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Adaptado à Tecnologia Moderna
Depois que Martinho Lutero condenou a venda de indulgências (a isenção de certas formas de punição pelo pecado), a Igreja Católica Romana proscreveu tal prática em 1562. Mas, Pedro Albellan, autoridade eclesiástica do Vaticano, salientou recentemente que o ensino da concessão de indulgências permanece “irrenunciável e imutável”. Certo manual revisado da Igreja Católica que trata de indulgências indica que o Vaticano tem adaptado esta antiga crença à tecnologia moderna. Segundo o jornal The Times de Londres, os bispos podem agora “conceder total indulgência aos seus fiéis pelo rádio ou pela televisão três vezes por ano, quando proferem uma bênção em nome do papa”. Todavia, há uma restrição. “Tem de ser uma transmissão ao vivo”, afirma Luigi De Magistris, da Sagrada Penitenciaria Apostólica do Vaticano, o órgão que trata das indulgências. “Não basta assistir a uma gravação.”
Mas, quer sejam vendidas, quer sejam dadas, em pessoa ou pela TV, são bíblicas as indulgências? Embora Jesus às vezes perdoasse graciosamente os pecados, não disse nada sobre a necessidade de indulgências. Tampouco o mencionaram os apóstolos. “O sangue de Jesus, . . . Filho [de Deus], purifica-nos de todo o pecado”, escreveu o apóstolo João. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os nossos pecados e para nos purificar de toda a injustiça.” (1 João 1:7, 9) Se todos os pecados são assim perdoados, o que resta a ser pago por punição ou coberto por indulgências? — João 3:36; Romanos 5: 10.
Nome “Ofensivo”?
Não falar o nome divino, transcrevê-lo, quando muito, como JHWH, e pronunciá-lo “Senhor”, é a recomendação que deve ser aceita, afirma o periódico católico Com-nuovi tempi. Essa foi a resposta a uma petição feita pela “Associação para a Amizade Judaico-Cristã” de Roma, e assinada conjuntamente por destacados teólogos e estudiosos católicos e judeus. A petição solicitava que as “editoras e as equipes redatoras de jornais e revistas” parassem de usar o nome “Javé” por este ser “ofensivo para os judeus, que consideram o nome de Deus inefável”. Seu apelo, afirma a Associação, baseia-se numa “tradição judaica há muito existente” que “tem sido mantida sem interrupção” até hoje.
Mas, devem os cristãos ser orientados por tradições judaicas? Seria correto colocarem de lado o nome de Deus e evitarem pronunciá-lo? A Bíblia indica que Deus quer que todos saibam que ele, “cujo nome é Jeová”, é o Altíssimo. (Salmo 83:18; Ezequiel 38:23; Malaquias 3:16) Jesus deu o exemplo nesse respeito. Em vez de seguir as tradições judaicas que ‘invalidavam a palavra de Deus’, ele ensinou seus seguidores a orar: “Santificado seja o teu nome.” (Mateus 6:9; 15:6) E, apenas algumas horas antes de sua morte sacrificial, ele disse em oração: “Tenho dado a conhecer o teu nome [aos discípulos] e o hei de dar a conhecer.” — João 17:26.
Noivado: Um Contrato?
A jovem brasileira e seu noivo haviam acabado de mobiliar seu novo lar. Os convites haviam sido distribuídos, e tudo parecia preparado para o casamento, que se realizaria dali a três dias. Prevendo a nova vida, a noiva largara seu emprego. Daí, sem nenhum aviso, o noivo rompeu o noivado. Surpresa e frustrada, a noiva rejeitada recorreu à justiça. Seu advogado argumentou que o ‘noivado é um contrato preliminar e que seu rompimento injustificado gera responsabilidade referentemente aos danos sofridos pela parte inocente’. O tribunal concordou e ordenou que o homem desse à sua ex-noiva ‘um dote equivalente a um salário-referência, custas e honorários’ dos advogados. Comentando a decisão, o advogado Nereu Mello escreveu para o Jornal da Lapa, de São Paulo: “O noivado é um contrato muito sério e sua ruptura culposa não é indiferente ao Direito.”
Este conceito sobre a seriedade do noivado não é novo. Sob a Lei mosaica, a noiva que cometesse fornicação recebia a mesma punição que a mulher casada que adulterasse. Assim, ela recebia tratamento diferente do da mulher solteira que cometesse fornicação. (Deuteronômio 22:23, 24, 28, 29) Naquele tempo o noivado era encarado como compromisso sério — como se o casal já estivesse casado. (Mateus 1:19) Os cristãos hoje também reconhecem o noivado como passo sério. Não o encaram levianamente. — Veja Mateus 5:37.