BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w72 1/7 pp. 405-409
  • A madurez cristã — é difícil de atingir?

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • A madurez cristã — é difícil de atingir?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1972
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • PASSAR DA INFÂNCIA ESPIRITUAL
  • ACEITAÇÃO DA PLENA EXTENSÃO DA VERDADE CRISTÃ
  • A MADUREZA CRISTÃ NÃO É O FIM DO PROGRESSO
  • RETROCESSO À IMATURIDADE?
  • VARIEDADE ENTRE OS CRISTÃOS MADUROS
  • Madureza cristã — necessária para a vida
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1974
  • É maduro?
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1961
  • Progresso na madureza
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1961
  • Discernimento espiritual — evidência de madureza cristã
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1960
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1972
w72 1/7 pp. 405-409

A madurez cristã — é difícil de atingir?

O QUE é “madureza cristã”? Como a definiria? Será que a possui? Ou procura ainda atingi-la?

É de verdadeiro valor termos o entendimento correto sobre a madureza cristã. Em primeiro lugar, o entendimento errado poderá resultar em desânimo. Poderá fazer a madureza cristã parecer algo inalcançável, uma fantasmagoria, algo que nos foge de modo tantalizante quando pensamos que já o pegamos. A madureza cristã não é assim tão difícil de atingir.

Por outro lado, a compreensão errada pode resultar em normas erradas de se avaliar e julgar outros. Pode fazer com que deixemos de ver e reconhecer as suas boas qualidades. O conceito errôneo da madureza cristã pode induzir a pessoa a menosprezar os outros e a elevar-se na sua própria estima, ou a favorecer erroneamente uns mais que os outros.

PASSAR DA INFÂNCIA ESPIRITUAL

No sentido comum, “maduro” é aquele que passou da infância para o estado de adulto. O crescimento físico atinge certo ponto e depois se estabiliza. A madureza emocional se desenvolve de modo parecido, mas amiúde leva mais tempo do que o crescimento físico.

Existe também o desenvolvimento dos cristãos da infância espiritual para a qualidade de adultos em sentido espiritual, para a madureza cristã. Como saberá se se tornou espiritualmente adulto?

Os que ainda são “pequeninos em Cristo” precisam ser alimentados apenas com o “leite” da verdade cristã. Tais “pequeninos” não têm certeza de qual é a verdade, e por isso estão inclinados a vacilar e são facilmente desencaminhados pela astúcia e esperteza dos homens que apresentam ensinos falsos. Neste estado infantil podem contribuir pouco para o desenvolvimento “do corpo do Cristo”, a congregação cristã, “para a edificação de si mesmo em amor”. (Efé. 4:12-16) Ainda são “carnais”, talvez inclinados ao ciúme, à rixa e ao sectarismo, e precisam deixar para trás estas coisas mundanas, para se tornarem “homens espirituais”, não pequeninos. — 1 Cor. 3:1-4.

São alguns de nós assim — instáveis, com falta de convicção quanto à verdade cristã, ainda inclinados a seguir homens, não tendo chegado à união com os que são nossos irmãos espirituais e assim não tendo desenvolvido o amor que edifica e fortalece a congregação cristã? Então teremos realmente de nos esforçar a alcançar a madureza cristã. Também, precisamos dar-nos conta de que passar da infância espiritual e se tornar espiritualmente adulto não vem automaticamente, assim como o crescimento físico. Exige empenho sincero e cooperação da nossa parte com Deus e seu Filho, e os meios providos para alcançarmos a inteireza ou qualidade espiritual de adultos.

ACEITAÇÃO DA PLENA EXTENSÃO DA VERDADE CRISTÃ

Uma grande parte do processo do desenvolvimento espiritual até se tornar adulto cristão, portanto, é o progresso na aceitação da plena extensão da verdade cristã. Alguns cristãos hebraicos, do primeiro século, deixaram de progredir além das “coisas elementares das proclamações sagradas de Deus”, e por isso eram como os que ainda ‘tomam leite’, não preparados para tomar o alimento sólido que “é para as pessoas maduras, para aqueles que pelo uso têm as suas faculdades perceptivas treinadas para distinguir tanto o certo como o errado”. Este foi o motivo de Paulo lhes escrever, exortando-os a ‘avançarem à madureza’. Como deviam fazer isso? Como podemos nós fazê-lo, se ainda não o fizemos?

