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  • Ao aconselhar a outros, trata-os com dignidade?

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  • Ao aconselhar a outros, trata-os com dignidade?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1994
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Ao aconselhar a outros, trata-os com dignidade?

COMO é bom e proveitoso ser aconselhado com dignidade! “O conselho bondoso, que denota consideração e preocupação, contribui para bons relacionamentos”, diz Edward. “Quando sentimos que o conselheiro nos honra e nos respeita, mostrando-se disposto a ouvir a nossa versão da história, fica muito mais fácil de aceitar o conselho”, afirma Warren. “Quando o conselheiro me trata com respeito, eu me sinto à vontade para recorrer a ele em busca de conselho”, comenta Norman.

O direito natural do homem à dignidade

Um conselho cordial, amistoso e amoroso é, deveras, bem acolhido. É proveitoso aconselhar outros do mesmo modo como desejaria ser aconselhado. (Mateus 7:12) O bom conselheiro toma tempo para ouvir e procura compreender a pessoa que está sendo aconselhada — seu modo de pensar, sua posição e seus sentimentos — em vez de criticar e condenar. — Provérbios 18:13.

Os conselheiros atuais, incluindo os anciãos cristãos, precisam estar atentos a tratar os outros com dignidade ao darem conselhos. Por quê? Pela simples razão de que na sociedade prevalece a atitude de tratar os outros de forma indigna. Isso é contagiante. Com muita freqüência, aqueles de quem se espera um tratamento digno são os que deixam de fazê-lo, sejam eles profissionais, líderes religiosos ou outros. Para ilustrar: no local de trabalho, uma demissão é traumatizante e estressante tanto para o empregador como para o empregado. Prejudica a auto-estima, especialmente se a pessoa que está sendo demitida é tratada sem dignidade. Supervisores que enfrentam essa situação precisam aprender a dar tal “notícia desagradável de modo claro, direto e profissional, sem ferir a dignidade da pessoa”, noticia The Vancouver Sun. Sim, todos os humanos merecem um tratamento digno.

A Assembléia Geral das Nações Unidas proclama: “Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.” Visto que a dignidade do homem está sob ataque, é com bons motivos que a Carta das Nações Unidas e o preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos reconhece essa qualidade. Afirmam a “fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor da pessoa humana”.

Jeová criou o homem com dignidade inerente

Jeová é um Deus de dignidade. Sua Palavra inspirada declara corretamente: “Diante dele há dignidade e esplendor”, e, “[Sua] dignidade é narrada acima dos céus”. — 1 Crônicas 16:27; Salmo 8:1.

Como Deus de dignidade e Soberano Universal, ele confere dignidade a toda a sua criação, celestial e terrena. Notável entre os assim honrados é seu glorificado e reinante Filho, o Rei, Cristo Jesus. “Puseste sobre ele dignidade e esplendor”, escreveu Davi profeticamente. — Salmo 21:5; Daniel 7:14.

Infelizmente, abusou-se muito desse direito humano básico durante toda a História. Um poderoso anjo, que por suas ações tornou-se Satanás, o Diabo, desafiou a legitimidade, a justiça e o mérito da soberania de Deus. Ao fazer isso, mostrou desrespeito por Jeová e desonrou seu nome digno, desafiando ao mesmo tempo Seu direito de governar. Atribuiu a si mesmo excessiva dignidade. Iguais ao Diabo, poderosos monarcas humanos, tais como o Nabucodonosor dos tempos bíblicos, jactaram-se de seu ‘poder e grandeza’. Agrediram a dignidade de Jeová, atribuindo desarrazoada dignidade a si mesmos. (Daniel 4:30) O governo opressivo de Satanás, imposto ao mundo da humanidade, tem atacado e continua atacando a dignidade do homem.

Foi sua dignidade alguma vez prejudicada? Quando aconselhado, fez-se com que se sentisse excessivamente culpado, envergonhado, desonrado, ou rebaixado? “Não percebi nenhuma preocupação, compaixão e dignidade. Fez-se com que eu me sentisse indigno”, afirma André, acrescentando: “Isso levou a sentimentos de frustração e ansiedade, até mesmo à depressão.” “É difícil aceitar conselhos de alguém que você sente que não está preocupado com o seu bem-estar”, diz Laura.

Por esse motivo, os superintendentes cristãos são admoestados a tratar o rebanho de Deus com respeito e honra. (1 Pedro 5:2, 3) Se surgirem situações em que é necessário e proveitoso aconselhar a outros, como poderá proteger-se de pensar e agir como os homens do mundo que, sem hesitar, ferem a dignidade dos outros? O que poderá ajudar-lhe a preservar a dignidade de concristãos, bem como a sua própria? — Provérbios 27:6; Gálatas 6:1.

