Anuário das Testemunhas de Jeová 1989
ESTÃO chegando! Pode vê-las! O convite foi feito mundialmente, e uma multidão de pessoas sedentas da justiça estão avançando. O que as atrai? Um suprimento gratuito de água extraordinária. Quem quiser pode beber desta água e viver para sempre! Quem a fornece? O próprio Jeová Deus abriu para a humanidade a porta da oportunidade de beber de graça da água da vida.
Há séculos, Jeová inspirou o apóstolo João a assentar por escrito a seguinte visão profética a respeito dos nossos dias: “O espírito e a noiva estão dizendo: ‘Vem!’ E quem ouve diga: ‘Vem!’ E quem tem sede venha; quem quiser tome de graça a água da vida.” — Rev. 22:17.
Quantos aceitarão o convite? A visão de João, registrada em Revelação 7:9, tinha de tornar-se realidade. Ele viu “uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados de compridas vestes brancas; e havia palmas nas suas mãos”. Com confiança no pleno cumprimento da visão, durante as décadas deste século 20, o restante ungido da classe da noiva nunca deixou de dizer: “Vem!” Fez-se todo empenho para divulgar a mensagem a todas as nações. O resultado tem sido uma maravilhosa bênção de Jeová Deus sobre esta grande obra de convidar pessoas a obter a vida eterna.
Resposta da “Grande Multidão”
Embora haja menos de 9.000 membros da classe da noiva do Senhor hoje na terra, a alegria deles tem aumentado muito ao passo que se juntaram a eles mais de 3.500.000 da grande multidão dos que também vêm tomar de graça a água da vida. (Rev. 21:9) Ainda mais pessoas estão aceitando entusiasticamente o convite. Os da grande multidão têm participado em dizer “Vem!” Ao passo que seu número aumenta, o convite mundial de ‘vir’ é ampliado. Mais pessoas estão ouvindo. Por sua vez, mais ouvintes respondem e dizem: “Vem!”
Quantos mais ouvirão e virão? Nenhum humano pode dizer quantos. Não importa qual o número final, prevalece um estado de emoção entre aqueles que proclamam o convite de ‘vir’, porque de todos os cantos da terra vêm notícias indicando que crescentes multidões estão fugindo de Babilônia, a Grande, e afluindo à organização de Jeová. Com vivo interesse, todos os que servem a Jeová nestes últimos dias aguardam todo ano os relatórios mundiais para saber do aumento do louvor internacional a Deus. Os relatórios anuais fortalecem o coração e a mão daqueles que trabalham no ministério de campo, ao passo que agradecem e louvam a Jeová, aquele que faz a Sua organização terrestre crescer. — 1 Cor. 3:6.
Aqueles que estendem o convite fizeram muito esforço no ano de serviço que passou. Um auge de 3.592.654 publicadores do Reino participaram na pregação, e registrou-se o total de 785.521.697 horas gastas nesta nobre atividade.
Os convidadores fiéis dirigiram 3.237.160 estudos bíblicos domiciliares em base semanal, a fim de ajudar os ouvintes a reconhecer a maravilhosa provisão de Jeová por meio de Jesus Cristo para a bênção eterna deles. Além de gastarem estas muitas horas na evangelização, nossos irmãos usaram generosamente seu tempo para se associar com os interessados. Fielmente, as Testemunhas de Jeová os levaram a reuniões cristãs, tais como a Comemoração da morte do Senhor, à qual assistiram 9.201.071 no último abril. Nesta e em outras reuniões, os interessados puderam familiarizar-se com os arranjos organizacionais das congregações. Puderam ver em primeira mão como o espírito de Jeová afeta aqueles que o servem e os induz a produzir os excelentes frutos desse espírito. A associação amigável nas congregações significa muito para os que aceitam o convite.
No ano de serviço de 1988, 239.268 foram batizados, simbolizando sua dedicação a Jeová Deus. No ano anterior, 230.843 haviam sido batizados. O convite de ‘vir’ continua a ser feito, e está atingindo o coração e a mente de outras centenas de milhares de pessoas como nunca antes. O ímpeto está aumentando. Quão emocionante é ver a grande multidão aumentar! Jeová, fiel à sua palavra, ‘apressa isso ao seu próprio tempo’. — Isa. 60:22.
Resposta Mundial
Quão emocionantes são algumas das experiências usufruídas nesta grande obra de fazer o convite! Por exemplo, na Áustria, uma Testemunha emprestou o livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra à atarefada dona dum restaurante. Isto se deu no começo de 1983. A senhora leu o livro, não por curiosidade, mas, antes, para devolvê-lo logo. Que impressão lhe causou a informação? A dona de restaurante conta: “Depois de ler algumas das primeiras páginas, fiquei emocionada com o que lia. Eu disse para mim mesma: ‘Se tudo isso é verdade, então devo saber mais sobre isso.’”
Iniciou-se um estudo com esta senhora, e ela começou a falar aos filhos sobre o que aprendia. Estes, também, começaram logo a compartilhar com amigos e parentes essas coisas boas. Depois de ela e o filho mais novo deixarem a igreja, o marido dela começou a opor-se a ela. Sobreviveu a fé que ela tinha? “Com a ajuda de Jeová, meu filho e eu suportamos com êxito a pressão que meu marido exercia sobre nós”, disse ela. “Além disso, eu ainda tinha de vencer o hábito impuro de fumar, o que fiz, e em julho de 1985 simbolizei minha dedicação a Jeová pelo batismo em água. Depois de desistir do negócio do restaurante, comecei a ser pioneira auxiliar em fevereiro de 1986, e desde junho do mesmo ano sou uma dentre os felizes pioneiros regulares.”