O apóstolo lhes mostrou que não deviam ser como construtores que nunca chegam além dos alicerces do prédio, o “alicerce” sendo neste caso as doutrinas elementares ou primárias sobre o Cristo. Deviam passar para a ‘superestrutura’ edificada sobre este alicerce, a saber, os ensinos mais avançados sobre o propósito de Deus revelado por meio de seu Filho, ensinos que são mais difíceis de explicar do que os ensinos elementares.

Havia necessidade urgente de progredirem assim; era vital que fizessem isso. Por quê? Porque não podiam ficar parados indefinidamente; no fim de contas, tinham de fazer progresso ou então retroceder. O que significaria se retrocedessem? Significaria apostasia, abandono da verdadeira fé, e isso resultaria em destruição. — Heb. 5:11-6:8.

Naturalmente, seu progresso no entendimento destas doutrinas mais difíceis teria de ser acompanhado por um desenvolvimento correspondente do seu conceito espiritual e de sua personalidade cristã. Não bastava apenas o conhecimento intelectual. Aquelas verdades avançadas teriam efeito sobre a sua vida, assim como já tiveram os ensinos “elementares”.

Hoje possuímos a inspirada Palavra de Deus por completo. Aceitamos a plena extensão de seus ensinos e esforçamo-nos sinceramente a viver em harmonia com eles? Ou somos seletivos, assim como se dá com muitos que são cristãos apenas de nome, hoje em dia? Estes observam apenas o que querem, mas não se querem empenhar totalmente em ser discípulos do Filho de Deus, e por isso estão divididos nas muitas seitas da cristandade. Dá-se isso em nosso caso? Nossa resposta a estas perguntas nos ajudará a saber se já atingimos a madureza cristã ou não.

A MADUREZA CRISTÃ NÃO É O FIM DO PROGRESSO

Mas, não é verdade que, com o passar do tempo, compreendemos melhor a Palavra de Deus e obtemos mais conhecimento de certas verdades, inclusive de algumas ‘minúcias’ do entendimento? É verdade. Pois bem, chegamos a atingir alguma vez realmente a madureza? Ou está sempre um pouco além do nosso alcance, sendo que realmente nunca atingiremos a madureza? Não, isto não se dá. Vejamos por que não.

Tomemos o exemplo que a Bíblia usa, da infância e do estado de adulto (“plenamente desenvolvido” [Efé. 4:13], que traduz a mesma palavra grega [teleiótes] vertida “madureza”). Quando uma criança cresce e se torna adulto, significa isso que tal adulto possui então todo o conhecimento, toda a experiência e todo o discernimento que há de alcançar? Evidentemente que não. A pessoa continua a progredir na sua vida adulta.

O cristão maduro também deve continuar a progredir em conhecimento, amor, fé, sabedoria e em todas as outras qualidades que são frutos do espírito de Deus. Podemos dizer que assim se torna ‘mais maduro’?

Não, não podemos, assim como tampouco diríamos que um adulto se torna ‘mais adulto’ por causa da experiência e do conhecimento que acumula após se tornar adulto. É um homem de cinqüenta anos ‘mais adulto’ do que um de quarenta? Ou diríamos que um homem de sessenta anos é ‘muito adulto’ e que um homem de setenta anos é ‘extremamente adulto’? Não, pois este não é o sentido da palavra. Tampouco o é este sentido da palavra “madureza”.

