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  • Missionários do Reino Portadores Das Melhores Novas
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1959
w59 15/10 pp. 612-620

Missionários do Reino Portadores Das Melhores Novas

“‘Quando subiu ao alto, levou cativo uma multidão; deu homens por dons. E ele deu alguns como apóstolos, alguns como profetas alguns como missionários [evangelistas].” — Efé. 4:8, 11, margem.

1. Quais seriam as melhores novas hoje em dia?

TODOS gostam de ouvir boas novas. O portador de boas novas é, por isso, pessoa bem-vinda para aquele que as ouve com alegria. Atualmente, porém, neste mundo confuso, o que é boas novas para um, talvez não seja boas novas para outro. Conseqüentemente, se houver novas que agradariam a todos os que amam a vida e a seu próximo, não importa de que nacionalidade, raça ou língua não seriam estas novas maravilhosas, as melhores novas? Deveras, seriam; e, embora pareça incrível, tais boas novas existem para ser difundidas em tôda a parte, hoje em dia.

2. Que fazem com elas os que tem tais novas? Que nome teriam segundo os antigos gregos?

2 Os que já as ouviram acham-nas boas demais para as guardarem para si próprios. Transmitem-nas altruísta e alegremente a outros em tôda a terra, a tôdas as tribos, nações, raças, côres e línguas, porque são para todos. São o que os gregos dos tempos anteriores à Era Cristã chamariam de “evangelistas”, ou os que “evangelizam”. Por exemplo, na Versão dos Setenta grega, produzida antes da Era Cristã, a palavra “evangelizar” ocorre duas vêzes no texto grego, na seguinte passagem: “Eu estou presente, como estação de beleza sobre os montes, como os pés de quem prega boas notícias de paz, como quem prega boas novas; pois eu publicarei a tua salvação, dizendo: Ó Sião, teu Deus há de reinar.” (Isaías 52:6, 7, Bagster) Para nós aproveitarmos destas boas novas universais, das melhores novas, desejamos identificar êstes evangelizadores e sua fonte de notícias.

3. Que nome davam os gregos pagãos a Zeus como fonte de notícias? Mas, de que duração são as boas novas dos evangelistas atuais, e por quê?

3 Os antigos gregos pagãos davam ao seu deus principal, Zeus (ou Júpiter), o título de Evangélios, significando “Portador de boas novas”. (Orations [53.3] de Élio Aristides, do segundo século E.C.) Quaisquer boas novas que Zeus deu aos gregos pereceram com ele, pois Zeus não existe mais. Mostrou-se apenas falso deus pagão, não imortal. Os evangelistas das melhores novas, nestes dias modernos de colhêr notícias e de comunicações em escala internacional, não recorrem a tal fonte de notícias falsa e indigna de confiança como era o deus pagão Zeus Evangélios. Êles têm uma fonte eterna de notícias, cujas previsões do futuro provaram ser cem por cento corretas. Ele é a fonte de “boas novas eternas”, boas novas que foram primeiro proclamadas há milhares de anos e que ainda perduram, dando hoje alegria e esperança a incontáveis multidões de pessoas.

4. A quem viu João trazer boas novas eternas? É razoável que Deus seja fonte de boas novas?

4 Há dezenove séculos, certo escritor de notícias, com previsão profética dos atuais tempos de juízo sôbre as nações, escreveu: “Eu vi outro anjo voando no meio do céu, e ele tinha as boas novas eternas para declarar como notícia alegre aos que habitam na terra, e a toda nação, tribo, língua e povo, dizendo em voz alta: “Temei a Deus e dai-lhe glória, porque já chegou a hora de julgamento por parte dele, e, por isso, adorai aquele que fêz o céu, e a terra, e o mar e as fontes das águas.” (Apo. 14:6, 7, NM)É só razoável que o Deus que fêz tôdas as boas coisas usufruídas pelas criaturas inteligentes produzisse também boas novas e assim se tornasse a fonte de boas novas ou boas notícias.

5. De que era portador o anjo que voava no meio do céu? Por que podem ser eternas as boas novas, em vista da sua fonte?

5 “Na visão profética do apóstolo cristão João, o “anjo voando no meio do céu” era portador de boas novas, ou evangelista. A história autêntica nos diz que houve realmente anjos evangelistas. Iguais ao anjo voando no meio do céu, aqueles anjos evangelistas recebiam as suas boas novas de certa fonte. Mas, de onde? Da única fonte universal de notícias, de Deus, o Criador. Ele tem sustentado até agora tôda a sua criação, pois é o Deus sempre-vivo, imortal. Por esta razão pode ser também a fonte das boas novas eternas, das novas de maior valor, mesmo hoje em dia. — Jer. 10:10-12.

