visitar o apóstolo na prisão e de trazer-lhe mantimentos. “Que o Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo, porque muitas vêzes me trouxe mantimentos, e não ficou envergonhado das minhas cadeias. Ao contrário, quando estava em Roma, procurou-me diligentemente e achou-me.” Numa grande cidade como Roma, era necessária ‘procura diligente’ para achar Paulo. Mas, Onesíforo fêz o esforço. Trouxe ao apóstolo encarcerado mantimentos, não uma vez, nem duas, mas “muitas vêzes”. Esta hospitalidade comoveu o coração de Paulo tão profundamente, que tinha de exclamar: “Que o Senhor lhe conceda achar misericórdia de Jeová naquele dia.” — 2 Tim. 1:16-18, NM.

21 Outra que fêz esforço especial para tornar possível a hospitalidade foi a mulher sunamita. Ela observava que Eliseu servia a Jeová. Ao passar êle, ela fêz o esforço de convidá-lo a entrar para comer. Certo dia ela decidiu que podia fazer mais. Portanto disse a seu marido: “Olha, tenho certeza de que êste é um homem santo de Deus, que está sempre passando por nós. Façamos agora uma pequena câmara fechada no eirado, e ponhamos ali uma cama para êle, uma mesa, uma cadeira e uma lâmpada, para que, sempre que vier visitar-nos, possa ir ali.” Certo dia, quando Eliseu estava descansando nesta câmara, êle perguntou à sua hospedeira se lhe podia prestar qualquer bondade em troca disso. Ela não fêz nenhum pedido. Mas, por intermédio de seu servo, Eliseu ficou sabendo que a sunamita não tinha filhos e que seu marido já estava avançando em idade. Êle reconheceu que bênção seria para esta mulher ter um filho. O profeta chamou-a e disse-lhe que no ano seguinte ela abraçaria um filho. Que sorte bendita a dela! Sua esperança mais cara realizou-se só porque tornara possível que um dos servos de Jeová partilhasse do seu abrigo. — 2 Reis 4:9, 10, TA.

22-25. (a) Qual pode ser a causa de alguém não estar ‘pronto para repartir’?(b) Quando o apóstolo Paulo chegou a padecer necessidade, quem estava ‘pronto para repartir’ e quem não? (c) Por que disse o apóstolo que ‘roubou’ as congregações da Macedônia por aceitar apoio?

22 Quando os irmãos deixam de ser atenciosamente prestimosos e “prontos para repartir”, semelhantes à sunamita e a Onesíforo, e êles têm os meios, será que é porque são mesquinhos? Mui provavelmente é completa irreflexão ou talvez falta de madureza. Neste respeito, isso nos faz lembrar os coríntios, quando Paulo começou a ministrar-lhes. Apesar de trabalhar parte do tempo, chegou a padecer necessidade. Os coríntios não estavam então “prontos para repartir”. Não fizeram nenhum esforço de repartir as provisões com Paulo. Mais tarde, estando longe dêles, Paulo achou necessário mencionar o fato de que lhes ministrara sem lhes pedir coisa alguma:

23 “Cometi um pecado por humilhar-me para que vós pudésseis ser exaltados, porque, sem custo, vos declarei de bom grado as boas novas de Deus? Outras congregações eu roubei, aceitando apoio, a fim de ministrar a vós; no entanto, quando estava presente entre vós e cheguei a padecer necessidade, não me tornei carga nem mesmo para um só, pois os irmãos que vieram da Macedônia supriram abundantemente as minhas necessidades.” — 2 Cor. 11:7-9, NM.

24 Essas palavras devem fazer-nos pensar. Os coríntios deixaram de pensar. Paulo ministrou-lhes por mais de um ano, no entanto, nunca partilharam com ele “segundo a sua necessidade”. Quando chegou a padecer necessidade, os irmãos da Macedônia forneceram-lhe provisões, e isso abundantemente. A declaração dura de que Paulo ‘roubou’ outras congregações por aceitar o apoio delas, a fim de ministrar aos coríntios, mostra quão profundamente comovido Paulo estava. Por que isso? Não por sua própria causa. “Aprendi a ser auto-suficiente em todas as circunstâncias em que estiver. Eu sei, deveras, como viver com poucas provisões.” — Fil. 4:11, 12, NM.

