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  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1959
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1959
w59 1/6 pp. 349-352

Perguntas dos Leitores

● Em João 3:16, 17, que “mundo” amou Deus tanto assim, e a que “mundo” enviou Deus a Jesus, não para julgar, mas para salvar?

No relato que João faz da vida de Jesus, a palavra portuguesa “mundo” é traduzida da palavra grega kósmos, que ocorre pelo menos setenta e nove vezes no texto original do relato de João. Fundamentalmente, kósmos significa “ordem“, isto é, ordem constituída, arranjo, ordenação de coisas segundo determinado plano, arranjo de coisas segundo determinado modelo.

No entanto, quando lemos a palavra kósmos no relato de João, não devemos em cada caso pensar logo num mundo constituído de céus e uma terra, os céus sendo compostos das invisíveis forças espirituais em controle e a terra sendo composta de criaturas humanas sujeitas e submissas ao controle dessas invisíveis forças espirituais. Portanto, não devemos imediatamente pensar nestas espécies de mundo, que já estiveram associadas ou ainda estarão associadas com esta terra — o mundo edênico da inocência de Adão e Eva; o mundo fora do jardim do Éden ou o mundo dos ímpios de antes do Dilúvio; o mundo atual dos “céus e a terra de agora“; e o novo mundo vindouro de “novos céus e uma nova terra“. Se sempre pensarmos em tais mundos, podemos ficar confusos e em dúvida quanto a qual dos diversos mundos se faz referência.

Por exemplo, tome os primeiros quatro usos que João faz da palavra kósmos ou “mundo”. Lemos: “A verdadeira luz que dá luz a toda espécie de homem estava para chegar ao mundo [1]. Ele estava no mundo [2], e o mundo [3] veio a existência por meio dele, mas o mundo [4] não lhe deu atenção. Êle veio para o seu próprio lar, mas o seu próprio povo não o acolheu. (João 1:9-11, NM) Ora, a que mundo veio Jesus como a verdadeira luz? É verdade que isto ocorreu durante o tempo do mundo constituído de “céus e a terra de agora”. (2 Ped. 3:7, NTR) Mas é este o “mundo” a que se refere João 1:9-11? Foi este o mundo que “veio a existência por meio dele? Foi este “o seu próprio lar“ ao qual ele veio, sendo, porém, que nenhum deles o acolheu?

Temos de lembrar-nos de que Jesus veio do domínio espiritual invisível, mais elevado, para o domínio terreno ou carnal visível, inferior. Foi por isso que ele disse aos judeus: “Vós sois dos domínios de baixo; eu sou dos domínios de cima. Vós sois deste mundo; eu não sou deste mundo.” (João 8:23, NM) Jesus estava aqui identificando um mundo com os “domínios de cima“, e outro com os “domínios de baixo”. Êle disse que as pessoas dos domínios de baixo eram “deste mundo“. Ele mesmo, sendo dos domínios de cima, portanto, ‘não era deste mundo’. Qual, então, era este mundo? Sim, era uma ordem estabelecida ou um arranjo; mas, para haver ordem ou arranjo, tem de haver coisas ou pessoas que possam ser colocadas em certa ordem ou ser arranjadas de certo modo. Torna-se claro, pois, que a palavra “mundo”, conforme usada aqui por João, significa pessoas que estão num certo arranjo ou numa ordem constituída, sujeitas a certo sistema de coisas.

Agora, voltando para João 1:9-11: Jesus, a verdadeira luz que dá luz a toda espécie de homem, estava uma vez para chegar ao mundo, quer dizer, a vir a estar no meio do povo arranjado ou de pessoas sujeitas a certa ordem estabelecida. Jesus veio de cima, dentre os anjos, e veio a estar entre pessoas na terra, entre criaturas humanas que vivem segundo a ordem de coisas que prevalece entre elas. Enquanto ele estava na carne, e especialmente durante seu ministério publico, quando procurava entrar em contato com todas as pessoas, as ovelhas perdidas da de Israel, ele se achava neste mundo de pessoas. Era o Verbo de Deus, por meio de quem todas as coisas vieram a existência. Portanto, Jesus Cristo era responsável pela existência deste mundo de pessoas, embora não exatamente pelo arranjo ou pela ordem constituída segundo a qual vivem e trabalham.

‘Deu-lhe atenção’ este mundo de pessoas? João 1:10 diz que não. Quer dizer, a maioria das pessoas não lhe davam atenção. Apegavam-se a sua ordem preferida, à qual se conformavam; não queriam nenhuma mudança. Desta forma, o seu próprio povo, as criaturas que deviam a existência a sua obra original, não o acolheram, nem mesmo os judeus. Mas, não houve ninguém que aceitasse a luz ou que lhe desse atenção acolhendo-o? João 1:12 (NM) diz que alguns o fizeram. Diz: “Contudo, a quantos o receberam, a estes deu autoridade para tornarem-se filhos de Deus, porque eles estavam exercendo fé no seu nome.“

Visto que a maior parte deste mundo de pessoas tratou a Jesus deste modo, podia dizer-se que o mundo odiava a Jesus. Quando os próprios meios-irmãos de Jesus lhe disseram: “Manifesta-te ao mundo”, Jesus lhes disse: “O mundo não tem razão para odiar-vos, mas odeia a mim, porque eu dou testemunho acerca [do mundo] de que as suas obras são iniquas.” (João 7:4-7, NM) Por esta razão, Jesus não se manifestou ao mundo de pessoas, mas subiu secretamente à festa em Jerusalém, para frustrar as tentativas do mundo de matá-lo de ódio. Na maior parte, o mundo de pessoas não o amou e não amava os que saíram deste mundo de pessoas e se tornaram seguidores de Jesus. Por isso ele disse aos seus apóstolos: “Estas coisas eu vos mando, para que vos ameis uns aos outros. Se o mundo vos odeia, sabeis que tem odiado a mim antes de que tem odiado a vós. Se fizésseis parte do mundo, o mundo gostaria do que é seu. Mas, porque não fazeis parte do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por esta razão o mundo vos odeia.” — João 15:17-19, NM.

A fim de poder odiar, o mundo tem de ser constituído de pessoas, de criaturas com a capacidade de odiar. Jesus não orou em prol destes odiadores, o mundo odioso de pessoas. Ele orou a seu Pai celestial: “Eu faço solicitação a respeito deles [dos homens que me deste do mundo]; não faço solicitação a respeito do mundo, mas a respeito daqueles que me deste, . . . Também, não mais estou no mundo, mas eles estão no mundo e eu venho para ti.“ “Não são parte do mundo, assim como eu não sou parte do mundo. Santifica-os por meio da verdade: a tua palavra é a verdade. Assim como me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.” “Faço solicitação, não a respeito destes sómente, mas também a respeito daqueles que depositam fé em mim através da palavra [apostólica] deles, para que todos sejam um, . . . Pai justo, o mundo certamente não chegou a conhecer-te, mas eu cheguei a conhecer-te, e estes chegaram a conhecer que me enviaste.” — João 17:9-11, 16-18, 20, 21, 25, NM.

Ora, neste respeito, a quem é que amava o Pai celestial, Jeová Deus? Amava ele o mundo inteiro de pessoas, do qual seus apóstolos e posteriores crentes deixaram de ser parte? Que Jesus responda a estas perguntas na sua própria oração: “Eu em união com eles [não com o mundo] e tu em união comigo, de modo que sejam aperfeiçoados em um, para que o mundo tenha o conhecimento de que me enviaste e que os amaste assim como me amaste . . . porque me amaste antes da fundação do mundo.” (João 17:23, 24, NM) Deus ama os que amam aquele a quem ele ama, seu Filho Jesus Cristo. O mundo de pessoas não ama o Filho amado do Pai. Os que cessam de ser um com o mundo de pessoas e que se tornam um com Jesus Cristo, amam-no. Os em união com Jesus Cristo são os a quem o Pai celestial ama. Isto exclui o mundo de pessoas do amor do Pai. Quaisquer, deste mundo de pessoas, que desejarem chegar ao amor do Pai tem de deixar de odiar a Jesus assim como o mundo o odeia. Tem de separar-se deste mundo sem amor, e tem de amar o Filho de Deus e ter união com o Filho. Estes são os a quem Deus, o Pai ama assim como ama o seu Filho.