Uma das filhas desta irmã foi batizada em maio de 1985 e se juntou a ela nas fileiras dos pioneiros. A firme posição da mãe a favor da verdade também resultou em estudos bíblicos com 36 pessoas, das quais 14 já são batizadas, e 17 começaram a transmitir as boas novas a outros. Que bela recompensa por se semear fielmente em sentido espiritual! — Veja Eclesiastes 11:6.
Em Guam, a esposa do proprietário duma rede de mercearias recebeu o convite de ‘vir’ e ‘tomar de graça a água da vida’. Apesar da sua família e da comunidade fortemente católicas, começou a estudar a Bíblia. Ela logo começou a dar testemunho informal. Não deixou de falar sobre a verdade a seu marido e de incentivar sua própria família e os empregados da mercearia a estudar a Bíblia com as Testemunhas. Há cerca de um ano, esta senhora foi batizada, para o espanto de seus conhecidos de longa data.
Quando o marido desta senhora lhe pediu que continuasse a gerenciar uma das suas mercearias, isto reduziu o tempo dela para o ministério de porta em porta. Sem se desanimar, ela continuou a dar destemidamente testemunho aos seus parentes, bem como aos fregueses e aos empregados na mercearia. Com que resultado? Quatro das suas irmãs carnais e três das suas cunhadas começaram a estudar. Seu marido está agora investigando a Bíblia, e ela estuda com os seus três filhos. Um jovem de outra língua, amigo do seu marido, também estuda a Bíblia. Quanto aos empregados da mercearia, cinco deles começaram a estudar. Que prazer era ver alguns de seus parentes e empregados, e seus filhos — num total de 50 pessoas — presentes à Comemoração da morte de Cristo! Sim, o convite de tomar a água da vida pode ser eficazmente feito por meio do testemunho informal.
Em toda a Nigéria há milhares de ervanários nativos, e quase todos eles praticam alguma forma de demonismo em conexão com as suas curas. Um deles até mesmo costumava ameaçar matar as Testemunhas. Quando um irmão visitou-o na sua casa, o ervanário pegou um medicamento preparado, proferiu encantamentos e soprou-o no rosto da Testemunha. “Em sete dias você estará morto!” gritou ele, e trancou-se na casa.
A Testemunha voltou para casa e contatou um dos anciãos. Sete dias mais tarde, e bem vivo, ele e o ancião decidiram visitar o ervanário. Quando os irmãos se aproximaram, o homem saiu pela porta gritando que estava vendo um fantasma. Ouvindo a comoção, ajuntaram-se pessoas, e ele finalmente se acalmou. Fizeram-se arranjos para visitá-lo em três dias. Iniciou-se um estudo bíblico, e este ervanário aceitou a verdade.
Também os jovens participam em fazer o convite: “Vem!” Na França, em 1983, David, de oito anos de idade, assistia ao estudo da Bíblia que as Testemunhas de Jeová realizavam com a mãe dele. O menino falava aos avós sobre tudo o que aprendia, especialmente a esperança do Paraíso. Até mesmo disse-lhes: “Quero que se tornem Testemunhas de Jeová e estejam comigo no Paraíso.” Embora os avós fossem católicos praticantes, sentiram-se tocados pela insistência de seu neto, aceitaram um estudo bíblico e foram batizados em 1986. No ínterim, a mãe de David parou de estudar, mas ele continuou. Todo fim de semana ele andava de bicicleta uns 30 quilômetros até a casa de seus avós para participar na pregação e para assistir às reuniões com eles. Também deu testemunho a dois tios seus, que agora também estudam. Por meio da atividade de testemunho deste menino, quatro de seus parentes obtiveram conhecimento da verdade.
Boa Conduta Dá Bons Frutos
Um irmão, no Brasil, explica de que modo sua conduta no trabalho produziu bons resultados. “Onde eu trabalhava, na hora do almoço formava-se uma grande fila. Alguns esgueiravam-se no meio dos outros e até mesmo os empurravam para passar na frente deles, causando discussões e brigas. Um empregado que carregava consigo uma peixeira e um revólver muitas vezes estava metido nestas brigas. Ele observou que eu não entrava na fila, mas ficava por perto até a fila terminar. De modo que me perguntou: ‘Por que você não entra na fila?’ Expliquei o porquê e dei-lhe um breve testemunho. Ele ficou intrigado com nosso nome: Testemunhas de Jeová. Em vez de tentar furar a fila no dia seguinte, procurou provocar-me. A conversa foi assim:
“‘Você alega que é Testemunha de Jeová. Então, mostre-me na Bíblia onde Deus manda que sejamos suas testemunhas.’
“‘Você tem uma Bíblia em casa?’ perguntei.
“‘Não, mas minha vizinha tem uma, e posso tomá-la emprestada. Se puder mostrar-me na Bíblia que Deus diz que devemos ser suas testemunhas, eu serei uma.’
“‘Olhe o que está falando’, adverti-o.
“‘Não sou homem de duas palavras’, gabou-se ele.
“Escrevi o texto de Isaías 43:9-12 e o dei a ele. Quando chegou a casa, dirigiu-se à vizinha que lhe ajudou a encontrar o texto. ‘Isto chega!’ disse à vizinha. Foi para casa e anunciou à esposa: ‘Vou ser Testemunha de Jeová.’
“‘Você está louco’, respondeu ela. ‘Como pode decidir-se num minuto ser Testemunha de Jeová?’
“No dia seguinte, no trabalho, o homem veio a mim e disse: ‘Você tem razão. Quero ser batizado logo.’ Expliquei-lhe que não é bem assim, mas que ele primeiro teria de estudar a Bíblia. Iniciou-se um estudo, e, no tempo devido, não só este homem, mas também sua esposa e seus nove filhos foram batizados. Ele agora é ancião. Três filhos dele são servos ministeriais. Uma filha foi pioneira especial. E com o número de pessoas que ele ajudou à verdade se poderia formar uma congregação.”
Projetos de Construção Dão Testemunho
Na Austrália, mais de 100 novos Salões do Reino foram construídos nos últimos três anos, sendo que 85 destes foram erigidos e completados em dois ou três dias, usando-se o método de “construção rápida”. Notável entre eles é um salão com ar condicionado, construído em um fim de semana em Port Hedland, na Austrália Ocidental. Esta remota cidade mineira está situada na costa noroeste a uns 1.600 quilômetros da capital do estado, Perth. Visto que a cidade está cercada por quilômetros e quilômetros de deserto, praticamente todos os materiais de construção e a maior parte da mão-de-obra tinham de ser trazidos de Perth e de lugares ainda mais longínquos. As despesas de viagem dos irmãos que se ofereceram a ajudar a construir o salão saíram do seu próprio bolso. Quanto a pequena congregação de 97 publicadores em Port Hedland apreciou o amor demonstrado pelos seus irmãos!
E que testemunho isto deu na cidade! Verem irmãos de mais de 63 congregações trabalhando num calor abrasador de 39°C causou uma impressão nas pessoas da cidade. Duas firmas locais de cosméticos doaram o equivalente de 800 dólares em loções protetoras contra os intensos raios solares. Muitos cidadãos ficaram admirados de que tantos trabalhadores viajaram tão longe às próprias custas, e o entusiasmo e o espírito cooperativo dos trabalhadores impressionaram as autoridades locais. Um funcionário disse: “Isto dá crédito a vocês. Nunca vi nada igual feito numa região tão isolada.”
Em fevereiro de 1988 foi completada a nova gráfica de seis pavimentos no Japão, e ela já está em uso desde março. O Corpo de Bombeiros da Cidade de Ebina, baseado nos tratos anteriores com os irmãos, confia no trabalho deles. Alguns oficiais dos bombeiros disseram aos irmãos na filial: “No que se refere a observar regulamentos de segurança contra incêndios, vocês são o modelo para a cidade de Ebina.” Terminada a nova gráfica, a filial requereu ao corpo de bombeiros a inspeção rotineira do novo prédio. Esperava-se os costumeiros dois ou três representantes do departamento. Em vez disso, a filial ficou surpresa, em 1.º de março, com a visita de quase a metade do corpo de bombeiros da cidade, trazendo consigo um carro de bombeiros e uma equipe de socorro. Os bombeiros não vieram apenas para inspecionar, mas para aprender a usar as instalações de combate ao incêndio da própria filial. O inspetor-chefe ficou tão impressionado com o acatamento pela filial dos regulamentos de segurança contra incêndios, que ele disse: “Todos os envolvidos no combate ao incêndio, em Ebina, deviam ver isso.”
Novas Alegres Para os Desanimados
Uma irmã, na Argentina, conta como ela chegou a conhecer a verdade e como fazia o convite a outros. “Eu ficava muito deprimida de ver pessoas envelhecer sem poderem fazer nada para evitar isso. Meu médico sugeriu que eu viajasse, para distrair a mente, mas isso não resolveu meu problema. Casei-me, mas aquela angústia interna continuava. Alguns anos mais tarde, uma senhora veio à minha porta, perguntando sobre o paradeiro duma vizinha que havia estudado a Bíblia, mas que se havia mudado. Convidei a Testemunha a entrar, e por duas horas ela me explicou coisas interessantes da Bíblia. O que me impressionava era que Deus promete um novo sistema em que não haverá mais morte, nem haverá velhice, nem doença, nem sofrimento. Naquele mesmo dia, comecei a estudar a Bíblia. Lamentavelmente, minha família se opôs a mim, zombando de mim ou mostrando total indiferença. Todavia, comecei a assistir às reuniões junto com minha filhinha. Assim que me foi possível, viajei uns 1.900 quilômetros para contar aos demais da minha família as maravilhosas verdades que eu aprendia. Quão feliz me senti quando alguns reagiram favoravelmente e também começaram a estudar a Bíblia!
“Com o tempo, a oposição diminuiu pouco a pouco, ao passo que diversos membros da família começaram a escutar e a tomar interesse na verdade. Meus pais, meu marido, cinco irmãos e diversos sobrinhos tomaram sua posição a favor da verdade. Hoje há mais de 80 Testemunhas adultas e mais de 40 crianças divulgando as maravilhosas novas do Reino de Deus, alguns como anciãos e outros como servos ministeriais. Agradeço a Jeová que ele me enviou alguém para me ajudar a vencer a minha depressão, e dar a mim e à minha família a esperança de viver para sempre no seu novo mundo.”
Gennaro, um irmão na Itália, conta como a compaixão o induziu a convidar um estranho a ‘vir’. “Enquanto eu proferia um discurso público num Salão do Reino, notei na assistência um homem que prestava mais do que a costumeira atenção. Ao fim da reunião, cumprimentei-o e ele me confessou que a sua vida familiar era extremamente infeliz. A esposa dele opunha-se fortemente à verdade e até mesmo expulsara da casa, com uma vara, o irmão que estudava com ele.
“De algum modo, perdi contato com este homem. Mais tarde, eu soube do irmão que estudara com ele que este se encontrava num hospital, numa cidade vizinha, em tratamento dum problema pulmonar. Fui ao hospital e visto que eu não sabia o sobrenome dele, comecei a procurá-lo em cada quarto. Finalmente, encontrei-o. Ele estava magro, desanimado e deprimido. Quando me viu, porém, seu rosto ficou alegre. Ele me disse que já por meses não tivera visitas de parentes, e que sua esposa tampouco podia visitá-lo com freqüência. Naquele dia comecei a estudar a Bíblia com ele. Depois de sete meses, ele recebeu alta e foi para casa. Sua esposa começou a estudar, e poucos meses depois ambos foram batizados.
“Mais tarde, este irmão disse-me: ‘Lembra-se do dia em que me visitou no hospital? Pois bem, o irmão chegou bem na hora. Mais alguns minutos, e eu teria acabado com tudo por pular da sacada. Mas as suas palavras me animaram, especialmente quando me assegurou que eu podia tornar-me parte da maior família do mundo, a da organização de Jeová.’”
Num país da África, onde a obra está proscrita, um homem com problemas de saúde também aceitou o convite de ‘vir’, e agora convida outros. Antes de aprender a verdade, muitos anos atrás, ele foi atacado de tuberculose e ficou paralítico. Sentindo-se sem esperança, por estar internado num hospital, pensou em suicidar-se. Daí, conheceu algumas Testemunhas que também estavam hospitalizadas ali. Iniciou-se um estudo bíblico, o que despertou esperança no coração deste homem. Quando foi transferido para outro hospital, um pioneiro especial continuou a estudar com ele, e os irmãos locais o ajudavam a assistir às reuniões. Por fim, ele foi batizado. Depois que a sua condição física começou a melhorar, ele se tornou pioneiro auxiliar. Obtendo força de Jeová, tornou-se mais tarde pioneiro regular, e nos últimos dez anos tem servido como pioneiro especial.
Como realiza este irmão sua pregação? Por se locomover com a ajuda de muletas e de sua cadeira de rodas. Segue trilhas estreitas na selva para chegar ao seu território, que se estende 30 quilômetros desde a cidade. Nos últimos dois anos da proscrição, ele nunca deixou de alcançar seu alvo de 140 horas de serviço de campo, e na maioria das vezes relata de 160 a 180 horas por mês! Quando irmãos são presos, é ele quem se dirige destemidamente às autoridades em favor deles e dá testemunho. Que fonte de encorajamento ele é para todos os que têm problemas físicos!
Participa você plenamente na proclamação da mensagem do Reino? Que Jeová o abençoe ricamente ao passo que faz a outros o grandioso convite de ‘vir’ e ‘tomar de graça a água da vida’.
Jeová satisfaz as nossas necessidades
Nosso Pai celestial sabe exatamente o que necessitamos e quando o necessitamos. Os Congressos de Distrito “Justiça Divina”, que começaram em junho de 1988 e que continuam até 1989, servem de exemplo de como Jeová amorosamente satisfaz as necessidades do seu povo.
A respeito do programa do congresso, A Sentinela de 15 de fevereiro de 1988 disse: “Esteja certo de que Jeová nos reserva ‘um banquete’ de coisas boas que nos fortalecerão e nos estimularão para a obra à frente.” A realização desta garantia excedeu em muito a expectativa. As transmissões telefônicas nos Estados Unidos, no Canadá, no Brasil, na Ásia e na Europa tiveram um significativo efeito unificador. Conforme disse um relatório: “Foi eletrizante ouvir um potente ‘Sim!’ quando se adotou a resolução com sua poderosa exposição de Babilônia, a Grande. A interligação telefônica com a cidade-chave certamente foi notável.”
Em muitos congressos, missionários expressaram apreço pela provisão que lhes possibilitou estar presentes. Um pioneiro em Vancouver, no Canadá, depois de ouvir experiências dos missionários, disse: “Não consigo nem descrever como ouvir todos os missionários fortaleceu a minha fé.”
Mais de 1.440.000 assistiram aos congressos no Canadá e nos Estados Unidos. Na Europa, mais de 1.100.000 se beneficiaram com o programa. Viena, na Áustria, foi a cidade-chave para congressos naquele país bem como para certas cidades na Alemanha Ocidental, em Luxemburgo e na Suíça. Mais de 80.000 ouviram os discursos transmitidos por telefone. Mais de 2.000 estavam presentes nas sessões húngaras. Um irmão que representou os 3.600 que usufruíram o programa iugoslavo exclamou: “Este foi o congresso dos congressos.”
Nos congressos na Espanha e na Itália, o número dos batizados foi excepcional. Por exemplo, era 3,5 por cento do auge de assistência em Valência, 4 por cento em Sevilha e 4,2 por cento em Oviedo. Na Itália, o caso era similar.
Na Grécia, pretendia-se usar um novo estádio no Pireu, mas o contrato foi cancelado por causa da oposição do clero ortodoxo. Em dois dias, os irmãos providenciaram realizar o congresso em Malakasa. Eles possuem ali um excelente Salão de Assembléias e uma grande área ao ar livre, que pode acomodar mais de 18.000 pessoas. Se o clero achava que o cancelamento do estádio no Pireu impediria o congresso, estava bem enganado! Sua oposição só resultou em maior publicidade e fortaleceu a determinação dos irmãos. — Fil. 2:12.
Durante agosto, os congressos na Venezuela e no Brasil atraíram quase meio milhão de pessoas. Típica da boa publicidade foi uma notícia de rádio, no Brasil, declarando que “as Testemunhas de Jeová estão dando um espetáculo de fé. Dão um exemplo de civilidade, um exemplo de limpeza; bem diferente dos torcedores que dão um espetáculo de sujeira”.
No Extremo Oriente, 88.120 estiveram presentes nos congressos na Coréia, e 2.130 foram batizados. Os congressos coreanos terminaram pouco antes dos Jogos Olímpicos começarem naquele país. O gerente do Ginásio Chamshil, de Seul, comentou “Estamos no meio dos preparativos destas instalações para a Olimpíada de 1988 em Seul, e faltam apenas 50 dias. Todavia, por causa da sua reputação no passado, deixamos que o usem.” O Japão relatou que 240.355 estiveram presentes a 33 de seus congressos, 3.828 sendo batizados. Depois do lançamento do livro Revelação, via-se uma fila constante de milhares de pioneiros que esperavam receber seu exemplar grátis do livro.
No Caribe, Kingston, Jamaica, foi a cidade-chave para congressos em Antígua, Barbados, Guiana e Trinidad. O auge de assistência foi atingido na tarde de domingo, quando 36.867 compareceram para ouvir o discurso público.
Com a assistência de mais de 4.000.000 que já estiveram presentes a esses congressos até setembro, aguardam-se relatórios adicionais sobre os Congressos de Distrito “Justiça Divina” de países no Hemisfério Sul.
Uma nova particularidade para os circuitos usufruírem associação e instrução espirituais começou no ano de serviço que passou. Envolve reuniões de um dia, chamados de dias de assembléia especial. Um superintendente de circuito dos Estados Unidos fez a seguinte observação: “A ênfase dada ao estudo pessoal da Bíblia e das publicações, e depois fazermos maior empenho para aplicar pessoalmente o que aprendemos, foi muito proveitoso.”
Durante o ano de serviço de 1988, realizaram-se também Escolas do Ministério do Reino em benefício de anciãos e servos ministeriais. A filial de Zâmbia escreve “A Escola, usando os Índices das Publicações da Torre de Vigia, foi bem oportuna. Grande parte das informações era exatamente o que nosso campo precisava.”
Além disso, no ano passado, começou a Escola de Treinamento Ministerial. De que se trata e como nos ajudará?
Inaugurada a Escola de Treinamento Ministerial
A Escola de Treinamento Ministerial foi inaugurada em 1.º de outubro de 1987 no Salão de Assembléias de Coraópolis, Pensilvânia, nos Estados Unidos. Três membros do Corpo Governante, os irmãos Jaracz, Klein e Schroeder, participaram do programa, ao qual assistiram mais de 1.600 irmãos da região de Pittsburgh.
Qual é o objetivo da escola? Com a colheita já somando bem mais de três milhões de pessoas, chegou o tempo para homens qualificados não somente tomarem a dianteira na evangelização, mas também para pastorear o rebanho e ensinar na congregação. De modo que o objetivo da Escola de Treinamento Ministerial é equipar homens com qualificações espirituais para assumirem responsabilidades organizacionais adicionais.
Qual é o currículo da escola? O curso de oito semanas inclui um estudo intensivo da Bíblia. Consideram-se assuntos administrativos, judicativos e organizacionais, bem como as responsabilidades dos superintendentes e dos servos ministeriais, e dá-se treinamento especializado em oratória pública. Os instrutores dão muita atenção pessoal ao desenvolvimento espiritual de cada estudante.
O domingo, 29 de novembro de 1987, foi o dia da formatura dos 24 anciãos e servos ministeriais da primeira turma. Eles receberam designações para servir em dez países. A segunda classe de 26 anciãos e servos ministeriais foi realizada em Los Angeles, Califórnia. Eles se formaram no domingo, 22 de maio de 1988, e assumirão designações em 11 terras. Em Pittsburgh, bem como em Los Angeles, o superintendente da cidade, o superintendente do Salão de Assembléias, os dois instrutores e um membro do Corpo Governante proferiram discursos aos presentes.
Ao todo, congregações e territórios em 15 terras serão beneficiados pelos serviços dos irmãos das primeiras duas classes. Isto nos faz lembrar as palavras encontradas em Miquéias 4:1, 2: “E na parte final dos dias terá de acontecer que o monte da casa de Jeová ficará firmemente estabelecido acima do cume dos montes e certamente se elevará acima dos morros; e a ele terão de afluir os povos. E muitas nações certamente irão e dirão: ‘Vinde, e subamos ao monte de Jeová e à casa do Deus de Jacó; e ele nos instruirá sobre os seus caminhos e nós andaremos nas suas veredas.’ Pois de Sião sairá a lei e de Jerusalém a palavra de Jeová.”
Tiraram os estudantes proveito da escola? Sim! Uma carta de apreço da primeira turma expressou o que acharam do curso da escola: “Sem dúvida, tornamo-nos ministros mais habilitados. Deveras, nós, como turma, concordamos unanimemente que esta escola tem sido o destaque da nossa vida espiritual.” Uma carta da segunda turma declarou, em parte: “O curso ultrapassou todas as nossas expectativas. Nenhum de nós podia ter imaginado quão cabal e intensivo seria . . . Ao irmos para as nossas respectivas designações, faremos empenho de aplicar o excelente conselho que recebemos durante as oito semanas.”
No que se refere a futuras perspectivas da ampliação do funcionamento da escola, quatro superintendentes viajantes adicionais foram treinados como instrutores, durante o primeiro ano. Em diversos países estrangeiros foram entrevistados anciãos e servos ministeriais não casados, interessados em cursar esta escola. Fizeram-se também arranjos para alguns irmãos que falam inglês, em certos países, se reunirem com o superintendente de distrito ao assistir sua assembléia de circuito. Estas medidas tornarão possível que muitos outros tirem proveito da escola e sejam usados onde quer que haja necessidade no campo mundial.
Dedicações em filiais e congêneres dão alegria
“As congregações continuavam deveras a ser firmadas na fé e a aumentar em número, dia a dia”, escreveu Lucas, ao descrever o aumento rápido do cristianismo no primeiro século. (Atos 16:5) Do mesmo modo no nosso século 20, o constante aumento no número de Testemunhas de Jeová em todo o mundo é prova sólida de que há receptividade à chamada da noiva do Cordeiro: “Vem!” (Rev. 22:17) Quantos motivos de alegria! O júbilo vem também acompanhado pela expansão de filiais e congêneres existentes, e da construção de inteiramente novas, com gráfica e Lar de Betel. Por este motivo, realizaram-se oito programas de dedicação em filiais e congêneres no ano de serviço que passou. Examinemos rapidamente estes acontecimentos emocionantes.
Equador
O 11 de outubro de 1987 foi um dia de bom ânimo para nossos irmãos no Equador, quando o novo conjunto da filial foi dedicado pelo irmão Daniel Sydlik, do Corpo Governante. Durante o seu emocionante discurso de dedicação, perante uma assistência de 5.500 pessoas, ele disse: “A fim de um sacrifício ser significativo para Jeová, primeiro tem de significar algo para nós.” Quão verazes eram estas palavras, visto que, num período de três anos, mais de 200 equatorianos e outras 270 Testemunhas, de 14 países, vieram para trabalhar no local da filial às suas próprias custas! Até mesmo um menino de 12 anos queria contribuir para o projeto de construção e possivelmente fez a contribuição mais tocante de todas. Embora morrendo de leucemia, pediu à mãe que enviasse a contribuição dele, de 118 sucres (c. Cz$ 500,00) aos irmãos da filial.
Em 1977, um irmão bondoso havia doado um terreno de uns 34 hectares a cerca de 18 quilômetros do perímetro urbano de Guayaquil. Ali se construiu o conjunto de filial e Salão de Assembléias. Agora que estes belos prédios estão terminados, terão parte na divulgação do nome de Deus já pela sua localização. Todo ano, centenas de milhares de pessoas indo de carro para as praias passarão por este novo conjunto da filial.
Papua Nova Guiné
A data: 12 de dezembro de 1987. A ocasião? A dedicação dum novo prédio de filial numa terra de 700 línguas — Papua Nova Guiné. E o orador? O irmão Robert W. Wallen, da sede de Brooklyn, que, servindo como superintendente de zona, proferiu o discurso de dedicação perante uma assistência feliz de 564 pessoas.
Há mais de 35 anos, em dezembro de 1951, duas Testemunhas zelosas, Tom e Rowena Kitto, foram os primeiros a levar a verdade à capital de Papua Nova Guiné, Port Moresby. Já em 1955 havia 61 publicadores atarefados na pregação das boas novas. Atualmente, a filial conta um auge de 2.023 publicadores.
Estabeleceu-se ali uma filial em setembro de 1960, e a sala de estar da casa dum publicador serviu como o primeiro escritório da filial. Mais tarde, a filial se mudou para um prédio maior. Mas o aumento da obra do Reino exigiu uma expansão adicional. De modo que em maio de 1982 começou o planejamento para um novo escritório e lar da filial. Baseado em plantas elaboradas na sede em Brooklyn, um prédio de quatro pavimentos, que inclui espaço para residências, escritórios e gráfica, foi construído por voluntários vindos da Austrália, da Nova Zelândia, e, naturalmente, de Papua Nova Guiné. O total de 200 trabalhadores de tempo integral (em média 54 em qualquer dado período) doou seu tempo e seu trabalho durante um período de quatro anos. De acordo com as estritas leis de migração e trabalho neste país, o Departamento de Trabalho do governo pediu que treinássemos um papuo-novo-guineense com cada trabalhador voluntário no projeto. Deste modo, 30 irmãos e irmãs locais aprenderam ofícios no local.
O prédio da filial tem uma aparência ímpar. Pela primeira vez, em Papua Nova Guiné, usaram-se numa construção blocos de concreto colorido. Houve ocasiões em que os trabalhadores sentiam-se esgotados e inadequados para resolver diversos problemas, mas Jeová infundiu-lhes “poder” para superar suas fraquezas. (Isa. 40:29) O novo prédio não se ergue como monumento de algum construtor, mas como testemunho do fato de que o espírito de Jeová atuou sobre os seus servos imperfeitos. Quanta felicidade encheu o coração de nossos irmãos quando os toques finais completaram o projeto!
Guiana
Áquila e Prisca usaram sua casa para fins teocráticos, lá no primeiro século. (1 Cor. 16:19) Do mesmo modo, um irmão amoroso e humilde, em Guiana, permitiu que seu lar fosse usado como escritório da filial, de 1914 a 1946, o ano em que se adquiriu o primeiro prédio para servir de filial e lar missionário. Em 1946, o auge de publicadores era de 91. Entretanto, o ano de serviço de 1987 viu um auge de 1.353 publicadores. Os planos de construir um novo prédio resultaram deste excelente aumento.
Uma nobre façanha foi realizada por irmãs trabalhadeiras no projeto de construção. Elas operaram uma fábrica improvisada para produzir blocos de concreto. Cerca de 120 delas, em turmas de 10 a 12 por vez, com o uso de 16 moldes, puderam produzir uns 12.080 blocos de concreto em 55 dias. O próprio prédio poderia contar uma história!
Nos fins de semana, o canteiro de obras fervilhava de trabalhadores voluntários das congregações locais. Até mesmo o primeiro-ministro do país e sua comitiva visitaram o canteiro de obras e fizeram comentários elogiosos. Um carpinteiro local comentou “Vocês estão fazendo um serviço de primeira classe no seu prédio.”
Na noite de 14 de janeiro de 1988, o irmão Don A. Adams, da sede em Brooklyn, em visita como superintendente de zona, proferiu o discurso de dedicação perante as 1.935 pessoas reunidas no espaçoso auditório do Centro Cultural Nacional em Georgetown.
Gana
Já se prega a verdade em Gana desde 1924, mas, o sábado, 30 de janeiro de 1988, ficará na história da filial deste país como dia a ser lembrado — nele foram dedicadas as novas instalações da filial. O discurso de dedicação foi proferido pelo irmão Theodore Jaracz, do Corpo Governante, perante uma assistência de 3.812 pessoas. Os prédios têm provido um forte testemunho para o nome de Jeová. Por exemplo, uma irmã, do meio-oeste dos Estados Unidos, cujo marido incrédulo assistiu à Conferência de Investimentos Para Gana, no Centro de Conferências Kwame Nkrumah, em Acra, escreve:
“Enquanto meu marido assistia à conferência, o Centro foi freqüentemente mencionado como o segundo mais bonito prédio de Gana. Isto o induziu a perguntar a seu guia, um empreiteiro ganense: ‘Qual é o prédio mais bonito?’ O guia respondeu: ‘É uma igreja que essas Testemunhas de Jeová construíram!’”
Entre os seus muitos visitantes, durante o ano, estavam 40 estudantes e catedráticos da faculdade de arquitetura da Universidade de Ciências e Tecnologia em Cumási, a uns 300 quilômetros ao norte de Acra. O grupo ficou tão impressionado com a nova filial, que os catedráticos da universidade propuseram fazer da visita um arranjo periódico.
A primeira filial em Gana abriu as suas portas em Acra, em 1.º de janeiro de 1948. Perto do fim dos anos 60, os 7.000 publicadores já haviam excedido a capacidade da filial de “uma só sala”. De modo que se construiu um Lar de Betel de dois pavimentos, e oito quartos. Este foi dedicado em 19 de março de 1963. Houve nova expansão em 1973, e depois, em 1978, foi adquirida a atual propriedade de 7 hectares para acomodar as operações de impressão.
Havaí
Chovia de manhã cedo em Honolulu, no dia 3 de abril de 1988, mas isto não diminuiu o ânimo dos 5.870 reunidos numa arena para ouvir o revigorante discurso de dedicação proferido pelo irmão Milton G. Henschel, do Corpo Governante. Outros 2.838 irmãos reunidos em Maui, em Kauai e na Ilha Grande de Havaí, estavam interligados por telefone para o programa de um dia originário de Honolulu. Este programa de dedicação concluiu uma intensa atividade iniciada em fins de março, quando diversos membros do Corpo Governante participaram na celebração da Comemoração, bem como em dias de assembléia especial nas ilhas de Kauai, Oahu, Maui e Havaí. Que grandiosa ocasião espiritual esta mostrou ser nos 70 anos de história do povo de Jeová no Havaí!
Como se encontrou a propriedade numa ilha em que os lotes de terreno são difíceis de obter? Em 1985, o prédio dum anterior supermercado foi posto a venda. Visto que o local era ideal, ele foi comprado em novembro daquele ano. Depois de terminados extensivos planejamentos e remodelações em agosto de 1987, as operações de escritório foram transferidas para o novo local, o qual também acomoda dois Salões do Reino. A família de Betel instalou-se em novas acomodações espaçosas no segundo pavimento.
Quando Charles T. Russell, primeiro presidente da Sociedade Torre de Vigia (dos EUA), visitou Honolulu, em 1912, não havia Estudantes da Bíblia nas ilhas. Hoje, Havaí tem 72 congregações e um auge de 5.729 publicadores.
Hong Kong
Durante os anos de atividade do Reino em Hong Kong, Jeová nunca deixou de prover o necessário na hora certa. Todos foram lembrados disso em 7 de maio de 1988, quando um novo prédio foi dedicado a Ele pelo irmão Lyman A. Swingle, do Corpo Governante. Mas que necessidade havia deste novo prédio?
Vejamos brevemente o que aconteceu em Hong Kong desde 1.º de setembro de 1950, quando se estabeleceu pela primeira vez uma filial na Rua Tai Po para cuidar do total de nove publicadores. Alguns anos mais tarde, a filial foi mudada para a Rua Prince Edward, 312. Em 1979 começou a procurar-se outro local, o que parecia uma tarefa quase impossível nesta cidade apinhada de gente. Daí, certo dia, uma irmã notou num jornal que uma propriedade estava a venda na Rua Kent, 4, em Caulun Tong. Essa foi comprada, e a filial se mudou para um subúrbio limpo e sossegado, idealmente situado em relação com as congregações em toda a colônia.
O número de publicadores atingiu o marco dos 1.000 em junho de 1983. Apenas quatro anos mais tarde, atingiu-se o marco de 1.600. Para poder cuidar de mais trabalho, a família de Betel teria de ser aumentada.
Todos os esforços de comprar uma propriedade em qualquer dos lados do conjunto da filial foram em vão. Então, certo dia, recebeu-se pelo correio uma carta anunciando a venda duma propriedade na mesma rua, a apenas quatro portas da filial. Quando os irmãos foram vê-la, quase não puderam crer no que viram! Era um prédio moderno que nunca tinha sido usado. Sim, este se tornou o novo anexo ao Betel. É o prédio que o irmão Swingle dedicou.
Portugal
Em Portugal, “onde a terra se acaba e o mar começa”, como dizia um famoso poeta, a pesca é uma das principais atividades. Mas, nas últimas décadas, neste pequeno país europeu na costa do Atlântico tem ocorrido um tipo diferente de pescaria, afetando a vida de multidões dos seus quase dez milhões de habitantes.
Em 13 de maio de 1925, começou uma obra de pescaria espiritual quando o irmão Rutherford visitou Lisboa e proferiu um discurso numa reunião de mais de 2.000 pessoas. No entanto, anos difíceis aguardavam o povo de Jeová. A obra foi proscrita, nossos irmãos foram hostilizados e encarcerados, e a congênere passou a funcionar às ocultas, de diversos lares.
Como que atingida por um raio, de repente, em 25 de abril de 1974, uma velha ditadura teve fim por meio duma revolução política. E por volta de dezembro, chegou oficialmente a liberdade religiosa para o povo de Jeová. Em fevereiro de 1975, alugou-se uma grande casa de 20 quartos em Estoril, para servir de escritório para a congênere e para cuidar da obra, não só em Portugal, mas também na Madeira, nos Açores, em Angola e em São Tomé. Dez anos mais tarde, isto se mostrou inadequado, porque o número de publicadores havia aumentado para 28.984. Assim se procurou e achou um terreno para novas instalações, e contratou-se uma construtora para erguer a estrutura de concreto armado. O restante da construção foi terminado por voluntários, todos Testemunhas.
