A responsabilidade moral dos pais
“Prossegui em criá-los na disciplina e no conselho de autoridade do Jeová.” — Efé. 6:4.
1. Em que sentidos os pais humanos diferem consideravelmente dos pais animais?
OS PAIS humanos não estão situados na mesma classe que os animais que amamentam seus filhotes, protegem-nos até que possam buscar seu próprio alimento e então se separam talvez para jamais os verem de novo, e sem sentir nenhuma preocupação quanto ao futuro deles. Os pais humanos dotados do correto senso de responsabilidade ficam definitivamente preocupados com o bem estar presente e futuro de seus filhos. Com efeito, enquanto viverem, ficarão atentos ao que se passa com seus filhos, mostrando vivido interesse em seus êxitos, e profunda condolência para com seus reveses.
2. Por que exige Deus muitíssimo mais dos pais humanos?
2 Tudo isto é bem correto, pois os pais humanos que exercem a função procriativa dada por Deus devem ter presente que o homem foi originalmente criado “à imagem de Deus”. (Gên. 1:27) Por conseguinte, Deus exibe muito mais dessas criaturas que fez a sua própria imagem do que exige dos animais. Os filhos humanos nascem equipados com latentes faculdades de inteligência, pensamento, discriminação. Têm a capacidade de amar, e têm anseio inato de obter amor, não um amor adorador, mas o amor constante, fidedigno, baseado em princípios. As faculdades e aptidões do filho têm de ser desenvolvidas, moldadas e treinadas de tal modo que tragam o favor de Deus, o único caminho seguro para o êxito. — Pro. 8:35.
3. Com o nascimento do primeiro filho, que responsabilidade recai agora sobre os pais?
3 Quando os pais produzem seu primeiro filho, vem a existir a família, uma daquelas “famílias do solo” prefiguradas na promessa de Deus a Abraão como abençoando a si mesmas pelo seu proceder em relação a Deus e à sua Descendência provida, Cristo Jesus. (Gên. 12:1-3) Desde esse tempo, os pais devem liderar em planejar, pensar, trabalhar e divertir-se como família. Como família, devem receber instruções de Deus e servir a Ele. (Jos. 24:15) Quando os filhos crescerem, casarem-se e eles próprios se tornarem pais, devem sempre poder recordar com gratidão e respeito aqueles que lhes deram o início na vida.
EVITEM OS ENGANOS COMUNS
4. Por que os pais não podem contar demasiado com a inocência ou ingenuidade de seus filhinhos?
4 Os pais que são verdadeiramente cristãos recusarão entreter a noção sentimental de que seus próprios filhos são anjinhos. Não são, não. São criaturas humanas imperfeitas e muitíssimo imaturas, a respeito das quais diz a Bíblia, a própria Palavra de Deus: “A insensatez está agarrada ao coração da criança; a vara da correção a desprenderá.” (Pro. 22:15, PIB) E isto se aplica também às meninas. Até nas criancinhas é também bastante verídico que “o coração é mais traiçoeiro do que tudo o mais e está desesperado”. (Jer. 17:9) Deixam-se governar principalmente pelos sentimentos, seus desejos carnais, e são capazes de praticar enganos e engodos para atingir seus fins. Conforme um psiquiatra expressou o assunto: “As crianças potencialmente delinqüentes têm faculdades de persuasão e observação além do normal para seus anos.” Os pais têm a responsabilidade de moldar e treinar as normas de pensar de seus filhos.
5. Que proceder insensato seguem alguns pais, e por que é insensato?
5 Os pais insensatos, os não guiados pelo conselho de Jeová, querem extremosamente a seus filhos, satisfazem cada capricho deles, aplacam-nos e cedem às suas manhas. Quão insensato é, nesse estágio inicial da vida, dar à criança a idéia de que tudo lhe será consentido em toda a sua vida! Os pais às vezes justificam este proceder por afirmarem que não desejam dar à criança a idéia de que não é amada. Assim, deixam de repreendê-la, castigá-la ou discipliná-la devidamente de outro modo. Deus, que sabe muito mais, aconselha: “Quem poupa a vara, odeia seu filho, quem o ama, castiga-o na hora, precisa.” (Pro. 13:24, CBC) Os filhos anseiam a correção e a disciplina, e, se não as receberem, concluirão que ninguém se importa com eles.
6, 7. Na questão de dar generosamente, que princípio despercebem muitos pais, e com que resultados lamentáveis?
6 Outro erro tolo em que caem alguns pais é determinar que darão a seus filhos todas as coisas que eles mesmos não usufruíram quando jovens, liberdade indisciplinada, abundância de brinquedos, generosas mesadas, e assim por diante. Em breve, com pesar, virão a compreender que seus filhos não têm mais apreciação por um quarto cheio de brinquedos do que eles mesmos tinham por uma velha boneca quebrada. Neste, como em todos os demais estágios da vida, é verdadeiro o princípio de que uma vida satisfatória, qualquer vida, ‘não resulta das coisas possuídas’. — Luc. 12:15.
7 Bem amiúde, os pais terminam mimando os filhos. Despercebem a regra prática de que os presentes devem manter a devida proporção para com a habilidade e o senso da pessoa presenteada para que os utilize. (Mat. 25:15) O dinheiro que não irá ser gasto de modo sábio não é um bom presente. É o tipo de presente que por fim traz tristeza, pois tende a produzir irresponsabilidade. O filho arrazoa: “Quem me deu isto me dará mais” e daí passa a gastá-lo tolamente.
8. O que ultrapassa em muito todos os presentes materiais que os pais possam dar a seus filhos?
8 Muito mais valioso para o filho do que o mais rico dos presentes materiais e o tempo que os pais amorosos devotam ao seu bem-estar em forma de palestras, respostas às perguntas dele, treinamento nos processos do raciocínio correto. Num estágio posterior da vida, é fácil distinguir os filhos que careciam de companheirismo paternal e os que foram abençoados com isso. Os últimos demonstram-se mais equilibrados, menos infantis, sendo maduros em seu modo de pensar.
ADOTEM O CONSELHO DE DEUS
9. Que escolha têm os pais de começar a fazer para seus filhos num estágio inicial de suas vidas?
9 O pai cristão que tem amor genuíno ao seu filho se preocupa em treiná-lo a ser recebedor, não das recompensas do mundo egoísta, mas do favor e da bênção do Criador. Que valor poderia haver em lhe ensinar o caminho ao êxito mundano? A Bíblia aconselha expressamente: “Não estejais amando nem o mundo, nem as coisas no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo o que há no mundo — o desejo da carne, e o desejo dos olhos, e a ostentação dos meios de vida da pessoa — não se origina do Pai, mas origina-se do mundo.” —1 João 2:15, 16.
10. Como diz a Palavra de Deus que os filhos devem ser criados, e onde se encontra o Seu “conselho de autoridade”?
10 Os genitores, os pais e as mães, precisam adotar o conselho divinamente inspirado que foi transmitido pelo apóstolo Paulo: “Prossegui em criá-los na disciplina e no conselho de autoridade de Jeová.” (Efé. 6:4) Esse conselho inigualável pode ser encontrado em todas as páginas das Escrituras Sagradas. Não há nenhuma outra fonte fidedigna em que possa encontrar a norma verdadeira e justa de conduta que é agradável a Jeová Deus.
11. Que perguntas podem os pais propor a si mesmos com proveito, ao considerarem suas qualificações para seu cargo?
11 Os pais fazem bem em examinar suas próprias qualificações para este cargo. Será que eles mesmos são aptos a ensinar, ou, pelo menos, fazem esforço sistemático de se tornarem melhor habilitados? Será que vivem uma vida limpa e piedosa como seguidores de Cristo Jesus? Será que têm a devida apreciação da venerabilidade de Deus para transmiti-la ao seu filho? A parte mais vital do programa de ensino no lar é a fornecida pelo exemplo. Somente certas horas talvez sejam dedicadas ao ensino oral, mas o filho sempre escrutina os pais e padroniza seu proceder de acordo com o que observa.
12. Que contínuo proceder de instrução é indispensável para todos os pais se hão de ter êxito?
12 Antes que possam dar proveitosa instrução espiritual, os pais precisam assimilá-la. Assim, há motivo urgente de programar horas para o estudo pessoal, estudo este empreendido tendo-se em vista poder transmiti-lo eficazmente aos filhos. Nas assembléias regulares no Salão do Reino é possível observar grande variedade de métodos de ensino vívidos e interessantes. Se os pais cultivarem interesse no que acontece no mundo e então despertarem o interesse na família, deveria ser possível combater qualquer tendência para os filhos se tornarem egocêntricos.
MOTIVOS URGENTES PARA A AÇÃO PATERNAL
13. Que motivos urgentes há para que os pais instituam sem demora um programa de treinamento familiar?
13 Há motivos urgentes pelos quais os pais piedosos não devem mais demorar em pôr em operação um programa de treinamento familiar. Calcula-se que 90 por cento das crianças hoje em dia sejam leitores regulares das histórias em quadrinhos em que, não a comédia, mas os horrores e a violência desfilam perante suas mentes impressionáveis. Os filhos, também, gastam muito mais horas do que os genitores perscrutando a tela de TV e aprendendo de forma vívida o egoísmo, as infidelidades e as corrupções do mundo dos adultos. O sexo é freqüentemente representado em suas manifestações mais torpes, e, por certo, dosado com sentimentalismo piegas.
14, 15. Por que os jovens devem receber treinamento adequado em idade mui tenra?
14 Quando chega a hora de os filhos irem para a escola e passar muitas horas longe dum lar piedoso, será que estarão adequadamente protegidos da corrupção das atitudes mundanas? Precisam estar, pois este mundo apresenta um quadro degradadíssimo. O sexo, o fumo e os narcóticos são já tópicos comuns de palestra entre os jovens em idade escolar. A situação é intensificada no nível do ginásio. Segundo as estatísticas, a metade das moças que se casam não são mais virgens, e os rapazes não parecem importar-se de se casarem com uma virgem ou não. Em muitos ginásios, o rapaz ou a moça que rejeita convites para aventuras sexuais é considerado socialmente atrasado.
15 Crimes absurdos, brutalidades sádicas e o comportamento desrespeitoso assinalam a geração que cresce, ao passo que genitores indulgentes contemplam as coisas atarantados, pouco discernindo que lhes cabe grande parte da culpa de tais acontecimentos. O desequilíbrio mental e as tendências suicidas se revelam entre os jovens como nunca antes. Conforme certo escritor se expressou, as pessoas hoje “parecem ser menos capazes de conter suas ansiedades, menos capazes de tolerar as frustrações do que se dava quando os filhos eram criados segundo códigos mais rígidos de comportamento”.
16. Qual é a razão óbvia da revolução sexual que virou atualmente a sociedade humana de cabeça para baixo?
16 As pessoas demonstram surpresa quanto à revolução sexual que ocorre atualmente em nosso meio, revolução esta que é marcada pelo fato de que cada vez maior número de maridos e esposas toleram a infidelidade de seus cônjuges, vivendo uma vida de respeitabilidade superficial, como se fossem os melhores cônjuges do mundo, mas, sub-repticiamente, e às vezes até mesmo com o consentimento tácito do cônjuge, têm casos extra-maritais. Não há mistério a respeito da fonte deste tipo de dificuldades. Tais adúlteros e adúlteras simplesmente condenam seus próprios pais de fracassarem em alicerçá-los no ensino da Bíblia quanto à pureza e à honestidade.
17. Como reagem os reformadores sociais e os clérigos à grande maré de imoralidade que agora engolfa a sociedade?
17 Os modernos reformadores sociais, inclusive os clérigos, advogam a legalização do adultério, da fornicação, da sodomia e de outras perversões sexuais. Com efeito, erguem as mãos desesperados diante da atual maré crescente da imoralidade. Tendo perdido a fé na Palavra de Deus, se é que tinham alguma, estão prontos a adotar sem resistência a diretriz supina: Se não os puder sobrepujar, junte-se a eles. Ainda mantêm as aparências exteriores de boa moral, mas, demonstram-se falsos para com o poder da piedade de limpar as condições imorais. — 2 Tim. 3:5.
18. Até que ponto são responsáveis os pais pela atual safra colossal de delinqüentes?
18 Num relatório que um professor da Faculdade de Direito de Harvard levou cerca de dez anos para compilar, note as seguintes declarações quanto à responsabilidade paternal relativa aos delinqüentes hodiernos: “Há mães com amplos vencimentos que negligenciam os filhos da mesma forma que o fazem as mães das casas de cômodos, e há pais que bem que poderiam não se achar ali, no que toca ao tempo que gastam com seus filhos. . . . Cinqüenta por cento dos delinqüentes estudados começaram a demonstrar claros sinais de desajustes e mau comportamento à idade de 8 anos e menos. . . . Os filhos da Segunda Guerra Mundial são deixados a sós cada vez mais, e fazem o que querem. No lar e fora dele, a tendência tem sido para cada vez maior permissão, isto é, pôr menos restrições e limites no procedimento.”
19. Será que os próprios jovens discernem a causa do atual colapso moral?
19 Talvez uma das características mais melancólicas desta era de anarquia seja que muitos adolescentes têm podido avaliar a causa e apontá-la sem errar aos culpados. Não faz muito tempo, a revista This Week (Esta Semana) fez uma enquête entre os adolescentes, e eis aqui algumas das descobertas: “O fato significativo, segundo descobrimos, é que os adolescentes respeitam a disciplina. Voltam-se para os pais em busca de orientação — e, orientação firme. Em nossa enquête, um número surpreendente de 86 por cento dos adolescentes foram da opinião de que uma causa básica da delinqüência juvenil é a ausência de exemplo, disciplina e liderança corretos no lar.” — Vital Speeches, 15 de junho de 1965, página 526.
20. Qual é o fato acima de todos os demais que assinala esta época como sendo de máxima urgência para os pais e os filhos?
20 Por todas as evidências, este sistema de coisas se apressa para seu confronto final com o Deus de justiça no Armagedom. Os pais e os filhos que deixam de obter o “sinal nas testas”, isto é, a adequada apreciação da norma moral de Deus, hão de sofrer com certeza. Os pais serão tidos por responsáveis pelos seus filhos, e os filhos sofrerão devido à falha dos pais. O profeta entreouviu a instrução expedida aos executores angélicos: “Não tenhais piedade. Velhos, jovens, moços, moças, crianças e mulheres, matai tudo até o total extermínio. . . . Farei recair sobre a sua cabeça o peso de seu proceder. ” — Eze. 9:4-6, 10, CBC.
DESINCUMBIR-SE DAS RESPONSABILIDADES
21, 22. Como se devem comportar os pais, e por quê?
21 Em vista destes motivos urgentes, os pais precisam fazer a devida avaliação de como presidem as suas próprias famílias. (1 Tim. 3:4) Será que os filhos os vêem e ouvem altercando e brigando? Será que os pais gritam e berram com os filhos e, com mau gênio, infligem castigo excessivo? Podem os filhos verdadeiramente acusar os pais de serem provocadores e ditatoriais? (Efé. 6:4) Será que os pais dão excelente exemplo aos filhos em serem asseados, limpos, honestos de todos os modos e ter reputação moral acima de vitupério? O auto-exame imparcial em tais assuntos pode ser muitíssimo proveitoso.
22 De tempos a tempos, será benéfico o pai e a mãe falarem em particular a respeito de sua responsabilidade comum, de modo que sempre possam apresentar aos filhos uma frente administrativa unida. De outra forma, os filhos podem tirar proveito das diferenças e lançar um genitor contra o outro. Os jovens são espertos em comprovar se é genuína ou simplesmente superficial a unidade paternal, e são prontos a explorar a situação para seu próprio proveito.
