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  • Sobreviverá ao “Juízo Universal”?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1969
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  • OS MORTOS “DORMEM”
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w69 1/2 pp. 67-70

Sobreviverá ao “Juízo Universal”?

É a humanidade em geral julgada ao morrer? Ou ocorre o julgamento após a ressurreição?

DURANTE séculos, o “juízo universal” tem sido um dos principais temas das esculturas em algumas das igrejas mais conhecidas da cristandade. Esta cena, por exemplo, é apresentada acima das entradas de catedrais francesas mundialmente famosas, em Paris, Chartres, Rheims, Auxerre, Bourges e Autun, bem como acima dos portais de igrejas em muitos outros lugares. Dezenas de milhares de visitantes passaram por baixo destas esculturas sem jamais pararem para se dar conta de como elas contradizem certa doutrina básica ensinada dentro destes mesmos edifícios.

Uma cena comum do “juízo universal” mostra os mortos empurrando de cima de si as lápides sepulcrais e saindo dos seus túmulos. As autoridades católicas dizem que o julgamento representado por tais esculturas ocorre “após a ressurreição geral”.1 Todavia, dentro destas mesmas igrejas diz-se às pessoas que seu julgamento ocorre no instante da sua morte.

Certo sacerdote escreveu: “No instante da morte, a alma comparece perante o tribunal de Cristo”, quer para ser “para sempre excluída do reino de Deus”, quer para ir para o céu ou para o purgatório.2 Outro diz que “no próprio momento da morte, nossa alma será estabelecida para sempre numa condição de amizade ou de inimizade para com Deus, isto é, em felicidade ou em eterna aflição”.3

Então, quando ocorre o julgamento do mundo da humanidade em geral: “No próprio momento da morte” ou “após a ressurreição geral”? Se o mundo da humanidade em geral é julgado logo por ocasião da morte, e se este julgamento não pode nem estar errado nem ser mudado, então, por que se representa nestas igrejas o “juízo universal”?

Os teólogos da cristandade se esforçam para explicar isto, dizendo que o “juízo universal” não é realmente um julgamento. Antes, dizem eles, é apenas uma “confirmação” de um julgamento anterior, permitindo que cada um “forme uma idéia apropriada das ações boas ou más de todos”.

Mas, isto não é o que as Escrituras dizem. Em vez de falarem de um julgamento individual de cada pessoa logo na sua morte, elas falam de um “dia” ou período de tempo para o julgamento da maioria da humanidade, durante o vindouro reinado milenar de Jesus Cristo. Isto é o que Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, disse ao tribunal mais elevado em Atenas: “Deus . . . fixou um dia em que se propôs julgar em justiça a terra habitada, por meio dum homem [Jesus Cristo] a quem designou, e ele tem fornecido garantia a todos os homens, visto que o ressuscitou dentre os mortos.” — Atos 17:30, 31.

A ALMA NÃO É JULGADA NA MORTE

Em realidade, o problema dos “dois juízos” surge da suposição de que o julgamento da humanidade em geral ocorra “no instante da morte”.5

O fato é que a Bíblia não ensina que as “almas” vão imediatamente para a vida espiritual com Deus no céu, para serem julgadas ali. Embora tal declaração talvez melindre muitas pessoas, o fato é que até mesmo destacadas autoridades religiosas reconhecem que a Bíblia não diz que a alma seja imortal e assim viva após a morte do corpo.

Por exemplo, o Encyclopedic Dictionary of the Bible,a católico romano, diz que a palavra hebraica néfes, traduzida “alma” nas Bíblias modernas, refere-se realmente à própria pessoa. Diz também que o Antigo Testamento “realmente não fornece base” para a idéia de que a alma “possa existir à parte do corpo . . . após a morte do homem”. Diz: “A expressão nefes̆ mêt, que seria literalmente ‘alma de um homem morto’, realmente não significa isso, mas significa ‘um homem morto’, i . e ., um cadáver.” — Coluna 2288.

Este mesmo dicionário religioso diz que a Bíblia não apresenta a morte “como separação da alma e do corpo”, quer no “Antigo Testamento” quer no “Novo Testamento”, que “continua a usar o conceito tradicional do AT [Antigo Testamento] sobre este assunto”. — Colunas 532, 534.

OS MORTOS “DORMEM”

Em vez de ensinar que a humanidade em geral tem um julgamento individual logo após a morte, a Bíblia indica que os mortos estão mortos. Diz que estão dormindo, não estando cônscios de nada, nem sabendo coisa alguma, mas que aguardam a ressurreição, quando poderão levantar-se novamente para a vida. A Bíblia mostra claramente que esta é a condição dos mortos. Entre as numerosas passagens bíblicas que tratam deste assunto acha-se Eclesiastes 9:5, 10, que diz: “Pois os viventes estão cônscios de que morrerão; os mortos, porém, não estão cônscios de absolutamente nada . . . não há trabalho, nem planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria no Seol, o lugar [dos mortos] para onde vais.” Por isso, a Bíblia fala freqüentemente dos mortos como “dormindo”, em vez de como já “julgados” e estando num lugar de recompensa ou de punição. — João 11:11.

Assim, as cenas apresentadas acima dos portais de catedrais antigas da cristandade talvez se aproximem mais da Bíblia do que aquilo que se ensina dentro delas. Estas esculturas mostram pessoas surgindo dos seus túmulos para serem julgadas. Não se representam “almas” saindo dum “inferno”, nem descendo do céu, para habitar nelas. Mas, vê-se que elas vão para a sua recompensa após o seu julgamento. A Bíblia não acompanha a antiga idéia egípcia, de que as “almas” voltam para os corpos mumificados. Mas ela ensina que a maioria dos mortos da humanidade será ressuscitada e receberá a oportunidade de receber as bênçãos eternas de Deus.

QUANDO?

Quando serão ressuscitados os mortos adormecidos da humanidade em geral, para serem julgados? A Bíblia, no seu último livro, fornece a ordem em que ocorrerão os eventos que levarão a esta ressurreição há muito aguardada.

Ocorre a segunda presença celestial de Cristo, seu reino tendo sido estabelecido no céu. (Rev. 12:1, 2, 5) A atividade de Satanás é restringida à vizinhança da terra, onde ele, na sua ira, causa ais sem precedentes. (Rev. 12:7-12) Ao Cordeiro, Cristo Jesus, que está de pé na sua posição régia no Monte Sião celestial, juntam-se seus 144.000 co-juízes, que “foram comprados dentre a humanidade como primícias para Deus e para o Cordeiro”. (Rev. 14:1-4) A seguir, expressões demoníacas conduzem os reis da terra a uma guerra aberta contra Deus. (Rev. 16:13-16) Cristo, com os seus anjos celestiais, trava batalha contra eles, lançando os sistemas criados pelos homens na destruição ardente e matando os exércitos inimigos e seus apoiadores. (Rev. 19:11-21) Depois disso, o próprio Satanás é preso e amarrado, “para que não mais desencaminhasse as nações”. — Rev. 20:1-4.

Os habitantes da terra, livres da influência de Satanás, de seus demônios e da sua coorte terrestre, começam então a usufruir grandiosas bênçãos. Concedeu-se ao idoso apóstolo João ter uma visão magnífica desta gloriosa mudança na liderança da terra.

Ele escreveu: “Eu vi um novo céu e uma nova terra; pois o céu anterior e a terra anterior tinham passado, e o mar [da humanidade aflita, alienada de Deus] já não é.” O próprio Deus residirá com os homens por meio de sua regência do Reino sobre a terra. “E enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.” — Rev. 21:1-4.

COMO?

A terra terá sido expurgada da iniqüidade, Satanás e seus demônios terão sido amarrados e lançados no abismo. Terão sido estabelecidas as novas condições justas, aguardadas por todos os homens tementes de Deus. Estas são as condições pelas quais todos os cristãos têm orado, ao dizerem a Deus: “Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra.” — Mat. 6:10.

Todos os que estiverem na sepultura comum da humanidade serão ressuscitados para tais condições justas. A Bíblia mostra que este grande “dia” (ou período) de julgamento ocorrerá somente depois de Satanás ter sido amarrado e Cristo estar sentado no seu “trono”, durante os mil anos da sua regência do Reino. É óbvio que este “dia” tem mais de apenas vinte e quatro horas de duração, visto que a Bíblia diz que os juízes reinam “com o Cristo por mil anos”. Tal período longo concederá amplo tempo para que a ressurreição ocorra de maneira ordeira. — Rev. 20:4.