25 A coisa era esta: Os irmãos em Corinto tinham aparentemente os meios materiais que podiam partilhar. De fato, a riqueza de Corinto era tão notória que se tornou proverbial. Mas as congregações da Macedônia — estas eram pobres, muito pobres, tão pobres que Paulo falou da sua “profunda pobreza”, que fez “abundar as riquezas da sua generosidade”. Contudo, apesar desta extrema pobreza, os macedônios puderam ter o privilégio de partilhar as coisas; davam muitas vezes além dos seus meios reais. Além disso, as congregações da Macedônia necessitavam o pouco que tinham para promover as boas novas no seu próprio território, e, no entanto, estavam sustentando a Paulo numa cidade notória pela sua riqueza. Os coríntios podiam ter ajudado. Mas Paulo, que sempre queria que as boas novas fôssem uma dádiva gratuita, nunca lhes pediu nada, e eles não ofereceram ajuda. — 2 Cor. 8:1-4, NM.

26. Como podem as congregações cristãs hoje demonstrar um espírito “macedônia” no partilhar?

26 Que contraste! Os coríntios eram demasiado irrefletidos e demasiado imaturos para pensarem em partilhar as coisas, e os macedônios eram tão atenciosos e tão maduros, que partilhavam as coisas além da sua capacidade real. As congregações cristãs, atualmente, deviam ser como os macedônios, atenciosos e alertas a partilhar as coisas. Alguns irmãos, que têm automóveis, estão dispostos a sair fora do seu caminho para levar pessoas de boa vontade às reuniões. Isto é bom. No entanto, às vezes acontece que os que têm automóveis se esquecem que podem partilhar o transporte com seus próprios irmãos. Quão maravilhoso é quando irmãos usam seus carros para ajudar aos doentios e idosos, e aos que moram em lugares afastados! Alguns que negligenciam o espírito de partilhar dizem: ‘Ora, se eu fôr até o fim da cidade para levar uma irmã idosa de volta para casa, depois da reunião, eu perderia meia hora!’ É verdade, partilhar as coisas pode custar-lhe um pouco de tempo. Mas, quando fazemos esforços extras para ajudar a nossos irmãos, e gastamos alguns minutos de tempo, este tempo não está perdido: “Não vos esqueçais de fazer o bem e de partilhar as coisas com outros, pois Deus se agrada muito de tais sacrifícios.” — Heb. 13:16, NM.

27. Que perguntas sobre partilhar as coisas com outros devemos fazer a nós mesmos?

27 Pergunte a si mesmo: Partilho eu minhas coisas com outros? Poderia fazê-lo? Faço esforço extra para mostrar bondade a meu irmão? Medite nestas perguntas. E se tiver automóvel, e estiver chovendo depois duma reunião, antes de partir, está fazendo um esforço especial de verificar se pode demonstrar bondade, levando alguém consigo? Se estiver fazendo uma refeição e tiver comida de sobra, pensa alguma vez em convidar um pioneiro para participar dela? Se tiver roupa sobrando, será que pergunta a um irmão necessitado se a pode usar? Ou esquece-se de partilhar as coisas com outros? O apóstolo de Cristo disse: “Não vos esqueçais.”

28. A que devem estar alertas os servos de congregação?

28 Se fôr servo de congregação e convidar um irmão duma congregação vizinha para proferir um discurso, deixa-o entregue ao acaso que êle seja recebido hospitaleiramente pelos irmãos? Ou informa-os sobre seu privilégio? Pode imaginar que os irmãos macedônios, apesar da sua pobreza, deixassem alguma vez um ministro visitante seguir seu caminho com estômago vazio?

TODAS AS COISAS PELA CAUSA DAS BOAS NOVAS

29. (a) Embora os irmãos partilhem as coisas conosco pela causa das boas novas, que obrigação nossa não fica cancelada? (b) Como se deve expressar a gratidão semelhante ao amor, tanto em palavras como em obras?

29 Quando os irmãos nos mostram hospitalidade segundo a nossa necessidade, sabemos que fazem isso, no sentido elevado, pela causa das boas novas. Saber isso não anula nossa obrigação de sermos gratos; de fato, devíamos tanto mais ser alertas a ser gratos. Quando os irmãos partilham as coisas conosco, não nos esqueçamos de expressar nossa apreciação em palavras. Foi predito para estes “últimos dias” que os homens seriam “ingratos”, e assim é. (2 Tim. 3:1, 2) Mas, os da sociedade do Novo Mundo nunca devem desperceber a gratidão! Às vezes podemos expressar a apreciação não somente em palavras, mas em obras. Assim, ao viajar no carro de alguém que tem poucos meios, tal como um pioneiro, uma contribuição razoável para a gasolina e o óleo refletirá um espírito grato. Lembre-se sempre de que, se um homem mostrar apreciação de benefícios pequenos, mesmo insignificantes, mostra que êle pesa os corações dos homens e não seus bens, que êle avalia o homem pelo que êle é e não pelo que tem. De modo que a gratidão pode ajudar a tornar-nos semelhantes ao nosso Pai celestial, que esquadrinha o coração.

