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  • A escolha de uma tradução moderna da Bíblia

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  • A escolha de uma tradução moderna da Bíblia
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1969
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1969
w69 15/12 pp. 744-747

A escolha de uma tradução moderna da Bíblia

POR QUE se fazem traduções modernas da Bíblia? Não bastam as antigas, tais como a Almeida ou a Figueiredo, ou a Rei Jaime em inglês? Sem dúvida, elas são boas e têm ajudado a inúmeras pessoas a ter fé em Deus e na sua Palavra, a Bíblia. Mas, pode haver traduções melhores?

Sim, pode haver e há traduções melhores da Bíblia do que tais versões antigas, e por vários motivos. Admite-se, por exemplo, que seria difícil achar uma tradução inglesa de maior beleza literária do que a versão Rei Jaime. Todavia, conforme se observou muito bem: “O dever primário do tradutor é transmitir com a maior clareza possível aquilo que o autor original escreveu. Não deve procurar introduzir uma qualidade retorica . . . que pertence mais exatamente à primeira era elisabetana na Inglaterra do que aos originais hebraicos. . . . Certamente seria perigoso dar precedência à forma da tradução em vez de ao significado.”

Uma razão por que as traduções modernas podem ser melhores do que tais traduções antigas do século dezessete e dezoito é que a própria língua mudou com o decorrer dos anos. Por exemplo, “aprovar” costumava significar mais “por à prova”, “certificar-se”. Hoje se usa mais para significar “dar aprovação a”. — Fil. 1:10.

Também o progresso feito na compreensão do grego em que se escreveram as Escrituras Cristãs tornou possível que se façam traduções melhores. Encontraram-se antigos escritos em papiro, que mostraram o uso cotidiano de certas palavras que não se compreendiam bem. Assim, pensava-se que “Raca” significasse simplesmente “sujeito presumido”, mas isso não se harmonizava com a severa condenação de seu uso por Jesus. (Mat. 5:22, Rei Jaime, margem) Agora, porém, em vista da descoberta de uma carta de papiro, o erudito E. Goodspeed disse que “Raca” era nome feio, “que se ouvia às vezes dos lábios de gente desbocada, mas nunca se via escrito”. A Tradução do Novo Mundo o verte por “palavra imprópria de desprezo”.

Outro exemplo é o do verbo ape’kho, traduzido por “receber” ou “ter” nas traduções mais antigas, mas que significa “ter plenamente” e era usada “como expressão técnica na prescrição de uma receita”, segundo declara o Expository Dictionary of Newv Testament Words. De modo que Jesus, ao condenar os que hipocritamente ostentam a sua caridade, disse que eles “já têm plenamente a sua recompensa”. É absolutamente tudo o que recebem, o louvor dos homens, o que é o que eles querem. — Mat. 6:2.

As traduções modernas muitas vezes esclarecem o sentido da linguagem figurada usada pelos hebreus ou pelos gregos, mas que nós talvez desconheçamos. Neste respeito, 1 Pedro 1:13 (Al) reza: “Cingindo os lombos do vosso entendimento.” Muito mais compreensível para o leitor moderno é a tradução:“Avigorai as vossas mentes para atividade.” — NM.

O que tem sido especialmente útil para se melhorarem as traduções da Bíblia foi a descoberta de manuscritos mais antigos. Na época em que se traduziu a Versão Almeida, apenas poucos manuscritos gregos estavam disponíveis, e estes eram de origem bastante recente. Mas, desde então, vieram à luz muitos bons manuscritos em velino da coleção das Escrituras, alguns deles remontando ao quarto século de nossa Era Comum. Descobriram-se também manuscritos e fragmentos de papiro que remontam ao terceiro e até mesmo ao segundo século E. C. Usualmente, quanto mais antigo o exemplar, tanto menor a probabilidade de ter sofrido mudanças no processo de copiar.

E não se deve desperceber o fator da melhor compreensão da Palavra de Deus. Isto se dá em conformidade com o que foi predito. “A vereda dos justos é como a luz clara que clareia mais e mais até o dia estar firmemente estabelecido.” (Pro. 4:18) Quanto melhor se compreendem os propósitos de Deus, tanto mais exatamente se pode traduzir a Palavra de Deus.

PRECISA SER EXATA

Quanto ao tradutor da Bíblia, que a verte para o vernáculo, tem-se dito muito bem que sua principal responsabilidade é verter o significado bíblico com a máxima exatidão possível.

Dificilmente se poderá argumentar contra isso, e, no entanto, são comparativamente poucos os tradutores que agiram de acordo com este preceito no que se refere ao nome distintivo de Deus, Jeová. Nas Escrituras Hebraicas, este é representado por um tetragrama, isto é, por uma “palavra de quatro letras”: IHVH. Não há dúvida quanto à sua importância, pois, não só ocorre mais de 6.900 vezes, mas o Criador é mencionado por ele mais vezes do que por todas as outras designações usadas nessas Escrituras.

