O benefício que o Reino de Deus lhe pode trazer
“Jeová está guardando os inexperientes . . . Que pagarei de volta a Jeová por todos os benéficos que me fez?”. — Sal. 116:6, 12.
1. (a) Qual devia ser o objetivo dum governo? (b) Por que é necessário que haja governo?
NA REALIDADE, não é o objetivo dum governo trabalhar em prol de seus súditos? O bem-conhecido estadunidense Jorge Washington disse que “a felicidade da sociedade”, isto é, do povo, “é ou devia ser a finalidade [ou o objetivo] de todo governo”. No decorrer dos séculos, a humanidade tem vivido sob centenas de governos. Nenhum deles tem realmente satisfeito as necessidades de todas as pessoas. Não importa quais as queixas levantadas, porém, resta o fato de que alguma forma de governo claramente é melhor do que nenhum governo. Sem governo, não haveria ordem; não seria nada menos do que um império das turbas. E se já viu alguma vez uma turba desenfreada em ação, sabe o que isto significaria — porque as pessoas numa turba aproveitam a oportunidade para dar vazão ao ódio, à ganância e à ferocidade, achando que ninguém as pode identificar para sofrerem punição.
2. (a) Até que ponto têm beneficiado os governos humanos a humanidade? (b) Que provisões da parte de Deus têm ajudado o homem com respeito ao governo?
2 O Deus do céu sabe tudo isso. E visto que o governo pelo homem é muito melhor do que a anarquia, Deus permitiu que governos terrestres estivessem em operação por milhares de anos. Na maior parte, isto tem beneficiado as pessoas com certa medida de segurança, proteção e ordem, bem como a oportunidade de “ganhar a vida”. Deus criou o homem com o desejo de ordem e com a consciência para distinguir entre o certo e o errado. Também deu a conhecer seus próprios princípios justos, por meio da Bíblia, e, em resultado disso, a maioria das nações da terra têm nas suas constituições alguns destes princípios. Lemos no livro bíblico de Romanos, capítulo dois, versículos 14 e 15: “Sempre que pessoas das nações, que não têm lei [quer dizer, uma lei diretamente de Deus], fazem por natureza as coisas da lei, tais pessoas, embora não tenham lei, são uma lei para si mesmas. Elas . . . demonstra[m] que a matéria da lei está escrita nos seus corações, ao passo que a sua consciência lhes dá testemunho.”
3. (a) Como têm a maioria dos governos mostrado boas Intenções? (b) Mas o que diz a Bíblia sobre a verdadeira esperança quanto a segurança? (Mat. 6:10)
3 Este é o motivo pelo qual a maioria dos governos, em geral, começaram com boas intenções. Eles têm procurado servir em benefício do povo. Têm promulgado constituições contendo belos ideais e princípios. Contudo, não importa qual a medida de bom êxito que tiveram, os governos, em toda a parte, reconhecem hoje que a raça humana está longe de usufruir um mundo de segurança e paz. Por quê? A Palavra de Deus, a Bíblia, fornece a resposta, e, muito melhor, oferece a promessa de que as prazenteiras condições de um mundo unido serão realizadas com certeza, por meio do próprio reino de Deus, o seu governo para toda a humanidade.
Os Homens não Foram Criados Para Dominar Outros Homens
4. Por que não vemos hoje um mundo feliz? (Pro. 20:24)
4 Depois de milhares de anos de existência humana, por que não vemos o mundo pacífico, próspero e feliz, que as pessoas em toda a parte anseiam? Não somente a humildade, mas a realidade e a honestidade nos obrigam a admitir que isto se dá porque todos os homens são imperfeitos. A culpa não cabe apenas àqueles que governam, mas também aos governados. Este é o motivo pelo qual os esforços humanos, de transformar esta terra num lar prazenteiro para toda a humanidade, não chegam nem perto daquilo que Deus promete por meio de seu próprio governo. A Bíblia, na profecia de Jeremias, capítulo 10, versículo 23, diz sobre isso: “Não é do homem terreno o seu caminho. Não é do homem que anda o dirigir o seu passo.”
5. Que mudança de governo causou dificuldades a Israel?
5 Na própria Bíblia encontramos prova desta declaração, na história que ela apresenta a respeito do governo da antiga nação de Israel. Aquela nação possuía uma lei perfeita, dada pelo próprio Deus. (Rom. 7:12) No começo, tinha só a Deus como seu Rei invisível, sendo que profetas e juízes o representavam perante o povo. Mas o povo passou a querer um Rei humano, alguém que pudesse ver e que lhe desse prestígio aos olhos de outras nações. Deus esclareceu-lhes que isto lhes causaria muitos problemas, inclusive a perda de grande parte da liberdade. E veio a ser exatamente assim. (1 Sam. 8:9-18) Até mesmo um dos próprios reis de Israel, homem que seriamente estudou a vida e seus problemas, disse que ‘homem dominava homem para seu prejuízo’. — Ecl. 8:9.
6. Que governo intencionou Deus que os homens exercessem, e o que tem resultado de o homem ir além destes limites?
6 Por que vem a ser assim? A Bíblia mostra que isso se dá porque, no princípio, Deus não teve por propósito que os homens dominassem outros homens. No primeiro livro da Bíblia, Gênesis, capítulo um e Gê 1 versículo 28, Deus disse ao primeiro casal humano: “Sede fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra, e sujeitai-a, e tende em sujeição os peixes do mar, e as criaturas voadoras dos céus, e toda criatura vivente que se move na terra.” O homem devia exercer domínio apenas sobre a criação animal. Mas os homens foram além disso e passaram a dominar outros homens. Disso têm resultado fricções, violência e guerras, em que as partes em litígio lutam pelo predomínio.