30. Que bençãos se derivam de partilhar as coisas com outros pela causa das boas novas?

30 Deveras, a hospitalidade demonstrada pela causa das boas novas produz ricas bênçãos. Pois promove não somente um espírito de gratidão para com o homem, mas, acima de tudo, para com Deus. Quanto mais gratos somos a Deus, tanto mais se abre nosso coração, tanto mais ricos ficamos em discernimento espiritual. Paulo disse: “Em tudo estais sendo enriquecidos para toda espécie de generosidade, a qual, por meio de nós, produz uma expressão de agradecimento a Deus; porque o ministério dêste serviço público não é só para suprir abundantemente as necessidades dos santos, mas também para serem ricos em muitas expressões de agradecimentos a Deus.” A hospitalidade, tanto oferecida como aceita, aprofunda assim nosso amor Àquele que pôs o espírito hospitaleiro no coração de nossos irmãos, o Deus da benignidade, Jeová. — 2 Cor. 9:11, 12, NM.

31. Por que não é a partilha das coisas materiais o principal objetivo do verdadeiro cristão? Qual é a sua preocupação primária?

31 Se estivermos dispostos a partilhar as coisas materiais pela causa das boas novas, não é imaginável que possamos negligenciar partilhar as próprias boas novas! No entanto, muitas são as pessoas que acham que tudo o que Deus requer é sermos bondosos e fazermos o bem de modo físico. Mas, em realidade, partilhar as boas novas do reino de Deus com outros é o que salva “tanto a ti mesmo como aos que te ouvem”. Há algo defeituoso e incompleto no amor daqueles que estão dispostos a partilhar as coisas materiais, mas não as espirituais, pois não estão verdadeiramente seguindo a Cristo. (Mat. 19:21) Portanto, não basta ministrar para suprir apenas as necessidades físicas: “Se eu der todos os meus bens para o sustento de outros,. . .mas não tiver amor, [de modo a seguir a Cristo por partilhar as coisas espirituais que dão vida,] isso de nada me aproveita.” Se realmente amarmos a Deus e ao nosso próximo, então faremos tudo, inclusive partilhar as coisas materiais com outros, pela causa da promoção das boas novas, e assim participamos com o apóstolo em afirmar: “Faço todas as coisas pela causa das boas novas, a fim de partilhá-las com outros.” — 1 Tim. 4:16; 1 Cor. 13:3; 9:23, NM.

32, 33. De que se originam o espírito hospitaleiro e a disposição de partilhar, mas em que resultam? Portanto, a quem nos devemos assemelhar?

32 Quanto enriquecem a hospitalidade e o espírito de partilhar! Por mostrarmos hospitalidade a estranhos, “nos recomendamos como ministros de Deus, . . . pela bondade”. Por partilharmos as coisas com nossos irmãos, mostramos amor e gratidão, e trabalhamos em prol da promoção das boas novas. Deveras “em tudo estais sendo enriquecidos para toda espécie de generosidade”. Uma coisa é certa, obterá maior felicidade: “Há mais felicidade em dar do que há em receber.” Terá uma indescritível alegria e satisfação interna. Enriquecerá o amor que outros lhe têm. Acima de tudo, enriquecerá seu amor a Jeová por inspirar muitas “expressões de agradecimentos a Deus”. Sim, o dar enriquece os que o praticam. Salomão declarou: “Um dá liberalmente, e se lhe acrescenta mais e mais; outro poupa mais do que é justo, mas se empobrece. A alma liberal será próspera.” Assim, embora a hospitalidade e o partilhar sejam o resultado de se perceber a necessidade de outros, eles resultam no enriquecimento das vidas dos que os praticam. — 2 Cor. 6:4-6; 9:11; Atos 20:35, NM; Pro. 11:24, 25.

33 Portanto, por que sofrer necessidade? Por que não enriquecer em tudo? “Que sejam liberais, prontos para repartir.” “Sede mutuamente hospitaleiros, sem murmuração.” (1 Tim. 6:18; 1 Ped. 4:9, NM) Seja semelhante a Abraão, que era hospitaleiro para com estranhos e acolheu anjos. Seja como Lídia, que considerava a hospitalidade um grande privilégio. Seja como Onesíforo, que abriu o coração dum apóstolo por causa da sua bondade. Seja como a sunamita, que fêz esforço especial para ser hospitaleira e assim enriqueceu-se com um filho. Seja como os macedônios, que, apesar da sua profunda pobreza, eram tão atenciosos e tão prestimosos, que partilharam as coisas com outros. Sim, seja como seu Pai celestial: SIGA O PROCEDER DE HOSPITALIDADE!

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar