A Vontade Suprema a Ser Feita
Eis que venho para fazer, ó Deus, a tua vontade.’ — Heb. 10:7
1, 2. (a) Que ligação há entre a vontade de Deus e a vida infindável de suas criaturas? (b) Qual é a escolha correta para os que hoje se mantêm retos?
OS VENCEDORES viverão para todo o sempre, segundo a vontade suprema de Deus. (Apo. 2:10, 11; 21:6, 7) O principal vencedor é Jesus Cristo, Aquele que disse: “No mundo tereis tribulações; mas tende bom animo, eu tenho vencido o mundo’ (João 16:33) Depois que o Deus vivo, Jeová, ressuscitou da morte na terra e glorificou no céu a este principal Vencedor, que havia sido morto, Jesus interpôs-se repentinamente no caminho de um homem, na antiga Síria, de um perseguidor homicida, chamado Saulo de Tarso. Jesus disse-lhe: “Para este fim fiz-me visível a ti, a fim de escolher-te como . . . testemunha . . . livrando-te . . . das nações, às quais eu te envio, para abrir seus olhos, para desviá-las . . . da autoridade de Satanás para Deus.” (Atos 26:16-18, NM) Naquele tempo e antes dos nossos dias (por quase seis mil anos até 1914 E. C.), foi a “autoridade de Satanás” que este principal iníquo exercera livremente sobre todo este mundo ou sistema de coisas que Jesus Cristo venceu e que seus seguidores tem de vencer.
2 Quando estava na terra, Jesus ensinou verazmente: “Ninguém pode ser escravo de dois mestres; pois, ou odiará a um e amará ao outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis ser escravos de Deus e das Riquezas.” (Mat. 6:24, NM) Pergunte-se, então, sèriamente, se o Mestre amado a quem Jesus serviu e continua a servir é também seu Mestre nobre e amado a quem está servindo. Já se tornou escravo do Deus supremo, igual a Jesus? Em outras palavras, escolheu deliberada e voluntàriamente atender e obedecer ao Mestre de Jesus, o verdadeiro Deus, Jeová? Igual a Jesus, deleita-se em fazer a vontade de Deus? Desviou-se positivamente da “autoridade de Satanás“ para a autoridade do Supremo, por dedicar deliberada e voluntariamente a sua vida ao serviço de Jeová? Talvez pergunte: O que é dedicação?
3. Que significa a dedicação?
3 Dedicação significa separar-se voluntariamente com o objetivo de se devotar a uma deidade, a um propósito sagrado, ou a uma determinada pessoa, a um princípio, a uma ciência, a uma nação, ou até mesmo a uma ocupação escolhida ou a um modo de vida. A dedicação que tem o maior significado e é de maior importância dá-se quando a pessoa se separa de todos os outros empreendimentos e se oferece solenemente a uma pessoa divina, em devoção a Jeová Deus. Isto significa fazer que a sua vontade se conforme à vontade do Deus Altíssimo. A dedicação à Pessoa Divina tem de ser incondicional, sem reservas. Não pode ser uma devoção ou dedicação dividida, porque a dedicação sob reservas seria inválida aos olhos de Jeová Deus. Êle exige a devoção exclusiva ou absoluta. — Êxo. 20:5; 34:14; Deu. 4:24; 6:15, NM.
4. Como considerou Jesus a dedicação?
4 O exemplo perfeito de como se faz a dedicação encontramos no Filho de Deus, Cristo Jesus. A sua dedicação de si mesmo está resumida nas palavras: “Em fazer a tua vontade, Deus meu, eu me deleito.” Sua devoção a Deus foi inteiramente singela. Não permitiu que nada interferisse nela ou a limitasse. Jesus, na terra, conhecia seu Pai no céu, cujas leis sabia e amava. Estava familiarizado com o que aconteceu à nação de Israel e com outros que violaram sua relação pactuada para com o Deus Todo-poderoso. Tal conhecimento fez que Jesus estivesse tanto mais ansioso, sim, tanto mais inflexível em querer conformar a sua própria vontade à vontade de seu Pai. — Sal. 40:8; João 4:34; 6:38.
5. (a) Que se exige do cristão que fêz a sua dedicação? (b) Por que é essencial que haja uma mudança radical nos hábitos de vida?
5 Conseqüentemente, quando alguém faz uma dedicação para fazer a vontade de Jeová Deus, significa uma mudança completa de seu proceder anterior na vida, do proceder comum neste mundo que tem estado sob a “autoridade de Satanás”. As inclinações do dedicado mudam, bem como seus desejos. Esta mudança não se dá automaticamente, mas é o resultado da remodelação da mente do modo de pensar e de agir nos moldes do velho mundo para um novo modo de pensar e agir. E o resultado de meditação calma, cuidadosa, sóbria quanto à Palavra de Deus, e não uma mudança miraculosa ou emocional que se dê completamente num instante. A tendência normal da mente humana é para o pecado, porque nossos primeiros pais, Adão e Eva, escolheram deliberadamente fazer a vontade de Satanás, o inimigo de Jeová Deus, e esqueceram qual era a vontade do verdadeiro Deus para com êles. “Por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, visto que todos pecaram.” (Rom. 5:12) Fomos moldados em iniqüidade, sob a condenação à morte, segundo esta norma pecaminosa. É por isso que é imperioso que haja uma mudança. É por isso que é tão importante que a mente absorva conhecimento novo, e êste da Palavra de Deus. Deve ser contínuo o desvio do velho modo de pensar, moldado segundo êste velho mundo ou sistema de coisas. Tem de haver um reconhecimento do novo — o desejo de mudar ou de arrepender-se do proceder antigo e de remodelar o modo de viver segundo as novas normas. Isto significa aceitar o conselho de Paulo: “Despojai-vos da velha personalidade com as suas práticas, e revesti-vos da nova personalidade que, por meio de conhecimento acurado, se renova segundo a imagem daquele que a criou, . . . para que andeis de maneira digna de Jeová, com o fim de agradar-lhe plenamente, ao continuardes a dar fruto em tôda boa obra e ao crescerdes no conhecimento acurado de Deus.” Isto mostra que há uma mudança completa no padrão de vida da pessoa, passando daquele do velho mundo para o do novo mundo. Neste respeito, temos de ter em mente que foi a favor dêste novo mundo de justiça que Cristo Jesus deu o seu sangue vital, porque é no novo mundo que se alcançará a vida eterna. Segundo o que João escreveu, o mundo atual está passando. “Não ameis nem o mundo, nem as coisas no mundo. . . . Além disso, o mundo está passando e assim também o seu desejo, mas aquêle que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” — Col. 3:9, 10; 1:10; 1 João 2:15, 17, NM.
6. Por que podemos dizer que uma criatura humana, do dia atual, é à imagem de Deus?
6 Visto que o velho mundo está passando, o cristão tem de dar-lhe as costas, a fim de continuar a viver no novo mundo. Daí, quando ele transformou a sua mente, quando seu modo de pensar mudou para se conformar à Palavra do Deus Todo-poderoso, pode-se dizer corretamente que ele é à imagem de Deus, assim como era originalmente Adão, antes da transgressão. Quando a pessoa se molda segundo o conhecimento superior de Deus, então se pode dizer corretamente que a criatura voltou a ser à imagem de Deus. Isto não significa que a pessoa, neste ponto, tornou-se perfeita, mas o seu modo de pensar voltou-se para o modo de pensar elevado de Jeová Deus. Ao adotar tal proceder, a pessoa torna-se agradável e aceitável ao Deus Todo-poderoso.
A ATITUDE MENTAL CORRETA ANTES DA DEDICAÇÃO
7. O que é o arrependimento? Por que se exige isso?
7 A pessoa humilde e arrependida está descrita nas palavras de Isaías: “Deixe o iniquo o seu caminho, e o injusto os seus pensamentos: volte-se para Jehovah, porque se compadecerá delle; e para o nosso Deus, porque muito perdoará.” Isto mostra quão fácil é chegar-se a Jeová. O humilde que deseja achá-lo, será recebido por Jeová por intermédio do seu Filho; Cristo Jesus. Êle perdoará à criatura os pecados herdados em razão de ter nascido de pais pecadores. Paulo mostra outrossim a importância de se pôr de lado a velha personalidade, dizendo: “Que vos despojeis da velha personalidade que se conforma ao vosso procedimento anterior e que se corrompe segundo seus desejos enganosos; mas, . . . que sejais feitos novos na fôrça que ativa vossa mente, e vos revistais da nova personalidade que foi criada, segundo a vontade de Deus, em verdadeira justiça e benignidade.” Paulo chama assim vividamente à nossa atenção que o nosso modo de vida e nossos desejos antigos têm de ser completamente esquecidos. Desta maneira, o novo modo de pensar, adquirido pelo estudo da Palavra de Jeová, e o conhecimento dos seus propósitos, será a fôrça motivadora na vida do cristão. — Isa. 55:7; Efé 4:22-24, NM.
8. Depois da conversão, que qualidades deve a pessoa cultivar?
8 Depois que se deu a conversão da mente, a pessoa terá o máximo respeito por Jeová e pela Sua Palavra. Seguirá a admoestação de Paulo: “Revesti-vos das ternas afeições da compaixão, bondade, humildade da mente, mansidão e longanimidade.” Estas qualidades não se encontram no velho mundo, mas apenas no novo. Embora as palavras de Paulo fossem escritas a cristãos, uma expressão muito mais antiga de Jeová mostra como êle avalia tais características: “O que me interessa são criaturas humildes, quebrantadas, que se mantêm em reverência diante de tudo o que eu digo.” A pessoa humilde mostra a máxima reverência pelo Deus Altíssimo, Jeová. — Col. 3:12, NM; Isa. 66:2, Mo.
9. Que espécie de servidão se exige e era que se deve basear?
9 Como pode uma pessoa comum manifestar amor firme e indiviso ao Criador Todo-poderoso? Ora, ela tem de estar exclusivamente devotada a Êle e ter no coração um zêlo ardente de servi-lo como um escravo voluntário serve o seu amado senhor. Servir significa obedecer. Os que obedecem a Jeová fazem-no de amor por êle: “Se alguém me amar, observará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos a êle, e com êle faremos a nossa morada. Aquêle que não me ama, não observa as minhas palavras; e a palavra que estais ouvindo não é minha, mas pertence ao Pai que me enviou.” (João 14:23, 24, NM) O amor é, de fato, a soma e a substância de toda a lei de mandamentos de Deus. Cristo Jesus o confirmou assim, dizendo: “Tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de tôda a tua mente, e de tôda a tua força [vital].” Certamente não se omite nada. Exige-se que a criatura ame e sirva o Criador, Jeová, de modo completo, em lealdade fiel vinda do coração. — Mar. 12:30; Deu. 6:5, NM.
10. (a) Como deve a pessoa considerar a si própria depois da dedicação? (b) Até que ponto tem de se ser submisso a Jeová?
10 Isto significa, da parte dos verdadeiros seguidores de Cristo, que têm de esquecer-se a si mesmos completamente, assim como êle disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo.” Aquele que nega a si mesmo, nega os seus próprios objetivos pessoais e a sua escolha duma carreira na vida. Em lugar disso, busca ter por vontade fazer a vontade e os propósitos de Jeová a respeito do presente e do futuro. Depois se comporta concordemente.
A DEDICAÇÃO TRAZ RESPONSABILIDADE
11. (a) Que conceito se deve formar sôbre a responsabilidade? (b) Segundo que exemplos deve o cristão moldar a sua vida?
11 Isto coloca realmente um pesado fardo de responsabilidade sobre aquele que dedica a sua vida a Jeová. A fidelidade em se levar este fardo é mandatória, não dependendo do critério da pessoa. Significa renunciar voluntariamente à escolha pessoal dum rumo ou modo de vida, para que se faça a vontade de Deus. Talvez resultem disso ridículo, vitupério, dificuldades, perseguição, tortura ou encarceramento para a pessoa, por ter escolhido adotar o proceder da Testemunha principal de Jeová, Cristo Jesus. O dedicado continua a seguir a Jesus, através de tôdas essas circunstâncias, fazendo a vontade de Jeová. Reconhece que concordou em fazer a vontade de Deus. Portanto, deve ter uma atitude positiva quanto à sua responsabilidade, assim como Isaías teve, quando disse: “Eis-me aqui; envia-me a mim.” Ao passo que se aprende a Palavra de Deus e se reconhece esta responsabilidade, não se acha que a responsabilidade seja demasiado pesada. Nem é a pessoa covarde a respeito dela ou temerosa de fracassar. Visto que ela espera viver no novo mundo eterno de Jeová, continua obedecendo à Palavra de Deus de que ’não tema’; vence o espírito do medo e da covardia. Lembra-se da revelação de Jeová, visto e anotada por João: “Eu vi um novo céu e uma nova terra, pois o céu anterior e a terra anterior já tinham passado, . . . Todo aquele que vencer herdará estas coisas, e eu serei seu Deus e êle será meu filho. Mas, quanto aos covardes, e aos que não têm fé . . . e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre. Isto significa a segunda morte.“ Paulo, também, deu a Timóteo uma admoestação mui encorajadora e convincente, escrevendo: “Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de poder, e de amor, e de sanidade mental. Portanto, não fiques envergonhado do testemunho acêrca de nosso Senhor, nem de mim que sou prisioneiro pela causa dêle, antes, toma a tua parte em sofrer o mal pelas boas novas segundo o poder de Deus.” Não esperamos seriamente entender o significado da dedicação por olharmos para Judas Iscariotes ou para outros que fracassaram, inclusive o próprio Satanás; mas olhamos para a longa lista de vencedores fortes, fiéis e corajosos mencionados na Bíblia. Vemos na sua maneira de viver padrões que merecem ser copiados. Podemos ser tão determinados como êles o eram. Podemos ser servos obedientes de Deus, como êles o eram. Os primitivos cristãos, inclusive os apóstolos, fiéis, de Cristo, não eram nada temerosos. Depois houve também homens tais como Abraão, Isaac, Jacó e Davi, e mulheres tais como Sara, Raab, Débora e Jael, bem como muitos outros numa longa lista de testemunhas de Jeová, corajosas e fiéis ao pacto, que remonta até o tempo do justo Abel. Êles possuíam uma forte âncora da esperança no poder supremo de Jeová, até mésmo de êle ressuscitar os mortos. Tal fé fortalecedora fará que a pessoa não tema o inimigo, embora lhe custe a sua vida física no tempo atual. — Luc. 9:23; Isa. 6:8; Apo. 21:1, 7, 8; 2 Tim. 1:7, 8, NM.
12. Que escolha se apresenta a cada cristão verdadeiro?
12 A escolha que a pessoa faz do seu proceder na vida é uma responsabilidade pessoal, assim como Moisés indicou: “Te propuz a vida e a morte, a bençam e a maldição. Escolhe a vida para que vivas, tu e a tua semente.” Mas, como pode alguém agora escolher a vida? Por adotar o proceder delineado para o verdadeiro cristão, “amando a Jehovah teu Deus, obedecendo á sua voz e apegando-te a elle; pois isso é a tua vida, e o prolongamento dos teus dias”. Escolhemos a vida por nos dedicarmos inteiramente a Jeová, na expectação de obedecer-lhe para sempre e de levarmos nosso fardo de responsabilidade. — Deu. 30:19, 20.
13. (a) Que decisão fêz Josué? (b) Que acontece, em nossos dias, àqueles que não fazem a escolha correta?
13 Também Josué mostrou candidamente a escolha pessoal exigida para se dar a devoção exclusiva a Jeová. “Se vos parece mal o servirdes a Jehovah, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram vossos paes alem do Rio, ou aos deuses dos Amoreus, em cuja terra habitaes. Eu e minha casa, porém, havemos de servir a Jehovah.”(Jos. 24:15) Cada pessoa não dedicada tem a mesma liberdade de escolha. Esta escolha determinará o seu destino, se este será a vida ou a morte. Neste dia do poder de Jeová, se alguém recusar dedicar-se para servir a Jeová, a sua vida findará permanentemente no Armagedon (se não antes), como pecador condenado. Ao se chegar ao ponto em que se deseja servir a Jeová de todo o coração, alma e mente, a questão não é: ‘Devo eu dedicar-me? A dedicação para fazer a vontade de Deus é o proceder já anteriormente delineado por Cristo Jesus. A pessoa deve perguntar-se, portanto: Tenho eu o entendimento correto da vontade de Jeová e do que ele exige, para que eu possa concordar em ser um verdadeiro seguidor das pisadas de Cristo Jesus, para fazer doravante a vontade de Jeová? Ao se chegar a tal entendimento correto, não há hesitação da parte daquele que deseja sinceramente servir a Jeová. Este passo positivo para a frente foi delineado por Jeová. Tem de se dar este passo para se alcançar a vida. Aquele que concorda em ser um seguidor das pisadas de Cristo, e que cumpre este acordo, é deveras um cristão. O seguidor obediente de Cristo confessa ou simboliza então públicamente tal dedicação perante outros pelo batismo em água.