7, 8. Como serve Israel de modelo para mostrar o resultado do governo do homem? (Miq. 7:2, 3)
7 A antiga nação de Israel serviu de modelo para ensinar à humanidade a lição de que o domínio do homem nunca pode trazer a espécie de vida que as pessoas em toda a parte procuram. Naquela nação, os governantes muitas vezes se saíam bem, por um tempo. Mas, com o passar do tempo e com o surgimento de dificuldades, esses governantes começaram a procurar outra fonte de sabedoria, e não Deus, desconsiderando a lei que ele lhes dera para resolver os seus problemas. Começaram a confiar na sua própria sabedoria e a escutar homens que apenas tinham sabedoria humana. Estes homens, amiúde, procuravam seus próprios fins egoístas, aconselhando erroneamente e desencaminhando o governante. Deixaram de trazer à atenção dele a situação assim como realmente era. Alguns, pelo desejo de granjear o favor dele ou por medo, tornaram-se homens inúteis, servis. Outros até mesmo conspiraram contra seu governante. — Veja 1 Reis 12:8-19.
8 Portanto, o domínio sobre outros homens mostrou ser pesado demais para qualquer homem ou grupo de homens, embora tais homens tivessem a lei perfeita de Deus. Os interesses do povo começaram a ser esquecidos. Alguns governantes honestos procuraram introduzir reformas gerais. Mas descobriram que só podiam retificar parcialmente a situação.
9. Que mudanças têm ocorrido no mundo, e como se aplica hoje Eclesiastes 1:15?
9 O que encontramos hoje em dia? As comunicações instantâneas e os transportes rápidos “encolheram” o tamanho do mundo, de modo que há interesses interligados e nenhuma nação pode ser uma entidade isolada, totalmente independente. O que acontece num lugar afeta as pessoas em outra parte. Os governos podem tomar algumas ações menores, para ajustar questões e melhorar um pouco as condições do povo. Mas tal ajuda mostra ser apenas superficial e temporária. Um dos governantes mais sábios que já viveu, o Rei Salomão, disse, conforme registrado em Eclesiastes 1:15: “Aquilo que foi feito torto não pode ser endireitado, e aquilo que é carente é que não se pode contar.” É verdade que há um emaranhado tão grande de problemas, de facções e interesses conflitantes, e de fatores desconhecidos, que nenhum instrumento humano, não importa quão sincero, pode endireitar as complicações do mundo.
Requisitos Para um Governante Mundial
10. O que se requer para haver um governo inteiramente bom? (Pro. 29:2)
10 Então, que esperança há de se ver um governo realmente justo e inteiramente bom? O que exigiria isso? Em primeiro lugar, o governante teria de ter autoridade absoluta, sem estar obrigado a reconciliar opiniões conflitantes dum grupo de homens imperfeitos. Precisaria duma lei perfeita para seguir, uma lei justa e eqüitativa em todos os sentidos. Seriam necessários sabedoria e amor, a fim de se seguir e aplicar a lei em beneficio de todos. Qual é o homem, hoje, que poderia satisfazer tais requisitos?
11. Que conhecimento e interesse precisaria ter o governante bem sucedido?
11 O governante bem sucedido também necessitaria de conhecimento total de todos os pormenores, não só de natureza humana, junto com todas as situações e problemas do povo, mas também de toda a nação. Por quê? Porque alguns dos maiores e mais vexantes problemas atuais envolvem a produção de alimentos, a poluição e a ecologia da terra. O bom governante teria de preocupar-se com cada pessoa e estar interessado no bem-estar pessoal de cada um.
12. Por que é tão importante que o governante conheça a mente e o coração do povo? (Pro. 3:3, 4)
12 Além disso, para que sua administração fosse uma de felicidade, realização e produtividade, o governante teria de saber o que há na mente e no coração das pessoas, porque teria de atingir o coração delas, a fim de obter sua plena cooperação. Porque os interesses individuais também se tornam interesses comunitários, e um governo não pode dar contentamento e felicidade, a menos que as pessoas, como um todo, atuem em harmonia. (Pro. 14:28) Para que o Estado tenha paz, precisa haver condições de paz e união entre as pessoas individuais. Não é evidente que nenhum homem possui todo o conhecimento e toda a capacidade necessários para realizar isso?
13. (a) Quem somente pode produzir um governo desejável, e por quê? (Sal. 127:1) (b) O que mostra que Deus se importa com cada um da humanidade e se interessa nele? (Mat. 6:26)
13 Deveras, pois, apenas alguém Todo-poderoso, a saber, o Criador, Jeová Deus, pode produzir o governo de que a humanidade necessita. Quanto ao conhecimento de Deus a respeito da constituição humana, o salmista escreveu no Salmo 139:3, 4, 16: “Familiarizaste-te até mesmo com todos os meus caminhos. Pois não há palavra na minha língua, mas eis que tu, ó Jeová, já sabes de tudo. Teus olhos viram até mesmo meu embrião, e todas as suas partes estavam assentadas por escrito no teu livro, referente aos dias em que foram formadas, e ainda não havia nem sequer uma entre elas.” Somente o Criador sabe o que há na mente e no coração dos homens. “Quanto a Jeová, ele vê o que o coração é.” (1 Sam. 16:7) Deus preocupa-se e interessa-se em cada um de nós. “Os olhos de Jeová estão em todo lugar, vigiando os maus e os bons”, diz o provérbio inspirado. (Pro. 15:3) Exatamente quanto ele se importa com as pessoas? Jesus Cristo disse: “Não se vendem dois pardais por uma moeda de pequeno valor? Contudo, nem mesmo um deles cairá ao chão sem o conhecimento de vosso Pai. Porém, os próprios cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Portanto, não temais; vós valeis mais do que muitos pardais.” — Mat. 10:29-31.
