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  • Por que o Deus Todo-poderoso se ri das nações

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  • Por que o Deus Todo-poderoso se ri das nações
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1969
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1969
w69 15/10 pp. 616-623

Por que o Deus Todo-poderoso se ri das nações

“Aquele mesmo que está sentado nos céus se rirá; o próprio Jeová caçoará deles.” — Sal. 2:4.

1. Para Deus fazer que coisa agradável é agora a ocasião, e que perguntas surgem quanto a nós neste respeito?

GOSTA de dar uma boa risada? A faculdade do riso é uma das inúmeras coisas que diferenciam o homem dos animais, das aves e dos peixes. O homem foi criado para fazer uma das coisas que o seu Criador pode fazer, e esta é rir-se. Agora é o tempo para Deus se rir. Ri-se ele de sua pessoa? Ou está rindo com ele? Como pode saber qual é o caso? O que é que diverte a Deus, seu Criador, e que o induz ao riso? O que significaria se Deus se risse de nós? Em vez de nosso Criador se rir de nós, como é que nós podemos hoje dar uma boa risada junto com ele e deixar de lado as preocupações que a situação mundial tende a causar?

2, 3. Por que não acham as nações que a situação do mundo e a perspectiva do futuro sejam assunto de riso?

2 Nenhuma das nações da terra acha que a atual situação mundial e a perspectiva para o futuro sejam assunto de riso. Acha que daria risadas, ou poderia rir-se, quando a prosperidade comercial (o pouco que há dela) está sendo constantemente ameaçada e é tão incerta, por causa dos alicerces pouco sólidos? Quando há aumento do custo do funcionamento dos governos e dos encargos da dívida nacional? Quando um número cada vez maior de nações não consegue conviver como uma só grande família bem unida, mas quando todos os grupos nacionais suspeitam uns dos outros, competindo uns com os outros em rivalidades, armando-se militarmente uns contra os outros, oprimindo uns aos outros, embaraçando uns aos outros, espionando uns aos outros e procurando tirar vantagem uns dos outros? Quando o descontentamento dos povos está aumentando e se ampliando, de modo que os governos acham difícil controlar os povos? Quando a probidade de homens em autoridade não merece crédito e não se pode confiar na lealdade dos servidores públicos e dos subordinados? Quando está desaparecendo a respeitosa consideração para com a autoridade legítima, e é freqüente o recurso a atos de violência, e aumenta velozmente a proporção dos crimes cometidos?

3 Realmente, é assunto de riso quando a luta contra a pobreza fica cada vez mais difícil para os governos? Quando os meios para se travar guerra carnal se tornam mais horrendos? Quando só não se trava uma guerra nuclear por medo de se receber a paga na mesma moeda, arruinando-se a civilização e destruindo-se todos os habitantes da terra? Quando o refreio religioso já não tem mais nenhuma força para refrear os homens de qualquer espécie de proceder errado? Não; consideradas objetivamente, todas estas coisas não são assunto de riso.

4. Quem levou as nações a esta situação, e por que foi tudo isso tão desnecessário?

4 Quer sejam rematados materialistas, quer não, todos têm de concordar que foram as próprias nações que se meteram nesta situação. Quem nos diz isso é a história humana registrada até os dias atuais. Mas, tudo isso é tão desnecessário! Por quê? Porque se preparou e ofereceu uma solução para o mundo, e as nações se negam a aceitá-la e a tomar a única saída. O caso seria engraçado, se não fosse tão sério.

5. Nesta situação, por que não foram sábias as nações no proceder que adotaram?

5 As nações não são sábias no proceder que adotaram. Elas olham para si mesmas para encontrar a solução dos seus problemas. Por certo não estão olhando para o céu. Estribam-se na sabedoria de seus próprios sábios, estadistas e diplomatas. Mas, aonde as levou isso neste ano de 1969? À beira da autodestruição, não só por meio duma guerra, mas também por outros meios poderosos. Não estão dispostas a recuar. Estão orgulhosas demais, confiantes demais, preocupadas demais com a sua própria nacionalidade e soberania, sofisticadas e “realistas” demais para olharem para além do que é visível e material, em busca da necessária ajuda. Olham para as coisas criadas, em vez de para o próprio Criador. O que há para mostrar, hoje em dia, que as nações crêem num Criador? Desconsidera-se o Criador, Aquele que tem mantido todo o universo em boa ordem e com proveito para nós na terra. Nossa terra, em comparação com todo o universo de que é parte, é tão pequenina! Portanto, é razoável que a nossa terra não deva constituir um problema grande demais para ele endireitar.

6. No futuro, terão as nações um repentino arrebatamento de fé no Criador, e, no entanto, o que é razoável que se creia a respeito Dele?

6 Visto que a ciência material é o deus das nações nesta Era do Cérebro, elas não têm fé num Deus Todo-poderoso, invisível. Se elas não têm fé Nele agora, como podemos esperar um repentino arrebatamento de fé da parte das nações, num futuro próximo, quando vier o pior e elas se virem obrigadas a reconhecer sua própria impotência, bem como a da ciência moderna? E, no entanto, é apenas lógico que o Criador da terra e do homem sobre ela tenha uma solução para os males do homem, uma solução adequada, a única solução. Durante os últimos dezenove séculos, as nações têm tido os meios de saber que o Criador, o verdadeiro Deus, está de posse da única solução necessária.

7. Por que não pode haver, neste caso, nenhuma coexistência entre Deus e o homem, cada um fazendo a sua própria vontade respectiva, lado a lado?

7 No entanto, quando as nações continuam obstinadamente a rejeitar a própria provisão de Deus, que resultado se poderia normalmente esperar disso? Nada senão que as nações se oporiam a Deus, o Criador, que lutariam contra Ele e contra seu meio de salvar a raça humana. Isto é segundo a regra declarada há mais de dezenove séculos por um sábio, que a cristandade afirma ser “o Filho de Deus”: “Quem não está do meu lado é contra mim, e quem comigo não ajunta, espalha.” (Mat. 12:30) Quando o homem prefere e escolhe os seus próprios planos e rejeita o arranjo de Deus, como pode ele fazer a vontade de Deus e trabalhar pacificamente com Deus? Não o pode fazer. Neste caso, não há lugar para mera coexistência, Deus e o homem fazendo cada um a sua respectiva vontade, lado a lado. A vontade de Deus tem efeito sobre todo homem, sem exceção. Portanto, como poderia o homem egoísta fazer outra coisa senão trabalhar à parte de Deus, em divergência com Deus, e, de fato, lutar contra Deus? Êle se coloca acima de Deus, como mais sábio do que Deus e mais capacitado, sabendo melhor o que mais lhe convém. A história humana e a experiência provam que este é um fato.

8. Como se compara a história humana secular com a história inspirada por Deus, a Bíblia Sagrada?

8 A história humana, secular, foi escrita por homens não inspirados deste mundo. Eles não salientam que Deus fez escrever uma história exata, por homens inspirados por ele, a fim de prover um aviso a ser atendido pela humanidade. No entanto, tal espécie de história, história inspirada por Deus e escrita por intermédio de homens fiéis a seu serviço, realmente existe e se encontra na Bíblia Sagrada, as Escrituras Sagradas. A Bíblia é uma história sobre o homem, que apresenta os tratos de Deus com ele, até uns dezenove séculos atrás. Ela profetiza também a respeito dos tratos adicionais de Deus com o homem após aquele tempo e até agora, e por mil anos no futuro. É certamente de máxima importância para o homem saber o que Deus, o Criador, tem feito nos milhares de anos da história do homem. É exatamente nisso que se especializa seu Livro escrito, a Bíblia. A história secular, mundana, não faz isso. Ela enaltece o homem, não a Deus.

9. Em que fato notável se baseia a importância vital da Bíblia, e como impediremos de nos tornar alvo de riso para Deus?

9 A Bíblia revela que Deus, o Criador, teve tratos com determinados homens, com determinadas famílias e com nações inteiras. Não se trata apenas de um livro de história passada, história morta, apodrecida no túmulo já por dezenove séculos. Antes, desde o seu começo, a Bíblia sempre fora um livro que olha para o futuro, e isto se dá porque se tem destacado como livro de profecia divina. Além das suas profecias diretas sobre o futuro, muitos dos eventos registrados na Bíblia foram assentados por escrito porque são ilustrações proféticas de eventos futuros, não se excluindo eventos nos nossos dias. Neste fato notável é que se baseia a importância vital da Bíblia Sagrada. É o Livro que não nos atrevemos a desconsiderar ou rejeitar hoje em dia. Nem temos a intenção de fazer isso nesta nossa consideração, embora as nações o tenham feito, para a sua própria confusão. É por não desconsiderarmos, mas por atendermos a Bíblia profética, inspirada, que não nos tornaremos alvo de riso para Deus. Deus não se rirá de nós, assim como faz agora com as nações do mundo.

O DEUS TODO-PODEROSO SE RIU EM TEMPOS PASSADOS

10. Há dezenove séculos, quando Deus deu uma boa risada com respeito às nações, que cidade se destacava nos assuntos do mundo, e em que parte da terra pensavam alguns que era tempo para mudança?

10 Há dezenove séculos atrás, o Deus Todo-poderoso se riu muito das nações daqueles dias. Isto se deu com relação à maior luta do homem contra Deus, em toda a história humana, até aquele tempo. Em vista do seu significado profético para os nossos próprios dias, recorramos agora ao relato bíblico daquele evento e o confrontemos então como desenrolar dos eventos na história do século vinte. Assim como nos nossos dias, a cidade de Roma, na Itália, se destacava nas notícias daqueles dias no primeiro século de nossa Era Comum. Não havia então nenhuma Cidade do Vaticano no meio de Roma, regendo o domínio mundial do catolicismo romano. O imperador pagão do Império Romano ainda era o Sumo Pontífice nos círculos religiosos, e quem servia naquele tempo específico no pontificado era Tibério César, sucessor de Augusto César, que morrera em 19 de agosto do ano 14 E. C. Era tempo de mudança. Assim pensava pelo menos um pequeno grupo de pessoas, em determinada região na parte oriental do Império Romano, que então rodeava o Mar Mediterrâneo. E veio uma mudança — uma que havia de afetar os nossos dias.

11. Onde e por quem começou então a ser proclamado um novo governo?

11 Saindo do deserto, lá no Oriente Médio, veio uma voz proclamando um novo governo. Era a voz de um homem do deserto. Seu nome tinha um significado agradável, pois significava “Já É Clemente”. (Luc. 1:59-80) Foi no décimo quinto ano do reinado do Imperador Tibério César, ou na primavera (daquela região) de 29 E. C., que este homem do deserto, de nome João, começou a proclamar tal novo governo. (Luc. 3:1, 2) João era filho dum sacerdote, mas não há registro de que alguma vez servisse como sacerdote, igual a seu pai, no templo em Jerusalém, capital religiosa da província romana da Judéia. O Deus de João, o clemente Já ou Jeová, tinha para ele uma obra mais importante do que servir num templo material, terreno. Jeová Deus suscitara propositalmente este João para agir como arauto e precursor do regente do novo governo. Assim, aconteceu que, no próprio tempo determinado por Deus, João se apresentou no cenário público e começou a proclamar: “O reino dos céus se tem aproximado.” (Mat. 3:1, 2) Visto que havia de ser “dos céus”, tal reino prometia ser um governo justo, que as pessoas naquele tempo não necessitavam menos do que nós atualmente.

12. Que perguntas fazem as pessoas sobre o governo “dos céus”, mas o que queria João Batista dizer com “reino dos céus”?

12 “Mas, como podem os céus governar?” perguntarão hoje em dia pessoas materialistas, teimosas. Ora, se quisessem ler a Bíblia, descobririam logo como “os céus” se expressaram no passado dum modo que abalou o mundo e como farão isso num futuro que se aproxima velozmente. O fato de o homem lançar foguetes de umas dezessete toneladas no espaço sideral não lhe dá nenhum poder nem supremacia sobre “os céus” de que João falou. O homem, atualmente, pensa nos céus sem tomar em consideração a Deus, mas, com a expressão inspirada, “os céus”, João queria dizer o Deus Todo-poderoso. O “reino dos céus” que ele proclamava era “o reino de Deus”. Esta é a razão por que tal reino tinha de ser um governo bom, justo e perfeito. Esta é a razão por que as pessoas tinham de, estar preparadas para a vinda desse governo. Em harmonia com este fato, o Deus Todo-poderoso enviou João para mergulhar ou imergir pessoas arrependidas, fisicamente, em água, em símbolo de seu arrependimento dos seus pecados cometidos contra o Deus Todo-poderoso. — Mat. 3:4-6; Mar. 1:4-15.

13. Como se fez o Rei Nabucodonosor, de Babilônia, reconhecer que a regência dos céus era real e administrada por pessoas?

13 Não! O “reino dos céus” que João proclamava não era um governo imaginário, mas era um governo tão real e “ativista”, e administrado por pessoas, como qualquer governo político da atualidade, em Londres, Paris, Moscou, Pequim, Washington, Roma ou em outra parte da terra. Os atuais regentes políticos da linha dura talvez não saibam avaliar este fato, mas terão de fazê-lo muito em breve. Não são mais super-homens do que foi Nabucodonosor, imperador de Babilônia, junto ao rio Eufrates, nos séculos sete e seis A. E. C. No entanto, aquele regente poderoso do Império Babilônico foi rebaixado ao nível de um animal do campo, por sete anos, para que, conforme lhe disse o profeta Daniel, ‘soubesse que são os céus que governam’. Aqui, “os céus” significavam o Ser Supremo, pois, pouco antes de Nabucodonosor ser atacado pela loucura animalesca, disse-se-lhe desde os céus que se passariam sete anos para ele neste estado animalesco, até que ‘soubesse que o Altíssimo é Governante no reino da humanidade e que ele o dá a quem quiser’. Nabucodonosor reconheceu este fato após o seu restabelecimento milagroso. — Dan. 4:25-37.

14, 15. Foi João encarcerado por ter pregado o “reino dos céus”? E quem empreendeu depois esta pregação?

14 João tinha um conceito tão realístico sobre o assunto como os regentes políticos da atualidade. Ele não estava enganando o povo com um sonho agradável, mas irrealizável. Cêrca de um ano após ter começado a sua proclamação e seu batismo, ele foi encarcerado por Herodes Ântipas, governante distrital da Galiléia, mas não por ter proclamado o “reino dos céus”. Foi porque insistira na moral correta da parte deste regente que afirmava estar sujeito à lei do Deus de João, Jeová. (Mat. 14:1-5) Os regentes políticos teimosos daquele tempo não achavam que um reino, se havia de ser “dos céus” ou “de Deus”, ia interferir nos seus reinos terrenos, visíveis. No entanto, este encarceramento interrompeu a proclamação pública do reino de Deus por João. Mas, após o seu encarceramento, sua proclamação do Reino foi continuada por um homem a quem batizara nas águas do rio Jordão, cêrca de seis meses antes de seu encarceramento. Este homem era um carpinteiro de Nazaré, na Galiléia, e seu nome era Jesus, filho adotivo de José. Por isso lemos a respeito deste Jesus:

15 “Ora, quando ele ouviu que João tinha sido preso, retirou-se para a Galiléia. Além disso, depois de deixar Nazaré, veio morar em Cafarnaum . . . Daquele tempo em diante Jesus principiou a pregar e a dizer: ‘Arrependei-vos, pois o reino dos céus se tem aproximado.’” — Mat. 4:12-17; Mar. 1:14, 15.

TORNANDO-SE RISÍVEIS

16, 17. (a) Quando o Governante Distrital Herodes Ântipas teve Jesus em seu poder, a quem tornou realmente risível, e por quê? (b) De que modo testemunhou João Batista que esse era o Filho de Deus?

16 Quase que aproximadamente três anos depois, o Governante Distrital Herodes Antipas e sua guarda de soldados zombaram de Jesus, que foi acusado de tentar fazer-se rei em lugar de Tibério César. (Luc. 23:8-12) Tratava-se apenas de parte da evidência de que as nações estavam começando a tornar-se risíveis. Quando nações começam a zombar do Filho de Deus e a caçoar dele, elas realmente tornam a si mesmas risíveis. Foi isto o que se tornaram naquele tempo quando ridiculizaram a Jesus. Na ocasião em que João Batista imergiu Jesus de Nazaré, ele testemunhou evidência provinda do céu, de que este Jesus era o Filho de Deus. João testificou depois ao povo:

17 “Observei o espírito descer como pomba do céu; e permaneceu sobre ele. Até eu não o conhecia, mas o Mesmo que me enviou a batizar em água disse-me: ‘Sobre quem for que vires descer o espírito e permanecer, este é quem batiza em espírito santo.’ E eu o vi e dei testemunho de que este é o Filho de Deus.” — João 1:32-34.

18. (a) Por que não precisou Jesus fazer nenhuma campanha política? (b) Como procuraram seus inimigos envolvê-lo na política, com respeito ao imposto imperial?

18 Em testemunho deste fato, João Batista apontou para Jesus e disse aos seus ouvintes: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29) Jesus, o Filho de Deus, foi ungido com o espírito santo de Deus para se tornar o vindouro rei no “reino dos céus”. Ele foi ungido com aquele espírito divino para proclamar esse “reino dos céus” às pessoas, para seu consolo e sua orientação. Isto foi o que ele fez. (Luc. 4:16-21; 8:1; Atos 10:38) Não fez campanha política em todo o país, procurando obter votos populares. Não precisou fazer isso, pois já tinha sido eleito, escolhido e ungido pelo seu Pai celestial, Jeová Deus, para ser o rei no reino messiânico, celestial, de Deus. Os muitos inimigos religiosos que veio a ter procuravam envolvê-lo na política do mundo, pelo menos uma vez, quando lhe perguntaram se era direito que os judeus sob a lei de Deus pagassem imposto a César, de cujo império sobre eles se ressentiam. Jesus sufocou habilmente toda conversa revolucionária, respondendo: “Portanto, pagai de volta a César as coisas de César, mas a Deus as coisas de Deus.” (Mat. 22:15-22) Aquilo que Jesus disse que os outros deviam fazer, ele mesmo fez. Pagou a César o imposto por cabeça como pertencente a César. Não era revolucionário.

19. (a) Depois de Jesus ter ensinado e pregado por três anos, como revelaram os judeus a sua atitude para com o “reino dos céus”? (b) Como mostrou Jesus, pelo modo em que enviou seus seguidores ativos ao campo, que ele não era revolucionário?

