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  • O Govêrno Perfeito Para Toda A Humanidade
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1959
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1959
w59 15/4 pp. 228-236

O Govêrno Perfeito Para Toda A Humanidade

“Foi-lhe dado o domínio e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem: o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino o único que não será destruído.”

— Dan. 7:14, Al.

1, 2. (a) Como se acham as nossas vidas entrelaçadas entre si? Portanto, do que necessitamos? (b) Que perigo comum reconhecem os homens quanto ao futuro, mas o que será pior e, não obstante, benéfico?

NADA é mais óbvio hoje em dia que a necessidade dum governo perfeito para tôda a humanidade, inegável o fato de que tôda a humanidade é uma só, em todos os continentes e ilhas do mar. Também é veraz o fato de que todos nós, como criaturas humanas, estamos restringidos a este único lar terrestre, nosso globo terrestre, de forma que todos nós temos de viver juntos. Não há outro planeta no universo que nos forneça um lugar para viver. Agora mais do que nunca, a vida de cada um de nós está ligada a dos outros. Nossas vidas acham-se tôdas entrelaçadas, especialmente nestes tempos modernos.

2 Não há mais isolamento em nenhuma parte da terra. Quer gostemos disso, quer não, todos nós estamos sujeitos ao mesmo perigo comum. Êste é reconhecido pelos líderes humanos da atualidade como sendo a Terceira Guerra Mundial, que será global nas suas conseqüências. Mas, além desta guerra nuclear global, que é tão temida e que, na convicção de muitos, não poderá ser evitada no futuro próximo, há outro conflito que será mais terrível nas suas conseqüências. Êste será o ato do próprio Deus do céu. Não é mais possível desconsiderar o seguinte: que o grande Criador do céu e da terra realizará um ato. Êste, porém, será benéfico para todos os homens de boa vontade que tomarem sua posição ao lado dêle. Significará vida para êles. Todos nós, como criaturas humanas, temos um único anseio, e êste é viver em felicidade e viver aqui em harmonia com o Céu e com o poder divino representado pelo céu. Para que seja satisfeito nosso anseio, necessitamos de um govêrno mundial, e êste govêrno terá de ser perfeito.

3. (a) É possível tal govêrno perfeito? (b) Quando virá e como virá, segundo a melhor autoridade?

3 É possível tal govêrno perfeito? É um prazer declarar aqui, logo de início, que tal govêrno perfeito é possível e que virá com tôda a certeza. Como, porém, virá tal govêrno perfeito, e também quando virá com o alívio que trará certamente a todos os homens de boa vontade? Novamente sentimo-nos felizes em dizer que êste govêrno perfeito para tôda a humanidade virá ainda em nossos tempos, dentro desta geração, de modo que podemos aguardar algo muito agradável. Virá por intermédio dos cientistas políticos no meio dos homens? Não! Os versados em ciências políticas já têm feito experiências durante os milênios passados. Se esperássemos até que os cientistas da política desenvolvessem um governo perfeito para nós pelo método que êles aparentemente têm usado, o método das tentativas, quanto tempo demoraria até que chegassem a alcançar mesmo só uma sombra de bom êxito! No ínterim, os homens em todo o globo ver-se-iam obrigados a continuar a sofrer por causa da contínua imperfeição e dos erros e fracassos adicionais dos governos humanos, que sempre nos mantêm em dificuldades. Isto não é desejável. Mas, baseados na autoridade do maior Livro do mundo, o livro de profecia autêntica, podemos declarar aqui que êste govêrno perfeito virá exclusivamente pelo ato glorioso Daquele que criou o nosso universo.

4. Nosso exame dos céus e dos brilhantes corpos celestes faz surgir que pergunta quanto a lei e ordem para a terra?

4 Ao olharmos para o céu, através de nossos poderosos telescópios, ou mesmo a olho nu, podemos ver a perfeição que coroa êste universo, vendo todos os corpos celestes que brilham sôbre a terra desde o espaço sideral, para dar luz, calor e vida à humanidade. Ao examinarmos a relação intricada existente entre todos os corpos celestes, podemos ver que prevalece entre êles uma ordem perfeita, segundo a lei do universo. Não requer a ciência moderna para mostrar-nos que a lei segundo a qual êste corpos celestes funcionam é perfeita. Isto se harmoniza com o que disse o salmista dos tempos antigos, o profeta Rei Davi, a respeito dos céus: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” Davi disse também neste sentido que a lei de Jeová Deus é perfeita. (Sal. 19:1, 7, Al) As operações do universo confirmam êste fato, que a lei de Deus é perfeita. Se então há perfeição de lei e ordem através de todo o universo, que se acha além do alcance do homem, por que, então, não podemos ter perfeição de lei e ordem aqui mesmo, nesta terra, entre a humanidade? É só razoável concluir-se que a podemos ter.