Princípios que preservam a dignidade

A Palavra de Deus não se cala nesse assunto. O conselheiro perito confiará implicitamente no conselho da Palavra de Deus, em vez de recorrer à sabedoria deste mundo. Os Escritos Sagrados contêm conselhos valiosos. Quando acatados, eles dignificam tanto o conselheiro como a pessoa que é instruída. Assim, a orientação de Paulo ao superintendente cristão Timóteo foi: “Não critiques severamente um ancião. Ao contrário, suplica-lhe como a um pai, os homens mais jovens, como a irmãos, as mulheres mais idosas, como a mães, as mulheres mais jovens, como a irmãs, com toda a castidade.” (1 Timóteo 5:1, 2) Quanta tristeza, mágoa e embaraço podem ser evitados por se aderir a essas normas!

Note que o segredo de um conselho bem dado é mostrar o devido respeito pela outra pessoa e por seu direito de ser tratada de forma digna, indicando preocupação. Os anciãos cristãos, incluindo os superintendentes viajantes, devem esforçar-se a acatar esse conselho, procurando determinar por que a pessoa que necessita ser reajustada pensa e age daquele modo. Devem querer ouvir seu ponto de vista e fazer todo empenho de evitar envergonhar, rebaixar ou desonrar a pessoa que está sendo ajudada.

Como ancião, deixe seu irmão saber que você se preocupa com ele e deseja ajudá-lo a resolver seus problemas. É isso o que um bom médico faz quando você vai ao consultório dele para fazer um exame. A idéia de despir-se numa sala fria e estéril talvez o deixe embaraçado e o faça sentir-se humilhado. Quanto você aprecia um médico que mostra consideração para com seu amor-próprio e lhe trata com dignidade, cobrindo-o com um lençol enquanto efetua os exames necessários para determinar a causa de sua doença! De modo similar, o conselheiro cristão que mostra o devido respeito pela pessoa é bondoso e firme, porém cobre o aconselhado com dignidade. (Revelação [Apocalipse] 2:13, 14, 19, 20) Por outro lado, um conselho duro, frio e insensível equivale figurativamente a despir alguém, fazendo-o sentir-se envergonhado, desonrado e privado de sua dignidade.

Os superintendentes da Escola do Ministério Teocrático tomam especial cuidado para aconselhar com dignidade. Ao aconselharem pessoas de idade, eles refletem o mesmo amor que mostrariam aos seus próprios pais. Mostram consideração, são amistosos e cordiais. Tal consideração é necessária. Gera uma atmosfera que facilita dar e receber conselhos.

Anciãos, lembrem-se de que conselhos práticos são animadores, edificantes e positivos. Efésios 4:29 declara: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra pervertida, mas a que for boa para a edificação, conforme a necessidade, para que confira aos ouvintes aquilo que é favorável.”

Não há necessidade de empregar termos, linguagem ou argumentos duros. Antes, o respeito pela outra pessoa e o desejo de preservar seus sentimentos de dignidade e amor-próprio o induz a apresentar os assuntos de forma positiva e construtiva. Antes de quaisquer observações, faça elogios sinceros e genuínos às suas características ou qualidades boas, em vez de frisar conceitos que o façam sentir-se frustrado e indigno. Caso sirva como ancião, use sua ‘autoridade para edificar e não para demolir’. — 2 Coríntios 10:8.

Sim, o efeito de qualquer conselho procedente de superintendentes cristãos deve ser o de dar o necessário encorajamento, conferir aquilo que é favorável. Não deve desanimar ou “apavorar”. (2 Coríntios 10:9) Mesmo a alguém que tenha cometido uma grave transgressão é preciso conceder certa medida de amor-próprio e dignidade. O conselho precisa ser equilibrado com palavras de repreensão bondosas, porém firmes, de modo a induzi-lo ao arrependimento. — Salmo 44:15; 1 Coríntios 15:34.

É significativo que a Lei de Deus dada a Israel incorporasse esses mesmos princípios. Dava margem a conselhos e até a disciplina física, ao mesmo tempo em que resguardava o direito da pessoa a uma medida de dignidade pessoal. Permitia espancamento com golpes ‘correspondentes em número à ação iníqua’, mas estes não deviam ser excessivos. Impunha-se um limite ao número de golpes desferidos, para que o transgressor não ficasse “realmente degradado”. — Deuteronômio 25:2, 3.

A preocupação com os sentimentos dos transgressores arrependidos era também uma qualidade característica de Jesus. Sobre ele, Isaías profetizou: “Não quebrará nenhuma cana esmagada; e quanto à fraca mecha de linho, não a apagará. Produzirá justiça em veracidade.” — Isaías 42:3; Mateus 12:17, 20; Lucas 7:37, 38, 44-50.