19 Estava a própria nação de Jesus a favor do “reino dos céus” que pregava? Não, com a exceção de um restante comparativamente pequeno. Dezenas de milhares de judeus e prosélitos judaicos o ouviram falar, mas relativamente poucos criam nele como sendo o há muito prometido Messias, o Cristo, o Ungido. Depois de ele ensinar e pregar por três anos, pessoas chegaram-se a ele e disseram: “Quanto tempo hás de manter as nossas almas na expectativa? Se tu és o Cristo, dize-nos francamente.” Mas, Jesus deixou que tirassem as suas próprias conclusões, deixando-o entregue à sua fé. Naquela ocasião estavam prontas para apedrejá-lo. (João 10:22-31) Mas, dentre aqueles que criam nele e que o seguiam como o Messias ou Cristo, ele escolheu doze apóstolos. A estes também, depois de serem treinados, ele enviou a pregar: “O reino dos céus se tem aproximado.” (Mat. 10:1-7) Posteriormente, ele enviou mais setenta seguidores a proclamar a mesma mensagem. (Luc. 9:1-6; 10:1-11) Ao todo, eram oitenta e dois pregadores do reino de Deus — mas não um exército de guerrilheiros, armados de espadas, lanças, arcos e flechas. Quão estranho! Podia um governo independente ser introduzido e empossado sobre a nação de Israel por meio de pregação? Chega a fazer-nos rir.

20. Como sabemos se os lideres religiosos se riram depois da ressurreição de Lázaro e depois da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém?

20 Em certa ocasião, porém, não parecia tão risível. Esta foi depois de três anos de tal pregação. Era o princípio da primavera (do hemisfério setentrional) do ano 33 de nossa Era Comum, e até aquele tempo o governo imperial de Roma não fizera nada a respeito deste Jesus Cristo e seu grupo de pregadores do Reino. Mas, os líderes religiosos de Jerusalém haviam ficado com medo dele. Algum tempo antes da páscoa daquele ano, Jesus Cristo realizara um dos seus mais notáveis milagres — ressuscitando dentre os mortos a um homem que estivera morto e enterrado por quatro dias. Havia muita agitação popular por causa disso, e os líderes religiosos diziam entre si: “Que devemos fazer, visto que este homem realiza muitos sinais? Se o deixarmos assim, todos depositarão fé nele, e virão os romanos e tirarão tanto o nosso lugar como a nossa nação.” (João 11:1-48) Mas então, em 9 de nisã, ou cinco dias antes da páscoa, Jesus entrou montado em Jerusalém, como numa cerimônia de coroação, ao passo que as multidões jubilantes clamavam: “Bendito aquele que vem em nome de Jeová, sim, o rei de Israel!” Em vista de tal surpreendente apoio popular para Jesus, como o Rei messiânico de Israel, os fariseus religiosos ficaram ainda mais perturbados e disseram entre si: “Observais que não conseguis absolutamente nada. Eis que o mundo foi atrás dele”! — João 12:10-19.

21, 22. (a) De que modo envolveram os líderes religiosos o governo romano no julgamento e na execução de Jesus? (b) Como manejou Herodes Ântipas a questão de Jesus, quando o caso lhe foi apresentado?

21 Por isso, os líderes religiosos procuraram conseguir alguma coisa por fazerem Jesus, o Messias, ser morto no dia seguinte da Páscoa, 14 de nisã. Êles retiraram a acusação, para o fazerem ser executado, do domínio da religião e a lançaram no domínio da política. Envolveram assim os representantes políticos do governo imperial de Roma sobre a Palestina. Tendo-o eles mesmos primeiro condenado por razões religiosas, levaram-no então perante o governador romano da província da Judéia. Sob que acusação? A de sedição política. Interrogando o acusado Jesus, o governador romano, Pôncio Pilatos, lhe disse: “Será que eu sou judeu? A tua própria nação e os principais sacerdotes te entregaram a mim. O que fizeste” (João 18:12-35) Durante o julgamento, Pôncio Pilatos soube que Jesus era da província da Galiléia, que se achava então sob a jurisdição de Herodes Ântipas, assassino de João Batista. Procurando uma saída, Pôncio Pilatos enviou Jesus a Herodes, que estava então em Jerusalém.