6. Que se pode dizer quanto a Deus ser evangelista, e de que modo são eternas as boas novas?

6 Significa isso que Deus, o Criador, é evangelista? Sim, o maior dos evangelistas. Ele é o Evangelista divino; e, visto que é a Fonte original das boas novas, dirige uma organização evangelista universal e envia evangelistas em missões de alegrar os corações dos homens de boa vontade. As boas novas vindas dele são “eternas”, porque, embora tenham sido fornecidas por ele há milhares de anos e cedo na história humana, foram proféticas. Predisseram as boas coisas que haviam de se cumprir nesta data avançada. As notícias lançadas por Deus têm sido registradas e arquivadas no Livro sagrado, a Bíblia.

7. Que boas novas foram proclamadas no Éden, e por que serão libertos em breve todos os homens de boa vontade pela verdade não-censurada?

7 Certamente tôda pessoa justa acharia a seguinte uma boa notícia: “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente [ou descendente] e a sua semente. Ele te ferirá na cabeça e tu o ferirás no calcanhar.” (Gên. 3:15, NM) Estas palavras foram proferidas pela Fonte original de boas novas à fonte original da propaganda mentirosa. Quer dizer, foram proferidas por Jeová Deus, o Criador do homem e do paraíso, ao Diabo, que usou no jardim do Éden a serpente para dizer à nossa primeira mãe humana, Eva, uma mentira caluniadora. A notícia publicada declarava que a fonte da “propaganda mentirosa” havia de ser algum dia esmagada. Sim, a cabeça desta fonte de informações falsas seria pisada e esmagada, porque é semelhante a uma mortífera cobra venenosa. É evidente que a fonte diabólica desta propaganda mentirosa não foi ainda eliminada, porque a terra está mais cheia de propaganda mentirosa, de calúnia e de chantagem do que em qualquer tempo anterior na história do homem. Ainda assim não sufocou a boa notícia publicada por Deus no Éden. Ao contrário, a Semente da mulher de Deus foi enviada na missão de esmagar o originador das notícias mentirosas, a Serpente original, Satanás, o Diabo. Dentro em pouco, todos os homens de boa vontade agora vivos saberão a verdade sem deturpação e contradição, e esta verdade os libertará. (João 8:32) Não haverá então censura da verdade por razões egoístas.

8. Que boas novas foram dadas a conhecer a Abraão, mais tarde, e que comentário fêz Paulo sobre isso?

8 Eis aqui outra importante notícia. Esta foi dada a conhecer mais de dois mil anos depois de Jeová ter publicado o evangelho ou as boas novas no jardim do Éden, já mencionadas. Paulo, o apóstolo cristão, faz o seguinte comentário sobre essa notícia posterior e refere-se ao fiel patriarca Abraão ao fazer êste comentário. Ele disse: “Abraão ‘exercia fé em Jeová, e isso lhe foi imputado como justiça.’ Certamente sabeis que os que aderem à fé, êsses são filhos de Abraão. Ora, a Escritura, vendo de antemão que Deus havia de declarar justas pessoas das nações devido à fé, declarou antecipadamente as boas novas a Abraão, a saber: “Por meio de ti serão abençoadas tôdas as nações.’ Conseqüentemente, os que aderem à fé estão sendo abençoados junto com o fiel Abraão.” (Gál. 3:6-9, NM) A bênção de tôdas as nações é boas novas, é evangelho.

9. Por que é uma bênção serem pessoas declaradas justas por causa de sua fé? Portanto, por que é vital registrarem-se e relatarem-se fielmente as notícias?

9 Quando Deus declara justas a certas pessoas das nações, isto é uma bênção. Constitui, portanto, boas novas, porque declarar assim justas ou justificar pessoas das nações coloca a base para ganharem a vida eterna em felicidade. Neste caso específico, o fato de Deus declarar justas pessoas das nações devia-se à fé em Deus, à fé na promessa de Deus. Convida-se agora os homens a provarem tal fé em Deus. Portanto é agora, antes de os homens atingirem realmente a perfeição humana, que são declarados justos por causa de sua fé. Visto que esta fé precisa ser exercida na promessa evangélica de Deus, podemos apreciar agora quão valioso é ter uma fonte de verdadeiras boas novas, e que se registram e se transmitem as notícias fielmente, sem deturpação. Os homens precisam que o Evangelista original, Jeová Deus, envie evangelistas fiéis numa missão. Depositarmos confiança em propaganda mentirosa escraviza-nos a mentirosos e nos leva à injustiça e à morte.