14. De que maneira mostra Deus interesse nos assuntos da terra? (Atos 17:26, 27)
14 Alguém poderá dizer, porém: ‘Mas de que modo poderia Deus, que administra o imenso universo, do qual a terra é apenas um pontinho, estar bastante perto e interessado para corrigir todos os problemas e trazer as coisas de que cada humano precisa?’ A resposta é: Ele pode fazer isso por meio do Reino subordinado ao seu Messias, Jesus Cristo. Como? A Bíblia ajuda-nos a entender isso.
15. (a) No começo, de que maneira governava Deus? (b) Por que meios restabelecerá Deus o governo correto sobre a humanidade? (Dan. 4:17)
15 No começo, Deus era o Governante direto da humanidade. Adão adorava a Deus numa relação entre Pai e filho. (Luc. 3:38) Adão não precisava de nenhum templo situado na terra, para adorar a Deus. Tampouco precisava dum intermediário por meio do qual pudesse chegar-se a Deus. Como filho de Deus, tinha intimidade com Ele, pelo visto, recebendo diariamente uma comunicação. (Gên. 3:8) Mas este homem se rebelou e se tornou impuro e impróprio para continuar como membro da família de Deus, e ele foi expulso do seu lar-jardim, como rebelde. Isto fez com que a humanidade ficasse alheada de Deus. No entanto, Deus não estava limitado nos seus recursos para corrigir isso. Ele escolheu estabelecer o arranjo especial dum Reino, a fim de agir por ele. Este reino restabeleceria suas relações com a humanidade e a traria novamente de volta à órbita correta no Seu governo universal, assim como no princípio.
O Reino de Deus — Por Que Demorou Tanto?
16. (a) Que perguntas estão envolvidas em o Reino ter demorado muito tempo em vir? (b) Por que não impõe Deus o seu reino por meio dum golpe de estado relâmpago? (2 Ped. 3:9)
16 Pergunta algum de nós com impaciência: ‘Mas, por que levou o propósito de Deus tanto tempo para se desenvolver?’ Em resposta, precisamos fazer perguntas relacionadas: Quanto tempo levaria para estabelecer um governo, que dominasse a terra em justiça e plena eqüidade? Quanto tempo levaria para escolher e instruir os governantes de tal governo? Além disso, como se poderia identificar este reino como governo de justiça da parte de Deus? Como poderiam os homens receber evidência suficiente para ter fé em tal governo — para ver que é benéfico em toda a sua estrutura e nos seus princípios — algo a que estariam dispostos a confiar a sua vida? A Bíblia mostra que Deus não impõe subitamente seu reino às pessoas, pelo uso dum poder devastador, como que num golpe de estado relâmpago. Antes, Deus tem consideração para com os sentimentos e direitos daqueles que ele governa, e, assim, primeiro os educa nos Seus caminhos, aumentando-lhes a confiança no Seu governo justo.
17. Em harmonia com Gênesis 3:15, por que não se pode dizer que Deus está ocioso?
17 Este é o motivo pelo qual a introdução do reino de Deus leva tempo. Em vez de estar ocioso ou simplesmente estar esperando, conforme alguns supõem que faz, Jeová Deus tem feito avanços progressivos em direção ao estabelecimento completo deste reino, já desde que a humanidade se rebelou lá no começo. (Gên. 3:15) Ele está chegando agora ao fim destes preparativos progressivos. Considere os seguintes fatos:
18. Por que está envolvida a passagem de muito tempo para Deus trazer a paz?
18 Jeová prometeu que governará a terra inteira, trazendo paz e união. Mas, ele não vai simplesmente governar pela força. Seu propósito é esclarecer e educar as pessoas, a fim de que o conheçam e se sujeitem voluntariamente à sua administração. Com este objetivo, requer tempo para estabelecer uma base para todo um mundo da humanidade, a qual viverá sob o governo do seu Reino. Deus fornece graciosamente o conhecimento das normas e dos princípios de sua administração justa e como funciona. — João 17:3.
19. De que modo se revelou o Deus invisível aos homens? (Sal. 145:3-5)
19 Mas, Jeová é um Deus invisível. (1 Tim. 1:17) Portanto, como poderia ele fazer homens de carne e sangue entender? Não pela mera demonstração de poder, falando com tons atemorizantes desde o céu. Não, Deus tomaria o tempo para revelar seus princípios e suas qualidades por ter tratos com as pessoas. Quanto mais instrutivo, convincente e comovente é não só ouvir e ler as declarações de Deus, mas, além disso, ver no registro histórico da Bíblia a prova de que aquilo que diz ele também executa em justiça e juízo.
O Lançamento dum Sólido Alicerce
20. (a) Jeová nos tem dado o benefício de que coisas necessárias? (b) Depois de milhares de anos de governo do homem, o que ficou comprovado, de modo claro?
20 Assim, ao lançar o alicerce para seu governo da terra, Jeová primeiro nos forneceu o benefício das seguintes coisas necessárias: (1) uma base firme para termos fé na administração que ele proveria, (2) conhecimento dos princípios de seu governo, (3) uma demonstração de suas qualidades como Governante universal e (4) uma segura e inconfundível identificação do Messias, Aquele que seria o Libertador e Rei da humanidade, governando em nome de Jeová. (Gál. 3:24) Ao mesmo tempo, a comparação com o governo do homem e seus resultados, durante milhares de anos, prova claramente a superioridade, o merecimento e a justeza do governo de Deus.
21. No lançamento do alicerce. para que fim usou Deus a Israel?
21 Que meios usou Deus para lançar tal alicerce? Primeiro, ele escolheu um povo, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó — a nação do antigo Israel. Jeová revelou-se nas suas maravilhosas qualidades de justiça e sabedoria, quando castigou Israel pelos seus pecados. (Rom. 10:21) Mas ele demonstrava também suas qualidades de amor, misericórdia e longanimidade para com eles, sempre que se arrependiam.
