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  • O temor da ira de Deus é sabedoria
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1972
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  • PRINCÍPIOS QUE GOVERNAM A IRA DE DEUS
  • EXPRESSA DE DIVERSOS MODO
  • CAUSAS DA IRA DE DEUS
  • HARMONIZAR A IRA DE DEUS COM O AMOR DE DEUS
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1972
w72 1/1 pp. 5-8

O temor da ira de Deus é sabedoria

PARA muitos, na cristandade, a idéia de Deus se irar parece estranha. De fato, objetam quando as testemunhas cristãs de Jeová lhes dizem que Deus vai expressar sua ira na guerra mundial do Armagedom. “Como pode ser isso?” perguntam. “Não nos diz a Bíblia que Deus é amor?”

Ela diz isso em 1 João 4:8, 16. Deus é amor, quer dizer, ele é a personificação do verdadeiro amor. Podemos ver isso tanto na abundância da criação, em volta de nós, como na sua Palavra inspirada, a Bíblia Sagrada. Mas resta o fato de que a ira de Deus é mencionada cerca de duzentas vezes, desde Êxodo até Revelação, sem se falar das vezes em que se mencionam o seu furor, sua fúria e sua indignação.

Além disso, a ira de Deus é realmente algo com que se deve contar, especialmente em vista de avisos tais como este: “Antes que venha sobre vós a ira ardente de Jeová antes que venha sobre vós o dia da ira de Jeová, procurai a Jeová.” (Sof. 2:2, 3) A Bíblia nos diz também que ‘Deus é um fogo consumidor’ para com os que merecem o seu furor. — Deu. 4:24.

É de nosso interesse, portanto, considerar a natureza, isto é, as características ou os princípios básicos da ira de Deus, como ele a manifesta e por que e como a ira de Deus pode ser harmonizada com ser ele amor. Assim poderemos também apreciar com mais clareza por que o temor de Deus, quer dizer, temer desagradar a ele ou suscitar a sua ira justa, é deveras o proceder de sabedoria. — Sal. 111:10; Pro. 9:10.

PRINCÍPIOS QUE GOVERNAM A IRA DE DEUS

Em primeiro lugar, a ira de Deus sempre se expressa em harmonia com a sabedoria, baseada no pleno conhecimento de todos os fatos: “Não há criação que não esteja manifesta à sua vista, mas todas as coisas estão nuas e abertamente expostas aos olhos daquele com quem temos uma prestação de contas.” — Heb. 4:13.

As criaturas humanas podem cometer enganos ao se irarem, mas não Jeová Deus. Devido à sua infinita sabedoria, pode expressar a sua ira da melhor maneira possível e no tempo e no lugar certos para ela. Deve consolar-nos que ele nunca se engana. Contudo, inspira também temor, pois não há nada que possamos esconder dele. Acã, nos dias de Josué, descobriu isso, para o seu grande pesar, quando ele tomou secretamente parte do despojo durante a destruição de Jericó, em violação das ordens de Deus. Entre outros que agiram como se pudessem ocultar alguma coisa dos olhos de Deus e que sofreram por isso achavam-se Ananias e Safira, nos dias dos apóstolos cristãos. — Jos. 7:16-26; Atos 5:1-11.

Em segundo lugar, a ira de Deus sempre se expressa de acordo com a sua justiça. Sim: “A Rocha, perfeita é a sua atuação, pois todos os seus caminhos são justiça. Deus de fidelidade e sem injustiça; justo e reto é ele.” (Deu. 32:4) Quando a ira de Deus estava para se expressar contra as cidades iníquas de Sodoma e Gomorra, Abraão questionou a justiça disso, dizendo: “É inconcebível a teu respeito . . . entregar à morte o justo junto com o iníquo . . . Não fará o Juiz de toda a terra o que é direito?” Mas Abraão se deu conta de que, se nem mesmo dez justos podiam ser encontrados ali ele não podia negar que Deus deveras era justo ao destruir aquelas cidades. — Gên. 18:25.

Em terceiro lugar, a ira de Deus é sempre apoiada pelo seu infinito poder. Ele tem todos os recursos necessários para expressar qualquer grau de ira que quiser, de qualquer maneira que desejar. Nunca se vê frustrado por ficar justamente irado, nem se vê incapaz de fazer alguma coisa a respeito. Conforme disse o Rei Jeosafá a respeito de Jeová: “Não há na tua mão poder e potência, não havendo quem se mantenha firme contra ti?” — 2 Crô. 20:6.

E em quarto lugar, a ira de Deus sempre se expressa em harmonia com o fato de que ele é amor. Embora decretasse a morte do homicida deliberado, também fez provisões amorosas para o homicida involuntário, por meio das “cidades de refúgio”. (Núm. 35:9-34) Às vezes, seu desagrado pode ser brando, dando apenas castigo que disciplina e melhora a pessoa, como evidência do amor de Deus. (Heb. 12:5-11) De fato, Deus causa a destruição dos iníquos, mas assim mostra amor aos justos, trazendo-lhes misericordiosamente alívio e libertação. — Sal. 145:20; 2 Tes. 1:6-9.