10. No Éden, qual foi o argumento do propagandista mentiroso, e que perdeu Eva por não crer na lei de Deus?

10 Veja que bênção é que pessoas com fé na promessa de Deus sejam declaradas justas. O propagandista mentiroso, Satanás, o Diabo, caluniou a Jeová Deus, o Criador, no jardim do Éden. O Diabo disse à mulher Eva que Deus não a puniria por tirar-lhe a vida que possuía e que Deus não era o único juiz daquilo que é certo e do que é errado, mas que o homem e a mulher podiam viver segundo as suas próprias normas de julgamento a respeito do que era bom e do que era mau. O Diabo disse por meio da serpente: “Certamente não morrereis; porque Deus sabe que no dia em que comerdes do fructo, abrir-se-vos-ão os olhos, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.” (Gên. 3:4, 5) Eva deixou de crer ou de ter fé na lei de Deus. Ela depositou fé na propaganda mentirosa do Diabo. Por esta razão perdeu a justiça e se encaminhou à morte, pois estava em transgressão contra Deus.

11. Como demonstrou Adão falta de fé em Deus, e o que resultou a todos nós por causa disso?

11 Depois de ter comido, Eva persuadiu seu marido, Adão, a comer um pouco do fruto proibido. Adão sabia melhor do que fazer isso, no entanto, por causa de Eva, ele não expôs ou denunciou a propaganda mentirosa da Serpente, mas deixou-se levar pela chantagem para o lado do caluniador. Êle se passou para o lado do caluniador de Deus e mostrou falta de fé na capacidade de Deus, de prover ajuda nesta crise. Por esta falta de fé e obediência, ele perdeu a sua justiça e veio a estar em transgressão. Deus, depois de ter trazido Adão e Eva a juízo e de ter lançado a primeira notícia boa (Gênesis 3:15), declarou Eva e Adão injustos. Sentenciou-os assim à morte, à perda da vida, a voltarem ao pó do qual Adão tinha sido tirado. De Adão, e através de Eva, todos nós herdamos a injustiça, e assim uma condição condenada, sujeição à morte. O comentarista de notícias, o apóstolo Paulo, relata: “Por um só homem entrou o pecado no mundo, e a morte pelo pecado, e assim a morte se estendeu a todos os homens, visto que todos pecaram . . . a morte dominou como rei desde Adão.” — Rom. 5:12-14, NM.

O EVANGELISTA DIVINO

12. Por meio de que promessa foi especialmente provada a fé de Abraão?

12 O patriarca Abraão foi o vigésimo primeiro homem na descendência do pecador Adão. (Luc. 3:34-38) Herdou, naturalmente a injustiça de Adão. Mas ele se inteirou também das boas novas proferidas por Deus no Éden, a respeito da Semente da mulher de Deus, que havia de esmagar a cabeça da Serpente. Abraão aceitou e creu nesta notícia evangélica. No entanto, quando Deus ofereceu ligá-lo a esta Semente prometida, foi posta à prova a fé de Abraão no Deus Todo-poderoso. Jeová Deus disse-lhe, novamente agindo como grande Evangelista: “Farei de ti uma grande nação [por dar-te uma semente ou descendente], e te abençoarei, e farei grande o teu nome; e prova que és uma bênção. E eu abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei aquele que invocar o mal sobre ti, e tôdas as famílias da terra abençoar-se-ão certamente por meio de ti.” (Gên. 12:1-3, NM) Tal promessa exigia fé.

13. Ao fazer esta promessa, em que capacidade agiu Deus, e como haviam as nações de ser abençoadas por ele?

13 O comentarista Paulo disse que Jeová Deus, Autor das Sagradas Escrituras, ao dar esta promessa, “declarou antecipadamente as boas novas a Abraão”. Deus agia assim como Evangelista ou Dador de boas novas, boas notícias, a tôdas as famílias e nações. Primeiro de tudo, estas boas novas significavam que agora, antes de a Semente da mulher de Deus ferir a cabeça da Serpente, Deus faria para outros o que ele fêz para Abraão. O quê? Declarar justas pessoas das nações que não descendiam de Abraão, por causa de sua fé em Deus. Isto seria uma bênção para eles, pois seria para eles a base de ganharem a vida eterna no vindouro mundo justo de Deus.