22. (a) O que realizou Jeová por lidar de perto com Israel? (b) Como seriam beneficiadas assim até mesmo nações opositoras?
22 A história bíblica nos diz que Deus lidou exclusivamente com a nação de Israel durante séculos. Esta possuía sua lei; tinha os princípios da verdadeira adoração de Jeová. Pelos seus tratos íntimos com Israel, ele o mantinha unido e preservava Sua verdade na terra, ao passo que as outras nações seguiam seus próprios caminhos, adotando toda espécie de crenças falsas e superstições. Deus forneceu também uma demonstração viva dos princípios corretos de seu governo e lançou um alicerce para o aparecimento do Rei daquele governo, a saber, o Messias. Durante esse tempo, Ele não lidou com as outras nações, a menos que elas, de algum modo, tocassem nos assuntos de seu povo escolhido. Muitas destas nações se opunham amargamente à adoração de Deus e à nação israelita. Não se davam conta de que Deus operava por meio de Israel para o próprio bem-estar derradeiro delas e que, no tempo devido, também passaria a lidar com elas.
23. Como provou a vinda do Messias que Deus não desperdiçara o tempo?
23 Depois veio o Messias, aquele a quem Deus usaria para chefiar o governo do Reino. Esse não apareceu por conta própria na terra, ou como que ‘do nada’, proclamando-se Messias. Não; antes, o Filho de Deus tinha as credenciais inconfundíveis das Escrituras Hebraicas para identificá-lo claramente como aquele que havia de vir qual grande Profeta de Jeová e qual Rei. Visto que exigia fé por parte dos homens, era necessário prover essas credenciais, baseadas nos tratos de Deus com os homens, desde a primeira profecia no Éden e no decorrer de 1.500 anos da história israelita. Portanto, Deus não havia desperdiçado o tempo. A vida terrestre de Jesus provou que ele era de Deus. Sua ressurreição provou que ele foi elevado ao poder nos céus, a fim de assumir a autoridade do Reino no tempo devido.
24. Por que levou muito tempo para escolher os reis associados com Cristo?
24 Mas, Deus intencionava ter mais de uma pessoa como governante no Reino. Cristo teria pleno e completo poder, mas a Bíblia mostra, conforme declarado em Revelação 14:1-3, que Deus intencionou que houvesse mais 144.000 com Cristo, como reis e administradores associados. Assim como qualquer governante, antes de assumir o cargo, se preocupa com aqueles que estarão associados com ele no governo, Jesus foi criterioso em escolher seus apóstolos, aqueles que se tornariam alicerces do novo governo. Usando estes homens, fez com que o reino de Deus fosse pregado em todo o Israel, e, mais tarde, após a sua morte e ressurreição, a todas as nações. No longo período de tempo até agora, Deus tem escolhido as 144.000 pessoas que serão reis associados. Estas têm de satisfazer as mais elevadas qualificações, conforme diz Revelação 14:4, 5: “Estes são os que estão seguindo o Cordeiro [Jesus Cristo] para onde quer que ele vá. Estes foram comprados dentre a humanidade como primícias para Deus e para o Cordeiro, e não se achou falsidade na sua boca; não têm mácula.”
25. (a) O que vemos em resultado da paciência de Deus? (b) Que benefícios são usufruídos por milhões de pessoas da “grande multidão”?
25 O que vemos em resultado disso? Observamos hoje que as boas novas do Reino estão sendo proclamadas virtualmente em cada canto da terra, e vemos muito mais de 144.000 pessoas, de fato, mais de dois milhões de pessoas, ajuntadas em paz e união, na verdadeira adoração de Deus. Estão proclamando as “boas novas” a mais outros. Onde se enquadram no propósito de Deus? A Bíblia nos diz que são uma “grande multidão” de pessoas que sobreviverão ao esmagamento dos governos da terra, pela “pedra” do Reino mencionada por Daniel, as quais se tornarão o alicerce da “nova terra”. (Dan. 2:34, 35, 44) Serão os primeiros a usufruir o governo do Reino sobre a terra, e estarão presentes, durante o reino milenar de Cristo, para acolher os milhões de mortos que voltarão pela ressurreição, ajudando-os a aprender e a praticar a verdadeira adoração de Deus. — Rev. 7:9-17.
26. De que proveito e para nos o resumo precedente quanto à fé? (Judas 20, 21)
26 Até mesmo já este breve resumo dos preparativos progressivos de Deus para o governo justo da terra demonstra que Deus não ficou ocioso, deixando passar o tempo, mas que estabeleceu seu governo em alicerces seguros e proveu evidência suficiente, para que os homens possam identificar este governo e ter fé nele. Mas isto se torna ainda mais claro quando examinamos a Bíblia mais plenamente. Quais são os benefícios que motivam as pessoas a se tornarem súditos voluntários deste governo, do reino de Deus sob Jesus Cristo?
A Lei do Reino
27. Que perguntas surgem a respeito da lei do Reino?
27 Igual a todos os governos, o reino celestial funciona segundo a lei. Todavia, a lei daquele reino é bem diferente das leis opressivas vigentes em muitos dos reinos constituídos pelos homens, no decorrer da história. Os desinformados talvez temam que a lei do Reino seja restritiva, que os prive de certas liberdades. Mas, será que a legislação do Reino privará os seus súditos da alegria de viver? Será que lhes imporá restrições penosas, ou, antes, encontrarão genuína felicidade em sujeitar-se ao seu governo?
28. (a) Como mostrou Jesus que esta é uma lei de amor? (b) Que mandamentos deu Jesus ao Povo de Deus, e do eles restritivos?
