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  • Jeová recompensa os que buscam fervorosamente
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1963
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1963
w63 15/4 pp. 252-255

Jeová recompensa OS QUE BUSCAM FERVOROSAMENTE

Segundo narrado por Y. C. Karkanes

É DEUS que deve buscar o homem ou é o homem que tem o dever de buscar a Deus Disse Jesus: “Pedi, e darse-vos-á; buscai, a achareis.” (Mat. 7:7, ALA) O passar do tempo não enfraqueceu a veracidade destas palavras. A minha experiência pessoal nestes últimos quarenta e quatro anos convenceram-me de que é verdade absoluta o que o apóstolo Paulo escreveu em Hebreus 11:6: “É necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoados dos que o buscam.” — ALA.

BUSCANDO A VERDADE

Nasci na Grécia, filho de pais gregos ortodoxos. Meu pai serviu de mordomo de igreja por muitos anos. Minha mãe morreu em 1909 e logo depois disto eu fui para a América. Ali, longe da família e ocupado com o trabalho, deixei de ir à igreja. Mas todas as manhãs e todas as noites eu fazia a pequena oração de nosso Senhor: “Pai nosso . . .” Certo domingo, a família metodista com que eu morava convidou-me a acompanhá-la à igreja. Aceitei o convite com satisfação. Havia bons assentos na igreja e eu gostei, porque na minha igreja ortodoxa não havia assentos. Voltei algumas vezes à Igreja Metodista, mas havia um vácuo no meu coração.

Então, na primavera de 1918, ouvi pela primeira vez um sermão de um dos Estudantes da Bíblia, conforme eram chamadas as testemunhas de Jeová naquele tempo. Fiquei grandemente impressionado. Em meu estabelecimento achei a primeira publicação delas, chamada Estudos nas Escrituras, e a li com muito interesse. Ainda queria saber mais referente a Deus e ao seu reino, Cabia a mim pesquisar; por isso escrevi ao escritório da Sociedade, em Brooklyn, Nova Iorque, e pedi uma Bíblia Sagrada e toda literatura disponível. Esperei impacientemente pelo pedido. Recebi-o em poucos dias e comecei a leitura com alegria e muito interesse. Prosseguia-se a guerra mundial e aumentava o meu interesse de aprender mais da Bíblia Sagrada. Todavia, visto que a Bíblia me era um livro desconhecido, eu não podia entender muitas coisas e queria perguntá-las a alguém.

Escrevi outra vez a Brooklyn e perguntei se havia algum Estudante da Bíblia na cidade onde eu morava. A resposta deu-me o endereço de um que morava perto de minha casa. Quando lá cheguei, um senhor idoso abriu-me a porta. Depois de mostrar-lhe a carta, ele cumprimentou-me alegremente e derramou lágrimas de emoção, visto que estava sozinho por muitos anos. Combinamos ir juntos todos os domingos de manhã ao estudo da Sentinela numa casa particular, cerca de dezoito quilômetros para o interior. Buscando eu encontrei a verdade e em 21 de junho de 1918, em Clevelândia, Oaio, EUA, tive oportunidade de manifestar em atos o meu amor pelo Altíssimo mediante o batismo em água, perante muitas testemunhas. Mas como recompensaria Jeová a alguém que estava procurando fervorosamente fazer a Sua vontade?

A resposta satisfatória pode muito bem ser expressa, nas palavras de Paulo em 1 Coríntios 16:9 (ALA): “Uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu.” Naquele tempo os diretores da Sociedade ainda estavam presos injustamente em Atlanta, Geórgia, e estavam circulando um abaixo-assinado para soltá-los. Eu participei nisto e arranjei um bom número de assinaturas na cidade onde morava. Ao terminar a guerra, os nossos irmãos foram soltos e absolvidos. Eu desejava tornar-me ministro de tempo integral e orava por isto. Depois do congresso internacional em Cedar Point, Oaio, e suas ricas bênçãos, eu e um outro irmão decidimos sair no serviço de campo com algumas publicações disponíveis naquele tempo. Começamos em Akron, Oaio, e pouco a pouco chegamos a Nova Iorque. Deixamos com os gregos um número considerável de livros, a maior parte sobre o Foto-Drama da Criação. Trabalhamos em Nova Iorque com grandes resultados satisfatórios. Fiquei alguns dias no Betel de Brooklyn, ajudando no Departamento Grego.

O irmão encarregado daquele departamento sugeriu que fôssemos para Pittsburgh, onde encontraríamos milhares de gregos, e trabalhássemos ali. Nós conhecíamos os irmãos de Pittsburgh e começamos imediatamente os discursos públicos nos domingos para a colônia grega. Até nos permitiram usar grátis o cinema. Jeová abençoou os nossos esforços e em menos de três anos abriu-se uma congregação com trinta irmãos gregos.

Pouco depois da segunda assembléia internacional em Cedar Point, em 1922, começamos os discursos em três outras cidades menores ao redor de Pittsburgh. Enquanto isto, em Brooklyn, planejava se enviar um irmão à Grécia para ajudar por um pouco de tempo os irmãos ali. Eu tinha que ajustar algumas coisas de família ali, por isso, resolveu-se que eu fosse.

REGRESSO À GRÉCIA

Em janeiro de 1925 eu parti no “Adriatic” para a Grécia. A primeira coisa que fiz ao chegar em Atenas foi ir ao lar de Betel, que tinha sido inaugurado em 1922. Encontrei-me então com o servo de filial que me conhecia só por correspondência. Grande foi a minha alegria. Depois de alguns dias visitei meu pai, que estava então bem velhinho e já não servia de mordomo de igreja. O terreno tinha sido preparado por correspondência e ele estava em condição de ouvir a confortadora mensagem do reino de Deus. A semente da verdade não demorou a germinar nele, nas minhas quatro irmãs e numa sobrinha, que constituíam a minha família. Com o tempo, todos progrediram em entendimento e apreciaram a verdade. Isto me trouxe grande alegria e foi o fator contribuinte para que eu renovasse a minha permissão para residir nesse país.

Nesse meio tempo, em maio de 1925, o irmão do Departamento Grego, em Brooklyn, veio à Grécia para uma breve visita e realizou-se uma assembléia em Atenas. Estiveram presentes 175 irmãos e amigos da verdade, alguns dos quais foram batizados. Logo após a assembléia eu fui designado para visitar as maiores cidades do país, tais como Tessalônica, Kavala, Volo e outras. Encontrei muito poucos irmãos nestas cidades, mas havia um número considerável de pessoas de boa vontade. A segunda visita foi feita com o irmão de Brooklyn e depois disto ele regressou à América.

PERMANECENDO ONDE A NECESSIDADE ERA GRANDE

Chegou então a hora em que eu tinha que decidir ou ficar na Grécia ou voltar para a América. Fui ao consulado com um requerimento para estender a minha permanência. O cônsul cortou com uma tesoura a fotografia presa ao requerimento e escreveu “cancelada”. “O senhor teve bastante tempo para resolver as suas questões familiares”, disse ele. “Se a América é o país dos seus interesses e deseja residir ali, o senhor deve partir dentro de dez dias.” Eu saí do consulado. A necessidade era grande aqui na Grécia. Depois de orar a Jeová eu vi claramente que devia permanecer. O servo da filial me animou a ficar. Eu não tinha dúvida alguma de que a vontade de Deus era que eu permanecesse na Grécia e continuasse o ministério de tempo integral.

Em 1927 realizou-se outra assembléia em Atenas e mais de três mil estiveram presentes. Como é bem conhecido, 99 por cento da população pertence à religião predominante. Pela ajuda de Jeová continuamos a pregar de casa em casa e então surgiu a oposição. A constituição da Grécia, embora proíba o proselitismo e qualquer interferência com a religião dominante, provê a liberdade de consciência religiosa e a prática de ritos de qualquer religião conhecida, sob a proteção da lei. Todavia, alguns interpretam este dispositivo da constituição como significando que até mesmo tocar a campainha das casas é proselitismo e tentativa de penetrar na consciência religiosa de outros. Por isso, as testemunhas de Jeová são levadas aos tribunais, multadas, postas na cadeia por vários meses e soltas sob liberdade condicional só porque distribuem revistas cristãs. Têm-se debatido centenas de casos nos tribunais e a luta continua. Apesar desta condição medieval, muitas pessoas de boa vontade têm-se interessado a examinar a nossa literatura bíblica depois de assistirem ao julgamento de algum dos nossos irmãos.

Em 1932 o escritório filial mudou-se para dependências maiores e eu fui designado para cuidar dos livros da Sociedade. Assim, depois de cada viagem eu voltava ao lar de Betel em Atenas. Instalou-se uma pequena impressora e começou-se a publicar em grego a revista Idade de Ouro. A Sentinela vinha da América.

SERVINDO NA ALBÂNIA

Nesse meio tempo, a filial da Grécia foi designada a cuidar da obra do Reino na Albânia. Eu tive o privilégio de visitar quatro vezes este pequeno país antes de irromper-se a Segunda Guerra Mundial. Minha primeira visita foi em 1932. Havia alguns irmãos e amigos da verdade nos grandes centros, mas não estavam organizados. Eu fiquei ali por alguns dias e celebrei o Memorial com eles. Tivemos um bom começo em direção de organização. Na segunda visita as coisas estavam melhores. As reuniões eram regulares e todos freqüentavam, havia melhor entendimento e apreciavam mais a verdade. Na terceira e na quarta visita os irmãos começaram a testemunhar com as poucas publicações que tinham à mão na língua deles. Progrediram em direção da madureza espiritual e a responsabilidade de cuidar do trabalho foi designada a um dos irmãos que estava em posição de ajudar outros a continuar no ministério. Fêz-se isto porque a Segunda Guerra Mundial tornou-nos impossível visitá-los. Aprenderam também diversos cânticos do Reino, os quais cantavam com grande alegria.

Tendo voltado a Atenas e enquanto estava assistindo um estudo da Sentinela junto com uns oitenta irmãos e irmãs, a polícia entrou e prendeu-nos a todos. As autoridades tiraram tudo que nós tínhamos e o que havia no escritório e no depósito — até os lápis. Por um momento pensamos que tudo tinha acabado. Chegaram até preparar os nossos papéis para exilar-nos para as áridas ilhas do Mar Egeu. Tentaram em vão dar-nos a liberdade por assinarmos uma declaração, renunciando os nossos princípios. Esta prisão durou cerca de um mês, quando Jeová partiu subitamente a armadilha e nos libertou. Abriu-se processo contra o Estado e nós ganhamos, obrigando as autoridades a devolver-nos tudo o que haviam tomado. O trabalho começou alegremente outra vez.

Todavia, a Segunda Guerra Mundial tinha começado. Durante os quatro anos de bloqueio não recebemos um único exemplar da Sentinela. Mimeografamos os exemplares velhos e os enviamos a todas as partes da Grécia. Imprimimos do mesmo modo o livro Salvação e o Religião, bem como alguns folhetos. Trabalhando quase subterraneamente tivemos resultados mui abençoados. Dava-se testemunho em toda a parte, nos parques e em outros lugares, e muitas pessoas chegaram a conhecer a verdade. Logo após a ocupação comunicamos novamente com a matriz de Brooklyn e o indispensável alimento espiritual foi provido de novo.

SERVINDO DEPOIS DA OCUPAÇÃO

Em 1946, dois graduados da Escola Bíblica de Gileade da Torre de Vigia vieram para a Grécia e ficaram um ano, até expirou a permissão que tinham de ficar. Agradecemos a Jeová esta associação. Estes irmãos nos ajudaram a nos organizarmos teocraticamente. Segundo constatamos mais tarde, isto era indispensável para o aumento da obra dali em diante. Em 1947 fomos visitados pela primeira vez pelo irmão Knorr e seu secretário, o irmão Henschel. Esta visita foi um marco importante para a expansão adicional da verdadeira adoração na Grécia, pois lançou-se a base da orientação teocrática da obra. Aplicando estas instruções e conselhos vimos o aumento de publicadores, com a ajuda de Jeová.

Alguns anos mais tarde fomos visitados outra vez pelo irmão Knorr. Ele fez arranjos para comprar um lote para se construir um novo lar de Betel. Quando se nos negou a licença, apelamos para o tribunal do estado e ela foi concedida. Começou-se imediatamente a construção. Em 10 de outubro de 1954 todo o nosso equipamento foi transferido de três dependências diferentes para o novo lar de Betel. Grande foi a nossa alegria. As conveniências e o ambiente contribuíram muito para o aumento do trabalho de Jeová na Grécia. Morar no novo lar deu-me novas forças e determinação para continuar no ministério e no trabalho de tempo integral pela benignidade imerecida de Jeová.

Passaram-se quarenta e quatro anos desde 1918, quando Jeová recompensou-me pela primeira vez por buscá-lo. Sinto grande alegria quando penso que tenho gasto todo este tempo e toda esta energia no serviço de Jeová. O que me tem ajudado a continuar no ministério de tempo integral é a oração, a paciência e o estudo particular da Bíblia junto com a literatura da Sociedade. Freqüentar todas as reuniões e assembléias também tem desempenhado um importante papel. Através dos anos, as várias assembléias às quais tive o privilégio de assistir foram realmente um posto de reabastecimento, possibilitando-me a renovar as minhas forças.

Tenho observado cada passo e vivido o progresso da obra do Reino neste país. Tenho compartilhado tanto da alegria e das bênçãos como das amarguras e provações dos fiéis servos de Jeová neste país. Hoje, o que me faz feliz é que apesar de minha idade avançada, Jeová continua a recompensar-me com uma porta aberta para atividade. Nunca pensei em me aposentar. Eu sei perfeitamente que não há aposentadoria na organização de Deus, pois todos trabalham. O meu desejo é continuar trabalhando e adorando a Jeová para sempre. Segundo a expressão do salmista: “Uma coisa pedi a Jeová — isso é o que buscarei: Que eu habite na casa de Jeová todos os dias de minha vida, para contemplar a agradabilidade de Jeová e olhar com apreciação para o seu templo.” (Sal. 27:4) Esta é a recompensa que Jeová dá aos que o buscam fervorosamente.

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