14. Como foi Abraão abençoado por causa da fé, e o que terá ele em breve?

14 Abraão estivera por algum tempo na Terra Prometida de Canaã quando Jeová Deus lhe disse que olhasse para as incontáveis estrêlas, e disse: “Assim se tornará a tua semente [descendência].” Creu Abraão nestas boas novas? O Registro sagrado responde: “E ele teve fé em Jeová, e [Jeová] passou a imputar-lhe como justiça.” (Gên. 15:3-6, NM) De modo que Abraão, mesmo antes de ser circuncidado na carne, foi declarado justo. Foi abençoado e declarado justo por causa de sua fé em Deus, conforme demonstrada pelas suas obras justas. Por causa desta fé, o patriarca Abraão, já morto há 3.802 anos, terá em breve uma ressurreição dentre os mortos para a vida na terra, debaixo do reino de Deus. (Tia. 2:21-23; Rom. 4:9-14) Jeová Deus recompensa assim os que crêem nele como o grande Evangelista e que provam a sua fé por agirem em harmonia com as boas novas que ele declarou antecipadamente a Abraão.

O FILHO DE DEUS — MISSIONÁRIO EVANGELIZADOR

15. A quem, além dos humanos tem Deus usado como evangelistas? Como foi este fato declarado por Gabriel?

15 Talvez nos pareça idéia nova, mas é um fato antigo, que o grande Evangelista, Jeová Deus, usou os santos anjos do céu como evangelistas ou portadores de boas novas. Antes de Deus enviar seu Filho unigênito a esta terra, proveu um precursor para seu Filho. Êste precursor foi João Batista, filho do idoso sacerdote levita Zacarias. Neste caso, Deus fêz que seu anjo Gabriel fôsse evangelista, portador de boas novas. No ano 3 (A.C.), Gabriel apareceu ao sacerdote Zacarias, que não tinha filhos, no compartimento sagrado do templo de Jeová em Jerusalém. Gabriel disse-lhe que iria ter um filho pela sua idosa esposa Isabel e que ele devia chamar este filho de João. Explicando a sua missão evangélica, Gabriel disse a Zacarias, que duvidava: “Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e a trazer-te estas boas novas.” — Luc. 1:8-19.

16. Como transmitiu Gabriel boas novas ainda maiores?

16 Confiaram-se a Gabriel ainda maiores boas novas quando ele apareceu, cêrca de seis meses depois, a Maria, virgem judia da tribo de Judá. Alegrou-lhe o coração por dizer-lhe que ela fôra escolhida para tornar-se mãe do Filho de Deus. (Luc. 1:26-38, 46-56) Nove meses depois foi selecionado um anjo para ser evangelista, anunciando o nascimento humano do Filho prometido de Deus, em Belém.

17. Como revelou este anjo seu cargo como evangelista?

17 Lemos a respeito dêste portador angélico de boas novas da parte do grande Evangelista: “Havia também naquela mesma região pastores vivendo ao relento e vigiando de noite sôbre seus rebanhos. E, repentinamente, o anjo de Jeová postou-se junto deles e a glória de Jeová brilhou em volta deles, e eles ficaram muito temerosos. Mas o anjo disse-lhes: “Não tenhais medo, pois, vêde! Eu vos declaro boas novas duma grande alegria que todo o povo terá, pois eis que vos nasceu hoje um Salvador, que é Cristo, o Senhor, na cidade de Davi. E isso será um sinal para vós: “Encontrareis um menino envolto em faixas e deitado numa manjedoura.’ ” Que boas novas! Sim, pois o Registro continua, dizendo: “E, repentinamente, houve junto ao anjo uma multidão da hoste celestial, louvando a Deus e dizendo: “Glória a Deus nas alturas acima, e na terra paz entre os homens de boa vontade [homens a quem ele aprova].’ ” — Luc. 2:8-14, NM margem.