28 Quando o Rei, Cristo Jesus, esteve aqui na terra, ele demonstrou pelas suas palavras e pelas suas ações que a lei do Reino seria uma lei de amor. Ele provou que possuía em medida plena e perfeita as qualidades necessárias para que se lhe confiasse autoridade total. Jesus tornou claro que foi porque “Deus amou tanto o mundo” da humanidade, que ele enviou “seu Filho unigênito” a esta terra. (João 3:16) E Jesus, falando de seu próprio sacrifício a favor da humanidade, disse: “Ninguém tem maior amor do que este, que alguém entregue a sua alma a favor de seus amigos.” (João 15:13) Incentivou seus discípulos a cultivarem a mesma qualidade de amor abnegado. (João 13:34, 35) Jesus disse a um indagador: “‘Tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua mente.’ Este é o maior e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: ‘Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo.’ Destes dois mandamentos dependem toda a Lei.” (Mat. 22:37-40) São restritivos estes mandamentos? Eles certamente poderiam restringir o povo de Deus apenas de causar dano ou sofrer dano da parte de outros. Quão animadores são os benefícios a serem obtidos pela obediência a esta lei do Reino!
29. Em contraste com as nações, por que o Reino não provê um código de leis, com muitas regras? (Veja Romanos 6:14.)
29 Este espírito de amor abnegado já prevalece entre os verdadeiros cristãos, assinalando-os como discípulos de Jesus. Torna desnecessário um código de leis, com uma longa lista de regras para mantê-los na linha. A lei do amor é edificante e benéfica. Contraste isso com os milhares de disposições restritivas nos códigos civis e penais das nações, muitas das quais são usadas para policiar cidadãos relutantes. Estes suscitam a pergunta, tal como a destacada na capa da revista Newsweek, no ano passado: Há “Lei Demais?”
Demonstração dos Frutos do Espírito
30. (a) Por que são os verdadeiros cristãos descritos como cidadãos ‘que mais acatam a lei’? (b) O que mostra Miquéias quanto aos requisitos de Jeová?
30 As Testemunhas de Jeová já fazem hoje esforços diligentes para aplicar a lei do amor do melhor modo possível, na sua imperfeição. Isto não significa que deixam de obedecer às leis das nações em que vivem. De modo algum! De fato, em muitos lugares foram descritas como sendo os cidadãos ‘que mais acatam a lei’. E por que se dá isso? Porque a lei do Reino, a lei do amor, está escrita no seu coração. Por causa da consciência, respeitam e obedecem às “autoridades superiores” das nações e suas leis, mas dão a sua lealdade máxima à autoridade suprema de Jeová Deus e seu reino por Cristo Jesus. Não, o reino de Deus não os sobrecarrega com regras e restrições opressivas, porque o profeta Miquéias escreveu com apreço a respeito do Soberano Senhor Jeová: “Ele te informou, ó homem terreno, sobre o que é bom. E o que é que Jeová pede de volta de ti senão que exerças a justiça, e ames a benignidade, e andes modestamente com o teu Deus?” — Miq. 1:2; 6:8.
31. (a) Por que não precisavam os patriarcas dum código escrito de leis? (b) Será sua situação diferente na ressurreição?
31 Estas palavras nos fazem lembrar os homens fiéis que ‘andavam com o verdadeiro Deus’, na antiguidade: Abel, Enoque e Noé. (Heb. 11:4-7; Gên. 4:4; 5:22; 6:9) O capítulo onze de Hebreus mostra que agradaram bem a Deus pela sua fé. Mais tarde, os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó tinham leis sobre a santidade do sangue e sobre a circuncisão. (Gên. 9:4; 17:9-14) Mas, foi a sua fé manifestada pela obediência às ordens de Deus que demonstrou que eram merecedores dum lugar como súditos do Reino. (Gên. 18:18, 19) O apóstolo Paulo nos diz: “Pela fé Abraão . . . obedeceu . . . e morava em tendas com Isaque e Jacó herdeiros com ele da mesmíssima promessa. Pois aguardava a cidade que tem verdadeiros alicerces, cujo construtor e criador é Deus.” (Heb. 11:8-10) Assim como tampouco precisavam quando da primeira vez viviam nesta terra, há mais de 3.500 anos, estes patriarcas não necessitarão duma série de leis restritivas para provar sua fé, quando forem ressuscitados para servir como “príncipes” numa terra paradísica. — Sal. 45:16.
32. De que maneiras é o governo de Deus mais benéfico do que o governo do homem?
32 Em vista de tudo isso podemos reconhecer uma diferença fundamental entre o governo de Deus e o governo do homem. O governo do reino de Deus baseia-se num apelo moral, e aqueles que o acatam obedecem a este governo por amor a Deus e ao próximo. Este é um governo unificador. Funciona realmente entre aqueles que dão a sua lealdade a este reino celestial. É benéfico. Pode ver isso na harmonia amorosa tão evidente nas assembléias das testemunhas cristãs de Jeová. Por outro lado, o governo do homem baseia-se em códigos de leis restritivas, que em si mesmos podem conter coisa boa, mas aos quais muitas vezes não se obedece por amor, porém, com relutância ou por medo da punição. Muitos violam a lei sempre que se ‘podem safar com isso’, e nos últimos anos tais infratores incluíam às vezes altas autoridades governamentais — as mesmas que deviam ser os primeiros a obedecer às leis.
33. Como observou o mundo os benefícios derivados da obediência à lei do reino de Deus pelo povo de Deus? Cite exemplos.
33 As pessoas do mundo amiúde ficaram muito impressionadas pelos benefícios usufruídos pelas Testemunhas de Jeová por obedecerem à lei do reino de Deus. Por exemplo, um artigo publicado no jornal Register, de Des Moines, Iowa (E. U. A.), descrevendo a Assembléia “Serviço Sagrado” das Testemunhas de Jeová naquela cidade, em meados de 1976, disse o seguinte:
“Um observador, condicionado por toda uma vida de comentários negativos sobre [as Testemunhas de Jeová], assistiu à recente assembléia de umas 8.000 Testemunhas no anteriormente inacessível Auditório dos Veteranos.
