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  • Aproxima-se a cura das nações

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  • Aproxima-se a cura das nações
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1958
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1958
w58 1/6 pp. 329-342

Aproxima-se a Cura das Nações

1. Em que sentido têm as nações grande necessidade de cura atualmente?

A CURA das nações é bem necessária nestes dias de perturbação dentro das próprias nações e entre elas. Os que querem curar este mundo reconhecem todos este fato. O mundo todo está numa condição bem doentia. Ao dizermos isto, não pensamos apenas nos corpos físicos dos homens, mas pensamos especialmente nas condições morais, religiosas e políticas em toda parte. Que acontecerá se não houver em breve a cura das nações políticas, ainda no decorrer da nossa vida? Todos temos razão para nos preocupar.

2. Como mostrou o Presidente Sukarno, da Indonésia, que as nações do mundo necessitam de cura?

2 Políticos destacados do mundo acham-se perturbados. Tentam fazer as vezes de curadores, de médicos do mundo. Recentemente, o Presidente Achmed Sukarno, da Indonésia, disse algo pertinente a isso. Êle mesmo sendo muçulmano devoto, é o líder duma nação de oitenta e dois milhões de pessoas, dentre as quais nove em cada dez são muçulmanos. No entanto, o Presidente Sukarno voou à distância de 1.450 quilômetros da capital da nação para Samatra, a fim de falar perante um congresso de pessoas de religião diferente. Chamava-se de Conferência Cristã da Ásia Oriental, e os 120 delegados presentes ali vieram de vinte e quatro nações. Representavam o Conselho Mundial de Igrejas, cuja sede está em Genebra, na Suíça. O Presidente Sukarno ouviu ali um ministro protestante falar da tribuna à multidão de cerca de mil pessoas de muitos idiomas: “Vamos todos ler a oração do Pai-Nosso — cada um em sua própria língua.“ Mais tarde, naquele 17 de março de 1957, o Presidente Sukarno dirigiu-se a uma reunião ao ar livre e falou também no seu hotel. Explicou que um dos cinco princípios filosóficos em que se baseava a Indonésia era “a crença em Deus”. Êste mundo acha-se numa “situação perturbada”, disse êle, e acrescentou que o “homem fala com a bôca de paz mundial, mas êsse mesmo homem faz também armas de autodestruição”. Semelhante ao médico junto ao leito de alguém perigosamente doente, êle disse: “Estamos vivendo na crise do homem.” (Times de Nova Iorque, 20 de março de 1957) Certamente, um médico de boa cabeça diria que, se a pessoa diz uma coisa, mas faz exatamente o oposto, ela está moral e mentalmente doente, nem se falando de desordem religiosa — personalidade dividida.

3. Conforme se notou no Extremo Oriente, que prometeu o Presidente Eisenhower para curar êste mundo dividido?

3 Outro presidente tem-se apresentado como curador do mundo. O Extremo Oriente tomou nota do remédio que ofereceu. Em 22 de janeiro de 1957, o jornal China Post de Taipei, em Taiwan (ou: Formosa), saiu com a seguinte manchete na primeira página: “Ike Promete no Discurso da 2ª Posse que o Poderio e a Riqueza dos EUA Ajudarão a Curar a Divisão do Mundo.” Depois, com referência à segunda posse de Dwight D. Eisenhower como presidente dos Estados Unidos da América, êste único jornal de língua inglesa da China Livre publicou o seguinte despacho CNA-UP de 21 de janeiro, procedente de Washington, D. C.: “O Presidente Eisenhower prometeu hoje que o poderio e a riqueza da América [do Norte] ajudarão a ‘curar êste mundo dividido’ e a trazer-lhe paz com justiça debaixo da lei. Alcançar êste objetivo ‘será difícil’ e ‘temos de estar ... prontos a pagar o preço total’, disse o Presidente. ‘O custo será elevado’, disse êle, ‘em labores pacientes, em ajuda honrosamente dada, em sacrifícios calmamente suportados’. Eisenhower proclamou que os Estados Unidos ‘estão profundamente envolvidos no destino dos homens em toda a parte’.”

4. (a) Em que livro baseava-se o discurso de Eisenhower sôbre a cura dêste mundo? (b) Em que texto dêste livro descansava sua mão, ao prestar juramento de presidente?

4 Poucas pessoas reconhecerão que o discurso do Presidente Eisenhower sobre a cura dêste mundo dividido tem suas raízes na Bíblia Sagrada, o livro sagrado tanto dos judeus como dos cristãos. Mas, notem-se os seguintes fatos: Quando Eisenhower prestou juramento ao assumir o cargo pela segunda vez, êle tinha a mão no exemplar aberto da Versão Normal Americana da Bíblia, que lhe fôra dado pela sua mãe pouco antes da sua graduação da Academia Militar dos Estados Unidos em West Point, Nova Iorque, em 1915. Sua mão descansava no texto de Salmo 33:12, que reza: “Bendita é a nação que tem por Deus a Jeová, o povo que êle escolheu para sua própria herança.” Isto era como se sugerisse que os Estados Unidos da América fossem essa bendita “nação que tem por Deus a Jeová”, e que, para tornar-se bendita, cada uma de todas as nações da terra tem de ser uma nação que tem Jeová por seu Deus.

5. Quando Eisenhower prestou pela primeira vez juramento como presidente, em que texto descansava sua mão esquerda?

5 Mas, a menção de “cura” para êste mundo dividido, feita por Eisenhower, faz-nos voltar aos dias da sua primeira posse como presidente, quatro anos antes, em 1953. Ao prestar então o juramento, êle tinha a mão esquerda sobre dois exemplares da Bíblia. Um dos exemplares, a chamada Bíblia de George Washington, estava aberto no Salmo 127:1, que reza: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam: se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” O outro exemplar, a Bíblia que o General Eisenhower recebera de presente, tendo seu nome completo inscrito em letras de ouro na capa de couro prêto, estava aberto em 2 Crônicas 7:14, que reza: “Se o meu povo, que é chamado pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos; então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e curarei a sua terra.” — Times de Nova Iorque, 20 e 21 de janeiro de 1953.

6. Portanto, que pergunta fazemos quanto à cura dêste mundo, inclusive da América do Norte?

6 É provável que o General Eisenhower achasse que a terra dos Estados Unidos necessitava de ser curada depois da administração do presidente anterior; mas, não precisavam também as outras nações do mundo ser curadas? Em menos de dois meses depois de o General Eisenhower tornar-se pela primeira vez presidente, o poderoso ditador russo, comunista, José Stálin, morreu, mas, será que a condição das nações do mundo tem melhorado? No segundo período presidencial de Eisenhower, mais de quatro anos depois de êle ter prestado juramento solene com a mão sobre 2 Crônicas 7:14, tem êle e outros políticos norte-americanos, junto com os líderes do comércio e dos clérigos religiosos, curado a terra dos Estados Unidos? Está sendo curado o mundo dividido, graças ao poderio e à riqueza dos Estados Unidos da América, conforme prometido?

7. Que eventos e condições mundiais, desde 20 de janeiro de 1953, testificam que o remédio da América só pode fracassar na cura dêste mundo dividido? E por que não pode apenas a própria América do Norte ser curada?

7 As explosões das primeiras bombas de hidrogênio, por parte das potências democráticas e das comunistas, desde 20 de janeiro de 1953; o fracasso de uma conferência de desarmamento após outra; o objetivo contínuo do gigante comunista, de expandir seu atual domínio sobre um têrço da terra até incluir o mundo inteiro, junto com a determinação inflexível das nações não comunistas de resistir-lhe; o trabalho incansável dos cientistas, em ambos os lados, para produzir projéteis teleguiados de longo alcance, capazes de voar com carga atômica à distância de milhares de quilômetros, até mesmo de um continente para outro, a fim de atingir o inimigo distante com destruição fragorosa e vasta; os ódios, os ciúmes, as suspeitas e as rivalidades entre as nações, grandes e pequenas; as inúmeras diferenças religiosas entre povos e comunidades; o espírito desamoroso, e, aparentemente, alguma força demoníaca invisível, irresistível e sobre-humana, que impele as nações inexoravelmente num rumo louco que as leva cada vez mais próximas à ruína e à destruição — tudo isso testifica eloquentemente que o remédio apresentado, mesmo pela nação mais rica e mais poderosa na terra, só pode fracassar na cura dêste mundo dividido. O fracasso da cura significa nada menos que a morte para êste mundo, com tôdas as consequências que isso traz à população da terra, que ascende a dois bilhões e quinhentos milhões de pessoas. Se os Estados Unidos da América hão de ser curados, o resto do mundo também tem de ser curado. Pois, hoje em dia, nenhuma nação vive independente. Nenhuma nação pode ficar isolada. Nenhuma nação pode impedir o contágio da doença infecciosa que leva as nações doentes ao seu túmulo.

8. (a) Como pode alguém anunciar como boas novas que a cura das nações se está aproximando? (b) Quem proferiu as palavras de cura em 2 Crônicas 7:14, a quem as dirigiu e por quê?

8 Como, então, pode alguém anunciar as boas novas de que se aproxima a cura das nações? Nós podemos anunciar isso se olharmos na direção certa para a cura e se observarmos os casos de centenas de milhares de pessoas de tôdas as nações, que já receberam o remédio curativo e que estão em vias de completo restabelecimento e de ter perfeita saúde. Quando o General Eisenhower jurou, com a mão na Bíblia aberta, que êle seria fiel na presidência, êle achou que estava jurando perante Deus. Ao ter a mão sobre 2 Crônicas 7:14, naquele Livro sagrado, êle tinha a mão sôbre a palavra de Deus dirigida a outro governante, um que governou há muito tempo no Oriente Próximo, desde o rio do Egito, no sul, até o rio Eufrates, no norte, um território com muitos povos diferentes. Deus falou aquelas palavras ao governante mais sábio dos tempos antigos, o Rei Salomão, filho de Davi, que reinava na cidade santa de Jerusalém, séculos antes das eras em que começaram o budismo e o confucionismo. A terra do Rei Salomão achava-se então em condições sadias, pois tinha a coisa primária necessária à verdadeira saúde, a saber, a religião verdadeira, e estava vivendo em harmonia com aquela religião. O Rei Salomão acabara de construir e dedicar um templo a Deus, e Deus apareceu-lhe então e falou aquelas palavras. Deus estava olhando para a frente, ao tempo em que a nação do Rei Salomão se desviaria desta condição sadia e quando a terra sofreria o castigo da peste. Por isso, Deus lhe disse como a terra poderia ser trazida de volta à saúde.

9. Como sabemos que o Deus que falou estas palvras não era Jesus Cristo?

9 Mas, quem era êste Deus com poder de curar uma nação? Era Jesus Cristo? Não; pois êste Jesus havia de ser ainda descendente carnal do Rei Salomão, mais de mil anos depois. Não, mas a própria história bíblica diz em 2 Crônicas 7:12-14: “De noite apareceu Jehovah a Salomão e lhe disse: Eu ouvi a tua oração, e escolhi para mim este lugar para casa de sacrifício. Se eu fechar o céu, de sorte que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que devorem a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; se o meu povo, sobre quem foi invocado o meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e curarei a sua terra.” Com autoridade inspirada, a Bíblia diz que aquele que fez tal promessa confortadora ao Rei Salomão era o Deus que, êle só, tem o nome Jeová.

10. Como se aplicam os dois textos usados na posse de Eisenhower às pessoas chamadas pelo nome de Jeová?

10 Êle falou do povo do Rei Salomão como ‘meu povo, sobre quem foi invocado o meu nome’. Era o povo a quem se refere o versículo usado na posse do presidente, em Salmo 33:12, dizendo: “Feliz é a nação que tem por Deus a Jehovah, o povo que ele escolheu para a sua herança.” E, se este povo, que leva o nome de Deus, tentasse edificar uma casa ou guardar uma cidade sem a sua ajuda e supervisão, seria exatamente como se disse no outro versículo usado na posse do presidente, em Salmo 127:1: “Se Jehovah não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se Jehovah não guardar a cidade, em vão vigia o que a guarda.” Muito antes disso, na península de Sinai e perto do que agora é o Golfo de Suez, êle dissera a este mesmo povo as seguintes palavras que se aplicam a todos os povos: “Eu sou Jehovah que te sara.” — Êxodo 15:26.

POR QUE TODAS AS NAÇÕES ESTÃO DOENTES

11. Em que outra nação vemos ilustrada a raiz da dificuldade e o remédio para ela?

11 Desde seu início, todas as nações deste velho mundo têm estado doentes, e isso inclui também a jovem nação do Israel moderno. Sua condição doentia está chegando agora ao ponto crítico. Por que surgiu esta condição séria? Qual é a raiz da dificuldade, para que saibamos que remédio exclusivo possamos aplicar, a fim de sermos curados? A resposta a esta pergunta vital é-nos oferecida num exemplo nacional. Não, não é o Israel dos dias atuais, cuja própria existência é odiada pelo mundo árabe, mas sim a nação das doze tribos de Israel, de há mais de dois mil e quinhentos anos, a nação que produziu o legislador Moisés, o Rei Davi e o Rei Salomão. Na península de Sinai, no Monte Sinai, Moisés serviu de intermediário entre Jeová Deus e os homens, e os introduziu num acordo nacional com Deus. Deus, por meio de Moisés, deu àquela antiga nação de Israel suas leis especiais.