18. Em que respeito somente seria boa nova o nascimento de Jesus? Que se tornou seu precursor?

18 Todavia, o nascimento dêste Filho de Deus não seriam novas especialmente boas a menos que resultasse em algo benéfico para todo o povo, para que este tivesse grande alegria. Quando era carpinteiro na cidade pouco importante de Nazaré, Jesus, o Filho de Deus, não causou nenhuma alegria especial a todo o povo, nem mesmo ao povo de sua mãe terrestre, Maria. Mas as coisas mudaram para Jesus depois que seu precursor, João, se tornou evangelista, pregador de boas novas. “Naqueles dias apareceu João Batista pregando no deserto da Judéa: Arrependei-os, porque está próximo o reino dos céus.” (Mat. 3:1, 2) A Palavra de Deus chama a pregação do reino de Deus evangelizar ou trazer boas novas. Por isso Lucas, relator de novas, diz a respeito do evangelista João Batista: “Portanto, dava também muitas outras exortações e continuava a declarar ao povo as boas novas.” — Luc. 3:18, NM; Ro; TA; Liga de Estudos Bíblicos.

19. Por que não queria João batizar a Jesus? Que se tornou Jesus por sua unção?

19 João Batista declarou: “Aquele que há de vir depois de mim, é mais poderoso do que eu.” “Depois de mim há de vir um homem que tem passado adiante de mim, porque existia antes de mim.” (Mat. 3:11; João 1:30) Foi por isso que João, no princípio, não queria batizar Jesus, e Jesus teve de assegurar a João que era a coisa correta para João fazer. Em prova disso, Jesus foi ungido com o espírito de Deus vindo do céu. Depois de Jesus sair das águas batismais do Rio Jordão, “viu o espírito de Deus descer como pomba e vir sobre ele; e uma voz dos céus disse: Este é o meu Filho dilecto, em quem me agrado.” (Mat. 3:13-17). O ungido Jesus não podia ser mais forte do que João Batista e ao mesmo tempo ser menos evangelista do que João. Jesus tornou-se assim evangelista, comissionado e enviado por Jeová Deus, quem o ungira.

20. Como indicou Jesus a seus concidadãos a mudança de sua ocupação para a de evangelista?

20 A fim de atestar esta mudança de ocupação, de carpinteiro para evangelista, Jesus voltou a Nazaré e se levantou na sinagoga da cidade para ler. A profecia de Isaías (6:1, 2) predissera a sua vinda como portador de boas novas, e este livro de profecia foi naquela ocasião entregue a Jesus. “E ele abriu o rôlo e encontrou o lugar onde estava escrito: ‘O espírito de Jeová está sôbre mim, porque me ungiu para declarar boas novas aos pobres, enviou-me para pregar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, para pregar o ano aceitável de Jeová.’ Com isso enrolou o rôlo, passou-o de volta ao assistente e sentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam atentamente fixos nêle. Então começou a dizer-lhes: ‘Hoje se cumpriu esta escritura que acabais de ouvir.’” — Luc. 4:14-22, NM.

21. Apesar dos nazarenos, que capacidade provou Jesus, e para que ocupação treinou ele os seus discípulos?

21 Em prova de que as boas novas não são aceitas por todos como boas, os nazarenos indignaram-se com a pregação de Jesus. Lançaram-no fora da cidade e tentaram até matá-lo. (Luc. 4:22-30) Mas, Jesus apegou-se à sua comissão de evangelista e foi para outras partes, buscando os que apreciavam as boas novas da parte de Deus. O Registro diz-nos: “E sucedeu depois, que caminhava ele mesmo por cidades e aldeias, pregando, e evangelizando o Reino de Deus: e com ele os doze.” (Luc. 8:1, Tr,Mar. 1:14, 15, Liga de Est. Bib.) Jesus era evangelista do reino de Deus. Também ensinava e treinava os seus doze apóstolos para serem evangelistas dêste reino. Enviou-os como missionários com as seguintes instruções: “Pondo-vos a caminho, pregai que está próximo o reino dos céus.” — Mat. 10:1-7.

MISSIONÁRIOS EVANGELIZADORES

22. Por causa de que ocupação dele foi Jesus morto pelos seus inimigos? Como pode ele continuar a sua obra evangelizadora, e por meio de quem, como líderes?

22 Jesus morreu inocente, por ter proclamado as boas novas procedentes de Deus ou por ser evangelista fiel. Foi morto pelos inimigos das boas novas do reino de Deus. Acusaram-no de querer fazer-se rei em oposição a César de Roma. (João 19:12-16) Mas o Deus Todo-poderoso ressuscitou a Jesus no terceiro dia dentre os mortos, fazendo-o voltar ao céu quarenta dias depois, para se assentar á destra de Deus. Jesus havia de continuar dali a sua obra evangelizadora, dirigindo os seus evangelistas na terra. Aqui embaixo, seus doze apóstolos tomaram a dianteira na obra de publicidade do Reino. Os inimigos religiosos das boas novas continuaram a oposição ferrenha e violenta; mas lemos a respeito dos apóstolos de Jesus: “Todos os dias, no templo e de casa em casa, continuavam sem cessar a ensinar e a declarar as boas novas acêrca do Cristo, Jesus.” — Atos 5:42, NM.