22 Herodes Ântipas, pensando que Jesus fosse João Batista ressuscitado dentre os mortos, estava interessado em ver Jesus. Esperava divertir-se com um ou dois milagres de Jesus. Jesus negou-se a fazer-lhe a vontade e dizer ou fazer algo em sua própria defesa. Que os sacerdotes e escribas o acusassem quanto quisessem. Portanto, Herodes considerou isso como brincadeira. O registro bíblico diz: “Então Herodes, junto com os soldados de sua guarda, o desacreditava e se divertia às custas dele por vesti-lo com uma roupa vistosa, e o mandou de volta a Pilatos. Tanto Herodes como Pilatos tornaram-se assim naquele mesmo dia amigos mútuos; porque antes disso haviam mantido inimizade entre si.” — Luc. 23:1-12.

23. Como sofreu Jesus então zombaria da parte dos soldados de Roma?

23 Depois, quando Pôncio Pilatos cedeu à pressão religiosa e entregou Jesus aos seus soldados romanos, para ser morto numa estaca de execução, o Messias ou Cristo de Jeová Deus sofreu mais ridículo e zombaria. “Os soldados do governador”, conforme nos diz Mateus 27:27-31, “levaram então Jesus para o palácio do governador e ajuntaram em volta dele todo o corpo de tropa. E, tendo-o despido, puseram sobre ele um manto escarlate, e trançaram uma coroa de espinhos e a puseram na cabeça dele, e puseram uma cana na sua direita. E, ajoelhando-se diante dele, divertiam-se às custas dele, dizendo: ‘Bom dia, ó Rei dos judeus!’ E, cuspindo nele, tomaram a cana e começaram a bater-lhe na cabeça. Por fim, tendo-se divertido às custas dele, tiraram o manto e puseram nele sua roupagem exterior, e o levaram para ser pendurado numa estaca.”

24. Como se divertiram os líderes religiosos às custas de Jesus quando este estava pendurado na estaca?

24 Enquanto Jesus estava pendurado na estaca, os que passavam por ali falavam dele de modo ultrajante e sacudiam a cabeça diante dele, escarnecendo dele. “Do mesmo modo também os principais sacerdotes, junto com os escribas e os homens mais maduros, começaram a divertir-se às custas dele e a dizer: ‘A outros ele salvou; a si mesmo não pode salvar! Ele é Rei de Israel; desça agora da estaca de tortura, e nós acreditaremos nele. Depositou a sua confiança em Deus; que Ele o socorra agora, se Ele o quiser, pois este disse: “Sou Filho de Deus.”’” — Mat. 27:39-43.

25. Por terem tomado que precauções para com o enterrado Jesus podiam os líderes religiosos então rir-se satisfeitos?

25 Assim, Jesus, o Messias, o Filho de Deus, morreu como alvo de riso. No dia após a sua morte e seu enterro numa sepultura próxima, os principais sacerdotes e fariseus demonstraram seu desprezo e também seu objetivo de impedir qualquer possível desaparecimento do corpo de Jesus da sepultura, dizendo a Pôncio Pilatos: “Senhor, lembramo-nos de que esse impostor dizia, enquanto ainda estava vivo: ‘Depois de três dias eu hei de ser levantado.’ Portanto, ordena que o sepulcro seja feito seguro até o terceiro dia, para que não venham os seus discípulos e o furtem, e digam ao povo: ‘Ele foi levantado dentre os mortos!’ e esta última impostura seja pior do que a primeira.” O governador romano fez novamente o jogo deles e ordenou-lhes que selassem a sepultura e postassem ali uma guarda. (Mat. 27:62-66) Como os líderes religiosos podiam então rir-se satisfeitos!

[Foto na página 620]

Os regentes não são mais super-homens do que Nabucodonosor foi; depois de viver como animal, ele aprendeu que “são os céus que governam”

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