No primeiro século, homens cristãos maduros que mostravam ter sabedoria e que estavam qualificados para ensinar, para exortar e para repreender foram designados como “anciãos” ou “homens mais idosos” nas congregações. (1 Tim. 3:1-7; Tito 1:5-9, ed. ingl. 1971) Significava isso que eles eram os únicos maduros e que os outros não designados eram ‘imaturos’? Não, pois as qualidades possuídas por estes homens e que os habilitavam a servir assim eles possuíam em adição a já serem cristãos maduros. Por exemplo, na vida normal, o filho que cresce, se casa e constitui família, ainda pode recorrer ao seu pai ou a outros homens mais idosos em busca de conselho e de orientação em certos assuntos, por reconhecer a sua maior experiência e sabedoria. Assim também os cristãos, embora eles mesmos sejam espiritualmente maduros, podem tirar proveito da ajuda dos “anciãos” ou “mais idosos” em sentido espiritual na congregação. — Atos 20:17, 28; Efé. 4:11, 12.

Assim como a criança deve pensar que o seu objetivo na vida é mais do que simplesmente tornar-se adulto, assim devemos nós considerar o atingir a madureza cristã como estado desejável, mas não como nosso objetivo derradeiro. É depois de nos termos tornado cristãos maduros que podemos fazer maior progresso e desenvolver a sabedoria e a perseverança que nos habilitarão a prestar boa ajuda aos nossos irmãos e que nos levarão ao nossos objetivo derradeiro, o de obter a aprovação final de Deus para a vida eterna.

Verificamos assim que o apóstolo Paulo exortou seus irmãos cristãos a atingirem este objetivo, o prêmio da vocação celestial dizendo: “Tenhamos então esta atitude mental, tantos quantos formos maduros; . . . ao ponto que fizemos progresso, prossigamos andando ordeiramente nesta mesma rotina.” — Fil. 3:12, 14-16.

Portanto, encarada corretamente, a madureza é uma base útil sobre a qual se pode trabalhar — não uma escada desanimadora, cujos degraus se multiplicam infindavelmente quanto mais se sobe por ela.

RETROCESSO À IMATURIDADE?

Mas, suponhamos que um cristão não use de bom senso em certos assuntos espirituais ou age dum modo que é fora de harmonia com os princípios cristãos. Sua ação talvez não seja suficientemente grave para justificar a sua desassociação da congregação, mas, não obstante, mostra falta de aplicação plena de certos conselhos bíblicos. Indica isso que ele é ‘imaturo’?

Não necessariamente. Ele talvez seja imaturo, pois, talvez seja jovem em anos ou alguém “recém-convertido” (1 Tim. 3:6), e por isso não estabelecido firmemente na verdade. Por outro lado, talvez seja cristão maduro com um longo registro de serviço cristão. Não é a gravidade do ato em si mesmo, séria ou não, que determina se a pessoa é madura ou imatura. É verdade que falta de bom senso e fraqueza são características de crianças. Mas até mesmo adultos podem ser ocasionalmente culpados de tais coisas. Já lhe aconteceu alguma vez, como adulto, que se sentiu envergonhado de ter agido ou falado de modo “infantil”? No entanto, com isso não se tornou em realidade criança; continua sendo adulto.

O proceder errado adotado por um cristão maduro talvez se deva a que se tornou ‘espiritualmente doente’, talvez por ter negligenciado o estudo da Palavra de Deus ou por ter permitido que desejos errados lhe penetrassem no coração e enfraquecessem sua devoção a Deus e a Cristo. O adulto que adoece pode ficar ‘tão fraco como um bebê’, mas continua sendo adulto. Talvez tenha de ser alimentado por algum tempo com nutrição própria para bebês, leite ou mingaus, por causa de sua doença. De modo similar, o cristão que está espiritualmente doente, embora maduro, pode por um tempo precisar que outros o ajudem e cuidem dele, nutrindo-o até mesmo espiritualmente, para restabelecer-lhe a saúde e a força espirituais. — Veja Hebreus 12:5, 6, 12, 13; Tiago 5:13-16.