As palavras de Jesus no Sermão do Monte frisam adicionalmente a necessidade de se mostrar empatia: “Todas as coisas, portanto, que quereis que os homens vos façam, vós também tendes de fazer do mesmo modo a eles.” (Mateus 7:12) Esse princípio é tão fundamental na promoção de bons relacionamentos, que é comumente chamado de Regra de Ouro. Na qualidade de ancião cristão, como pode isso ajudá-lo a tratar outros com bondade e dignidade ao dar conselhos?

Tenha presente que você também comete erros. Como observou Tiago, “todos nós tropeçamos muitas vezes”. (Tiago 3:2) Lembrar-se disso o ajudará a moderar seus comentários e a controlar seus sentimentos quando for necessário falar a outros sobre suas faltas. Tome em consideração as sensibilidades deles. Isso o ajudará a evitar ser excessivamente crítico, trazendo à tona pequenos erros ou faltas. Jesus salientou isso ao dizer: “Parai de julgar, para que não sejais julgados; pois, com o julgamento com que julgais, vós sereis julgados; e com a medida com que medis, medirão a vós.” — Mateus 7:1, 2.

Trate outros com dignidade — oponha-se ao Diabo

As táticas de Satanás destinam-se a destituí-lo de sua dignidade, a produzir sentimentos de desonra, inutilidade e desespero. Note como ele usou um agente humano para estimular emoções negativas no fiel Jó. O hipócrita Elifaz afirmou: “Eis que ele [Jeová] não tem fé nos seus servos, e a seus mensageiros [santos anjos] acusa de defeito. Quanto mais com os que moram em casas de barro [humanos pecaminosos], cujo alicerce está no pó! São esmigalhados mais depressa do que uma traça.” (Jó 4:18, 19) Assim, segundo ele, para Deus Jó não valia mais do que uma traça. De fato, os conselhos de Elifaz e seus companheiros, longe de serem edificantes, privavam a Jó até mesmo da lembrança de tempos melhores. Na opinião deles, os atos fiéis passados, o treinamento familiar, a relação com Deus e dádivas de misericórdia de Jó não valiam nada.

Igualmente hoje, os transgressores arrependidos são especialmente suscetíveis a tais sentimentos, e existe o perigo de serem ‘tragados pela excessiva tristeza’. Anciãos, ao aconselharem outros assim, ‘confirmem seu amor’ por eles, permitindo-lhes preservar certa medida de dignidade. (2 Coríntios 2:7, 8) “Ser tratado sem dignidade torna difícil aceitar conselhos”, admite William. É essencial fortalecer sua crença de que eles são valiosos aos olhos de Deus. Lembre-os de que Jeová ‘não é injusto, para se esquecer de sua obra e do amor que mostraram ao seu nome’ nos anos que passaram em serviço fiel. — Hebreus 6:10.

Que fatores adicionais poderão ajudá-lo a conferir dignidade a outros ao dar conselhos? Reconheça que todos os humanos possuem o direito natural à dignidade, visto que foram feitos à imagem de Deus. São prezados por Jeová Deus e Jesus Cristo; a dupla provisão do resgate e da ressurreição atestam esse fato. Jeová acrescenta dignidade adicional aos cristãos ‘designando-lhes um ministério’, usando-os para instar com uma geração perversa para que faça as pazes com Deus. — 1 Timóteo 1:12.

Anciãos, lembrem-se de que a vasta maioria de seus irmãos cristãos são prospectivos membros fundadores da nova sociedade humana na Terra purificada. Sendo pessoas tão prezadas e preciosas, merecem ser tratadas com honra. Ao aconselharem outros, lembrem-se de como Jeová e Jesus mostram consideração para com eles, e continuem fazendo sua parte para ajudar seus irmãos a preservar um sentimento de dignidade e amor-próprio diante dos desafios de Satanás. — 2 Pedro 3:13; compare com 1 Pedro 3:7.

[Quadro na página 29]

Conselho que dignifica

(1) Faça elogios genuínos e sinceros. (Revelação [Apocalipse] 2:2, 3)

(2) Seja bom ouvinte. Identifique clara e bondosamente o problema e o motivo do conselho. (2 Samuel 12:1-14; Provérbios 18:13; Revelação 2:4)

(3) Baseie seus conselhos nas Escrituras. Seja positivo, razoável e animador, e mostre empatia. Não fira a dignidade e o amor-próprio do aconselhado. (2 Timóteo 3:16; Tito 3:2; Revelação 2:5, 6)

(4) Assegure o aconselhado de que será abençoado se aceitar e aplicar os conselhos. (Hebreus 12:7, 11; Revelação 2:7)

[Foto na página 26]

Os anciãos cristãos precisam tratar os outros com dignidade ao dar conselhos

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