23. Que excelente exemplo devem contemplar e seguir os pais de família?
23 O pai é o cabeça correto em cada família. Se for cristão, deve olhar para Cristo Jesus como o perfeito exemplo de um dono marital e de terna paternidade. (Efé. 5:23) Não há dúvida de que Jesus tinha o respeito de sua inteira família de seguidores. Por quê? Por causa de sua atitude e conduta se basearem em amor fundado em princípios. Ele lhes deu de seu tempo, ele os treinou, ele os repreendeu, ele os encorajou por meio de freqüentes elogios.
24. Qual é o papel da mãe em relação com a autoridade na família?
24 No círculo familiar, a mãe deve ser o principal apoiador e respeitador da posição do pai, quer ele seja ou não cristão. Assim como a perfeita Eva foi provida para ser uma ajudadora adequada para Adão, assim o papel apropriado da esposa na família é promover, e não impedir, que seu marido desempenhe suas responsabilidades. A mãe que dá evidência de genuíno respeito pelo marido está, com efeito, ajudando os filhos a avaliar a importância de obedecerem em tudo aos arranjos de Deus. — Efé. 5:33.
25, 26. Quais são alguns dos preceitos morais em que os filhos devem ser cabalmente alicerçados no lar? Com que ajuda?
25 A Bíblia e seus princípios devem ser reconhecidos como a lei constitucional do lar cristão. O que a Palavra de Deus tem a dizer sobre qualquer questão deve ser considerado como sendo final e obrigatório para todos os membros, para os genitores bem como para os filhos. Os filhos precisam aprender, por exemplo, que “todo aquele que gosta da mentira e a pratica.” é abominável a Jeová. (Rev. 22:15) O roubo, também, em todas as suas várias manifestações, deve ser tido qual violação da norma moral de Deus. (Efé. 4:28) Desde a tenra idade, devem ser ajudados a entender que a felicidade e a paz só podem ser mantidas por meio de tratos francos, honestos e justos, dentro e fora do lar. Colar na escola ou deixar de trabalhar bastante em troca do salário secular devem ser expostos como sendo o que são: uma combinação de mentira e roubo.
26 Logo que seja aconselhável, deve-se dar aos jovens alguma explicação a respeito do que está envolvido na admoestação do apóstolo: “O matrimônio seja honroso entre todos e o leito conjugal imaculado, porque Deus julgará os fornicadores e os adúlteros.” (Heb. 13:4) Em vista da devida delicadeza do assunto, os pais precisam evitar os extremos da indevida reticência e da brutal franqueza. Os artigos na revista Despertai! de 8 de dezembro de 1965 e de 8 de janeiro de 1966 oferecem sugestões prestimosas aos pais e mães preocupados em transmitir aos filhos o conhecimento essencial da provisão de Deus quanto ao sexo.
INCENTIVO PARA OS PAIS RESPONSÁVEIS
27. Que ajudas devem aproveitar os pais ao se desincumbirem destes deveres para os quais amiúde se sentem inadequados?
27 Amiúde, é verdade, os pais se sentem bastante inadequados para a tarefa de treinar com êxito os filhos. No entanto, ao invés de se tornarem frustrados e desistirem facilmente, por que não aproveitam as ajudas que Deus provê? Por exemplo, há a congregação de testemunhas cristãs, uma associação de amigos piedosos que ficam felizes de prestar ajuda. As reuniões congregacionais para o estudo da Bíblia oferecem excepcionais oportunidades de sua família se integrar com outras famílias que desejam adorar a Deus em espírito e em verdade. Lembre-se, tais reuniões visam permitir que seus freqüentadores ‘considerem-se uns aos outros para se estimularem ao amor e a obras excelentes’. (Heb. 10:24, 25) Não obstante, os pais precisam levar, e não enviar, seus filhos a tais reuniões, a fim de obterem o máximo proveito.
28. Qual é o objetivo para o qual os pais podem impulsionar seus filhos, com que grandes satisfações, conforme experimentadas pelos pais da antiguidade?
28 Os pais que sempre sustentam diante dos filhos o excelente alvo de se devotarem inteiramente a Jeová Deus para o Seu serviço serão verdadeiramente abençoados. Elcana e Ana devem ter-se regozijado de ver seu menino Samuel crescer e usufruir maravilhosos privilégios como servo na tenda sagrada de Deus e como juiz de Israel. (1 Sam. 1:11) Manoá e sua esposa certamente devem ter ficado emocionados de ouvir falar de seu filho Sansão executar poderosas proezas em virtude do espírito de Deus. (Juí. 13:5, 12) Zacarias e Isabel devem ter obtido grande satisfação devido ao proceder de abnegação de seu filho, João, a respeito do qual o próprio Senhor Jesus declarou mais tarde: “Entre os nascidos de mulheres não se levantou ninguém maior do que João Batista.” — Mat. 11:11.
29. Com que passo vital em mente devem ser treinados os filhos, e que responsabilidade moral paira sobre os pais em relação com isso?
29 Os filhos de pais cristãos que foram devidamente treinados eventualmente se oferecerão voluntariamente a si mesmos em dedicação a Jeová. Antes de permitir que o filho se submeta ao batismo em água, contudo, os pais deveriam convencer-se de que saiba exatamente o que está envolvido. Ser batizado não fará que aprecie a obra de pregação, se já não sente prazer nela. O batismo não aumentará necessariamente o seu senso de responsabilidade. Antes do batismo, deve ter suficiente experiência no estudo da Bíblia e em falar a outros o que aprendeu de forma a compreender que estas são modalidades de sua adoração ao verdadeiro Deus.
30. De que maneira devem ser empregados os períodos de diversão?
30 Outra modalidade importante da vida familiar é o planejamento e a execução dos projetos familiares em que todo membro possa derivar prazer e satisfação durante as horas delineadas para diversão. Talvez signifique irem juntos a alguma forma limpa e edificante de diversão, irem a um piquenique, irem visitar algum lugar novo, cuidarem de um jardim negligenciado, qualquer uma dentre várias coisas. Por meio de planejamento entusiástico por parte dos pais, a família inteira pode manter-se em segura e saudável unidade, sendo protegida das associações exteriores que poderiam minar a fé em Deus e a aderência à Sua norma justa.
31, 32. Quais são as satisfações obtidas agora pelos pais piedosos, e que recompensas futuras podem esperar confiantemente?
31 Há, deveras, muita coisa a fazer para se desincumbir com êxito destas responsabilidades que pairam sobre os pais tementes a Deus. Trata-se dum enorme empreendimento. Mas, também, há tantas alegrias e satisfações obtidas pelo caminho, ao verem seus filhos crescerem e se tornarem homens e mulheres excelentes, retos, que honram a Deus. E que emoção para os pais é saber que deveras ajudaram os filhos a cumprir a ordem que traz uma promessa: “Honra a teu pai e a tua mãe”! Os pais mundanos não raro tornam difícil que seus filhos os honrem em harmonia com o requisito de Deus. Os pais cristãos, porém, têm a alegria de saber que fizeram aquilo que foi humanamente possível, e, com a ajuda de Jeová, asseguraram aos filhos “longo tempo na terra” — sim, tão longo tempo que talvez atinja a Nova Ordem, depois do Armagedom. — Efé. 6:2, 3.
32 Quão satisfatório é saber que obedeceram à injunção divina de ‘treinar o menino no caminho que é para ele’, o caminho que passa ao largo pelo sistema de coisas corrupto e imoral, e rejeita suas enganosas recompensas e seus alvos mortíferos! Quão recompensador é observar como Jeová abençoa seus esforços à medida que seu filho cresce e jamais se desvia do caminho que leva à vida e à paz com seu Criador! (Pro. 22:6) O reconhecimento da orientação de Deus em sua responsabilidade qual genitor assegura uma necessidade vital para todos os filhos, a sua necessidade de amor, orientação e de um senso de segurança. Na verdade “as decisões judiciais de Jeová são verdadeiras; têm-se demonstrado inteiramente justas. . . . Em guardá-las há uma grande recompensa”. — Sal. 19:9, 11.