5. (a) De que é prova esta perfeição da lei universal? (b) Que nome tem a Origem desta lei?

5 A perfeição da lei que opera em todo o universo, para com todas as coisas criadas, é prova de que há um Legislador inteligente, supremo, que governa tudo e que controla tudo, um Criador Todo — poderoso, que é a Fonte de toda a vida usufruída em tôda a criação, nos domínios invisíveis de sua própria habitação e no domínio visível da habitação do homem. Êle é Deus. A Bíblia Sagrada diz que seu nome é Jeová. É deste Deus de perfeição que emana essa lei que governa tão belamente todo o universo.

6. (a) Por que é êle capaz de calcular ou avaliar o que é um governo perfeito? (b) Que perguntas a respeito dele faz surgir a nossa própria dessatisfação com os governos humanos, e a que conclusão chegamos?

6 No que se refere ao assunto de governo, êste grande Deus de perfeição deve certamente ser capaz de calcular ou avaliar o que é um governo perfeito. Que êle é perfeito e que crê na perfeição das coisas acha-se declarado na profecia de Moisés, em Deuteronômio 32:3, 4: “Proclamarei o nome de Jehovah: Engrandecei o nosso Deus. Ele é a Rocha, as suas obras são perfeitas.” Visto que êle é o Deus de perfeição, que conceito deve êle formar sobre os governos dos homens nesta terra? Podemos imaginar que êste Deus de perfeição esteja mais satisfeito com os governos humanos nesta terra do que nós homens estamos, nós os que vivemos debaixo de tais governos? Podemos jamais imaginar que êle esteja satisfeito com governos imperfeitos, constituídos por homens, quando nós mesmos, que somos imperfeitos, não estamos satisfeitos com êles? Êle é mais sábio do que todos os partidos políticos nas diversas nações, que brigam entre si e que criticam os governos dos diversos partidos políticos, e que se expulsam mutuamente do exercício do controle no govêrno pelas eleições que se realizam de vez em quando. Se a humanidade, em tôdas as eras, ficou dessatisfeita com os governos que os homens estabeleceram sobre as nações, então nenhum govêrno,em tôda a história humana, foi satisfatório ao grande Deus da perfeição. Êle não permitirá que a sua dessatisfação continue para sempre.

7. Que história dos governos humanos nos apresenta a Bíblia? Segundo ela, como considera Deus a tais governos quanto à sua qualidade?

7 O registro bíblico oferece a breve história de todos os governos que tiveram que ver com o povo de Deus. A Bíblia foi completada há dezenove séculos, no entanto, previu também os governos que viriam depois de se completar a escrita da Bíblia. Dêste modo, a Bíblia mostra que o Deus Todo-poderoso no céu, cujo nome é Jeová, previu todos os governos humanos até os nossos dias, e que êle determinou o valor dêles, bem como a natureza dêles. Segundo o cálculo ou a avaliação dêste grande Deus, que é perfeito em sabedoria, justiça, amor e poder, todos êstes governos terrestres em sua longa procissão através dos séculos até agora têm sido governos bestiais. Sem tomar em consideração o orgulho nacional do homem, a Bíblia Sagrada descreve os governos da criação do homem como bêstas-féras. Até mesmo o último livro da Bíblia Sagrada, o Apocalipse ou Revelação, apresenta os governos humanos até os dias de hoje como sendo de natureza bestial. Em prova disso, leia a profecia de Daniel, capítulo sete, e Apocalipse, capítulos treze e dezessete.

8. (a) Por causa da bestialidade dos governos humanos, que decretou Deus para eles? (b) Que governos já terminaram sob a desaprovação de Deus, e por que razão principal?

8 Por causa da bestialidade dos governos humanos, conforme revelada na carnificina e no sacrifício de preciosas vidas humanas, e em todos os estragos causados entre as nações, Jeová Deus, o Governador do universo, decretou o fim de todos os governos feitos pelo homem, fim que virá no seu tempo escolhido. No passado, êle tem arruinado governos em cumprimento de sua palavra. Leia o relato bíblico a respeito do Egito, da Assíria e da Babilônia. Em cada caso encontramos que Jeová Deus, quem controla os assuntos humanos, declarou-se até responsável de ter levado ao fim desastroso aqueles governos animalistas da antiguidade. Quanto aos governos posteriores, o Império Medo-persa, o Império Grego e o Império Romano, a Bíblia predisse também a sua vinda. Êstes também tiveram seus dias de existência, e, sob a desaprovação de Deus, terminaram em calamidade. A razão principal tem sido que todos êstes governos imperfeitos estiveram sob o poder e controle invisível do inimigo principal de Deus, Satanás, o Diabo, o deus ímpio dêste mundo perverso. — Luc. 4:5, 6; 2 Cor. 4:4; 1 João 5:19.

9. Qual tem sido o maior império a dominar a terra? Por que chegarão ao fim todos os governos atuais, não importa de que tipo?

9 Dentre todos os impérios que dominaram êste globo, a potência mundial dupla anglo-americana tem sido a maior da história humana. Ela foi também predita pela Bíblia, bem como a organização internacional pela qual ela é a principal responsável, as Nações Unidas. No entanto, a Bíblia diz em linguagem clara que até mesmo êstes governos da atualidade, magníficos como possam parecer aos homens, chegarão ao fim, quer sejam do tipo comunista, quer do tipo não comunista. São todos governos imperfeitos; e coisas imperfeitas não durarão para sempre, segundo a vontade do Deus da perfeição, o Criador de nossa terra.

10. Que governo não será eliminado por Deus, e com que fim permanecerá para sempre?

10 Há um só govêrno, que veio à existência em nossos dias, que o Deus Todo — poderoso, Jeová, não derrubará ou eliminará. É o govêrno perfeito, o governo de seu Messias, o govêrno de Seu Cristo, o govêrno de seu Filho celestial, o Senhor Jesus Cristo. Em vez de derrubar êste govêrno, o Deus Todo-poderoso o usará para derrubar todos os sistemas políticos, humanos, imperfeitos, que causam tanta aflição aos povos, às raças e às tribos de nossos tempos. Na futura guerra pelo domínio universal, o govêrno perfeito será vitorioso e permanecerá para sempre, para o louvor e a honra de Deus, e para a bênção sempiterna da humanidade.

11-13. (a) Sem o que não é possível um governo perfeito? (b) Como foi declarada a importância dum governante ou dum grupo de governantes para o bom governo expresso num parecer jurídico no caso do Estado de Idaho contra Raymond Brungardt?

11 Todos temos de concordar que não é possível haver um govêrno perfeito sem um governante perfeito, ou um grupo de governantes perfeitos, e, ainda por cima, sem um Deus perfeito. Todos os governos humanos, passados e presentes, têm reconhecido um deus; Os deuses reconhecidos por êles foram incapazes de dar aos seus adoradores um govêrno perfeito. O fato de que um govêrno perfeito depende dum governante ou grupo de governantes que exerçam o poder do controle é admitido por todas as pessoas razoáveis. Temos aqui a opinião jurídica expressa por um juiz norte-americano, um juiz distrito, no Estado de Idaho. O juiz deu o seu parecer em 8 de abril de 1958, no caso conhecido como o Estado de Idaho contra Raymond Brungardt. Neste parecer êle disse:

12 “Há mais de duzentos anos, William Penn, aquêle a quem a Coroa [da Inglaterra] deu o Estado de Pensilvânia, quando êle estabeleceu a sua colônia de quacres aqui nesta nova terra, sua colônia de Amigos, e segundo o qual ficou sendo chamado o Estado de Pensilvânia, ensinava:

13 “Os governos, semelhantes a relógios, seguem o movimento que os homens lhes dão, e, assim como os governos são criados, movimentados pelos homens, são, também, arruinados por êles. De modo que os governos dependem antes dos homens, do que os homens dos governos. Quando os homens são bons, o govêrno não pode ser mau. Se fôr mau, êles o curarão, mas se os homens forem maus, mesmo que o govêrno seja muito bom, êles tentarão pervertê-lo e estragá-lo para a sua própria conveniência.” — Página 6 do parecer impresso.

14. Com respeito a que principio de govêrno concorda este parecer com a Bíblia?

14 Isto concorda com a Bíblia, a Palavra de Deus, que o governo perfeito depende dum governante perfeito, um que o próprio Deus proverá para toda a humanidade.

A ORIGEM DOS GOVERNOS

15, 16. Como vieram à existência e ao poder os governos humanos desde o antigo Império Babilônico?

15 Como vieram à existência os governos humanos? Por que ficaram todos eles maus e fracassaram? As histórias escritas por homens informam-nos que foi por vários métodos que os governos entraram em funcionamento e assumiram o poder. O primeiro governo depois dos dias de Noé, há quatro mil anos, foi usurpado pelo ditador chamado Nemrod. Sem a aprovação de Noé ou de Jeová Deus, mas com a aprovação de Satanás, o Diabo, Nemrod apoderou-se do governo estabelecido no Oriente Médio, na terra da Mesopotâmia. Tratava-se do reino ditatorial de Babilônia. Nemrod era inimigo de Deus, “poderoso caçador em oposição a Jeová”. Êle realizou expedições militares contra o povo nos países vizinhos, a fim de estabelecer o antigo ou primeiro Império Babilônico. (Gên. 10:8-12, NM) Desde então, a humanidade teve muitas formas e tipos de govêrno que têm exercido domínio sôbre as diversas regiões da terra.

16 Êstes governos vieram à existência por diversos meios, por se tomar o poder à força, pela rebelião das massas do povo, pela conspiração dos que têm sêde do poder sôbre o povo, pela usurpação do poder por alguém forte que expulsou outro governante e assumiu os poderes do govêrno. E depois, como no caso dos Estados Unidos da América, o homem tem estabelecido um govêrno não apenas por uma revolta, uma rebelião, contra uma potência política além das fronteiras, mas por uma convenção constitucional, tal como a convenção constitucional que formulou os Artigos da Confederação, em 1777, para as treze colônias americanas do Império Britânico. Êstes Artigos da Confederação controlaram as colônias por diversos anos, até a inauguração da Constituição que atualmente governa a nação, no ano 1788.

17. (a)Quanto a govêrno, que não querem os homens que Deus faça? (b) Que resposta se tem de dar à pergunta se Deus é capaz de estabelecer um govêrno na terra, e qual foi a primeira demonstração que êle deu disso?

17 Os homens não desejam que o Deus do céu, Jeová, estabeleça um govêrno sôbre tôda a humanidade. Adiantam-se a êle, e suas ações obstinadas mostram que duvidam que Deus tenha a capacidade de estabelecer um govêrno na terra. No entanto, pode Deus estabelecer um govêrno sôbre tôda a humanidade? A esta pergunta, já a simples razão responde: Se criaturas humanas imperfeitas podem estabelecer governos por diversos meios, por que não teria o Criador delas, o Deus Todo-poderoso, que governa e controla o universo inteiro e domina sôbre anjos, o poder de organizar, estabelecer e dirigir um govêrno sôbre os homens na terra? Êle tem êste poder. Em tempos passados êle demonstrou o seu poder de estabelecer o melhor dos governos. O primeiro rei na terra que tinha a aprovação de Deus era um homem chamado Melquisedec, que era tanto sacerdote como rei. Êle governava na cidade chamada Salém, mais tarde chamada Jerusalém. Melquisedec abençoou o patriarca Abraão em nome do Deus Altíssimo. Seu govêrno em Salém deixou de existir — exatamente como, ninguém sabe. O registro bíblico fica calado sôbre o assunto. (Gên. 14:18-20) Mas, êste govêrno do rei-sacerdote Melquisedec é usado na profecia bíblica como tipo profético ou prefiguração do govêrno perfeito que Deus estabelecerá sôbre tôda a humanidade, entregando-o nas mãos dum governante perfeito, semelhante a Melquisedec. — Sal. 110:1-4; Heb. 5:10; 6:20; 7:1-17, 28.

18. Qual foi o segundo govêrno que Deus estabeleceu na terra, e em que sentido era um reino?

18 O próximo govêrno que Deus estabeleceu na terra foi o de Israel, no século dezesseis antes da Era Cristã. Usando como líder o profeta Moisés, êle tirou seu povo escolhido de Israel da terra do Egito, onde eles se achavam como escravos involuntários. Conduziu-os ao deserto, ao sopé do monte Sinai, na península arábica. Ali estabeleceu sobre eles um governo, sendo êle próprio seu invisível Rei celestial. A base daquele governo eram os bem conhecidos Dez Mandamentos. (Êxo. 20:1-17) Jeová Deus acrescentou a estes Dez Mandamentos centenas de outras leis, e estas se tornaram as leis divinas pelas quais a nação de Israel havia de ser governada. No tempo devido, ao pedido deles, Deus estabeleceu um reino visível sobre a nação de Israel. Isto se deu centenas de anos depois de os ter introduzido na Terra Prometida de Canaã, estabelecendo-os ali e expulsando daquela terra os habitantes iníquos, demonólatras. — 1 Sam. 8:4-22; 10:17-26; 12:1-14.

19. Em que respeito era teocrático o govêrno de Israel? Por que era êste o melhor govêrno na terra até aquela data?

19 O governo que Deus estabeleceu sobre Israel foi o melhor governo que o mundo conheceu até aquele tempo. Visto que tinha leis dadas por Deus, era uma teocracia, quer dizer, um governo, uma nação governada por Jeová Deus. O governo era, portanto, teocrático, embora a nação tivesse representantes visíveis de Deus aqui na terra, como seus líderes humanos. A Bíblia conta-nos que as nações daquele tempo maravilhavam-se com a coleção de leis de Israel, e que diziam: ‘Que nação tem tais regulamentos justos e decisões judiciais, e tal Deus, como esta grande nação de Israel?’ E Jeová Deus prometeu aos israelitas que, se cumprissem estas leis, e o adorassem e lhe servissem como seu Deus, então faria que fossem a cabeça das nações, e não a cauda, e que encabeçariam as nações, em vez de estarem abaixo das nações, como se dá no caso da nação do moderno Israel. — Deu. 4:5-8; 28:13, 14, NM.

20. Que ilustrou o reinado do Rei Salomão quanto a um governo estabelecido por Jeová Deus?

20 As alturas de glória, de resplendor e de bênção que êste govêrno estabelecido por Jeová Deus em Israel podia alcançar foram ilustradas durante o reinado pacífico do sábio Rei Salomão. Todo o mundo ouvira falar da sabedoria de Salomão. No Livro sagrado, a Bíblia, encontramos alguma da sabedoria maravilhosa do Rei Salomão preservada até os nossos dias. Nos dias de Salomão, homens da parte de todos os reis da terra vieram a Jerusalém para ouvir a sabedoria de Salomão. Até mesmo a rainha de Sabá veio, a bem dizer, dos confins da terra, a fim de ouvir a sabedoria de Salomão e ver a glória do seu reino em Israel. (1 Reis 10:1-10; 4:34) O relato bíblico fala-nos das bênçãos de que os israelitas gozavam debaixo dêste reino. Diz que desde Dã até Berseba os filhos de Israel banqueteavam-se, todo homem sentado debaixo de sua própria videira e figueira, e alegrando-se com a bondade de seu Deus e com o govêrno que pusera sobre êles. — 1 Reis 4:20, 25.

21. De que era prefiguração o govêrno do Rei Salomão? Por que será êste algo maior?

21 No entanto, embora fosse glorioso e esplendoroso, e constituísse uma grande bênção para os súditos do reino, aquêle govêrno de Salomão foi apenas uma prefiguração profética do govêrno perfeito que havia de vir no futuro, sob o qual todas as famílias e nações da terra serão abençoadas no tempo devido de Deus. Terá um governante mais grandioso, mais sábio do que o Rei Salomão. Há dezenove séculos houve um homem na terra de Israel, que disse aos judeus que a rainha de Sabá veio dos confins meridionais da terra para ouvir a sabedoria de Salomão, e que ela seria levantada no tempo do juízo junto com aquela geração de judeus. Por quê? Porque, embora ela tivesse chegado de longe para ouvir a sabedoria dum homem imperfeito, havia ali no meio dos israelitas daqueles dias alguém que era maior do que Salomão, e, no entanto, os israelitas recusavam dar-lhe ouvidos. Chegaram até a matá — lo. (Mat. 12:42) É êste homem, que é maior que Salomão, mais que Salomão, que há de ser encarregado do governo perfeito que Jeová Deus estabelecerá no seu tempo designado em pleno poder sôbre a terra.

22. Que se pode dizer das bênçãos a serem usufruídas debaixo do govêrno dêste Governante maior do que Salomão?

22 Ora, se os israelitas sob o reinado do Rei Salomão gozavam das bênçãos de paz, prosperidade, felicidade e piedade, quanto mais gozará toda a humanidade bênçãos similares sob êste poderoso Governante, êste Governador perfeito, que é maior do que o sábio Rei Salomão dos tempos antigos! Estas serão as bênçãos de vida eterna, paz duradoura, felicidade ilimitada e prosperidade superabundante, junto com piedade.

23. Por que não gozavam os israelitas, naquele tempo, de um govêrno perfeito, embora os reis se assentassem no ’trono de Jeová’?

23 Hoje em dia temos toda a razão para aguardarmos confiantemente êste vindouro govêrno perfeito. Lá naquele tempo, os israelitas viviam apenas sob um reino típico de Deus, debaixo de reis humanos, ungidos pelo seu sumo sacerdote, de modo que se dizia que aquêles reis se sentavam no ‘trono de Jeová’; e, apesar disso, aquêles israelitas não gozavam de perfeição no govêrno. Todos êles, tanto o rei como os súditos, viram-se incapazes de cumprir a leis perfeitas de Deus. Por que se dava isso? Porque todos êles eram descendentes de Adão e Eva. A Palavra de Deus diz-nos que todos nós herdamos o pecado e a imperfeição de Adão e Eva. Paulo, o apóstolo cristão, disse corretamente: “Por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, visto que todos pecaram.“ (Rom. 5:12) Todos nós nascemos em pecado. De fato, fomos concebidos em iniqüidade por nossas mães. Isto se aplicava até mesmo à nação judaica debaixo de seu govêrno teocrático. O próprio Rei Davi admitiu êste fato triste. (Sal. 51:5) De modo que tanto os seus governantes, seus reis ungidos, como o próprio povo eram imperfeitos e morriam.

24. Segundo o propósito de Deus, que fato devia a sua lei dada por intermédio de Moisés ensinar aos israelitas? Que pergunta e que resposta de Jó mostram por que êles não tiveram perfeição no govêrno?

24 Jeová Deus tomou o propósito que a lei que êle deu por intermédio do profeta Moisés ensinasse ao seu povo de Israel que êles eram pecadores, que eram imperfeitos. Conforme disse o apóstolo Paulo, anteriormente fariseu judaico: “Por obras de lei nenhuma carne será declarada justa perante [Deus], pois, pela lei vem o conhecimento acurado do pecado.“ (Rom. 3:20, NM) Embora tentemos guardar a lei de Deus, verificamos que não podemos fazê-lo, fato que mostra que nascemos imperfeitos, e a nossa imperfeição resulta em sermos pecadores. Portanto, os judeus honestos aprenderam a apreciar, e a lei de Deus ajudou-lhes a apreciar, que eram pecadores e que, por isso, não podiam ter um govêrno perfeito, visto que homens pecaminosos serviam como seus governantes, como seus reis ungidos. É bem apropriada aqui a pergunta feita pelo profeta, pelo homem paciente chamado Jó: “Quem pode produzir alguém puro de alguém impuro?“ Que mãe, sendo ela mesma imperfeita, poderia dar à luz um filho perfeito? Jó respondeu: “Ninguém.“ (Jó 14:4, NM) Portanto, visto que os homens são imperfeitos e fornecem as autoridades no govêrno, como podemos esperar que produzam um govêrno perfeito? Não podem. A lei de Deus, por meio de Moisés, serviu para impressionar os israelitas fiéis e crentes com êste fato.

25. O que é necessário para se produzir um govêrno perfeito? Portanto, que outro fato devia a lei de Deus, dada por intermédio de Moisés, mostrar aos israelitas?