23. Eram os apóstolos os únicos evangelistas, e quando se tornou manifesta a resposta a esta pergunta?

23 Os apóstolos não eram os únicos evangelistas da congregação cristã. Todos os membros dedicados e batizados da congregação, que estavam de posse das boas novas, achavam-se sob a responsabilidade de transmiti-las a outros, de difundir as boas novas e assim agir como evangelistas. Este fato tornou-se manifesto mesmo em ocasiões em que se pensaria que o propagador das novas deixaria de difundir as novas que o colocavam em dificuldades, a saber, em tempos de perseguição religiosa.

24. Em prova disso, o que diz o Registro a respeito dos perseguidos?

24 Isto se deu depois de os judeus terem apedrejado Estêvão, um dos sete homens nomeados para servirem de ajudantes especiais dos apóstolos na congregação de Jerusalém. A respeito desta evangelização sob severa perseguição acha-se escrito: “Saulo [de Tarso], da sua parte, aprovava o assassinato dele. Naquele dia levantou-se grande perseguição contra a congregação que estava em Jerusalém; todos, exceto os apóstolos, foram espalhados pelas regiões da Judéia e Samaria. Mas, homens reverentes carregaram Estêvão para o enterro e fizeram grande lamentação sôbre ele. . . Entretanto, os que haviam sido dispersos iam por todo o país, declarando as boas novas da palavra. Filipe, por sua vez, desceu à cidade de Samaria e começou a pregar-lhes o Cristo. Mas, como cressem em Filipe, que declarava as boas novas do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, passaram a ser batizados, tanto homens como mulheres.” (Atos 8:1, 2, 4, 5, 12, NM) Neste caso, não foram os apóstolos que permaneceram em Jerusalém, mas os discípulos espalhados quem fazia a evangelização. Todos eles tinham a honra e a alegria de ser evangelistas.

25. Quem eram os cristãos chamados de “evangelistas“, e como foi predito o dom destes?

25 Todos os que se tornam seguidores dedicados e batizados do principal Evangelista, Jesus Cristo, copiam-no e tornam-se evangelistas, e são corretamente chamados assim. Havia, porém, alguns na congregação do primeiro século, que foram especialmente escolhidos e designados como tais. Êstes homens, especialmente distinguidos pelo título de “evangelista”, eram dádivas da parte do Senhor Jesus Cristo, depois de ele ter sido ressuscitado dentre os mortos e ter ascendido ao céu, para a destra do grande Evangelista, Jeová Deus. Fazerem-se estas dádivas vivas em forma de homens foi predito há muito tempo, no Salmo 68:18 (NM), nas seguintes palavras: “Subiste ao alto; levaste embora cativos; tiraste dádivas em forma de homens, sim, até mesmo os obstinados, para residires entre eles, ó Já Deus.”

26. Com que argumento faz Paulo a aplicação desta profecia?

26 Paulo, comentarista das boas novas, faz a aplicação desta profecia, dizendo à congregação cristã ou ao “corpo do Cristo”: “Ora, a cada um de nós foi dada a benignidade imerecida conforme Cristo conferiu o dom gratuito. Por isso ele diz: ‘Quando subiu ao alto, levou cativo uma multidão; deu homens por dons.” Ora, que significa a expressão ‘subiu’ senão que desceu também às regiões inferiores, isto é, à terra? O mesmo que desceu é também o que subiu muito acima de todos os céus, para que desse plenitude a tôdas as coisas. E ele deu alguns [dons] como apóstolos, alguns como profetas, alguns como missionários [ou: evangelistas], alguns como pastôres e instrutores, tendo em vista o treinamento dos santos para a obra ministerial, para a edificação do corpo do Cristo.” — Efé. 4:7-12, NM margem; TA.

27. Por que foram estes homens chamados corretamente de “evangelistas“, e, portanto, por que se pode falar deles como de “missionários”?