A humanidade em geral será então julgada segundo a condição de seu coração — segundo seu desejo e sua disposição de fazer a vontade de Deus, e não segundo se antes teve, ou não, a oportunidade de conhecer esta vontade. Abrir-se-ão “rolos”, contendo as instruções de Deus, e toda a humanidade terá a oportunidade de conhecer as “coisas escritas nos rolos”. Todos serão julgados segundo a sua obediência a elas.

Tudo isso está descrito na grandiosa visão do dia de juízo, da humanidade, durante a regência milenar de Cristo, que o apóstolo João teve: “E eu vi um grande trono branco e o que estava sentado nele [Jeová Deus]. De diante dele fugiam a terra e o céu [atuais, iníquos], e não se achou lugar para eles. E eu vi os mortos, os grandes e os pequenos, em pé diante do trono, e abriram-se rolos [contendo as instruções de Deus]. Mas outro rolo foi aberto; é o rolo da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas escritas nos rolos, segundos as suas ações [segundo a sua obediência a estas instruções].” — Rev. 20:11, 12.

Somente após a sua prova final, quando Satanás é temporariamente solto, depois do fim do reino milenar de Cristo, é que ‘passarão a viver’ no sentido mais pleno. A todos os que passarem a prova final será concedido o direito de ter vida eterna numa terra justa, aperfeiçoada. Somente então se inscreverão seus nomes permanentemente no “rolo da vida”. É por isso que Revelação diz a seu respeito: “Os demais mortos não passaram a viver até terem terminado os mil anos.” — Rev. 20:5.

Esta é a “vida eterna” que os cristãos esperam. É uma vida sem fim, numa terra paradísica cultivada até a perfeição, segundo o propósito original de Deus para esta criação que é como uma jóia.

Portanto, a Bíblia não ensina o julgamento individual do mundo da humanidade em geral logo após a morte. Antes, ela ensina o julgamento geral da maioria da humanidade durante o reinado milenar de Cristo, quando se ensinará à humanidade ressuscitada a vontade de Deus e ela terá a oportunidade de se harmonizar com esta para receber a vida eterna.

PREPARE-SE AGORA

Como se pode preparar agora para ter seu nome inscrito no “rolo da vida”? Por estudar a Palavra de Deus e viver em harmonia com ela. Cultive uma personalidade receptiva às instruções de Deus. (Col. 3:5-14) Forme o hábito de obedecer voluntariamente a elas. Desenvolver tal padrão de vida obediente, agora, lhe ajudará a harmonizar-se com as instruções que Deus dará durante o reinado milenar de Jesus Cristo. Ajudá-lo-á a receber as bênçãos de Deus, a sobreviver à prova final e a obter vida eterna na terra aperfeiçoada. Nada poderia ter mais valor do que ter seu nome finalmente “inscrito no livro da vida”, após o fim do reinado milenar de Cristo. — Rev. 20:15.

Mas, para ter o privilégio de viver na terra durante esse dia do juízo da humanidade em geral e depois, é urgente que aprenda e faça agora a vontade de Deus. Fazendo isso, poderá aguardar sobreviver à breve execução do juízo divino neste sistema iníquo de coisas, agora tão próxima. Está tomando as medidas necessárias para sobreviver, primeiro ao fim deste sistema de coisas e depois ao “juízo universal”? A resposta a esta pergunta depende do padrão de vida que forma agora.

REFERÊNCIAS

1 Dictionnaire de la Bible, F. Vigouroux (Paris; 1903), Vol. 3, cols. 1837, 1839.

2 Encyclopedie Théologique, Migne (Petit-Montrouge, França; 1850), Vol. 35, livro 1, col. 126.

3 Dictionnaire Pratique des Connaissance Religieuses, J. Bricout, (Paris; 1927), Vol. 2, col. 203.

4 Catholic Encyclopedia (Nova Iorque; 1910), Vol. 8, p. 552.

5 La Fin du Monde, Lavergne (Paris; 1941), p. 12.

[Nota(s) de rodapé]

a Publicado originalmente nos Países-Baixos como Bijbels Woordenboek, por A. van den Born, e traduzido ao inglês por Louis F. Hartman, Secretário Executivo da Associação Bíblica Católica da América (Nova Iorque; 1963).

[Foto na página 69]

Cena do Juízo acima da porta central da catedral de Notre Dame, em Paris, vista de perto.

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