“Ficou impressionado com acontecimentos tais como os seguintes:
“ ● A total igualdade racial e o profundo senso de comunhão entre pessoas de todos os níveis sociais.
“ ● A amizade e cordialidade das Testemunhas, as quais, embora convencidas de que possuem a verdade e a única verdade, procuram amorosamente convencer, em vez de condenar.
“ ● A eficiência e organização do empreendimento, com uns 2.200 voluntários apresentando-se para tarefas tais como desde a limpeza total do prédio até cozinhar as refeições. . . . Uma frase favorita é: ‘Sempre procuramos deixar o prédio em melhor condição do que o encontramos.’
“ ● A presença de centenas de crianças, de todas as idades, sentadas quietas durante as longuíssimas sessões, enquanto os pais — com Bíblias e cadernos na mão — absorvem os . . . discursos.”
34. Por que gozam as Testemunhas de Jeová de notável união, e isso é antegosto de quê?
34 Esta notável união, observada apenas entre as Testemunhas de Jeová, hoje, em toda a terra, é um dos benefícios notáveis que usufruem por darem sua lealdade primeiro ao reino de Deus e por seguirem sua lei de amor. Isto é um antegosto da harmonia e do amor que florescerão em todo o mundo da humanidade sob o governo do reino celestial.
35. Como passará toda a criação a depender diretamente do governo soberano de Jeová? (Rev. 4:11)
35 Quando este reino messiânico, milenar, tiver alcançado seu objetivo de soerguer a humanidade à perfeição, num paraíso global, então se cumprirão as seguintes palavras a respeito de Cristo: “A seguir, o fim, quando ele entregar o reino ao seu Deus e Pai . . . para que Deus seja todas as coisas para com todos.” (1 Cor. 15:24-28) Para que continue a existir, toda a criação dependerá então da obediência ao Governo Soberano do Rei da eternidade.
Usufruto Atual dos Benefícios do Reino
36. Como foi demonstrado o poder do reino de Deus, de unir pessoas em amor? (Rom. 13:10)
36 Mesmo já agora, antes do seu governo milenar sobre a terra, o reino celestial provê inúmeros benefícios para seus apoiadores leais, os quais reconhecem Jesus como seu Rei. Não mais estão divididos por orgulho ou ódio nacionalista. Hostilidades tribais e preconceitos raciais são coisas do passado. Exatamente como a lei do Reino funciona é ilustrado por aquilo que aconteceu em duas aldeias mexicanas. Há alguns anos, os moradores das aldeias andavam armados de pistolas e fuzis, para usá-los nas suas hostilidades, e houve freqüentes matanças. A polícia não podia fazer nada a respeito. Daí, uma família aceitou um estudo bíblico com um ministro visitante das Testemunhas de Jeová. Com o tempo, praticamente todos na aldeia começaram a estudar e a aceitar as verdades bíblicas. As atitudes hostis foram logo substituídas por amigáveis. Os moradores da aldeia venderam suas armas e usaram o dinheiro para comprar Bíblias. Ficaram assim amorosamente unidos sob o reino de Deus.
37. Especialmente neste século, como se demonstraram os benefícios da união cristã?
37 A verdadeira união cristã e seus benefícios destacam-se quando as nações da terra ficam envolvidas em guerra fratricida. Nos conflitos abençoados pelos clérigos, neste século vinte, muitas vezes católico matou católico, protestante a protestante, e budista a outro budista. Mas isto não tem acontecido entre as Testemunhas de Jeová. Sua união tem sido real e tem atestado a realidade de o reino de Deus ser o único governo que pode juntar os povos de todas as nações e raças numa unidade harmoniosa. — Isa. 2:2-4.
38. Que benefício tem trazido o Reino aos ex-escravos de Babilônia, a Grande?
38 O Reino também tem liberto multidões de pessoas sinceras da escravidão à religião babilônica e seus ensinos. Com religião babilônica referimo-nos a todas as religiões da terra, que têm sua origem nas doutrinas e formalismos da antiga Babilônia, berço de toda religião falsa. De Babilônia provieram os mistérios e superstições que caraterizam a maioria das atuais religiões sectárias, inclusive a da cristandade apóstata. Mas agora, “Babilônia, a Grande”, o hodierno império mundial da religião falsa, enfrenta a destruição. Deus ordena aos que o amam: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas.” (Rev. 18:2, 4) O reino celestial nos beneficia por ajudar-nos a abandonar a religião falsa antes de Deus executar o julgamento em todo o sistema babilônico.
39. Que alvo advogou Jesus para os cristãos, e como ficaremos livres do materialismo por seguirmos seu conselho?
39 O Reino nos ajuda também a manter-nos livres do laço do materialismo. Como faz isso? Jesus, no seu famoso Sermão do Monte, referiu-se às “coisas pelas quais se empenhavam avidamente as nações”. Ele disse que as questões que constantemente lhes ocupam a mente são: “‘Que havemos de comer?’ ou: ‘Que havemos de beber?’ ou: ‘Que havemos de vestir?’” Mas, são estas as coisas todo-importantes? Não, porque Jesus acrescentou: “Persisti . . . em buscar primeiro o reino e a Sua justiça [a de Deus], e todas estas outras coisas vos serão acrescentadas.” (Mat. 6:31-33) Portanto, se tomarmos por alvo persistir em buscar o Reino — informando-nos sobre ele, dando-lhe nossa lealdade e servindo os seus interesses — o Pai celestial cuidará de que sejamos supridos das nossas necessidades materiais. — 1 Tim. 6:6-8.