27 Notamos aqui que os evangelistas ou missionários, dados por Deus por meio do glorificado Jesus Cristo, são classificados depois dos apóstolos e dos profetas, mas antes dos pastores e instrutores. Por que se fazia distinção destes homens, dados como dons à congregação, de todos os outros da congregação, que faziam trabalho evangélico por difundir as boas novas? Deve ter sido porque faziam a obra evangelizadora de modo destacado ou numa escala maior, ou num território maior, ou num território especial. Foram evidentemente enviados de modo especial numa missão de proclamar as boas novas. Por esta razão, podiam ser chamados de missionários das boas novas.

28. Como se declarou, no caso de Filipe, que estes evangelistas achavam-se numa classe especial?

28 Demonstrando que eram uma classe especial, uma dádiva específica da parte de Deus, por meio de seu Cristo, que ascendeu, o mencionado Filipe foi chamado de evangelista. Ao falar de Paulo na sua última visita a Jerusalém, Lucas, seu companheiro de viagem, diz: “No dia seguinte partimos, e chegamos a Cesaréia, e entramos na casa de Filipe, o missionário [ou: evangelista], que era um dos sete homens, e ficamos com êle. Este homem tinha quatro filhas, virgens, que profetizavam.” — Atos 21:8, 9, NM margem.

29. Como se viu e se demonstrou que Filipe não era apóstolo do Cordeiro? Contudo, de que modo fora ele usado como evangelista?

29 Este Filipe não era apóstolo semelhante a Paulo. Nem o era o jovem Timóteo, a quem Paulo escreveu: “Faze obra missionária, cumpre cabalmente o teu ministério.” (2 Tim. 4:5, NM) Por esta razão, quando Filipe foi expulso de Jerusalém pela perseguição e desceu à cidade de Samaria, ele podia apenas batizar em água os samaritanos circuncisos que criam. Não podia transmitir a êstes batizados os dons do espírito santo por lhes impor as mãos. Isto não significava que não foram gerados pelo espírito de Deus para se tornarem seus filhos espirituais, com a esperança do reino celestial. Significa apenas que não receberam os dons milagrosos do espírito para profetizar, ou fazer milagres, ou para falar em línguas estranhas, ou para interpretá-las. Para que êstes samaritanos recebessem os dons milagrosos do espírito, Filipe tinha de avisar os apóstolos que ficaram em Jerusalém. Pedro e João foram mandados a Samaria e impuseram as mãos sôbre os samaritanos dedicados e batizados. Estes receberam então o espírito santo. Assim se via e se demonstrava que “pela imposição das mãos dos apóstolos se dava o espírito”. (Atos 8:12-18) Filipe, como evangelista, tinha contudo sido especialmente usado por Deus, mediante Cristo, para levar aos samaritanos circuncisos as boas novas do reino de Deus.

30. Como se demonstrou, em relação com a visita de Paulo, que Filipe não era “dádiva” em forma de profeta?

30 Filipe não era profeta cristão, dotado do espírito para predizer eventos de interesse para seus companheiros cristãos. Suas quatro filhas virgens, porém, eram profetisas pelo poder do espírito de Deus. Não era que Filipe fôsse inferior a estas mulheres na organização congregacional. Elas profetizavam com as cabeças veladas, conforme Paulo diz que as mulheres dedicadas faziam na congregação sob a operação do espírito de Deus. Contudo elas, assim como seu pai Filipe, não deram informação profética ao apóstolo Paulo. (1 Cor. 11:4, 5) Mas, certo profeta chamado Ágabo desceu a Cesaréia e predisse a Paulo o que lhe aconteceria em Jesusalém. (Atos 21:10, 11) Ágabo era uma das viventes “dádivas em forma de homens”, visto que era profeta inspirado.

31. Porém, depois de sua obra em Samaria, como mostrou Filipe ser “dádiva” em forma dum “evangelista” designado?

31 No entanto, também Filipe, como evangelista designado, era uma dádiva do Cristo que ascendeu. Tinha sido ajudante dos apóstolos em Jerusalém, mas fôra também enviado em missão especial de evangelismo pelo anjo de Jeová Deus. Depois que Filipe fizera este bom trabalho em Samaria, “o anjo de Jeová falou a Filipe, dizendo: ‘Levanta-te e vai para o sul, à estrada que desce de Jerusalém a Gaza.’ ” Ali, na estrada, Filipe foi orientado pelo espírito de Deus a entrar no carro que se aproximava, pertencente a um fiel prosélito do judaísmo, um eunuco etíope, que era tesoureiro da Rainha Candace da Etiópia. Dentro do carro, Filipe evangelizou este estudante da profecia de Isaías. “Filipe abriu a bôca, e, começando com esta escritura, declarou-lhe as boas novas a respeito de Jesus.” A pedido dêste eunuco crente; Filipe batizou-o em água.