Nesta base de entendimento, vejamos agora João 3:16, 17 (NM) “Pois Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exerce fé não seja destruído, mas tenha vida eterna. Pois Deus enviou seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por meio dele.” As palavras de Jesus não se referem aqui àquele grande e compreensivo arranjo ou à ordem constituída composta de céus e terra simbólicos, “os céus e a terra de agora”. Jesus fala aqui sôbre pessoas, pessoas que vivem na terra literal e que vivem de acordo com certa ordem ou arranjo, conforme vivem sob o invisível “príncipe deste mundo”, Satanás, o Diabo. (2 Ped. 3:7; João 12:31, NTR) Certamente, Deus não amou os céus simbólicos, compostos de Satanás, o Diabo, e seus demônios. Portanto, o mundo que Deus amou, segundo Jesus, é um mundo restrito e não inclui os simbólicos “céus . . . de agora“.

Certamente, quando Jeová Deus, o Pai, mandou seu Filho a este mundo de pessoas na terra, ele estava realizando um ato amoroso para com este mundo. Tomar providências para salvar pessoas deste mundo, em vez de destruir diretamente este mundo de pessoas, com cada membro dele, foi um ato de amor para com este mundo. Não se escolheram nenhuns indivíduos específicos deste mundo de pessoas, embora Jesus fosse enviado diretamente as ovelhas perdidas da casa de Israel. Assim, toda e qualquer pessoa deste mundo de pessoas pode aproveitar-se do que Deus estava fazendo por meio de seu Filho. Por ter sido um ato amoroso de Deus, em benefício de qualquer um neste mundo de pessoas, dar Deus o seu Filho foi uma expressão de amor para com o mundo de pessoas que vivem debaixo do “príncipe deste mundo“, Satanás, o Diabo.

Isto não significava, porém, que todos neste mundo de pessoas organizadas aceitariam tal amor e entrariam no amor de Deus, provando ser dignos do amor de Deus. E por esta razão que Jesus, sem dar o nome de nenhuma pessoa e sem especificar qualquer pessoa, acrescentou as palavras condicionais: “A fim de que todo aquele que nele exerce fé não seja destruído, mas tenha vida eterna.” É somente “todo aquele que nele exerce fé“ que terá “vida eterna“. Os que não ’exercem nele fé’ serão ‘destruídos’. Os que não exercem a fé necessária provam estar na maioria, razão pela qual o mundo de pessoas, em geral, sem se mencionar nomes, será destruído.

Assim, em vez de ser um amor geral para com este mundo de pessoas, o amor de Jeová torna-se específico para com os que exercem fé no seu Filho e que amam a seu Filho, chegando a ter união com ele. Êstes são os que terão “vida eterna” naquela nova ordem justa do futuro e que constituem parte dos seus novos céus e nova terra. São realmente pessoas da nova ordem, pois, por entrarem em união e associação amorosa com o Filho dado por Deus, cessam de ser parte deste mundo de pessoas.

Deus sabia que eram pessoas dignas de amor, ou pessoas que podiam tornar-se dignas de amor, neste mundo de pessoas. Êle, com seus olhos de discernimento, sabia que se tratava de pessoas que por nascimento eram parte deste mundo de pessoas, mas que não tinham realmente nenhuma harmonia de coração com o “pecado do mundo” e que desejavam tornar-se livres da condenação que vinha em resultado do “pecado do mundo“. (João 1:29, NTR) Portanto, Deus não enviou seu Filho a este mundo de pessoas para proferir uma condenação geral deste mundo inteiro de pessoas uma condenação indiscriminada de cada membro deste mundo de pessoas, sem primeiro dar-lhes uma oportunidade de mostrar como cada pessoa se sentia a respeito do pecado condenável e da pecaminosidade do mundo. Por isso Deus enviou seu Filho ao mundo de pessoas, “para que o mundo fosse salvo por meio dele“.

Isto não quer dizer que todo o mundo de pessoas será salvo por meio de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Está dizendo que a oportunidade está aberta para qualquer um e para todos serem salvos, sem parcialidade para com ninguém. No entanto, o mundo de pessoas fica julgado. Este é o significado das palavras de Jesus dirigidas mais tarde a uma multidão de judeus: “Agora se dá um julgamento deste mundo; agora será expulso o dominador deste mundo. E ainda assim, se eu for levantado da terra, atrairei a mim homens de todas as espécies. Eu vim ao mundo como uma luz, para que todo aquele que depositar fé em mim não permaneça em escuridão. Mas, se alguém ouvir o que digo e não o guardar, não o julgo, pois não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. Aquele que me desconsidera e não recebe o que digo tem um que o julga. A palavra que eu falei é o que o julgará no último dia.“ — João 12:31, 32, 46-48, NM.

Nem todas as pessoas deste mundo serão salvas; nem todo este mundo de pessoas escapa do julgamento que resulta na condenação a destruição, embora Jesus, na sua primeira vinda, não veio para julgar e condenar o mundo de pessoas na sua inteireza. Por que não se salva, então, e escapa do juízo todo o mundo de pessoas? É porque, conforme acrescentou Jesus, “aquele que exerce fé nele não há de ser julgado. Aquele que não exerce fé já foi julgado, porque ele não exerceu fé no nome do Filho unigênito de Deus. Ora, a base do julgamento é esta, que a luz veio ao mundo, mas os homens [não os anjos] amaram mais a escuridão do que a luz, porque as suas obras eram iniquas“. (João 3:18, 19, NM) Conseqüentemente, os únicos deste mundo que não são condenados e que são salvos são os que depositam fé no Filho de Deus e que saem da escuridão do mundo para a luz, a fim de que “se manifestem as suas obras como tendo sido feitas em harmonia com Deus“. (João 3:21, NM) Com exceção destes, o mundo de pessoas em geral é julgado como indigno de salvação.

Em conclusão desta consideração, dizemos que o “mundo” que Deus amou tanto e ao qual ele enviou Jesus, não para julgar, mas para salvar, e o mundo de pessoas na terra conforme representado por aqueles membros que se desligam das pessoas mundanas, organizadas, e que exercem fé na dádiva que Deus fez de seu Filho unigênito, entrando assim em união com ele ou em associação com ele, e provando ser dignos do amor de Deus por meio de seu Filho unigênito. A tais crentes e seguidores fiéis aguarda a vida eterna na nova ordem prometida por Deus, de “novos céus e uma nova terra”. — 2 Ped. 3:13, NTR.

● Não é verdade que apenas os pessimistas e os alarmistas dizem que há um colapso moral no mundo de hoje? — J. G., Estados Unidos.

Muitas pessoas acreditam sinceramente que nada tem acontecido à moral, que a moral não é pior agora do que em qualquer outro tempo. No entanto, outras pessoas bem informadas, que estão realmente em situação de avaliar as condições atuais, citam a presente cegueira e calosidade quanto a governo, comércio e práticas sexuais corrutos como prova de que a moral da sociedade humana tem entrado em colapso.

Gerald Heard, no seu livro A Terceiro Moralidade, publicado em inglês, disse: “Ninguém pode observar a civilização atual sem ficar vivamente preocupado. Êste é um truísmo — um truísmo tão obviamente penoso que já deixamos de ter a capacidade de reagir.” Certo colunista proeminente escreveu: “O que nos está acontecendo é essencialmente um colapso moral. O abismo entre o que pretendemos crer e o que fazemos em realidade está aumentando constantemente.” O clérigo R. J. McCracken fez a pergunta pertinente: “É cristão o tom moral da nação — sua política, sua vida comercial, sua literatura, seu teatro, seu cinema, suas cadeias de rádio, suas estações de televisão?” Onde quer que olhe, falta a moral. Howard Vincent OˊBrien foi citado como dizendo: “Esforçamo-nos a obter o máximo possível por fazermos o mínimo possível . . . A simples honestidade é suficientemente rara para causar comentários. O ladrão tem-se tornado respeitável. A sombra da corrução paira sôbre a terra. E uns coitados duns palhaços sem juízo acham que podem fazer algo a respeito por entrarem em acordos e proclamarem leis. Mas é a alma do homem que está doente. Exigirá mais do que isso para curá-lo.“

Estas são palavras, não de pessimistas e alarmistas, mas de homens perspicazes que se apercebem das condições e que se preocupam com as tendências do mundo. O colapso moral da cristandade foi acuradamente retratado na profecia bíblica. Isaías escreveu: “O juízo já se tornou para traz, e a justiça põe-se de longe; porque na praça caiu por terra a verdade.“ “Toda a cabeça [da cristandade e do mundo] está enferma, e todo o coração abatido. Desde a planta do pé até a cabeça não há nele cousa sã.” A imoralidade internacional é um sinal de aviso do colapso completo dêste mundo no Armagedon. — Isa. 59:14; 1:3-6.

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