A importância do nome Jeová foi salientada no Prefácio da American Standard Version de 1901, a qual, entre outras coisas, declarou: “Este Nome Memorável, explicado em Êx. iii, 14, l5, e salientado como tal vez após vez no texto original do Antigo Testamento, designa Deus como Deus pessoal, . . . Amigo do seu povo; . . . Ajudador sempre vivo . . . Este nome pessoal, com a sua abundância de relações saturadas, foi agora restabelecido, no teto sagrado, no lugar que indubitavelmente pode reivindicar.”

Embora expresso quase há setenta anos atrás, este ponto de vista foi reafirmado por uma das mais recentes traduções eruditas, A Bíblia de Jerusalém (editada em francês e inglês). Apesar de a maioria de suas notas marginais terem o sabor do alto criticismo, esta tradução restabelece o nome de Deus no seu lugar legítimo, embora prefira a forma “Iavé”. O Prefácio do Editor declara, entre outras coisas: “Não é sem hesitação que se usa esta forma exata, e, sem dúvida, os que se interessam em usar esta tradução dos Salmos, podem substituir em seu lugar o tradicional ‘o Senhor’. Por outro lado, seria perder muito do sabor original e do significado dos originais. Por exemplo, dizer ‘O Senhor é Deus’ é certamente tautologia [repetição desnecessária ou redundância], ao passo que dizer ‘Iavé é Deus’ não o é.”

Dentre todas as muitas traduções modernas da Bíblia, poucas, deveras, são exatas neste respeito. Entre estas poucas se encontram a Emphasised Bible de Rotherham, tradução que usa a forma “lavé”, e a Versão Brasileira, Young’s Literal Translation of the Holy Bible, a American Standard Version e a Tradução do Novo Mundo, que usam a forma “Jeová”.

A VIRTUDE DA COERÊNCIA

Embora a virtude da coerência não possa ser levada ao extremo na questão da tradução da Bíblia, parece, realmente, que muitas traduções não dão bastante consideração a este fator ou deixam seu preconceito religioso interferir. Conforme se observou muito bem: “Precisa haver coerência na tradução de palavras técnicas com um conteúdo de significado nitidamente fixo, não se permitindo que a tradução obscureça as distinções próprias das diversas palavras no original. No Novo Testamento há distinção entre ‘Hades’ e ‘Geena’. A primeira é o equivelente grego da hebraica ‘Seol’, o mundo dos mortos; a última é o derradeiro lugar de punição dos iníquos.” — Why So Many Bibles, da Sociedade Bíblica Americana.

No entanto, algumas traduções, tais como a edição revista e atualizada da Versão Almeida, a do Centro Bíblico Católico de São Paulo e a do Pontifício Instituto Bíblico são duplamente incoerentes, por usarem mais de uma palavra portuguesa para traduzir Hai’des, uma delas sendo “inferno”; e traduzem tanto a palavra Ge’enna como a palavra Hai’des pela palavra portuguesa “inferno”. Entre as mais coerentes nesta questão se encontram a Versão Brasileira e a Tradução do Nôvo Mundo.a — Mat. 5:22; 10:28; 11:23; 16:18; 23:15, 33.

A falta de coerência da parte de muitos tradutores se mostra também por deixarem de distinguir entre dou’los, significando escravo comprado, e dia’konos, significando servo ou ministro. Nas Escrituras, os cristãos são chamados de escravos por terem sido comprados por um preço; de modo que são escravos de Jeová Deus e de Jesus Cristo, seus Amos. Não são meros servos contratados, livres para saírem quando quiserem. Muitos tradutores, evidentemente, não gostam do som da palavra “escravo”, mas os escritores bíblicos tinham motivos para usá-la em lugar de usarem “servo”. Entre as poucas traduções coerentes neste sentido encontram-se o New Testament de C. B. Williams e a Tradução do Novo Mundo. — Rom. 1:1; 1 Cor. 7:23.

Os precedentes são apenas alguns dos muitos exemplos que se poderiam citar para mostrar de que modo os tradutores da Bíblia são às vezes incoerentes. Mostram também o valor da coerência, se o leitor há de compreender o sentido do que se escreveu originalmente.

TRADUÇÃO FIEL

De modo algum é fácil traduzir a Bíblia. Em muitíssimos casos, os méritos de certa tradução são relativos. Com isso se quer dizer que a evidência não é inequívoca. Neste sentido, um bom número de certos manuscritos mais antigos e melhores podem rezar de determinada maneira, ao passo que um número menor, mas ainda altamente conceituados, reza de modo diferente.