32. Que obra fêz o eunuco na Etiópia, mas, que missão continuou Filipe a realizar?

32 O eunuco não recebeu os dons milagrosos do espírito, mas não exigia que um apóstolo servisse ali a fim de que êste eunuco fôsse gerado pelo espírito de Deus para tornar-se co-herdeiro de Cristo no reino celestial. Na Etiópia, êste eunuco batizado fêz sem dúvida a obra de evangelista que é obrigatória a todos os cristãos dedicados e batizados; mas Filipe continuou nas suas viagens como alguém enviado numa missão de evangelismo. “Filipe veio a encontrar-se em Asdode, e ele passou pelo território e continuou a declarar as boas novas a tôdas as cidades até que chegou a Cesaréia.” (Atos 8:26-40, NM) Ele fazia trabalho missionário assim como Timóteo foi mandado fazer mais tarde. — 2 Tim. 4:5, NM.

AS BOAS NOVAS NO “TEMPO DO FIM”

33. Como foi predita por Jesus a atual obra evangelizadora, e quem cumpre a sua profecia?

33 Vivemos hoje no tempo duma obra evangélica especial. É a obra predita por Jesus na sua profecia a respeito do fim dêste mundo ou sistema de coisas: “Estas boas novas [ou: evangelho; VB, Al] do reino serão pregadas em toda a terra habitada, com o propósito de dar testemunho a tôdas as nações, e então virá o fim consumado.” (Mat. 24:14, NM) Está sendo cumprida esta profecia por anjos evangelizadores, pelo anjo Gabriel de Jeová, ou pelo anjo que anunciou aos pastôres o nascimento humano de Jesus, ou pela hoste de anjos que dizia: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade?” (NTR) Não; não há evidência do aparecimento de anjos desde 1914 E. C., quando sobreveio às nações “o princípio das dores de angústia”. Quem cumpre então desde o fim da Primeira Guerra Mundial e até agora, na história humana, a profecia de Jesus relativa à maior obra evangélica até agora na história humana? Ela está sendo cumprida pelas testemunhas de Jeová. Ao efetuarem a sua pregação mundial das boas novas do reino estabelecido de Deus em 175 ou mais países e ilhas, trabalham sob a supervisão das oitenta e cinco filiais da Sociedade Tôrre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, seu servo ou agência administrativa jurídica.

34, 35. (a) Por que não temos hoje “dádivas em forma de homens”? No entanto, de que modo temos missionários evangelizadores? (b) Quando se realizou a maior graduação de estudantes missionários, e sob que circunstâncias?

34 Hoje em dia não temos “dádivas em forma de homens” na forma dos doze apóstolos de Cristo, ou dos profetas, cristãos inspirados, ou dos evangelistas associados com os apóstolos, tais como Filipe e Timóteo. Não obstante, temos missionários evangelizadores. Como?

35 As testemunhas de Jeová estabeleceram em 1943, no estado de Nova Iorque, E. U. A., uma escola de treinamento para missionários, chamada de Escola Bíblica de Gilead da Watchtower, sendo o nome de seu principal edifício escolar chamado de Gilead (Galaad), significando “Montão de Testemunho”. Começando em 1º de fevereiro de 1943, tem graduado duas classes de missionários evangelizadores por ano, até agora. Em meados do ano de 1958, Gilead realizou a maior graduação de sua carreira. Foi a graduação de sua trigésima primeira classe de 103 estudantes ministeriais, na tarde de domingo, 27 de julho de 1958, no Estádio Ianque da cidade de Nova Iorque. Sessenta e quatro países e ilhas forneceram os estudantes para esta trigésima. primeira classe, e êstes foram designados a postos de serviço evangelizador em cinqüenta e dois países. Na presença de 180.291 delegados na Assembléia Internacional da Vontade Divina das Testemunhas de Jeová, que superlotaram tanto o Estádio Ianque como o vizinho Campo de Pólo, esta classe de graduando ouviu discursos de vários oradores antes de receber seus diplomas de mérito. Pertinente à consideração do assunto de missionários, ou evangelistas, enviados numa missão especial de serviço, um dos oradores proferiu o seguinte discurso.

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