12. Por descenderem de que homem, escolheu Deus essa nação de Israel? Que promessas de cura fêz Deus às nações por meio dêste homem?

12 Naquele tempo, Moisés disse a Israel que Jeová Deus não tinha escolhido a nação por causa daquilo que êles eram em si mesmos. Ao contrário, foi porque seu bisavô era o hebreu chamado Abraão, e êste Abraão realmente tinha crido em Jeová como Deus e lhe tinha obedecido, sendo por isso chamado “amigo de Deus“. (Deuteronômio 7:6-9; 2 Crônicas 20:7; Isaías 41:8; Tiago 2:23) Deus prometeu especialmente a seu amigo Abraão que haveria uma cura de todas as nações da terra, e que Abraão e sua semente, ou descendentes, teriam parte naquela maravilhosa obra de cura. As promessas de Deus a Abraão foram: “Por meio de ti serão benditas todas as famílias da terra.“ “Por tua semente [descendência, So] se abençoarão todas as nações da terra: porque obedeceste à minha voz.” (Gênesis 12:3; 22:18) Não cometa hoje ninguém o engano, em vista destas promessas, pensando que se referem à moderna nação de Israel. É verdade que os modernos israelenses podem mostrar que são descendentes naturais do antigo Abraão, mas esta linhagem sozinha não os faz a semente de bênção, nem mesmo para as outras oitenta e uma nações na organização das Nações Unidas, à qual Israel pertence. Ninguém vê hoje as nações da terra abençoando-se por meio da nação de Israel e ficando curadas. A cura dos povos de todas as nações tem-se aproximado em nossos dias por meios diversos dessa nação moderna dêste mundo dividido.

13. Como se aplicou o Salmo 33:12 a Israel sob o domínio do Rei Salomão? E de que era quadro profético sua condição nacional naquele tempo?

13 Nos dias do Rei Salomão, há quase três mil anos, podia dizer-se do seu povo: “Feliz é a nação que tem por Deus a Jehovah, o povo que ele escolheu para a sua herança.” (Salmo 33:12) A nação das doze tribos achava-se unida na adoração de Jeová. Todos trabalhavam juntos na edificação dum glorioso templo para Êle, em Jerusalém. Cumpriram a sua parte do acordo ou pacto com êle por obedecerem aos seus mandamentos. Por conseguinte, êle cumpriu a Sua parte do pacto por abençoá-los com proteção contra seus inimigos e com prosperidade. A história do reinado do Rei Salomão nos diz: “Judá e Israel eram muitos, como os grãos de areia à beira do mar em multidão, comendo, bebendo e regozijando-se. Quanto a Salomão, êle provou ser dominador sobre todos os reinos, desde o Rio até a terra dos filisteus, e até o têrmo do Egito. Êles lhe traziam presentes e serviam a Salomão por todos os dias da sua vida.” (1 Reis 4:20, 21, NM) Êsse era um quadro profético de como será a terra quando Jeová Deus curar toda a humanidade, trazendo a bênção que prometera por meio de Abraão.

14. Que rainha veio de muita distância para ver e ouvir por si mesma a sabedoria de Salomão? E depois, ela foi bastante honesta para admitir o que a respeito do povo de Salomão?

14 Até a rainha de Sabá veio duma distância de dois mil e quatrocentos quilômetros, desde o extremo sudoeste da península da Arábia, perto da moderna cidade de Áden, só para conhecer por si própria a sabedoria de Salomão. Depois de ver o que êle tinha feito e quão sábio era como rei, a rainha de Sabá disse a Salomão: “Excedeste em sabedoria e prosperidade as coisas que eu ouvi contar. Felizes são os teus homens, felizes são êstes servos teus que estão perante ti constantemente, ouvindo a tua sabedoria! Seja abençoado Jeová, teu Deus, que se agradou de ti por colocar-te no trono de Israel, porque Jeová ama a Israel por tempo indefinido, de modo que te nomeou rei para que proferisses decisões judiciais e fizesses justiça.” (1 Reis 10:1-9, NM) Esta rainha não-israelita foi assim bastante honesta para admitir que Jeová Deus tinha escolhido os descendentes do fiel Abraão como sua herança, para que fosse seu Deus, e que, por essa razão, aqueles israelitas estavam abençoados naquele tempo, há cêrca de três mil anos.

15. Como foi Israel dividido depois da morte de Salomão? Que destruição veio sôbre aquelas partes da nação, até 607 antes de Cristo? Por quê?

15 Mas, examine-se a história de Israel depois da morte do Rei Salomão. A nação ficou dividida em dois reinos; no norte, o reino de Israel com a sua capital, e o reino de Judá com a sua capital em Jerusalém, tendo o filho de Salomão por rei. Por que se deu isso? Porque, nos últimos anos da sua vida, o Rei Salomão desviou-se da sua sabedoria celestial e afastou-se do Deus de seu pai, o Rei Davi. O reino setentrional de Israel durou 257 anos. Depois foi destruído pela potência mundial da Assíria. Por quê? Porque também êle se desviou da adoração de Jeová em Jerusalém e adotou a adoração dum ídolo, o bezerro de ouro, e mais tarde a do falso deus Baal e da sua consorte Astarté ou Astarot. O reino de Judá durou 390 anos depois da morte de Salomão. Então, no ano 607 antes de Cristo, seu templo dedicado a Jeová foi destruído, sua cidade santa de Jerusalém foi arrasada e os poucos milhares de israelitas que sobreviveram a esta destruição foram, na maior parte, levados a Babilônia, a terra dos seus conquistadores, e a terra de Judá foi deixada desolada, evitada por todos os que passavam por ali. Por quê? Porque êsses judeus, ou o povo de Judá, abandonaram a Jeová, o Deus do seu antepassado Abraão. Sem Êle por Deus, como podiam ser abençoados?

16. Como foram curados aquele povo e sua terra? De que fato temos assim prova histórica?

16 Aquêle povo precisava então certamente ser curado; sua terra sagrada precisava certamente de cura. Realizou-se esta cura? Sim, setenta anos depois da destruição da cidade santa de Jerusalém. Por quê? Porque Jeová Deus não os rejeitou então completamente de ser seu povo escolhido. Exilados em Babilônia, ou no país que agora é o reino árabe do Iraque, muitos dos israelitas lamentavam ter quebrantado seu pacto com Jeová Deus e voltavam outra vez à sua adoração. Jeová Deus, por causa do seu próprio nome, fez então o que prometera, caso voltassem a ele. Ele os curou. Curou a sua terra por trazê-los de volta do exílio e por povoá-la com êles, para que o adorassem novamente no templo reconstruído em Jerusalém. Foi dêste modo que o grande Médico sarou seus corações quebrantados e abençoou sua terra praguejada, de modo que “se tornou como o jardim do Éden, como o paraíso em que Deus, o Criador, pusera o primeiro homem e mulher, Adão e Eva. (Ezequiel 36:32-36) Apresenta-se-nos assim prova histórica de que o Todo-poderoso Deus Jeová pode curar uma nação, desde que ela o tome por Deus único e exclusivo.

17. (a) Por que não há agora templo de Jeová no Monte Mória? (b) A fim de descobrirmos se Israel foi curado pelo estabelecimento da república em 1948, que perguntas temos de fazer e obter a resposta para elas?

17 Hoje em dia, cêrca de dois mil e quinhentos anos desde então, olhamos para as colinas onde se achava a cidade santa de Jerusalém. Onde está o templo de Jeová, no morro ou monte Mória? Não se acha ali. Foi destruído pela potência mundial romana no ano 70 da era cristã. Deu-se isso pela mesma razão que em 607 antes de Cristo? Sim. Deu-se porque os israelitas se desviaram da adoração de Jeová. Por esta razão decisiva, sua cidade santa foi sitiada por diversos meses, capturada e destruída, junto com seu templo, e os 97.000 israelitas que sobreviveram à horrível destruição foram levados cativos e dispersados até os confins da terra, onde muitos se encontram atualmente. Mas, não foi a nação dêles curada desde 1948, quando se estabeleceu a república de Israel no meio das nações árabes? Não se curou a terra dêles com tôda a lavoura, o cultivo e as pesquisas petrolíferas que os israelenses estão fazendo? Para respondermos a estas perguntas com fatos indisputáveis, temos de perguntar: Foi reconstruído o templo de Jeová no Monte Mória? Confia a nação do moderno Israel em Jeová por proteção contra todos os seus inimigos? Comem, bebem e regozijam-se os israelenses sob o domínio do rei de Jeová, da tribo de Judá e da família real de Davi, como nos dias do Rei Salomão, o filho ungido de Davi? Floresce a sua terra como o jardim do Éden? São êles felizes como povo de Jeová, levando seu santo nome, como suas testemunhas?

18. Por que é um não a resposta a tôdas estas perguntas?

18 Por que é que a resposta a todas estas perguntas é um Não? Porque não são hoje a “nação que tem por Deus a Jehovah”; não são mais “o povo que ele escolheu para a sua herança”. (Salmo 33:12) A fim de apegar-se às tradições antibíblicas de seus antepassados e para seguir falsos instrutores religiosos, Israel rejeitou a Jeová como Deus. Por sua vez, Jeová rejeitou aquela nação infiel como seu povo e removeu dela seu nome. Desde então, êle tem posto seu nome sobre os que são dignos de levá-lo e de atuar como suas testemunhas.

19. Como disse isso o próprio Jesus Cristo aos israelitas de há mil novecentos anos? Que frutos produz hoje a república de Israel?

19 O próprio Jesus Cristo disse isso aos israelitas, há dezenove séculos. Disse-lhes: “Porque transgredis o mandamento de Deus por causa da vossa tradição? . . . Assim invalidais a palavra de Deus por causa da vossa tradição. Hipócritas, bem profetizou de vós Isaías: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim; adoram-me, porém, em vão, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.” E, alguns dias antes de êsses israelitas matarem Jesus Cristo, por causa das suas tradições humanas, êle lhes disse que tinham rejeitado o descendente prometido do Rei Davi, a quem Jeová Deus tinha ungido e enviado, e acrescentou então: “Portanto vos declaro que o reino de Deus vos será tirado e oferecido a uma nação que dará os frutos dele.” (Mateus 15:1-9; 21:42, 43) Desde que ela há de ser julgada pelos seus frutos, perguntamos: Produz a atual república de Israel os frutos do reino de Deus, em prova de que ela seja a Sua nação? Não; assim como não o fizeram seus antepassados de há dezenove séculos. As palavras condenatórias de Jesus continuam fiéis até agora: “Eis que a vossa casa vos é abandonada.” (Mateus 23:38, NM) Até o dia de hoje eles não têm templo no antigo local em Jerusalém. Até o dia de hoje não têm sacerdócio da família escolhida de Aarão, o irmão de Moisés. Seu govêrno não é uma teocracia. Sua república tenta produzir os frutos da organização das Nações Unidas.

QUAL É A NAÇÃO CURADA?

20. Como se apresentou Jesus Cristo a Israel? Por que foi chamado de Jesus e como se tornou Cristo?

20 Há dezenove séculos, Jesus Cristo veio à nação religiosa de Israel, no Oriente Médio, para fazer curas. O maior médico de todos, Jeová Deus, o Médico perfeito, enviara-o, do próprio céu, pois não havia humano que curasse, em qualquer parte da terra. De fato, seu nome Jesus é a forma abreviada do nome completo que significa “Jeová É Salvação”, enquanto que o título Cristo significa “Ungido”, isto é, o ungido por Jeová com seu espírito santo. Visto que êle havia de curar em nome de Jeová Deus, o anjo que anunciou seu futuro nascimento disse a respeito da sua virgem mãe: “Ela dará á luz um filho, a quem chamarás Jesus; porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.” (Mateus 1:20, 21) Quando Jesus veio a ter trinta anos de idade, seu primo, de nome João, imergiu-o nas águas do Rio Jordão, e quando saiu da água, houve um sinal do céu, mostrando que Deus estava ali ungindo o batizado Jesus com sua fôrça ativa invisível, ou seu espírito. (Mateus 3:13-17) Assim se tornou Jesus o Cristo ou Ungido. Daí iniciou a obra para a qual tinha sido ungido.

21. Como provou o próprio Jesus que fazia curas? Que disse seu discípulo Pedro sôbre êle?

21 Jesus Cristo, na terra, provou que fazia curas, embora a maioria dos israelitas rejeitasse seus serviços neste respeito. Jesus Cristo tem, naturalmente, um registro histórico de ter feito curas maravilhosas, sarando num instante os doentes, purificando num momento os enfermos, devolvendo aos aleijados a posição normal e o uso dos seus membros, e levantando até os mortos novamente para a vida, tirando uma das pessoas até do seu túmulo, onde tinha estado morta por quatro dias. Jesus partilhou até seu poder de curar com seus seguidores íntimos. Um dêles, chamado Pedro, disse: “Deus ungiu a Jesus de Nazareth com o espírito santo e poder, o qual andou por toda a parte, fazendo o bem e sarando a todos os oprimidos do Diabo, porque Deus era com ele; e nós somos testemunhas de tudo o que se fez na terra dos Judeus e em Jerusalém.” — Atos 10:38, 39.