O QUE A DEDICAÇÃO SIGNIFICA PARA A PESSOA
14. (a) O que precede a dedicação? (b) O que segue à dedicação? (c) O que está incluído na dedicação da pessoa a Jeová?
14 Antes da dedicação vem um escrutínio íntimo. A pessoa tem de reconhecer que a sua dedicação representa ‘voltar-se para Jeová’. Isto significa arrepender-se õu desviar-se do modo de vida desobediente e pecador do velho mundo que se levou até aquele momento. Como pecador, o arrependido vê-se então do ponto de vista de Jeová. Reconhece a provisão amorosa de Jeová, de ter dado Cristo Jesus como Redentor, Resgatador ou Remidor. Reconhece que pode, por exercer fé no valor redentor ou resgatador do sangue derramado de Cristo Jesus, ser trazido corretamente em harmonia ou unidade com o Santo, Jeová. Daí ocorre uma mudança. Não é uma mudança milagrosa, mas é o começo duma nova atitude mental que daí em diante molda o rumo da vida da pessoa como fazedor firme e voluntário da vontade revelada de Deus. Neste respeito, a dedicação marca a decisão que tem de ser feita. Quando a pessoa dedica a sua vida a Jeová, espera que Jeová cumpra as suas promessas, e não há dúvida de que Jeová o fará. Jeová, também, espera que aquele a quem ele aceita cumpra a sua dedicação. Não há tal coisa como uma dedicação parcial; isto é, refrear-se ou decidir (Continua na página 115)
VONTADE SUPREMA A SER FEITA (Continuação da página 104)
mentalmente dedicar-se a Jeová com certas limitações. Não se deve permitir que nada ponha em perigo a totalidade da dedicação. Realmente, portanto, esta dedicação a Jeová traz consigo uma séria responsabilidade. A pessoa não deve permitir que seja levada à atitude mental de que a pregação da Palavra de Deus dependa apenas de seu critério. A obra ministerial é uma parte obrigatória da designação de trabalho, assim como foi também no caso de Cristo Jesus. A ocasião de sua dedicação mareou o início de sua obra ministerial, e êle nunca se desviou, nem permitiu que algo interferisse no seu novo rumo na vida, que êle determinou e concordou em adotar.
15. A que se pode comparar a dedicação?
15 Desde que isso marcou o início, pode ser comparado ao dia em que a pessoa nasce; isto é, ao início de sua nova vida. Antes disso gozava-se apenas de uma medida muito pequena de vida humana, e esta sob condenação, por estar nos moldes do estado decaído de Adão.
16, 17. (a) Como deve a pessoa recém-dedicada considerar êste passo importante? (b) Qual será o objetivo da pessoa recém-dedicada?
16 Assim como se fosse criança, a pessoa tem de estar ansiosa de aprender e de continuar a aprender até chegar à madureza. Observamos como a criança está ansiosa de imitar os pais; e depois vemos também que impulso a criança tem para atingir o estado adulto de homem ou de mulher. De fato, está disposta a estudar àvidamente para alcançar isso. A mente da criança está alerta para adquirir conhecimento, porque não tem o desejo de ficar na infância ou mesmo no estado de adolescência. Portanto, o cristão “recém-nascido” deve dar consideração à sua vida futura.
17 As crianças estão sempre ansiosas de fugir da alimentação à base de leite ou de comida mais suave. Estão ansiosas de comer o alimento sólido que seus pais comem, conforme observam, porque reconhecem que o alimento sólido é para pessoas maduras. E assim é com os cristãos, conforme aconselhados por Paulo: “Mas o alimento sólido é para as pessoas maduras, para aqueles que, pela prática, têm suas faculdades perceptivas exercitadas para discernir tanto o certo como o errado. Por esta razão, agora que deixamos a doutrina elementar acerca do Cristo, avancemos à madureza, não lançando de novo um fundamento, a saber, o arrependimento de obras mortas, e a fé em Deus, o ensino sobre batismos e a imposição de mãos, a ressurreição dos mortos e o juízo eterno.” — Heb. 5:14-6:2, NM.