Naturalmente, o cristão maduro, em vez de ficar espiritualmente doente, talvez se torne mau, tornando-se delinqüente ou apóstata. Mas não volta a ser imaturo. Um fruto maduro que se estraga não se torna novamente verde (ou ainda não maduro). Fica estragado ou podre. — Heb. 6:1-8; 12:15.

VARIEDADE ENTRE OS CRISTÃOS MADUROS

Portanto, faremos bem em evitar usar a palavra “madureza” como uma espécie de termo geral, tão amplo e vago que se torna generalizado na aplicação. Tampouco queremos que simplesmente represente o nosso próprio ideal imaginado de como deve ser o cristão. Nem todos os cristãos maduros são precisamente iguais em personalidade e manifestação de qualidades espirituais. Como ilustração, dois pomares, cada um deles de espécies diferentes de árvores frutíferas, podem ambos ser “maduros”, quer dizer, ter árvores frutíferas plenamente desenvolvidas. No entanto, um dos pomares pode ter mais macieiras do que pereiras, ao passo que o outro pode ter mais pereiras do que macieiras.

Do mesmo modo também os cristãos maduros talvez se mostrem mais fortes num respeito do que em outro quanto a produzir os frutos do espírito de Deus. (Gál. 5:22, 23) Um pode ter conhecimento notável, outro talvez seja especialmente notável na bondade ou na paciência, outro talvez seja excecional em bom senso ou discernimento quanto a problemas, ainda outro talvez seja extraordinariamente generoso ou hospitaleiro, e outro pode ter capacidade muito boa de direção. (Veja 1 Coríntios 7:7; 12:4-11, 27-31.) Entretanto, tal variedade não é sinal de imaturidade. Não significa que tais cristãos não sejam todos ‘adultos’. Não precisam todos ser igualmente fortes e capazes em todos os aspectos para serem “maduros”. Nem são cópias um do outro. Cada um, como cristão maduro, pode contribuir ao seu próprio modo para a ‘edificação do corpo do Cristo’. — Efé. 4:15, 16.

Precisamos também evitar ser guiados pelas normas mundanas quanto à madureza cristã, classificando alguns como ‘imaturos’ por causa de sua aparente incapacidade no que se refere à educação mundana ou à experiência em métodos mundanos. Se os apóstolos do primeiro século fossem trazidos à atual sociedade humana moderna, industrializada e agenciosa, muitos fatores lhes seriam estranhos, desconhecidos, e, pelo menos por um tempo, confusos. Será que isso os tornaria cristãos imaturos? Evidentemente que não. Pois, a madureza cristã não é determinada pelo conhecimento, pela experiência ou pela eficiência em métodos modernos de negócios, nem pela vida citadina. É determinada pelas qualificações espirituais especificadas na Palavra de Deus. Estas qualificações se aplicam de modo igual em toda a parte, a todas as pessoas e em todos os tempos, de modo que o local geográfico, a profissão ou a posição social não são decisivos.

Alguns pescadores do primeiro século tornaram-se discípulos maduros do Filho de Deus, ao passo que escribas e líderes religiosos altamente educados em geral deixaram de fazer isso. O cristão maduro aplica princípios bíblicos, e eles se aplicam tanto na fazenda como na cidade, tanto num país primitivo, “atrasado”, como numa nação industrial “progressista”. De modo que nenhum cristão precisa sentir-se desanimado quanto a atingir a madureza cristã por falta de capacidade segundo as normas mundanas. — Veja 1 Coríntios 1:26-31; 2:3-6; 2 Coríntios 1:12.

Portanto, se ainda não tivermos atingido a madureza, “avancemos” a ela. Somos cristãos maduros? Usemos, pois, a nossa madureza com bom proveito, ‘procedendo como homens, tornando-nos poderosos’, ajudando os imaturos e prosseguindo na mesma rotina excelente que nos levou à madureza e que nos levará ao nosso objetivo derradeiro, a aprovação de Deus para a vida. — 1 Cor. 16:13, 14; Gál. 6:1, 2; Fil. 3:15, 16.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar