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  • Procurando e achando a Deus
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1966
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1966
w66 1/6 pp. 344-347

Procurando e achando a Deus

Conforme narrado por Peter Photinos

QUANDO parti de casa pela primeira vez, há cinquenta e cinco anos atrás, procurava algo satisfatório na vida. Embora não o avaliasse plenamente naquele tempo, estava à procura de Deus, isto me fazendo lembrar agora as palavras da Bíblia de que os homens ‘buscam a Deus . . . e realmente o acham’. — Atos 17:27.

Mas, quando parti de casa, era jovem, inexperiente e aventureiro. Cheguei a uma pequena ilha a oeste da área continental da Grécia, que pertence ao grupo jônio, talvez familiar a alguns por causa dos terremotos ali ocorridos em anos recentes. A ilha é chamada de Ithaca. Os habitantes desta ilhota são conhecidos como povo marítimo, indo ao mar não só para ganhar a vida, mas também em busca de aventura.

Esse era meu modo de vida aos dezesseis anos, mas não se mostrou prático, nem frutífero. Não fornecia qualquer esperança para o futuro. Eu procurava algo maior que apenas alguns anos de velejar. Passei seis anos de minha vida no mar, trabalhando duro para ganhar o pão diário. Mas, este foi o único fruto que me concedeu. Meus esforços de encontrar alguma âncora em que apoiar meu futuro foram infrutíferos. Assim, decidi fincar pé em terra e me tornar “paisano” em vez de navegador. Com vinte e dois anos, escolhi os E. U. A. para morar.

EM BUSCA DE NUTRIÇÃO ESPIRITUAL

Mas, às vezes, senti-me desanimado e desalentado, como um pária. Simplesmente não me sentia parte de nada. A igreja a que pertencia não tinha nada a oferecer para livrar-me do meu estado angustioso. Comecei a pensar se a vida reservava algo para mim. Não recebi nenhuma nutrição espiritual desta igreja, e comecei a comparar a Igreja Ortodoxa grega com uma terra arenosa e seca — sem vida e morta.

Por exemplo, a doutrina da trindade era uma pedra de tropeço. Jamais vi um homem de três cabeças e simplesmente não podia crer que o Deus que eu devia adorar como sendo meu Criador era um Deus de três cabeças, que era minha impressão dessa doutrina. Ser-me ensinada a trindade quase me fez perder a fé num Ser Supremo.

Assim, não posso dar nenhum crédito à Igreja Ortodoxa Grega de me ajudar a apreciar a Deus e a sua adoração verdadeira. Dou graças ao Deus que agora conheço como Jeová, o único Deus verdadeiro, que pude colher do ensino de minha mãe a fé de que há um Criador que é maravilhoso, bondoso, amoroso e justo Deus, e que abençoa a todos que têm fé nele. Estas eram as ideias na minha mente, ao procurar este Deus, ansiando conhecer a respeito dele e seus propósitos. Mas, eu não sabia para onde me voltar.

A MENSAGEM DA RESSURREIÇÃO DÁ A ORIENTAÇÃO A SEGUIR

Então, certa noite, enquanto eu estava sentado no que é chamado de “café”, na cidade de Nova Iorque, certo senhor entrou e começou a conversar com as pessoas a respeito de um discurso que ouvira em Filadélfia, Pensilvânia. Disse que o assunto deste discurso tratava sobre a ressurreição dos mortos, e o ouvi citar 1 Tessalonicenses 4:13-18, da Bíblia:

“Além disso, irmãos, não queremos que sejais ignorantes no que se refere aos que estão dormindo na morte, para que não estejais pesarosos como os demais que não têm esperança. Pois, se a nossa fé é que Jesus morreu e foi levantado de novo, então, também, Deus trará com ele os que adormeceram na morte por intermédio de Jesus. Pois, nós vos dizemos pela palavra de Jeová o seguinte: que nós, os viventes, que sobrevivermos até a presença do Senhor, de modo algum precederemos os que adormeceram na morte; porque o próprio Senhor descerá do céu com uma chamada dominante, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus, e os que estão mortos em união com Cristo se levantarão primeiro. . . . Consequentemente, persisti em consolar-vos uns aos outros com estas palavras.”

Embora eu ouvisse estas palavras antes, em sermões fúnebres, desta vez pareceram linimento mitigador para mim, cura para as minhas feridas mentais. Lembro-me de ter perguntado se ele tinha qualquer coisa escrita, de modo que pudesse ler a respeito disso, mas não tinha nada.

Uma semana depois, neste mesmo café, fui convidado para ir ver o que era chamado de “Foto-Drama da Criação”. O lugar distava apenas dois quarteirões; mas, não fui, pois deixei de ligar isto com aquilo que ouvira na semana antes. No entanto, na semana seguinte, de novo no mesmo café, certo homem entrou com uma pasta na mão e nela havia livros. Explicou a respeito do conteúdo interessante dos livros e desejei ficar com eles, mas não tinha dinheiro, visto que o perdera no jogo, ali no café. As coisas sobre as quais falou me impressionaram como sendo a mesma mensagem que ouvira antes a respeito da ressurreição, duas semanas antes. Bem, não dispondo de dinheiro, pedi-lhe que voltasse no domingo seguinte. Bem, ele jamais apareceu! Assim, continuei a ficar pensando como encontrar as pessoas que tinham a verdade e o entendimento da Palavra de Deus.

Pouco depois, recebi novamente um convite para assistir a um discurso bíblico. Tencionava ir, mas mudei de ideia, pensando que ali estariam ainda no próximo domingo; pensei de ir então. Fui mesmo, mas fiquei desapontado quando me dirigi ao salão localizado no endereço fornecido e me disseram que este salão só fora alugado para o discurso do domingo anterior. Então, determinei mais do que nunca que tinha de encontrar tais pessoas, pois senti que era isso o que procurava.

Fui novamente convidado para um discurso bíblico, e desta vez fiz questão de estar ali na hora e no local corretos. Mas, fiquei muito desapontado com aquilo que o orador disse. Simplesmente não pude ligar isso ao que ouvira originalmente; e, para grande contentamento meu, soube por que isso era assim quando, depois, descobri que este orador estivera associado com os Estudantes da Bíblia, como eram então chamadas as testemunhas de Jeová, mas se afastara e agora pregava suas próprias ideias. Ainda estava determinado a encontrar as pessoas que tinham a mensagem que inicialmente ouvira e que tanto me revigorou.

RECOMPENSADA A MINHA BUSCA

Por fim, fui guiado a um pequeno salão na Rua Vinte e Três, próximo do Rio East, em Manhattan, Nova Iorque. Dirigi-me a tal lugar e quando ouvi o que estava sendo considerado, fiquei confiante de que tais pessoas eram os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo.

Pouco sabia a que isto me levaria, mas, olhando o passado, posso ver que foi uma alpondra para o que eu buscava. Ali ouvi pessoas falarem a respeito da maravilhosa esperança de vida interminável. Quando comecei a ouvir a mensagem da verdade bíblica, não foi difícil diferençá-la das outras coisas que ouvira. Soava clara e verídica e era animadora. Quando descobri que tais pessoas tinham as águas da verdade, foi como se achasse um oásis num deserto sem vida e sem água. Desde aquele dia, quando me dirigi àquele lugar pequeno de reuniões na Rua Vinte e Três, na cidade de Nova Iorque, jamais me ausentei das reuniões congregacionais das testemunhas de Jeová, a menos que fosse por doença ou outro motivo válido. A frequência contínua às reuniões ajudou-me a progredir em conhecimento preciso, e, assim, minha fé se tornou mais sólida em Jeová Deus e em seu Filho, Jesus Cristo.

Na primeira semana em que assisti a essa reunião, foi-me dado um maço de convites para eu convidar as pessoas ao discurso bíblico no domingo seguinte. Assim, fiz uso deles, dirigindo-me ao café que costumava frequentar e daí de café em café, oferecendo convites para o discurso bíblico.

BATISMO E SERVIÇO EM BETEL

Em 1920, quando comecei a aprender a respeito dos propósitos de Jeová e como incumbia-me dedicar a vida a Ele e servi-lo na obra de pregação, compreendi, também, que tinha de ser batizado, como Jesus foi, em símbolo da minha dedicação. Soube que ia haver um batismo em Brooklyn, e, tendo feito no coração a dedicação para fazer a vontade de Jeová, determinei simbolizar minha dedicação. Foi meu privilégio ser batizado na Rua Columbia Heights, 124, Brooklyn, Nova Iorque, no lar da Betel, sede da Sociedade Torre de Vigia dos E. U. A. Sinto-me muito feliz com isso, embora saiba que o batismo em qualquer outro lugar seria igualmente aceitável; mas, é aqui que, oito anos depois, iniciei meu serviço de tempo integral a Jeová; e, se for a Sua vontade, espero que seja aqui que terminarei minha carreira terrestre.

Foi em 1928, depois de fazer a petição, que fui chamado para servir qual membro da família de Betel, e que alegria tem sido ser usado na sede da organização visível de Jeová! Tendo encontrado a verdadeira adoração de Jeová Deus, sentia-me feliz de haver algo de valor em que pudesse usar a minha vida. Não só tinha a satisfação de saber que servia a Jeová por tempo integral, mas tinha o sentimento íntimo de contentamento, a paz de Deus que ultrapassa todo entendimento. Oh, nem sempre tudo era fácil. Tínhamos de trabalhar arduamente, e ainda temos. Mas, então, o trabalho cumpre verdadeira finalidade.

Também, há outras alegrias e ocasiões de felicidade que tive enquanto servia qual membro da família de Betel. Uma das melhores foi quando encontrei aqui uma companheira de serviço, a irmã Ivy Brown. Foi em 1933 que eu e Ivy nos casamos, e, depois disso, passamos trinta anos juntos, servindo a Jeová, recebendo Suas bênçãos por nos empenharmos no ministério de campo, assistirmos às reuniões e às assembleias juntos. Que ajudadora me foi ela! E era um exemplo para outras irmãs na congregação ajudando a outros a aprender a verdade da Palavra de Deus.

Minha esposa faleceu, sua esperança sendo a recompensa celeste. Poucos dias antes de ela morrer, embora sofrendo fisicamente, mas ainda se regozijando mentalmente no conhecimento de Jeová, foi confortada por coisas que jamais esquecerei. Para mencionar apenas uma delas, que foi tão fortalecedora; tratava-se duma carta que recebeu duma moça chinesa com quem ela dirigia um estudo bíblico. Deixemos que a carta fale por si:

“Querida irmã Ivy: Senti ouvir dizer que não se sente bem, e espero vê-la em breve. Também espero que se recupere da doença. . . . Oh, Ivy, nunca me senti e nem me sinto triste de ter dedicado a vida para fazer a vontade de Jeová. Sei que nestes últimos dias a vida não é e não será nada fácil; mas, com a Sua ajuda e Suas bênçãos sobreviveremos ao Armagedom. Sempre tenho agradecido a Jeová ter recebido a mensagem da vida por seu intermédio. Por causa desta mensagem, posso olhar para o futuro com esperança e alegria. . . . Com meu amor, Maria.”

Pouco depois disso, minha esposa faleceu, mas foi fiel até o fim e deu testemunho de sua fé aos médicos e às enfermeiras do hospital. Ela tomou sua posição a favor da lei de Deus quanto ao sangue. (Atos 15:28, 29) Não podíamos concordar com o uso de transfusões de sangue. Até os médicos que se cansaram de tentar fazê-la aceitar transfusões de sangue tinham de admirar a sua fé. Ao tentar arrazoar com o médico, expliquei que, muito embora isto estendesse a vida da minha esposa por curto período de tempo, eventualmente, por causa de violar a lei de Jeová a respeito da santidade do sangue, ela morreria e ficaria morta para sempre, ao passo que, se ela morresse agora, recusando violar sua consciência cristã, treinada pelo estudo da Palavra de Deus, teria assegurada a ressurreição para a vida eterna. Embora os médicos não pudessem entender, fizemos nossa decisão, e Jeová me tem dado a força para suportar a perda da minha esposa, na fé.

RICAS BÊNÇÃOS DE ENCONTRAR A DEUS

Assim, então, aproximo-me do fim da minha história, sem esposa, mas de jeito nenhum a sós. Tenho a Jeová Deus para adorar, ao seu Filho, Jesus Cristo, como meu Líder, a rica associação de meus conservos dedicados, e Betel qual lar. Acho-me entre os que servem ao mesmo Deus que eu. Tenho muitos amigos jovens, bem como idosos, e têm a mesma fé e, acima de tudo, o mesmo Deus. Sim, ricas bênçãos advêm aos que procuram e encontram o verdadeiro Deus.

Que vida plena tenho vivido desde que aprendi a respeito de Jeová! Tive o privilégio de viver perto do lar de Betel e, nele, desde que aprendi a verdade da Palavra de Deus, e de poder ver em primeira mão a surpreendente expansão da organização visível de Jeová. Que evidência isto me tem sido da bênção de Deus! Tenho visto a expansão da gráfica da Sociedade Torre de Vigia, e visto a família de Betel crescer de 150 membros a cerca de 700. E pouco sabia, em 1910, que um dia estaria associado com uma organização que tinha uma escola de treinamento para superintendentes cristãos no estado de Nova Iorque, perto de uma cidade com o mesmo nome de minha ilha nativa — Ithaca.

Tive muitas outras bênçãos ao assistir a assembleias nacionais e internacionais das testemunhas de Jeová, todas as quais me fortaleceram a fé em Jeová ainda mais. Que alegria para este velhinho, que uma vez era um jovem em busca de algo, de ver muitas pessoas de todas as partes do mundo, que também procuravam algo, e conhecê-las, sabendo que têm a mesma fé e esperança!

Por meio do treinamento teocrático na escola do ministério e frequência às reuniões congregacionais, pude progredir duma alminha tímida a uma que não receia pregar de casa em casa e falar com as pessoas a respeito das boas novas do Reino. Ainda estou alistado na escola do ministério teocrático e tenho o privilégio de proferir discursos públicos e bíblicos. Ainda gasto meu tempo no serviço de Jeová, e oro que possa continuar a servir fielmente, sabendo que continuarei a receber ricas bênçãos de Jeová, o Deus que eu procurava e achei.

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