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  • Ajudadores Para Andarmos Sábiamente
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1959
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1959
w59 1/10 pp. 588-595

Ajudadores Para Andarmos Sábiamente

1. Como devem os superintendentes cumprir a ordem de Isaías 58:1 e como lhes estabelece Mateus 18:15 o proceder a adotar nisso?

OS que exercem a superintendência espiritual precisam manter estrita vigilância quanto a como andam ou se comportam as congregações confiadas aos seus cuidados. Não basta apenas cumprir a ordem de Isaías 58:1 com referência à cristandade: “Clama em alta voz, não cesses, levanta como trombeta a tua voz, e anuncia ao meu povo a sua transgressão, e a casa de Jacob [Israel] os seus pecados.” Os superintendentes teocráticos não devem apenas chamar a atenção aos pecados na organização inimiga da cristandade. Eles precisam ser imparciais, equilibrados e justos na aplicação dum princípio. Por isso precisam chamar atenção a quaisquer transgressões e pecados mesmo nas congregações sôbre as quais têm a superintendência. Se o superintendente observar alguma transgressão ou receber o relatório sôbre alguma transgressão cometida por qualquer membro contra a congregação, então o superintendente tem algo contra o transgressor; pois o que afeta a congregação, afeta a êle. Êle tem de investigar o assunto e dar os passos necessários no espírito de Mateus 18:15 (NM): “Além disso, se teu irmão cometer um pecado, vai e expõe-lhe a falta entre ti e êle só. Se te ouvir, ganhaste a teu irmão.”

2. Neste caso, qual é o direito e a obrigação do servo de congregação? Qual é o objetivo principal nesta ação?

2 Concordemente, o servo de congregação, junto com os outros membros da comissão de serviço da congregação, tem o direito e a obrigação de convocar o transgressor, ou aparente transgressor, a fim de se chegar a entender os fatos do que aconteceu. Ele precisa verificar diretamente a culpa ou a inocência do aparente transgressor e descobrir quaisquer razões existentes para uma desassociação, se existirem realmente. O objetivo principal disso é manter a organização visível de Deus limpa e livre da difusão da pecaminosidade. O restabelecimento do ofensor é questão secundária. — Deut. 13:12-18.

3. O que devem fazer os irmãos acusados quando convocados, por causa dos tempos críticos?

3 Por outro lado, algum membro da congregação talvez seja acusado de comportar-se de maneira que merece ser desassociado. Quando êle é convocado para uma audiência justa e honesta perante as testemunhas de acusação, não é ocasião para êle se justificar ou para recusar estar presente. É urgente que o acusado busque a reconciliação com os seus irmãos perturbados. É ocasião, não para êle se vindicar na sua própria opinião, mas para buscar a unidade com a organização por esclarecer todos os malentendidos ou para endireitar o assunto. O acusado não deve ser obstinado na sua própria justiça, semelhante a uma cidade fortificada. “O irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte, e tais contendas são como os ferrolhos dum castelo.” (Pro. 18:19) Se alguém souber que os irmãos têm algo contra êle, deve isso ser razão para que se apresse a endireitar a questão, especialmente quando se provar realmente que êle é o pecador no caso.

4, 5. (a) Com relação a isso, que disse Jesus no seu sermão do monte? (b) Que significam estas palavras de Jesus, e o que faz a pessoa se as desconsiderar?

4 Jesus disse no seu sermão do monte: “Se, pois, trouxeres a tua dádiva e te lembrares ali que teu irmão tem algo contra ti, deixa a tua dádiva ali na frente do altar, e vai; faze primeiro as pazes com teu irmão, e depois, quando voltares, oferece a tua dádiva. Sê rápido em decidir a questão com aquêle que se queixa contra ti judicialmente, enquanto ainda estás com êle a caminho.” — Mat. 5:23-25, NM.

5 Somente depois de se ter feito todo o possível para satisfazer a justiça e para endireitar o êrro, aqui na terra, com seu próximo, está a pessoa na condição certa para oferecer sacrifício a Deus e encontrar aceitação da parte dêle. Em harmonia com isso acha-se escrito: “O sacrifício dos perversos é abominação a Jehovah, mas a oração dos retos é-lhe agradável.” (Pro. 15:8; 21:27) Não se engane ninguém por desconsiderar êste fato.

6. Que deve estar disposto a fazer o irmão acusado que busca a paz? Por que não deve justificar a si próprio nem resistir?

6 Ansioso de manter ou de restabelecer relações corretas com seus irmãos e com seu Deus, o cristão dedicado deve estar ansioso e pronto para ouvir a queixa feita contra êle, a fim de descobrir se está realmente em falta. O mero fato de que êle é a causa de seus irmãos se ofenderem deve causar-lhe preocupação. Deve induzi-lo a querer desfazer o mal-entendido ou endireitar a questão. Não deve indignar-se e replicar: “Se êles não gostam do que eu faço, ora, o que é que eu tenho com isso? Eu sei que sou inocente e que não estou fazendo nada errado. Se quiserem transformar isso em algo mau, mostrarão somente a condição errada do seu coração. Não me importa o que eles pensam.” Tal atitude contrária, intransigente, em justificação de si próprio, não resulta em paz e harmonia na congregação. É uma tentativa tôla de responder a uma questão antes de ouvir pessoalmente qual é, para se saber o ponto de vista dos outros. Provérbios 18:13 acautela-nos, dizendo: “Quem responde antes de ouvir, estulticia lhe é, e vergonha.”

NÃO É BOM JUSTIFICAR-SE

7. Por que não é bastante forte a sua própria apresentação feita em primeiro lugar? Que deve ele fazer quanto aos outros que se sentem perturbados por causa dele?

7 A pessoa talvez se sinta sem culpa. A apresentação que fizer do seu lado no caso pode dar-lhe forte apoio para justificá-la. Mas a sua própria apresentação é apenas um lado da questão. Depois que se apresentarem os que se queixaram dela, dando seu testemunho e apresentando o seu lado na questão, a pessoa talvez verifique que não é tão inocente ou inculpe como pensava. Provérbios 18:17 diz: “O primeiro que pleiteia a sua causa parece justo [inocente, segundo o seu próprio testemunho]; mas vem a outra parte, e o sonda.” A outra parte que se apresenta e que testifica contra ele certamente lhe dá bastante razão para fazer um exame de si próprio e faz com que se sinta intranquilo e não mais tão seguro de sua posição. Ajuda-se-lhe pelo menos a ver por que não parece tão inocente e puro aos outros. Deve descobrir onde está a falta, se esta está com ele. Deve pelo menos esforçar-se àrduamente a desfazer o mal-entendido dos outros, se estes interpretaram mal a questão. Deve respeitar as atitudes de outros irmãos honestos e deve pedir desculpas se causou uma ofensa, mesmo que tal ofensa seja só porque mostrou falta de tato ou indiscrição, em vez de pecar realmente.

8. Quem, acima de todos, pode achar falta nele? Portanto, qual deve ser a sua oração com respeito a manter as relações corretas?

8 Certamente, se ninguém mais na terra o puder, Jeová Deus no céu é que pode achar bastante falta nele. Provérbios 20:9 declara: “Quem pede dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?” Sabendo que ele é pecador de nascença e está inclinado a cometer pecado, o cristão deve ser humilde e estar disposto a deixar-se corrigir, orando assim como o salmista: “Quem pode discernir os seus erros? Purifica-me de faltas secretas. Também de pecados de presunção guarda ao teu servo; que eles não se assenhoriem de mim; então serei perfeito [completo, NM] , e ficarei livre de grande transgressão. Sejam agradaveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Jehovah, rocha minha e redentor meu.” (Sal. 19:12-14) Isto nos ajuda a nos mantermos retos para com Deus.

9. Por que se sentia Eliú irado com Jó, e, por isso, o que não deve fazer o acusado para desviar a atenção de si mesmo?

9 Lembremo-nos de que o jovem Eliú sentiu-se irado com o paciente Jó, “porque se justificava a si mesmo e não a Deus”. (Jó 32:2) Jó era inocente, contudo, foi errado da sua parte pensar e falar como se Jeová Deus fosse diretamente responsável pelos sofrimentos que afligiram Jó, como se Ele trouxesse calamidade tanto sôbre os justos como sôbre os injustos. (Jó 9:22, 30-35; 27:1-6; 30:19-23; 19:6-22; 6:4; 7:19-21) Quando alguém fica confrontado com uma possível desassociação, então não é a ocasião para fazer por sua vez acusações ou recriminações, ou acusar outros, assim como fazem os ímpios comunistas, a fim de desviar a atenção de si mesmo para os desvios e transgressões de outros, para mostrar assim que os outros são tão ruins como ele próprio ele que também merecem ser julgados.

10. Em sentido verdadeiro, perante quem somos levados quando somos investigados, e, em resposta à pergunta principal envolvida, que devemos fazer?

10 Não é simplesmente perante a comissão de serviço de alguma congregação que estamos sendo examinados por algum erro. As nossas faltas secretas são bem conhecidas a Deus, senão comissão de serviço da congregação. Deus pode julgar acuradamente as nossas faltas secretas, e ele as levará a juízo no seu próprio tempo. (Ecl. 12:14; 1 Cor. 4:4, 5) Portanto, a questão principal a ser respondida é: Posso eu justificar-me diante de Deus? Para termos a certeza de podermos fazer isso, é necessário que examinemos a nós próprios à luz da Palavra de Deus, pois a sua Palavra “é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e suas medulas, e é capaz de discernir os pensamentos e as intenções do coração. E não há criação que não seja manifesta à vista, mas todas as coisas estão nuas e abertamente expostas aos olhos daquele a quem temos de prestar contas”. — Heb. 4:12, 13, NM.

11. A quem mais se aplica isso, além de a pessoas? Como foi ilustrado isso no caso de Acã, filho de Zerá?

11 Visto que isso é assim com pessoas, é também assim com um grupo de pessoas, com uma congregação ou organização. Lembremo-nos dos israelitas Acã, filho de Zerá, que participou no ataque à cidade de Jericó, depois que Jeová Deus causara que os muros da cidade caíssem milagrosamente. Tudo de valor encontrado na cidade havia de ser devotado a Jeová Deus, pois Jericó era para ele as primícias da terra de Canaã. Mas, Acã roubou de Deus por se apropriar indevidamente de parte do despôjo da cidade, a saber, duma bela vestimenta da terra de Senaar, de duzentos siclos de prata e duma barra de ouro de cinqüenta siclos de pêso. Acã escondeu estas coisas roubadas na terra debaixo da sua tenda, pensando que ninguém fora da sua família soubesse disso e que se saísse impune. Mas, Deus vira em segredo como Acã pecou e assim se tornou impuro. Enquanto êle e a sua família impura permanecessem impunes no meio de Israel, a nação de Israel não podia prosperar na sua conquista da Terra Prometida de Canaã. Portanto, Deus fêz que Acã ficasse revelado e que fôsse apedrejado até morrer. Depois disso, a congregação de Israel fêz o devido progresso segundo a vontade de Deus. — Jos. 7:1 a 8:2.

12. Portanto, a quem pode Deus descobrir hoje em nosso meio e por que, então, devemos usar a nossa armadura espiritual e o escudo da fé?

12 Assim também hoje em dia, Deus, por meio de seus santos anjos, pode descobrir os Acãs que pecam secretamente em nosso meio. Que nenhum de nos seja tal Acã! É por isso que precisamos vigiar nosso coração e nossos rins. “Jeová dos exércitos julga com justiça; ele examina os rins [ou: as mais profundas emoções] e o coração.” (Jer. 11:20, NM margem) Precisamos usar a couraça da justiça e ser peritos em usar o escudo da fé, a fim de preservar nossos corações e nossas mais profundas emoções puras, limpas e retas. — Efé. 6:14, 16.

13. Que coragem semelhante à de Natã tem de ser demonstrada pelos superintendentes, mas de que se precisam certificar primeiro?

13 Os superintendentes precisam ser corajosos como Natã, não fracos na repreensão como o Sumo Sacerdote Eli. Iguais ao profeta Natã, precisam aplicar a Palavra de Deus ao membro da congregação que está em falta e têm de dizer-lhe destemidamente: “Tu és aquele homem.” (2 Sam. 12:7) Mas, precisam ter a certeza de que tem todos os fatos para orientá-los no julgamento certo e para que tenham o apoio da Palavra de Deus, não agindo por quaisquer motivos egoístas pessoais.

14. Como devem as comissões usar o terrível poder da desassociação, e de que aviso de Jesus devem lembrar-se neste respeito?

14 As comissões de serviço das congregações têm um poder terrível, visto terem a comissão de desassociar da congregação os indisciplinados e desordeiros. Precisam usar com cautela êste poder, evitando não somente entrar em dificuldades jurídicas com os tribunais do país, mas também evitando pecar com este poder de desassociação por usá-lo mal ou abusar dele. Nunca deve ser usado em vingança contra um membro da congregação ou para se ver livre de alguém de quem um ou todos os da comissão de serviço não gostem pessoalmente, ou de alguém que seja causa de irritação ou de inveja, achando-se assim que seja melhor pô-lo fora. Para que o cristão se guarde contra os motivos errados, é bom que se lembre do aviso de Jesus: “Parai de julgar, para que não sejais julgados; pois com o juízo com que julgais, sereis julgados, e com a medida com que medis, ser-vos-á medido.” — Mat. 7:1, 2, NM.

LIDANDO COM TAGARELIGE E CALUNIADORES

15. Num caso de desassociação, como pode uma comissão chegar a vir sob julgamento sem ter motivos errados?

15 Mesmo excluindo-se qualquer motivo errado da parte da comissão de serviço da congregação, ela pode agir em tôda a sinceridade e assim mesmo ficar sujeita a julgamento por não aplicar corretamente os princípios bíblicos ao caso em que a comissão decida a desassociação. Isto se pode dar num caso que não seja de adultério ou de fornicação. Tome-se por exemplo a questão da tagarelice. A comissão talvez não faça distinção entre a tagarelice e a calúnia.

16. Qual é a diferença entre tagarelice, conversa escandalosa e calúnia?

16 A calúnia pode ser tagarelice; mas nem toda a tagarelice é calúnia. A tagarelice é definida como conversa pessoal ociosa; isto é, conversa fútil, especialmente sôbre os assuntos de outros. É conversa ou palestra superficial; contar novidades. Pode tornar-se escândalo quando se transforma em rumores ou falatório sem base, prejudicial para a reputação de outra pessoa. A conversa escandalosa é usualmente mais ou menos maliciosa, sendo feita de má vontade, como desejo de ferir aquêle de quem ou contra quem se fala. A tagarelice pode ser simplesmente palestra ou escrita inconseqüente, familiar, e pode não ser absolutamente caluniosa. Torna-se calúnia quando se transforma em difamação de outra pessoa, quando se torna uma declaração, um relatório ou uma sugestão maliciosa, falsa e difamatória, destinada a prejudicar a reputação desta pessoa. Segundo certas leis jurídicas, a calúnia é difamação por expressão oral, em vez de por escrito ou por outros meios.

17. Que disse Paulo a Timóteo com respeito aos tagarelas?

17 O apóstolo Paulo referiu-se a como lidar com tagarelas. Ele escreveu a Timóteo, como superintendente, e deu as seguintes instruções a respeito das viúvas jovens que se podiam ainda casar, as quais não deviam ser postas na lista daquelas que recebiam ajuda material da congregação: “Por outro lado, rejeita as viúvas jovens, pois quando seus impulsos sexuais se tiverem interposto entre elas e o Cristo, querem casar-se, incorrendo em juízo, porque desconsideraram sua primeira expressão de fé. Ao mesmo tempo aprendem também a ficar desocupadas, andando ociosamente pelas casas, sim, não somente desocupadas, mas também tagarelas [phlýaroi]a e intrometidas nos negócios de outras pessoas, falando das coisas de que não deviam. Por isso desejo que as viúvas mais jovens se casem, que tenham filhos, que administrem uma casa, a fim de não dar induzimento ao oponente para vituperar. De fato, algumas já se desviaram para seguir a Satanás. Se alguma mulher crente tiver viúvas, que as ampare, e que a congregação não tenha este encargo. Assim ela poderá amparar as que são realmente viúvas.” — 1 Tim. 5:11-16, NM.

18. Por que era correto que Paulo falasse sobre as viúvas, e como faziam as viúvas jovens que a sua falta de ocupação as prejudicasse espiritualmente?

18 Tratar do caso das viúvas era correto, em sentido religioso, da parte do apóstolo Paulo, pois o seu condiscípulo Tiago escreveu: “A forma de adoração que é pura e incontaminada do ponto de vista de nosso Deus e Pai é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas nas suas tribulações, e guardar-se a si mesmo sem mácula do mundo.” (Tia. 1:27, NM) No entanto, o apóstolo Paulo observou a respeito das viúvas mais jovens que a sua falta de ocupação era espiritualmente prejudicial para elas. Estando desocupadas, sem obrigações domésticas ou sem o serviço de Jeová no campo, estavam inclinadas a visitar as casas, não para pregar ou para dar testemunho de porta em porta, mas para palestrar ociosamente, para tagarelar, até o ponto de se intrometerem nos negócios de outras pessoas, “falando das coisas de que não deviam.”

19. Que instrução deu Paulo a Timóteo com respeito às viúvas jovens, e qual foi o seu propósito ao impor responsabilidade especial as mulheres mais idosas?

19 Que conselho deu o apóstolo Paulo ao superintendente Timóteo a respeito delas? Mandou que Timóteo as desassociasse? Não! Recomendou que recebessem séria responsabilidade para se manterem ocupadas com proveito, sugerindo até que se casassem e criassem seus próprios filhos, a fim de que assim a congregação fôsse elogiada, em vez de fornecer aos oponentes do cristianismo uma razão para vituperar a organização de Jeová debaixo de Cristo. As mulheres mais idosas deviam também dar às viúvas jovens e a outras mulheres um bom exemplo: “As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam reverentes no seu viver, não caluniadoras [diáboloi] não dadas a muito vinho, mestras no ensino do bem; para que ensinam as mulheres novas a serem moderadas, castas, operosas donas de casa, bondosas, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.” (Tito 2:3, 5, NTR) Tais medidas corretivas aconselhadas pelo apóstolo mantinham as mulheres jovens dentro da congregação louvavelmente ocupadas em boas obras e servindo como recomendação para a congregação, mantendo elevada a sua qualidade espiritual em paz e união.

20. Que escreveu o apóstolo Joao ao discípulo Gaio com respeito a Diótrefes?

20 O apóstolo João teve de lidar com certo caso de abuso da língua, não apenas tagarelice, mas calúnia. Tratava-se do caso de Diótrefes, que pertencia à mesma congregação cristã como Gaio, discípulo amado, a quem João muito amava. Neste caso ele disse: “Eu escrevi algo a congregação, mas Diótrefes, que gosta de ter o primeiro lugar entre eles, não recebe nada de nós com respeito. É por isso que, se eu aí fôr, lembrar-me-ei de suas obras, as quais continua a praticar, tagarelando [phlyareîn]b a nosso respeito com palavras iníquas. Também, não ficando contente com estas coisas, nem mesmo ele próprio recebe os irmãos com respeito, e aqueles que desejam recebê-los, ele tenta impedir e lançá-los fora da congregação.” — 3 João 9, 10, NM.

21. Por que era a tagarelice de Diótrefes um caso de calúnia, e por que merecia ele mesmo ser lançado fora?

21 Diótrefes estava tagarelando sobre o apóstolo João atrás das costas deste, mas fazia isso “com palavras iníquas”. Caluniava assim a João. Por esta razão merecia a intervenção apostólica. João disse por isso que, se ele mesmo fôr àquela congregação, lembrar-se-á das obras que Diótrefes estava fazendo, o que seria acompanhado pela ação apropriada contra Diótrefes. Êste tagarela iníquo não tinha direito nem autoridade de fazer excomungações por conta própria, lançando fora da congregação os irmãos hospitaleiros. Ao falar de modo caluniador sôbre o apóstolo João, Diótrefes ‘rejeitava a autoridade e falava abusivamente dos gloriosos’. (Jud. 8, NM) O próprio Diótrefes merecia ser lançado fora.