Ocasionalmente, porém, os tradutores revelam infidelidade para com o texto original. Por exemplo, a versão Catholic Confraternity faz Jesus perguntar à sua mãe, por ocasião da festa de casamento em Caná:“Que queres que eu faça, mulher” Isto é exatamente o oposto da tradução do texto pelo monsenhor católico romano Knox:“Ora, mulher, por que me incomodas com isso?” É evidente que na versão Confraternity o preconceito religioso influenciou a tradução. — João 2:4.

Com respeito ao tradutor bíblico Phillips, somos informados de que ele desconsidera “a primeira, a segunda e a derradeira regra do tradutor: de ser fiel ao original. Por exemplo, por que é que precisava traduzir Lucas 24:49: ‘Agora vos entrego a [ordem] de [meu] Pai’, quando o sentido claro do texto é ‘E eu mesmo enviarei sobre vós o que meu Pai prometeu’? A referência à vinda futura do Senhor, em 2 Timóteo 4:8, ‘a todos os que amaram o seu aparecimento’, fica perdida em ‘a todos [os] que amaram o que viram nele’.” Depois de alistar outros exemplos, esta crítica prossegue: “Poderiam citar-se outros exemplos, mas estes são suficientes.” — Why So Many Bibles.

Outra tradução que pode ser acusada da falta de fidelidade para com o original é a New Translation of the Bible de Moffatt. Vez após vez ele rearranja capítulos e versículos dum modo que lhe convém pessoalmente, tanto nas Escrituras Hebraicas como nas Escrituras Gregas Cristãs. Especialmente censurável é o que ele faz com o livro de Isaías, rearranjando os capítulos e versículos a seu gosto. O Rolo do Mar Morto de Isaías, remontando a um tempo cerca de mil anos antes do tempo do texto massorético aceito, deixa o Dr. Moffatt sem justificativa para tal rearranjo de Isaías. Torna difícil achar certos textos bíblicos.

É ÚTIL A TRADUÇÃO?

As vezes, o tradutor consciencioso talvez se sinta justificado a acrescentar uma ou duas palavras para esclarecer o sentido. No entanto, sempre que se faz isso, há o perigo de se enganar o leitor. Assim, no esforço de ajudar o leitor, o tradutor da Today’s English Version trocou “ele” por “Cristo”, em 1 João 3:2. Nisto ele errou, porém, pois aqui a referência é a Jeová Deus, e não a Jesus Cristo, conforme esclarece o versículo precedente. Do mesmo modo, em 1 Timóteo 6:15, ele acrescenta “Deus” ao texto e assim ilude o leitor, visto que o apóstolo estava falando de Cristo ser o “feliz e único Potentado . . . o Rei dos que reinam e Senhor dos que dominam”. — Compare isso com o versículo 14.

Quando se faz isso em harmonia com o contexto e livre de preconceito religioso, tais traduções podem ser muito úteis. Assim, Mateus 26:26 (NM) reza: “Isto significa meu corpo”, pois é obviamente o que Jesus queria dizer, visto que ainda possuía o seu próprio corpo, e o pão, assim, não podia ter sido literalmente o seu corpo. Do mesmo modo, quando koima’omai, palavra usada para se referir ao dormir, é usada com referência à morte, a Tradução do Novo Mundo costuma vertê-la por “adormeceu [na morte]”, como em Atos 7:60. Os colchetes mostram que “na morte” não aparece no original.

Esta mesma tradução é também bastante útil na maneira de verter a palavra ky’rios, que significa “senhor” ou “amo”. Sempre que o contexto indica que a referência é a Jeová Deus, ela verte ky’rios como “Jeová”. É isso radical demais? Não, pois em cada caso, exceto um, verifica-se que esta é a maneira em que diversas versões hebraicas traduziram ky’rios. (Mat. 1:20, 22) E o nome Jeová é especialmente apropriado nas Escrituras Gregas Cristãs, quando estas citam as Escrituras Hebraicas onde se usa “Jeová”. — Mat. 3:3; 4:7, 10.

Hoje em dia, o estudante da Bíblia pode fazer a escolha entre muitas versões modernas. A vasta maioria delas, porém, consiste em somente as Escrituras Gregas Cristãs. Algumas destas traduções tornaram-se bastante populares, por causa de sua linguagem de fluência suave e muitas expressões apropriadas e aptas. Mas, conforme se observou nos exemplos apresentados, são propensas a errar por tomarem muitas liberdades, por mal-entendidos ou por preconceito religioso. Visto que a exatidão e a fidedignidade são os requisitos mais importantes duma tradução moderna da Bíblia, parece que é preferível uma tradução que na maior parte é literal, especialmente para os leitores que têm fé em ser a Bíblia a Palavra inspirada de Deus. Que tradução acha mais desejável para si mesmo?

[Nota(s) de rodapé]

a Para ser coerente, porém, a Versão Brasileira devia ter deixado Tar’ta-ros sem tradução, em vez de traduzi-lo por “inferno”. — 2 Ped. 2:4.

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