18. Que deve buscar o dedicado? O que alegrará o seu coração?
18 O cristão deve buscar ansiosamente o conhecimento, para que possa alcançar a madureza espiritual e possa cumprir melhor a sua dedicação, ajudando depois outros e assim lhes ajudando a alcançar a vida. Isto pode ser comparado aos jovens que chegam à madureza. Quando atingem êste estado de madureza e se casam, trazem novos filhos ao mundo. Assim é com os cristãos maduros. Por dizerem: “Vem!” fazem que outros venham, e então estes novos ouvintes desviam-se do seu proceder anterior, estudando também e chegando ao ponto de dedicarem suas vidas a fazer a vontade de Jeová. É uma condição maravilhosa e feliz viver-se na madureza cristã e observar isso.
19. Por que é importante que aquêle que pensa em fazer a sua dedicação calcule sèriamente o custo?
19 Ao ponderar o assunto da dedicação, a pessoa talvez pense: ’Eu não acho possível fazer esta obra ministerial ou participar nela; no entanto, eu amo a Deus e vou servi-lo. Dar-lhe-ei o pleno reconhecimento na minha vida, mas, quanto a fazer uma dedicação completa, isto é o que não posso fazer.’ No princípio, a pessoa talvez tenha tais pensamentos; mas, se ela tiver esta atitude mental, então deve continuar a estudar, absorvendo conhecimento acurado, porque os pensamentos mais maduros lhe ajudarão a fazer a decisão correta. Pode-se comparar isso ao homem que, olhando para o futuro, planeja construir uma casa. Todavia, mesmo para construir uma casa é necessário que o homem se assente e calcule o custo, assim como Jesus declarou: “Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a calcular a despesa, para ver se tem com que a acabar? Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem, comecem a zombar dele, dizendo: Este homem começou a edificar, e não pôde acabar.“ Fazer a dedicação significa que a pessoa deve calcular o custo de adotar tal proceder e de apegar-se a ele até o fim, e fazer isso sóbria e diligentemente. — Luc. 14:28-30.
A DEDICAÇÃO TRAZ FELICIDADE
20. Quais são algumas das bênçãos de Jeová para os servos dedicados? O que traz alegria?
20 Por que não compara então aquilo que abandona com aquilo que Jeová prometeu? (Mat. 19:27-29) Pare e pense nisso! Que coisas boas possui que não tenha recebido em primeiro lugar de Jeová, inclusive a faculdade de dar-lhe devoção, louvor e serviço voluntário? Estas são as coisas que dará de bom grado a Jeová, até o seu próprio eu, para servi-lo. Elas são dadas voluntàriamente a Jeová por meio do Justo, Jesus Cristo, pelos privilégios e bênçãos indizíveis que se concedem continuamente aos servos dedicados de Deus. Outrossim, tenha em mente que isto dá a pessoa a autorização para ser chamada pelo nome de Jeová e para falar em nome de Jeová como uma de Suas testemunhas. No meio deste velho mundo condenado e moribundo, estes servos dedicados de Deus são o povo mais feliz. De fato, este povo espera sobreviver à guerra universal de Deus no Armagedon e espera com confiança viver para sempre num paraíso terrestre de perfeição. Muito depende, então, de se fazer uma dedicação, e depois tudo depende da fidelidade a esta dedicação. Manter a integridade e cumprir fielmente os votos de dedicação resulta na suprema felicidade. O fracasso traz somente desespero.
21. Quão extensiva tem de ser a dedicação?
21 O pleno significado e a importância da dedicação pode aparentemente ser resumido nas palavras de Jesus: “Assim, pois, todo aquelle que dentre vós não renuncia a tudo o que possue, não pode ser meu discípulo.“ (Luc. 14:33) Nada deve interferir na dedicação. Isto pode incluir a esposa dum homem, ou o marido duma mulher, ou a família ou qualquer outra coisa deste mundo que seja prezada. A dedicação da pessoa a Jeová tem de ser inequívoca no seu alcance. A pessoa está obrigada a dar devoção exclusiva a Jeová.
nhecimento, porque não tem o desejo de ficar na infância ou mesmo no estado de adolescência. Portanto, o cristão “recém-nascido” deve dar consideração à sua vida futura.