22. Era Satanás, o Diabo, apenas culpado de tagarelice no Éden? Por que foi ele chamado de Diabo?

22 Lembre-se, não foi apenas de tagarelice que Satanás, o Diabo, era culpado no jardim do Éden. Ele fêz a Eva uma pergunta capciosa, pedindo informação, e então fêz o seguinte comentário sôbre a resposta dela: “Certamente não morrereis; porque Deus sabe que no dia em que comerdes do fructo, abrir-se-vos-ão os olhos, e sereis como Deus, conhecendo e bem e o mal.” (Gên. 3:4, 5) Esta declaração diabólica não era tagarelice. Era o que Jesus disse que era calúnia, mentira, destinando-se maliciosamente a arruinar a reputação ou o nome de Jeová Deus e incitar à rebelião contra Êle, causando desconfiança e desunião dentro de Sua organização. Jesus disse aos que copiavam Satanás, o Diabo: “Vós sois filhos do Diabo, e tendes vontade de cumprir os desejos de vosso pai. Ele era homicida desde o principio e não permaneceu na verdade, porque não há nele verdade. Quando ele diz uma mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e o pae da mentira.” (João 8:44) Não nos enganemos nisso: foi por causa de calúnia, não por tagarelice, que este infiel foi chamado de Diabo (Diábolos), significando “caluniador”. Foi uma mentira maliciosa contra Jeová Deus que matou a reputação de Deus perante Eva e que traiu o fato de que êste filho espiritual se tinha rebelado contra o Soberano do universo e que êle devia ser desassociado da santa organização universal de Jeová, sendo assim repudiado como filho de Deus.

23. Com respeito à conversa, o que deve a comissão determinar primeiro, e por que devem ouvir duas ou mais testemunhas?

23 Por esta razão, a comissão de serviço de qualquer congregação do povo dedicado de Jeová precisa ter cuidado quanto a tomar ação drástica contra a tagarelice. Primeiro precisa determinar a natureza ou qualidade da tagarelice. Se se tratar de contar novidades, de modo superficial, inconsequente, envolvendo pessoas, então não há razão bíblica para a desassociação e para assim mostrar opressão. Mas, se importar em calúnia, com o propósito malicioso de ferir a reputação e a posição de outro, então é tempo de dar séria consideração ao assunto e determinar se é correto e bíblico desassociar o aparente caluniador e assim proteger a congregação. Serão necessárias duas ou mais testemunhas para estabelecer o fato da calúnia e para proteger a comissão de serviço.

24. No seu cuidado num caso de desassociação, de que modo deve a comissão ser igual a Jeremias?

24 A comissão de serviço não deve usar de modo perigoso o seu poder de desassociação. Deve desviar-se da possibilidade de ficar sob condenação neste assunto. O Rei Davi disse profeticamente: “Ao que ás ocultas calunia ao seu próximo, a este destruirei [silenciarei, NM]. . . . De manhã em manhã acabarei com todos os perversos da terra, afim de extirpar da cidade de Jehovah todos os que obram iniquidade.” (Sal. 101:5, 8) Acha-se escrito para a nossa orientação com respeito aos caluniadores: “O que anda caluniando revela conversa confidencial; e não tenhas associação com aquêle que se encanta com [ou possivelmente: tem bem aberto] os seus lábios.” (Pro. 20:19; 11:13, NM) A comissão de serviço precisa fazer uma nítida distinção entre a mera tagarelice e a calúnia. Neste respeito, devem ser como o que prova metais, assim como era Jeremias, o profeta: “Te puz . . . para que saibas e examines o seu caminho. Todos eles são sobremaneira refractarios, andam espalhando calúnias, são cobre e ferro: todos eles procedem aleivosamente. . . .Prata de refugo lhes chamarão, porque Jehovah os refugou.” — Jer. 6:27-30; 9:4-8.

25. Por que é bom que a comissão investigue calúnias mas em que caso não está ele autorizada biblicamente a desassociar?

25 Os caluniadores podem causar a morte, quer física, quer espiritual; razão pela qual se dá o aviso: “Não deves andar no meio do teu povo a fim de caluniar. Não deves levantar-te contra o sangue do teu próximo. Eu sou Jeová.” (Lev. 19:16, NM) Por esta razão, a comissão de serviço fará bem em investigar calúnias. Mas ela não esta bíblicamente autorizada a desassociar só por causa de tagarelice inconseqüente, trivial, superficial, motivada pelo interesse humano, mas que não é maliciosa, nem levanta falsas acusações.

26. A que ação está sujeita a desassociação por parte do desassociado, e que prova a revogação de alguns julgamentos?

26 As desassociações podem ser apeladas pelos desassociados que persistem em crer que a comissão se excedeu. Houve apelos feitos para a Sociedade em Brooklyn, e algumas desassociações foram revogadas. Este fato prova que algumas comissões foram ansiosas demais de desassociar. Ou não tinham as testemunhas necessárias com testemunho substancial, ou aumentaram a transgressão fora de qualquer proporção, desassociando de modo opressivo e em bases não bíblicas. O objetivo da dessociação é principalmente preservar a massa da congregação de ficar levedada com o pecado por um pouco de fermento. (1 Cor. 5:6-8, 13) Lembre-se, porém, que se trata da vida eterna da pessoa desassociada.

27. Visto que se lida com almas, como mostra a comissão equilíbrio no assunto da desassociação?

27 Sim, lida-se com almas, com vidas preciosas. Isto torna o assunto muito solene e sério. Não faça tropeçar um irmão inocente por uma desassociação não merecida. Examine o seu próprio coração e motivo, em adição à Palavra de Deus. Não tenha a mania da desassociação, exercendo um poder terrível apenas para mostrar que pode usá-lo e tentando intimidar os outros por ameaçar usá-lo, a menos que — ! Os amos de escravos foram instruídos a ‘deixar as ameaças’ dirigidas aos seus escravos cristãos. O amor é descrito como uma qualidade que “não guarda lembrança da injúria”. (Efé. 6:9; 1 Cor. 13:4, 5, NM) Portanto, temos de continuar a suportar-nos “uns aos outros em amor, procurando diligentemente observar a unidade do espírito no laço unificador da paz”. (Efé. 4:2, 3, NM) Por isso, as comissões têm de agir de modo equilibrado neste assunto.

28. (a) Em que maneira de andarmos residem nossa sabedoria e salvação? (b) Como podemos comprar o tempo oportuno, e em harmonia com que fato predominante hoje em dia?

28 A nossa sabedoria e nossa salvação está em que ‘mantenhamos estrita vigilância’ quanto a como andamos, não evitando a desassociação, mas agradando e glorificando a Deus, e vindicando a sua regência universal. O fato todo importante da atualidade, de que o reino de Deus já domina e que, portanto, está próximo o fim do mundo, é o que deve predominar em nossas vidas. Os dias atuais, embora iníquos, fornecem-nos a oportunidade de ‘comprarmos o tempo oportuno’ para nós mesmos. Como? Por não mais perdermos tempo andando sem proveito e irracionalmente, assim como fazem os mundanos condenados, mas por andarmos sabiamente segundo o que percebermos ser a vontade de Jeová. Assim nos acharemos em harmonia com o reino de Deus, por Cristo, e ganharemos a vida em felicidade na sua ordem justa de novos céus e uma nova terra.

[Notas de Rodapé]

a O substantivo grego significa literalmente “conversa tola, bobagem, tolice”, e veio a significar “tagarela bisbilhoteiro, palrador.”

b O verbo grego significa literalmente “falar bobagem, ser tolo”; razão pela qual The Authentic New Testament de Schonfield (1955) verte aqui a frase: “querendo enganar-me com palavras vãs.”

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