22. Qual foi a maior cura feita por Jesus? E como falou disso a profecia de Isaías, conforme Jesus a leu em Nazaré?

22 No entanto, as maiores curas feitas por Jesus foram as das mentes e dos corações das pessoas, curas religiosas, curas espirituais. Toda aquela nação necessitava delas, não importava se estavam fisicamente doentes ou não. Todos êles viviam sob o jugo da potência mundial romana, que adorava tôda espécie de falsos deuses e deusas. Jesus tentou confortar os que amavam a liberdade e a sarar seus corações pela pregação de que “está proximo o reino dos céus”. Podia pregar isso porque êle mesmo era quem tinha sido ungido por Jeová Deus para ser o rei no vindouro reino de Deus. (Mateus 4:12-17; Lucas 17:20, 21) Certa vez voltou a Nazaré, onde tinha sido carpinteiro, e pregou na sinagoga ali. Tomando o livro profético de Isaías, leu estas palavras: “O espírito de Jeová está sôbre mim, porque me ungiu para declarar boas novas aos pobres, enviou-me para pregar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, para pregar o ano aceitável de Jeová.” Depois lhes disse: “Hoje se cumpriu esta escritura que acabais de ouvir.” (Lucas 4:16-21, NM) Mas, os nazarenos rejeitaram a cura que Jesus lhes oferecia.

23. Que liberdade e salvação ofereceu-lhes Jesus? Mas o que preferiram êles?

23 E assim como fizeram os nazarenos, assim fêz a nação tôda. Jesus disse-lhes: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discipulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Mas, êles recusaram a liberdade que lhes ofereceu por meio da verdade. (João 8:31, 32) Não foram libertos das opressões de Satanás, o Diabo, o falso “deus deste mundo”. Precisavam ser salvos dos seus pecados, mas afastaram-se de Jesus, o qual se tornou sacrifício humano pelos pecados, “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (João 1:29, 36) Preferiram os sacrifícios de ovelhas, de bodes, de touros e de pombas ao invés do corpo humano perfeito, sem pecado, de Jesus; não o queriam como verdadeiro Sumo Sacerdote de Deus com o único sacrifício aceitável. Não procuravam entender sua mensagem de Deus, nem creram nos sinais miraculosos que fazia.

24. Que profecia de Isaías aplicaram os escritores históricos da Bíblia àqueles israelitas? Por rejeitarem a cura espiritual, o que fizeram finalmente a Jesus?

24 Por esta razão, os escritores da história bíblica aplicaram àqueles israelitas descrentes as palavras que Deus proferiu por meio do profeta Isaías: “Neles se está cumprindo a profecia de Isaías, que diz: Certamente ouvireis, e de nenhum modo entendereis; certamente vereis, e de nenhum modo percebereis. Pois o coração deste povo se fez pesado, e os seus ouvidos se fizeram tardos, e eles fecharam os olhos; para não suceder que, vendo com os olhos e ouvindo com os ouvidos, entendam no coração e se convertam, e eu os sare.” (Mateus 13:14, 15; João 12:39, 40; Atos 28:24-28) Ao recusarem a cura espiritual por meio do Filho de Deus, ficaram condenados a morrer espiritualmente. Foi por isso que, na sua condição espiritualmente doente, mataram-no finalmente numa estaca de tortura, no ano 33.

25. De que modo é que se aproxima agora a cura das nações? Que aviso podem tôdas as nações tirar dos israelitas que rejeitaram a Jesus Cristo e suas curas?

25 Mas, o grande Médico de Jeová vive outra vez! É por isso que se aproxima a cura das nações, pois ele vive agora com todo o poder no céu e na terra, como descendente de Abraão, por meio do qual se prometeu bênção a todas as famílias e nações da terra. O maior Médico de todos, Jeová o Deus Todo-poderoso, ressuscitou o bom Médico dentre os mortos, no terceiro dia, e o fêz voltar a um lugar no céu, revestindo-o, porém, com poderes ainda maiores, num posto mais elevado. Mas, que tôdas as nações da terra fiquem avisadas: Em Israel, aquêles que recusaram a Jesus Cristo foram rejeitados como nação e nunca foram curados espiritualmente. Estando espiritualmente doentes e condenados à morte, sob as constantes opressões do Diabo, não receberam o reino de Deus e nunca produziram seus frutos. Veja a nação atual de Israel!

26. Como podemos saber qual é a nação de que Jesus disse que se lhe daria o Reino?

26 Visto que Jesus disse ao Israel antigo que o reino de Deus lhes seria tirado, qual, então, é a nação a que êle disse que o daria? Pelos seus frutos podemos dizer qual é a nação, pois ela tem de produzir os frutos do reino de Deus. Para receber o reino de Deus, ela tem de aceitar o reino de Deus.

27. (a) Que frutos produziram os líderes nacionais de Israel perante Pôncio Pilatos? (b) Por que não pode a nação a que se dá o Reino ser qualquer nação mundana?

27 Jesus, como Ungido de Jeová Deus, foi à nação israelita com uma mensagem: “O reino de Deus tem-se aproximado. Arrependei-vos e tende fé nas boas novas.” (Marcos 1:14, 15, NM) Certamente, os líderes nacionais dos israelitas não estavam arrependidos e não aceitaram o Reino quando instavam com o governador romano, Pôncio Pilatos, que Jesus fosse morto, dizendo: “Achamos este homem pervertendo a nossa nação, vedando pagar tributo a César e dizendo ser ele Cristo, rei.” Tampouco quando venciam as objeções do governador, gritando: “Todo aquele que se faz rei, opõe-se a César”, e: “Não temos outro rei senão Cesar.” (Lucas 23:1, 2 e João 19:12-15) Por se esforçarem assim para que Jesus fôsse pendurado numa estaca de tortura pelos soldados do César romano, aqueles israelitas estavam produzindo os frutos do reino de César, o perseguidor dos cristãos. Assim eram a nação da qual se tirou o reino de Deus, não a nação à qual foi dado. A nação favorecida com o reino de Deus não é nenhuma nação política dêste velho mundo. Nenhuma nação do mundo, desde aqueles dias até agora, podia ser aquela nação favorecida, pois, quando a vida de Jesus estava sendo julgada perante o governador romano, ele disse: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus súbditos pelejariam, para não ser eu entregue aos Judeus; mas agora o meu reino não é daqui.” (João 18:36) Não, o seu era o “reino dos céus”, não um reino de origem terrestre, humana.