25 Para que haja um govêrno perfeito, tem de haver uma origem perfeita para o govêrno. A única origem perfeita é Deus. A lei de Deus, conforme dada aos israelitas por meio de Moisés, destinava-se a mostrar aos israelitas mais do que apenas que eram imperfeitos, pecadores, necessitando de redenção pelo sacrifício humano perfeito que Deus proveria por meio de seu Filho. A lei de Deus, por meio de Moisés, destinava-se também a mostrar aos israelitas que necessitavam dum governo perfeito. Esta lei divina tinha por fim indicar aos israelitas não somente o Redentor, que precisavam para tirá-los do pecado, da imperfeição e da morte, mas também o seu Rei. A lei de Deus, por meio de Moisés, ordenava — lhes: “Estabelecerás como rei sobre ti aquelle que Jehovah teu Deus escolher.” (Deu. 17:14, 15) “Regosija-te muito, filha de Sião; exulta, filha de Jerusalem; eis que vem a ti o teu rei”, diz a profecia de Deus. — Zac. 9:9.

26. Além dum governo perfeito, que mais pode Deus prover? E ele prometeu fazer isso em que tempo?

26 Deus, a Origem perfeita, pode não somente produzir o governo perfeito, mas pode também prover o necessário governante perfeito para esse governo. Mais de dezenove séculos antes da Era Cristã, ele chamou o fiel patriarca Abraão para fora da terra mesopotâmica da Caldéia, e para a Terra da Promissão no Oriente Médio. Deus disse ao fiel Abraão que ele faria de Abraão uma bênção para tôdas as famílias da terra, e que tanto nele, como na semente dele, em seu descendente, seriam abençoadas tôdas as famílias e nações da terra. (Gên. 12:1-3; 22:17, 18) Foi quando Abraão tinha cem anos de idade e sua esposa Sara tinha noventa anos, que Deus concedeu milagrosamente ao patriarca Abraão um filho chamado Isaac. Isaac nunca se tornou rei. Mas, quando Deus disse a Abraão que lhe daria um filho pela sua esposa Sara, Deus disse que Sara se tornaria mãe de reis, sim, de governantes, de regentes, de monarcas: “Abençoal-a-ei, e virá ela a ser nações; reis de povos sairão dela.” Foi por isso que seu nome foi mudado para Sara, significando Princesa. (Gên. 17:15, 16) Portanto, esta Semente, que Deus disse que produziria no tempo devido e em quem tôdas as famílias e nações da terra seriam abençoadas, havia de ser uma Semente real; havia de ser Rei? Haveria um govêrno real!

27. A quem formou Jeová numa nação com um governo estabelecido? Através de que parte desta nação surgiria o Rei prometido?

27 O patriarca Abraão teve doze bisnetos. Êstes produziram as doze tribos de Israel, e Jeová Deus formou a estas tribos numa só nação. Estabeleceu sôbre êles um govêrno teocrático. Como seu Rei e Legislador divino, deu-lhes os Dez Mandamentos. (Deu. 33:1-5) Dentre estas doze tribos de Israel, Deus selecionou uma tribo específica, por meio da qual produziria seu governante para a bênção de toda a humanidade. Esta mostrou ser a tribo de Judá, quando seu pai proferiu esta benção sôbre Judá: “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló [o grande Pacífico]; e a êle se congregarão os povos.” (Gên. 49:10, Al) Portanto, que descendente de Judá se tornaria Rei?

28. Com quem começou realmente a cumprir-se a promessa de um rei, feita por Deus a Abraão e Sara? Que significava realmente o contrato solene de Deus com este homem?

28 A promessa que Deus fizera a Abraão e sua esposa Sara, que reis haviam de proceder dela, começou a cumprir-se realmente em Davi, o jovem pastor na pequena cidade de Belém. Davi foi o décimo primeiro na linhagem dos descendentes de Judá. No tempo devido, Davi foi ungido como rei sôbre as doze tribos de Israel. Em pouco tempo êle estabeleceu a sede do seu govêrno na cidade santa de Jerusalém. A arca sagrada do pacto de Deus foi levada para lá e alojada perto do palácio do Rei Davi. Deus fêz então um pacto ou contrato solene com o Rei Davi, no sentido de que o reino nunca se afastaria de sua família, de sua linhagem, de sua casa, de seus descendentes. (2 Sam. 7:12-16) No Salmo 89, Deus disse que fêz êste pacto com Davi e que nunca o violaria, razão pela qual o rei perfeito que descenderia de Davi ocuparia um trono que perduraria tanto tempo quanto o sol e a lua, isto é, seria eterno, nunca tendo fim, nunca precisando de qualquer sucessor no governo. — Sal. 89:3, 4, 19-37

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