40. Que proteção provê o ensino do Reino com respeito à moral e à saúde?
40 A proteção moral e física são outros benefícios que o Reino nos pode dar. Aqueles que vivem segundo as “boas novas” têm o cuidado de se manterem moralmente puros. Do contrário, não poderiam ‘herdar o reino de Deus’. (1 Cor. 6:9-11) Ficam assim protegidos contra a dissipação e as temíveis doenças venéreas que acompanham a vida promíscua, e evitam as mágoas e as dores de consciência que resultam da violação da lei de Deus. Seguindo a ordem apostólica de ‘se absterem do sangue’, mantêm uma boa consciência para com o Grande Dador da vida, e não contraem hepatite e outras doenças, tantas vezes transmitidas pelo sangue transfundido. — Atos 15:20, 28, 29.
41. De que ajuda prática é a operação dos princípios do Reino na vida familiar?
41 Por deixarem os princípios do Reino operar na sua vida familiar, os servos de Jeová são poupados às tristezas que acompanham o rompimento da família, neste mundo moderno. A Bíblia exorta a família a permanecer unida, a ter comunicação entre si, a usufruir a vida como família e a servir a Deus como família (Col. 3:14, 18-21) Mostra-lhes de maneira prática exatamente como podem fazer isso. Ao passo que, só nos Estados Unidos, se registrava em 1976 o recorde de um milhão de divórcios, e ao passo que a delinqüência juvenil e outros problemas familiares estavam aumentando vertiginosamente, as famílias das Testemunhas de Jeová, de modo geral, ficaram livres destes problemas. E por quê? Porque aplicam a lei do Reino na sua vida.
42. Cite exemplos para mostrar como a mensagem do Reino ajuda com os problemas da vida.
42 Os novos que chegam a conhecer as verdades do Reino muitas vezes têm sido beneficiados também por acharem a orientação correta para resolverem os problemas da vida. Uma pessoa que obteve um divórcio antes de saber do reino de Deus, e que depois teve de enfrentar a tarefa difícil de criar dois meninos no mundo cruel, escreveu o seguinte sobre como a mensagem do Reino a beneficiou:
“Quero apenas que saibam quão grata sou por estar na congregação de Jeová. Eu só gostaria de que outras divorciadas no mundo chegassem a conhecer a Jeová e a saber que há alguém que lhes retribui o amor mil vezes mais, que lhes dá um motivo para querer continuar a viver. Em nenhuma outra parte do mundo pode se encontrar um povo tão amoroso como no Salão do Reino das Testemunhas de Jeová. E quanto à irmã que veio à minha porta há sete anos, agradeço a Jeová cada dia que a orientou nisso, que permita a continuação da obra de pregação e que não tenha trazido já mais cedo a grande tribulação. Como se agradece a alguém por salvar-lhe a vida?”
União no Reino
43. Como pode a união como família ou como congregação trazer benefícios?
43 Manter-se unidos como família e como congregação cristã pode trazer benefícios de muitas maneiras. Lá nos dias antes do dilúvio, será que Noé trabalhou todo sozinho? Não, tratava-se dum projeto familiar. Trabalharam juntos como família, sobreviveram como família e agradeceram a Jeová como família. (Gên. 8:18, 20) Quando Moisés partiu as águas do Mar Vermelho, passou por ele sozinho, depois disso? Não, toda a congregação de Israel o acompanhou, e foi como congregação que passaram sob a proteção de Jeová. (Êxo. 14:29-31) Benefícios similares podem ser usufruídos hoje, ao passo que as famílias e as congregações se mantêm unidas na associação amorosa incentivada pela Palavra de Deus. — Veja Atos 2:46, 47.
44. Que benefícios especiais podemos usufruir por continuarmos reunidos em tempo de crise?
44 Em tempos de crise ou perseguição, tal união traz benefícios especiais. Veja este exemplo: Durante a guerra civil no Líbano, as Testemunhas de Jeová, naquele país, mantiveram-se unidas, e tiveram experiências notáveis. Durante uma assembléia de distrito, 117 Testemunhas reuniram-se num lar particular. Logo depois de a última irmã ter entrado, um foguete explodiu bem diante da porta. Mas todos estavam a salvo. Durante a reunião, foguetes e obuses de morteiro caíram em volta deles como chuva, derrubando postes de iluminação e crivando os prédios vizinhos de estilhaços de granadas, mas nada atingiu o apartamento onde estavam reunidos. Em outra ocasião, os lares de duas famílias de Testemunhas de Jeová estavam num bairro que sofria bombardeio. Debateram se deviam arriscar-se para ir à reunião, mas decidiram ‘não deixar de se ajuntar’. (Heb. 10:25) Quando voltaram para casa, encontraram-na completamente destruída por uma bomba, e a outra casa havia sido tão crivada de estilhaços, que ninguém poderia ter sobrevivido nela. Perderam todos os seus bens, mas — o que era mais importante — continuaram vivos!
45. Que benefícios derivamos da associação agora e durante a “grande tribulação”?
45 Significa isso que as Testemunhas de Jeová terão sempre proteção física, em todas as circunstâncias? Não necessariamente. Pelo menos duas Testemunhas de Jeová foram mortas por franco-atiradores, no Líbano, e houve ocasiões, também, em que morreram em desastres tais como terremotos. Mas, em geral, sua confiança, com oração, em Jeová, sua união como congregação e sua calma sob pressão resultaram em benefício para elas. (Fil. 4:5-7) Isto muitas vezes tem provido um antegosto da proteção que Deus promete ao seu povo durante a “grande tribulação”, quando o Reino entrar em ação para destruir as nações opositoras — Mat. 24:21, 22; Dan. 2:44.