28. Que espécie de nação é aquela a que se dá o Reino? Quando se iniciou?

28 A nação à qual se dá o reino de Deus é a nação que aceita o reino de Deus. É a nação que aceita a Jesus Cristo como aquele a quem Jeová Deus ungiu com seu espírito para ser o rei daquela nação. Não se trata duma nação política, nem de qualquer nação dêste velho mundo, que pretende ter sua própria soberania terrestre. É uma nação espiritual, uma nova nação, que pretende ter cidadania nos céus, junto com Jesus Cristo. Esta nova nação espiritual, com a capital do seu governo nos céus, começou no dia festivo de Pentecostes, isto é, cinquenta dias depois de Jeová Deus ter ressuscitado seu rei ungido dentre os mortos e o ter exaltado à sua própria destra nos céus.

29. Naquele dia, como usou Pedro a primeira das chaves para abrir o entendimento sôbre o Reino? Como se deu que cêrca de 3.000 tornaram-se parte da nação a que se dera o reino de Deus?

29 Naquele dia em Jerusalém, o apóstolo Pedro, ao qual Jesus deu então as “chaves do reino dos céus”, usou a primeira destas chaves por pregar a mais de três mil israelitas, abrindo-lhes o entendimento do reino dos céus. Pedro disse-lhes que o Rei Davi não tinha subido ao céu para tornar-se rei celestial, mas que ainda estava morto e enterrado até aquêle dia. Davi escrevera o Salmo 110 e somente profetizara a respeito de Jesus Cristo que êste seria ressuscitado dos mortos e ascenderia ao trono celestial de Deus. Disse Pedro: “Realmente, Davi não subiu para os céus, mas êle mesmo declara: ‘Disse Jeová a meu Senhor: “Senta-te à minha direita, até que eu faça dos teus inimigos um escabêlo para teus pés.”’ Por conseguinte, que toda a casa de Israel saiba com certeza que, a êste Jesus que vós pendurastes na estaca, Deus fê-lo não só Senhor, mas também Cristo.” Naquela mesma ocasião, cêrca de três mil israelitas e prosélitos arrependeram-se e aceitaram a Jesus tanto por Senhor como por Cristo, e foram batizados, tornando-se junto com Pedro parte da nação à qual se deu o reino de Deus, para produzir seus frutos. — Atos 2:29-41, NM.

30. Quando e como usou Pedro a segunda das chaves? Quem, desde então, tem sido feito parte da nação que produz frutos do Reino?

30 Menos de três anos e meio depois, cêrca de l.° de outubro de 36 E. C., Pedro, na terra, recebeu a segunda das chaves do reino dos céus. Foi enviado de Jope, no Oriente Médio, para o norte, a Cesaréia, para pregar ali, esta vez não a israelitas circuncisos, mas a não-israelitas incircuncisos, a italianos. Ali, no lar de Cornélio, oficial do exército do destacamento italiano, Pedro contou aos seus ouvintes como Deus tinha ressuscitado a Jesus dentre os mortos e o tinha feito Senhor nos céus: “E nos mandou pregar ao povo e testificar que ele é o que por Deus tem sido constituido juiz de vivos e mortos. A ele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo o que nele crê, recebe remissão de pecados.” O italiano Cornélio e os outros ouvintes creram na mensagem do Reino que Pedro lhes pregava, pois enquanto Pedro ainda falava, Jeová Deus, por meio de Jesus Cristo, derramou seu espírito santo sobre Cornélio e seus concrentes. Debaixo desta força ativa do céu, começaram a falar em idiomas diversos do seu próprio, e a glorificar a Deus. Esta era prova audível de que Deus fizera esses não-judeus incircuncisos parte da sua nova nação espiritual e que lhes dera o reino de Deus, para que produzissem seus frutos. Em face disso, Pedro “ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo”. (Atos 10:1-48) Desde que Pedro usou assim a segunda das chaves do reino do céu, os crentes que não são israelitas por nascença têm sido aceitos e feitos parte desta nação que produz os frutos do reino de Deus.

31. Que escreveu Pedro àquela nação para mostrar sua identidade e que eram uma nação curada?

31 Mais tarde, Pedro escreveu aos membros desta nação espiritual. Chamou atenção a como a sua própria nação terrestre de Israel tinha rejeitado a Jesus Cristo como rei e tinha, portanto, deixado de ser a nação escolhida de Deus, obrigando assim a Deus a produzir uma nova nação. Pedro disse então àqueles crentes ungidos de Cristo, o Senhor: “Vós sois ‘uma raça escolhida, um sacerdócio real, uma nação santa, um povo para possessão especial, para que declareis em toda a parte as excelências’ daquele que vos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz. Pois vós antes não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; vós éreis os a quem não se mostrou misericórdia, mas agora sois os a quem se tem mostrado misericórdia.” Pedro passa então a mostrar que esta nação é uma que tem sido curada por Deus, a nação à qual se perdoaram os pecados e se sanou a brecha entre ela e Deus pelo sacrifício de Jesus Cristo: “Êle próprio, por imputação, levou nossos pecados em seu próprio corpo sobre a estaca, a fim de que pudéssemos ter acabado com os pecados e vivêssemos para a justiça. E ‘pelos seus açoites fostes curados’. Pois éreis como ovelhas, desgarrados, mas agora voltastes ao pastor e superintendente de vossas almas.” (1 Pedro 2:7-10, 24, 25, NM) É somente por meio duma nação sarada que a cura de Deus pode ser oferecida às pessoas de rodas as nações.

HÁ CURA PARA A CRISTANDADE?

32. Por que não é aquela nação curada o corpo de cidadãos dos Estados Unidos da América?

32 Nunca antes houve maior necessidade de cura espiritual da parte de Deus do que agora. Felizmente há hoje alguns dessa nação curada na terra. Não, êsses curados não são o corpo de cidadãos dos Estados Unidos da América, embora Eisenhower prestasse o segundo juramento como presidente com a mão na Bíblia aberta em Salmo 33:12. Não importa quanto os Estados Unidos da América tenham dado do seu dinheiro e sustentado programas e serviços médicos, para melhorar a saúde das nações atrasadas do mundo, ela não é a nação escolhida cujo Deus é Jeová e para a qual todas as outras nações podem olhar em busca de cura espiritual que leve à vida eterna na perfeição de saúde, no novo mundo de Deus. Quem, na terra, dirá que os Estados Unidos estão hoje produzindo os frutos do reino de Jeová Deus? Quem negará que os Estados Unidos apoiam, não o reino dos céus, de Deus, mas a organização das Nações Unidas, que é tão dividida política e religiosamente como o é êste velho mundo? Como poderiam os Estados Unidos ser a nação de Deus para realizar a cura dos povos de todas as nações, quando êles mesmos estão necessitados da cura espiritual? Todas as outras nações da chamada cristandade, não menos que os Estados Unidos com suas centenas de religiões chamadas cristãs, precisam ser curadas espiritualmente, nem se falando de cura mental e física.