EXPRESSA DE DIVERSOS MODO

Deus tem usado diversos modos para expressar a sua ira. Ocasionalmente, ele empregou fenômenos sobrenaturais, como quando destruiu os iníquos nos dias de Noé por meio dum dilúvio global. Usou fogo do céu para exterminar as cidades iníquas de Sodoma e Gomorra. Usou diversas espécies de meios sobrenaturais para afligir os egípcios dez vezes e para destruir Faraó e seu exército do Mar Vermelho. — Gên. 6:5-7; 7:1, 11-23; 19:24, 25; Êxo. 7:1-15:21.

Por outro lado, as leis naturais da retribuição, da causa e do efeito, que ele pôs em operação, agem para expressar a sua ira como que indiretamente. Portanto, quando alguém viola as leis de moral, de Deus, tem de agüentar as conseqüências. ‘Ceifa o que semeia.’ (Gál. 6:7, 8) Por exemplo, as pessoas, por se entregarem ao excesso de bebidas alcoólicas, por manterem relações sexuais promíscuas e por usarem maconha e outros entorpecentes, causam a si mesmas danos físicos e mentais. Esta é realmente uma expressão indireta da ira de Deus. Que este é o modo de encarar isso se evidencia na declaração inspirada de que as lesbianas e outros homossexuais recebem “em si mesmos a plena recompensa, que se devia ao seu erro”. — Rom. 1:24-27.

Deus pode também usar diversos agentes humanos para expressar a sua ira. Os exércitos de Israel, sob Josué, expressaram a ira de Deus contra os cananeus iníquos e depravados, porque se ‘completara a sua iniqüidade’. Conforme Moisés lembrou ao seu povo: “É por causa da iniqüidade destas nações que Jeová, teu Deus, as desaloja de diante de ti.” — Deu. 9:5; Gên. 15:16.

Mas, séculos depois, os próprios israelitas foram culpados porque “caçoavam . . . dos mensageiros do verdadeiro Deus e desprezavam as suas palavras, e zombavam dos seus profetas até que subiu o furor de Jeová contra o seu povo”. Ele expressou a sua ira por meio dos exércitos estrangeiros de Nabucodonosor. Estes desolaram o país, destruíram Jerusalém e seu templo, e levaram o povo cativo. — 2 Crô. 36:16-21.

Deus permite que os governos locais, “César”, sirvam de instrumentos para ele expressar a sua ira contra os violadores individuais das leis humanas corretas que se harmonizam com as leis de Deus. Lemos, portanto, a respeito da autoridade destes governos: “Se fizeres o que é mau, teme; porque não é sem objetivo que leva a espada; pois é ministro de Deus, vingador para expressar furor para com o que pratica o que é mau.” — Rom. 13:1-4.

Ainda outro instrumento humano que Deus usa às vezes para expressar sua ira é a comissão judicativa da congregação cristã local, a qual é responsável pelo bem-estar espiritual daquela congregação. Quando esta comissão, na desincumbência de seus deveres, excomunga um transgressor deliberado, ela expressa a ira de Deus contra o transgressor. Um precedente bíblico para tal ação se encontra registrado em 1 Coríntios 5:1-13, onde se ordena à congregação coríntia: “Removei o homem iníquo de entre vós.”

O principal instrumento usado por Jeová Deus para expressar sua ira contra os iníquos é Jesus Cristo e seus exércitos angélicos. Farão isso especialmente na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, a ser travada no Har-Magedon. (Rev. 16:14, 16; 19:11-21) Jeová Deus, por certo, possui muitos meios eficientes para expressar a sua ira, o que é tanto mais razão para nós temermos sabiamente causar-lhe desprazer.

CAUSAS DA IRA DE DEUS

Entre as principais causas de Jeová Deus expressar a sua ira se encontram a adoração falsa e a apostasia. Visto que ele é o Soberano Universal, o Altíssimo e Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, ele tem o direito de exigir devoção exclusiva de toda a sua criação inteligente. Conforme ele mesmo diz: “Eu, Jeová, teu Deus, sou um Deus que exige devoção exclusiva.” Os que deixam de dar-lhe devoção exclusiva incorrem justamente na sua ira. — Êxo. 20:5.

Tudo o que é contra a lei, toda a imoralidade, quer sexual, quer outra, também suscitam a ira de Deus. Por isso lemos que, “por causa destas coisas”, quer dizer, por causa de “fornicação, impureza, apetite sexual, desejo nocivo e cobiça”, “vem o furor de Deus”. (Col. 3:5, 6; Efé. 5:3-6) Em vista do grande respeito de Deus pelo sangue e pela vida humana, os que deliberadamente tiram uma vida humana e/ou usam mal o sangue podem também esperar sentir a ira de Deus. — Gên. 9:3-6; Lev. 17:10; Isa. 26:21; Atos 15:20, 29; Rev. 16:6; 18:24.

Ainda outra causa da ira de Deus é a oposição aos seus servos, quer pela opressão deles, quer pela rebelião contra os a quem Deus deu autoridade. Visto que o Egito oprimiu o povo de Deus, Ele enviou sobre aquela nação dez pragas, e por fim afogou Faraó e seu exército no Mar Vermelho. (Êxo. 14:26-28; 15:7) Durante a viagem de Israel pelo ermo, Corá, Datã e Abirão se rebelaram abertamente contra o servo de Deus, Moisés. Deus expressou a sua ira contra estes rebeldes por fazer que a terra por baixo deles se abrisse e engolisse os rebeldes Datã e Abirão, junto com suas famílias, ao passo que Corá e duzentos e cinqüenta de seus apoiadores foram destruídos por fogo. — Núm. 16:1-35; 26:911.

As Escrituras esclarecem também que os que perseguem os seguidores de Cristo também sentirão a ira de Deus: “É justo da parte de Deus pagar de volta tribulação aos que vos causam tribulação.” — 2 Tes. 1:6-9; 1 Tes. 2:16.

De fato, deixar de ter fé em Jeová Deus mostra que se duvida da veracidade de Deus ou que se duvida de seu poder e sua disposição de cumprir as suas promessas. Portanto, embora o cristão talvez não se empenhe em idolatria, nem seja culpado de apostasia, embora talvez não se empenhe em imorais “obras da carne” e não se oponha aos servos designados de Deus, se ele ‘retroceder’, deixando de seguir o rumo à verdadeira fé, também merecerá a ira de Deus e a destruição. — Heb. 10:38, 39.

HARMONIZAR A IRA DE DEUS COM O AMOR DE DEUS

As Escrituras esclarecem que se pode harmonizar a ira de Deus com ele ser amor. Isto se dá porque, em primeiro lugar, a ira não é uma qualidade dominante de Deus. De fato, a sua Palavra nos aconselha: “Não tenhas companheirismo com alguém dado à ira.” (Pro. 22:24) Deus não é “dado à ira”; para ele, ela é mais a exceção do que a regra. Ele é ”Deus feliz”. (1 Tim. 1:11) Não é possível irar-se e sentir-se feliz ao mesmo tempo. O amor é a sua qualidade dominante e ele se sente feliz em expressá-lo. É “vagaroso em irar-se”. Tendo perfeito autodomínio, pode adiar a expressão da ira enquanto os seus princípios lhe permitirem fazer isso. — Nee. 9:17; Isa. 42:14.

É por isso que a sua Palavra nos diz: “Não me agrado na morte do iníquo, . . . por que devíeis morrer, ó casa de Israel?” E para consolar os penitentes, ele diz por intermédio de outro profeta: “Certamente não se aferrará à sua ira para todo o sempre, pois se agrada na benevolência. Ele novamente mostrará misericórdia para conosco.” — Eze. 33:11; Miq. 7:18, 19.

A prova disso se vê em que Deus deu o tesouro mais querido de seu coração, seu Filho unigênito, a fim de que morresse pelos pecados do homem. Por meio deste sacrifício, Deus pôde oferecer a vida eterna e o escape da ira de Deus a todos os que tivessem fé em seu Filho. — João 3:16, 36; Rom. 6:23.

Que a qualidade predominante de Deus é o amor, em vez de a ira, se vê também no seguinte: A expressão de sua ira é de curta duração quando comparada com a duração de sua benevolência e boa vontade. Lemos, pois, a respeito do dia de sua vingança, mas sobre o ano de sua boa vontade. (Isa. 61:1, 2) Também o salmista, o Rei Davi, que em três ocasiões fora alvo da ira de Deus, bem como recebera expressões deveras únicas do favor, da misericórdia e da benevolência de Deus, disse: “Estar sob a sua ira [a de Deus] é apenas por um instante, estar sob a sua boa vontade é para toda uma vida.” — Sal. 30:5.

O Rei Davi tinha a compreensão correta da ira de Deus. E ele sabia que Deus não se deleita com a sua ira, nem a “nutre”, mas que se agrada em mostrar boa vontade e benevolência. Mas Davi reconhecia também que o temor da ira de Deus era deveras um proceder sábio, assim como mostram as suas palavras adicionais:

“Jeová é misericordioso e clemente, vagaroso em irar-se e abundante em benevolência. Não ralhará para sempre, nem ficará ressentido por tempo indefinido. Ele nem mesmo fez a nós segundo os nossos pecados; nem trouxe sobre nós o que merecemos segundo os nossos erros. Pois assim como os céus são mais altos do que a terra, sua benevolência é superior para com os que o temem. Assim como o pai é misericordioso para com os seus filhos, Jeová tem sido misericordioso para com os que o temem. Mas a benevolência de Jeová é de tempo indefinido a tempo indefinido para com os que o temem, e sua justiça é para os filhos dos filhos, para com os que guardam o seu pacto e para com os que se lembram das suas ordens para as cumprir.” Por temermos sabiamente a ira de Deus, ao passo que o amarmos pela sua bondade, poderemos juntar-nos a Davi em dizer: “Bendizei a Jeová, todos os trabalhos seus, em todos os lugares do seu domínio. Bendize a Jeová.” — Sal. 103:8-11, 13, 17, 18, 22.

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