46. Que proteção pode o povo congregado de Deus esperar quando Jeová executar o julgamento, e por quê? (Sof. 2:3; 3:8)
46 Não sabemos ainda como o Reino realizará este milagre de proteção. Mas os profetas de Deus asseguram ao povo obediente dele que sua completa confiança em Jeová será para o seu eterno beneficio Assim, por meio de seu profeta Isaías, Jeová faz o convite: “Vai, povo meu, entra nos teus quartos interiores e fecha as tuas portas atrás de ti. Esconde-te por um instante, até que passe a verberação Pois, eis que Jeová está saindo do seu lugar para ajustar contas pelo erro do habitante da terra contra ele, e a terra certamente exporá seu derramamento de sangue e não mais encobrirá os seus que foram mortos.” (Isa. 26:20, 21) Os justos julgamentos de Jeová serão executados com certeza, e a sua salvação é certa. — Sal 119:155, 156.
Duradouros Benefícios do Reino
47. Em harmonia com Isaías 48:17, que benefícios prometidos usufrui agora o povo de Deus?
47 Agora, uma “grande multidão” de pessoas reconhece a Jesus Cristo como seu Rei. Ele lhes tem mostrado como levar uma vida limpa e como ser trabalhadores jubilosos, nos interesses do reino de seu Pai. Ele os tem levado a uma preciosíssima relação com o seu Pai, o qual lhes diz: “Eu, Jeová, sou teu Deus, Aquele que te ensina a tirar proveito, Aquele que te faz pisar no caminho em que deves andar.” (Isa. 48:17) Jeová mostra ao seu povo, por meio de sua Palavra profética, como eles podem andar em segurança durante estes dias, logo antes da “grande tribulação”.
48. (a) Que necessidade urgente há hoje para todos os do povo de Deus? (b) Que advertência de Jesus devemos agora tomar a peito, e por quê?
48 Há necessidade urgente para todos os que buscam a Deus fugirem do atual iníquo “sistema de coisas” e de ficarem fora dele! Embora ainda não possamos sair fisicamente dele, podemos mostrar nossa separação por evitar o seu modo egoísta e materialista de vida. Isto é vital para a nossa sobrevivência. Concluindo sua grande profecia, Jesus adverte-nos, segundo a narrativa de Lucas: “Prestai atenção a vós mesmos, para que os vossos corações nunca fiquem sobrecarregados com o excesso no comer, e com a imoderação no beber, e com as ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vós instantaneamente como um laço. Pois virá sobre todos os que moram na face de toda a terra. Portanto, mantende-vos despertos, fazendo todo o tempo súplica para que sejais bem sucedidos em escapar de todas estas coisas que estão destinadas a ocorrer, e em ficar em pé diante do Filho do homem.” — Luc. 21:34-36.
49. Que força acrescentam as narrativas de Marcos e de Mateus à advertência de Jesus?
49 O relato de Marcos, sobre a profecia de Jesus, acrescenta as seguintes palavras concludentes: “Mantende-vos vigilantes, . . . a fim de que, ao chegar ele repentinamente, não vos ache dormindo. Mas, o que eu vos digo, digo a todos: Mantende-vos vigilantes.” (Mar. 13:35-37) E o relato de Mateus acrescenta: “Mostrai-vos prontos, porque o Filho do homem vem numa hora em que não pensais.” — Mat. 24:44.
50. Por que devemos ‘levantar a cabeça’, mesmo em tempos temíveis?
50 O “Filho do homem”, Cristo Jesus, diz que, num tempo em que as nações estão em grande temor e angústia, verão o Filho do homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ele nos diz: “Quando estas coisas principiarem a ocorrer, erguei-vos e levantai as vossas cabeças, porque o vosso livramento está-se aproximando.” (Luc. 21:28) Sim, o livramento pelo reino de Deus, das garras do iníquo “sistema de coisas”! O livramento pelo reino de Deus para uma terra paradísica — em que o Reino derramará bênçãos sobre a humanidade, por mil anos! E o efeito destas bênçãos do Reino durará por toda a eternidade.
51. Que relação original entre Deus e o homem há de ser restabelecida?
51 Mas a Bíblia declara que é do propósito de Deus restabelecer seu governo original, direto, sobre a humanidade. Ela mostra que a “pedra” do Reino, mencionada por Daniel, foi ‘cortada’ do “monte” da soberania de Deus, com o fim expresso de vindicar a Sua soberania universal e restabelecer esta relação íntima, original, sobre a terra. Então, como se dará isso? Como virão todos os homens a ser novamente como Adão — filhos de Deus, com acesso direto a ele?
52. Que perspectivas se apresentam ao povo de Deus, conforme indicado por 1 Coríntios 15:24-28?
52 A Palavra de Deus, em 1 Coríntios 15:24-28, revela que, quando o Reino tiver vindicado a soberania de Deus sobre a terra e todo o universo, como justa e eqüitativa, Cristo entregará o Reino de volta a Jeová, a fim de que “Deus seja todas as coisas para com todos”. Jeová reservará enato outro serviço para Jesus e seus 144.000 associados. Os que estiverem na terra, depois de passarem pela prova decisiva de sua lealdade à Soberania Universal de Jeová, honrarão para sempre a Jesus, como agente principal de Deus no restabelecimento da terra no seu devido lagar no universo, servindo a Jeová em adoração pura e limpa. — Rev. 20:7-15.
53. (a) O que temos de concluir quanto aos benefícios que o reino de Deus proverá? (b) Que posição somos incentivados a tomar, e com que perspectiva gloriosa em vista?
53 Em vista de todas estas grandiosas realizações, poderia alguma coisa trazer-lhe maior benéfico do que o reino de Deus? Certamente, tem todos os motivos para agradecer a Jeová sua mui amorosa provisão. Tome agora posição firme e leal do lado do reino de Deus por Jesus Cristo, e usufrua seus benefícios por toda a eternidade!
[Foto na página 17]
No Japão, na Alemanha, na Nigéria — de fato, em toda a terra — proclama-se o reino de Deus.
[Foto na página 21]
Além dos atuais benefícios do Reino, há a esperança duma vida tranqüila na nova ordem de Deus.