33. Que fatos duros mostram se a cristandade aceitou a cura espiritual ou não?

33 A cristandade alega agora ser a nação de Deus. Aceitará ela a Sua cura espiritual, para que, por sua vez, possa oferecer esta cura vitalizadora a outros? Absolutamente não; do mesmo modo como a Jerusalém de há dezenove séculos recusou a cura espiritual por meio de Jesus Cristo e não escapou da destruição. A profecia bíblica, apoiada pelos eventos mundiais desde que irrompeu a Primeira Guerra Mundial em 1914, prova que naquele ano se estabeleceu o reino dos céus, de Deus, Jesus Cristo estando à destra Dele. As testemunhas de Jeová, com sua sede terrestre nos Estados Unidos da América, têm produzido, especialmente desde o fim da Primeira Guerra Mundial, os frutos do reino de Deus, cumprindo a seguinte profecia, que Jesus Cristo proferiu a respeito do fim do mundo: “Estas boas novas do reino serão pregadas em tôda a terra habitada, com o propósito de dar testemunho a todas as nações, e então virá o fim consumado.” (Mateus 24:14, NM) Será que tôda a cristandade, especialmente os Estados Unidos da América, tem aceitado as boas novas do Reino, sendo curada espiritualmente, e começado a produzir os frutos do reino de Deus? As perseguições por parte da cristandade e o ódio que ela tem aos que pregam as boas novas do Reino proclamam um estrondoso Não! Consequentemente, em contraste com mais de 804.000.000 de pretensos cristãos, de centenas de diferentes seitas religiosas, há apenas cerca de 700.000 testemunhas de Jeová que pregam estas boas novas do reino estabelecido de Deus em tôda a terra habitada, em testemunho a todas as nações, antes que venha o fim delas na guerra universal do grande dia do Deus Todo-poderoso. — Apocalipse 16:14, 16.

34. Por que morrerá a cristandade para sempre? Por que devemos evitá-la?

34 Não espere ninguém que a obra curativa de Deus venha por meio da cristandade dividida. A profecia de Jeremias diz a respeito dos líderes religiosos dela: “Porque desde o menor até o maior cada um está entregue à cobiça, desde o profeta até o sacerdote cada um procede aleivosamente. Eles curam superficialmente o mal da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz: quando não há paz.” Daí, descrevendo as expectações dos que apoiam a cristandade, a profecia acrescenta: “Aguardamos a paz, porém não chegou bem algum; e o tempo da cura, e eis o pavor!” (Jeremias 8:10, 11, 15) Como foi com a Jerusalém dos tempos antigos, assim é com seu equivalente religioso atual, a cristandade; não há cura para ela. Ela tem de morrer, para sempre! Ela continuará a preferir César a Cristo. Continuará a preferir a organização das Nações Unidas ao reino dos céus, de Deus, até achar-se no Armagedon, junto com todo o resto do mundo não curado, no campo da batalha final com Jeová, o Deus Todo-poderoso. Ali, em guerra com êle, ao invés de estar em paz com êle, receberá dêle o golpe do Armagedon, e ela nunca se recobrará disso. As testemunhas de Jeová dizem hoje a respeito dela e de todos os seus aliados mundanos o mesmo que as Suas testemunhas disseram a respeito da Babilônia de há muito: “Teríamos sarado a Babilônia, porém não está sarada; abandonai-a, e vamo-nos, cada qual para sua terra; pois o seu juizo chega ao céu, e se eleva até as nuvens.” (Jeremias 51:9; Apocalipse 18:1-5) Infecção que leva à morte, não cura que leva à vida é o que procede da cristandade. Evite-a!

O MEIO DE CURA

35. Por que morrerá o velho mundo dentro desta geração dos homens? No entanto, por que está próxima agora a cura espiritual para pessoas de tôdas as nações?

35 Êste mundo dividido, suas nações e sistemas humanos são incuráveis. Para êles, aproxima-se a destruição, não a cura. Nem Jeová Deus, nem Jesus Cristo está tentando converter êste velho mundo para salvá-lo. Êste acha-se no seu leito de morte, e as profecias da Palavra de Deus predizem seu fim dentro da geração que está vivendo desde 1914. (Mateus 24:33, 34) Não obstante, “a cura das nações” tem-se aproximado, visto que a cura espiritual que leva à vida eterna no novo mundo de Deus está agora acessível às pessoas de todas as nações. Ninguém, não importa de que nacionalidade, está impedido de ir a Jeová Deus em busca desta cura. A razão é que o reino de nosso Pai no céu, pelo qual se ora cada vez que se repete o Pai-Nosso, está dominando nos céus. Tem estado dominando desde 1914, quando Jeová Deus entronizou e coroou seu Filho, Jesus Cristo, à sua destra, ordenando-lhe que dominasse no meio dos seus inimigos e os esmagasse em pedaços na vindoura batalha do Armagedon. (Mateus 6:9, 10; Salmo 110:1-6) Procedente deste reino de Deus e do seu Cristo, o Cordeiro sacrificado de Deus, corre agora um rio que traz cura, do qual todos podem beber, não importa de que nacionalidade, raça, cor, língua ou religião anterior sejam. Isto é belamente ilustrado para nós, em símbolos proféticos, no último capítulo da Bíblia:

36. Como foi isto representado para nós em Apocalipse 22:1-3, 17?

36 “E mostrou-me o rio da água da vida, claro como cristal, que corria do trono de Deus e do Cordeiro, pelo meio do seu caminho largo. E deste e doutro lado do rio estavam as árvores da vida, que produzem doze safras de frutos, dando seus frutos cada mês. E as folhas das árvores são para a cura das nações. E não haverá mais nenhuma maldição. Mas nela [na cidade] estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus escravos lhe prestarão serviço sagrado, . . . E o espírito e a noiva continuam a dizer: ‘Vem!’ E quem ouve, diga: ‘Vem!’ E quem tem sêde, venha; quem quiser, tome de graça a água da vida.” — Apocalipse 22:1-3, 17, NM.

37. Por que necessitava o restante da Nova Jerusalém a cura espiritual em 1918?

37 A cidade, por cuja rua larga corre êste rio da água da vida, é a Nova Jerusalém, a nação espiritual composta de discípulos, que Jeová Deus casa com o Cordeiro Jesus Cristo, sendo eles sua noiva. Ainda há na terra um restante fiel de alguns milhares desta nação espiritual que se destina à Nova Jerusalém celestial. Durante a Primeira Guerra Mundial, estes cidadãos da Nova Jerusalém sofreram grandemente às mãos dos inimigos do reino de Deus, que tinha sido estabelecido em 1914. No fim daquela guerra global, em 1918, êste restante perseguido e oprimido precisava de cura, para que pudesse recuperar as forças e levantar-se para fazer a obra que Deus tinha para êles no período do após guerra, até a guerra universal do Armagedon. Assim como, há muito, êle curou a antiga Jerusalém, em 537 antes de Cristo, assim curou o restante, hodierno da Nova Jerusalém, em cumprimento da seguinte profecia:

38. Que profecia de Jeremias cumpriu a cura dêles?

38 “Eis que lhe trarei a ela saúde e cura, e os sararei, e lhes revelarei a abundância de paz e de verdade. ... Purificá-los-ei de toda sua iniquidade, em que pecaram contra mim; e lhes perdoarei todas as suas iniquidades, com que pecaram contra mim, e com que transgrediram contra mim. Esta cidade me servirá de nome, de gozo, de louvor e de glória, diante de todas as nações da terra, que ouvirem todo o bem que eu lhes estou fazendo, e que temerem e tremerem por causa de todo o bem e por causa de toda a paz que eu lhes estou proporcionando.” — Jeremias 33:6-9.

39. Quem se tornou um nome de alegria para Jeová? De que modo serviram como árvores que crescem junto ao rio das águas da vida?

39 Não a velha cidade murada da Jerusalém atual, no Oriente Médio, mas o restante ungido da Nova Jerusalém celestial tem-se tornado para Jeová Deus um nome de gozo, para seu louvor perante todas as nações, pois êstes cristãos verdadeiros e ungidos têm sido chamados pelo Seu nome e têm-se tornado Suas testemunhas, sim, testemunhas de Jeová. (Isaías 43:10-12) Tornaram-se como aquelas árvores de vida, que crescem abundantemente em ambas as margens do rio da água da vida, produzindo mensalmente os frutos do reino de Deus. Mesmo as folhas sempre frescas destas simbólicas árvores da vida, por meio das quais purificam a atmosfera e oferecem sombra refrescante, têm fins curativos, “a cura das nações”. Desde o fim da Primeira Guerra Mundial elas têm produzido tais frutos e fornecido estas folhas de cura para a cura espiritual do povo de todas as nações. Como? Por cumprirem a profecia que Jesus disse que tinha de ser e seria cumprida antes que se desse o fim dêste velho mundo dividido no Armagedon, a saber: “Sereis odiados por tôdas as nações por causa do meu nome. E estas boas novas do reino serão pregadas em tôda a terra habitada, com o propósito de dar testemunho a tôdas as nações, e então virá o fim consumado.” (Mateus 24:9, 14, NM) Estas boas novas do reino estabelecido, enviadas desde o trono de Deus e do seu Cordeiro, é como rio de água da vida, correndo pelo meio da sua Nova Jerusalém, sua escolhida nação espiritual, cujo Deus é Jeová. Corre para todos os que estão em perigo de morrer de sede.

40. Quem veio àquelas árvores simbólicas de vida? Como aceitaram o convite de dizer ’Vem!’ a outros?

40 Centenas de milhares de pessoas de boa vontade, em mais de 160 nações, províncias, territórios e ilhas, já têm visto como Jeová curou o restante da sua nação espiritual por meio da sua verdade e do seu espírito, e como êle os tem encaminhado para a vida eterna no reino celestial, como “noiva” de Cristo. Vendo-se em perigo de serem destruídos junto com êste velho mundo incurável no Armagedon, eles também desejam ser curados espiritualmente, para obterem a vida no novo mundo, numa terra paradisíaca, debaixo do reino celestial de Deus. Por isso aproximam-se e comem dos frutos mensais das árvores da vida. Segundo a evidência, reconhecem estas árvores pelo que são, testemunhas de Jeová, e êles se colocam na sombra da sua organização teocrática que dá cura e recebem a cura espiritual. Aceitam o convite desta classe da “noiva”, de virem ao rio, nas margens do qual crescem as árvores da vida. Bebem dêle. Depois, nutridos dos frutos do Reino, curados pelas folhas das árvores, e tendo saciado a sêde com as águas da vida, do rio, usam sua nova força espiritual para aceitar o convite divino: “E quem ouve, diga: ‘Vem!’ ” Portanto, juntam-se ao restante, da classe da “noiva” e tornam-se testemunhas perante tôdas as nações, pregando as boas novas do reino celestial em tôda a terra habitada. Ao fazerem isso, participam em estender o convite: “E quem tem sede, venha; quem quiser, tome de graça a água da vida.”

41. Que instrução se lhe dá quanto a êste convite, em benefício de sua saúde espiritual?

41 Está agora ouvindo êste convite. Aceite êste convite, se não o fêz ainda. Beba das águas vitalizadoras da verdade, que Jeová Deus faz agora manar da sua Palavra escrita, a Bíblia Sagrada. Ao estudar a Bíblia, associe-se com essas simbólicas árvores da vida, que produzem frutos e que curam, e com todos os que já se uniram a esta nação espiritual, cujo Deus é Jeová e que êle escolheu para sua herança. Seja curado espiritualmente. Deixe que se elimine a brecha mortal que existe entre sua pessoa e Jeová Deus. Esteja em união, em relação amistosa com êle, para não ser destruído como seu inimigo no Armagedon. Busque o perdão dos seus pecados por meio do Seu Cordeiro, Jesus Cristo, e seja liberto da condenação à morte eterna. Permita que a verdade da Palavra de Deus o liberte. Renove a sua mente perturbada para o modo de pensar pacífico e saudável de Deus. Deixe que êste velho mundo incurável pereça na morte agonizante no Armagedon e dê a sua devoção leal ao reino de Deus por Cristo, sendo assim liberto das opressões de Satanás, o Diabo, “o deus dêste mundo”.

42. A que oportunidades de sobrevivência e vida nos candidatamos? Como?

42 Deixe que seu coração quebrantado sare por conhecer o consolo e a alegria de praticar a religião verdadeira, a adoração do único Deus verdadeiro em espírito e em verdade. Diga a outros como tem sido curado espiritualmente, e convide-os e oriente-os para as margens do rio, a fim de beberem da água da vida eterna. Coloque-se na posição de ser protegido por Deus durante o fim deste velho mundo moribundo e de sobreviver em excelente saúde espiritual para o novo mundo de Deus, debaixo do seu reino, para ali ser ainda curado fisicamente, até alcançar a perfeição humana no paraíso restaurado, onde não haverá mais morte como penalidade do pecado do primeiro homem. (Apocalipse 21:1-4) Reconheça os poderes curativos do grande Médico celestial, Jeová, e aproveite-se agora da cura que se tem aproximado a todos os povos de todas as nações, por meio do Seu reino por Jesus Cristo.

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