Como era possível financiar um conjunto tão grande? Embora Portugal não seja um país rico, os irmãos contribuíram “além de sua capacidade real” e foram ricamente abençoados por isso. (2 Cor. 8:2-4) Uma família com cinco filhos foi ver o que podiam fazer para ajudar. As filhas contribuíram suas jóias, e um filho deu o dinheiro que tinha economizado para uma bicicleta. Numa carta à filial, o pai escreveu “Esta contribuição é o resultado da venda de três pulseiras, cinco anéis e um par de brincos, além do dinheiro dos cofrinhos das crianças.”
O programa de dedicação foi realizado na manhã de sábado, 23 de abril de 1988, no novo Salão do Reino, e foi transmitido por circuito fechado de televisão à gráfica, e por ligação telefônica ao Estádio do Restelo, de futebol, em Lisboa. O programa matutino concluiu com o discurso de dedicação, inspirador de fé, do irmão Milton G. Henschel.
À tarde, o irmão Henschel foi até o estádio e falou a uma assistência recorde de 45.522 pessoas sobre o tema “Será Que as Pedras Terão de Clamar?” Os fatos provam que as pedras não terão de clamar em Portugal, conforme atesta o novo auge em agosto, de 33.739 publicadores. Em Portugal há agora 1 Testemunha para cada 291 habitantes, pregando as boas novas.
Chipre
Chipre, a terceira maior ilha no mar Mediterrâneo, tem sido o cenário de atividade cristã desde que Paulo e Barnabé puseram o pé ali, em 47-48 EC. (Atos 13:12) Com uma população de uns 620.000 habitantes, a ilha é constituída de comunidades grega, turca, armênia e maronita.
Nos tempos modernos, a verdade foi introduzida em Chipre em 1924. De 3 publicadores das boas novas em 1925, o número aumentou para 59, em 1948, tempo em que se estabeleceu a primeira filial da Sociedade. Na época de se construir o novo escritório e Lar de Betel da filial, em 1969, o número dos publicadores havia aumentado para 485.
Mas as coisas mudaram dramaticamente em 1974. O uso da filial teve fim abrupto. Houve um golpe de estado para derrubar o presidente do país, seguido alguns dias mais tarde pela invasão da parte setentrional de Chipre por tropas. Durante a luta, a filial foi evacuada, quando balas perfuraram as venezianas das janelas. De modo que, a partir de 1974, a obra foi dirigida dum prédio que originalmente servira de lar missionário em Limassol, a segunda maior cidade da ilha.
Comprou-se e renovou-se um prédio em Nissou, uma pequena aldeia a mais de 19 quilômetros da capital Nicósia. O irmão Carey Barber, do Corpo Governante, dedicou a nova propriedade da filial em 2 de agosto de 1988.
África
Os que têm sede da justiça são convidados a ‘vir’ e a receber a abundância provida por Jeová. O continente da África está ouvindo esta convocação e está reagindo com entusiasmo. Por exemplo, em países da África Oriental, sob a supervisão da filial do Quênia, a inflação galopante e a mortalha da fome que paira sobre os irmãos não os impediu de usufruir um maravilhoso ano de atividade teocrática.
Impedimentos físicos não estorvaram a determinação de todo o coração dos servos de Jeová no Quênia. Um irmão, com pais descrentes, foi atacado de poliomielite quando era criança, e, em resultado disso, precisa de muletas para andar. Para assistir às reuniões, ele andava quinze quilômetros no sábado, pernoitava no local da reunião, e andava no domingo quinze quilômetros de volta para casa. A alegria, o encorajamento e a associação que desfrutava nas reuniões incentivavam-no. Por fim, depois de vê-lo por meses andar ida e volta até às reuniões, seus pais se convenceram de que nada iria impedi-lo. Portanto, ofereceram-se a ajudá-lo com dinheiro para a condução.
Num país cuidado pela filial do Quênia vivia um homem em alto cargo dum partido político. Quando nossos irmãos eram arrastados perante ele e acusados falsamente de transgressão, ele sempre ficava impressionado com o excelente comportamento deles. Assim, às vezes ele usava seu cargo, na ausência do seu superior, para soltar nossos irmãos acusados. No ínterim, ele teve dificuldades com um poderoso líder rebelde, naquela região. O governo designou esse funcionário a caçar e a matar este rebelde. Para revidar a ação do governo, a facção rebelde jurou executar o funcionário do governo. Subseqüentemente, ele foi transferido para a capital, acusado falsamente e encarcerado. Antes da sua soltura da prisão, encontrou Testemunhas de Jeová e aceitou um exemplar do livro A Verdade Que Conduz à Vida Eterna. Quando voltou para casa, iniciou-se um estudo bíblico com ele e sua esposa.
Entrementes, o anterior rebelde, que então se estabelecera e trabalhava como professor numa escola, também começou a estudar com o mesmo irmão que estudava com esse funcionário do governo. Por acaso, esses anteriores inimigos encontraram-se na casa do irmão. Que choque! Mas, aos poucos, seu ódio e sua desconfiança desapareceram. Ambos progrediram na verdade, junto com as esposas, e ambos foram batizados no mesmo dia.
Quão importante é darmos exemplo de boa moral no nosso lugar de trabalho? Uma resposta pode ser encontrada no Senegal. Um jovem que estudava a Bíblia com as Testemunhas de Jeová leu um número da Sentinela que destacava o tópico da honestidade, e compreendeu a necessidade de aplicar o conselho no seu emprego. De modo que instalou fechaduras nos tanques de gasolina para impedir que os colegas de trabalho roubassem combustível dos carros da firma. O patrão notou que se consumia muito menos combustível do que de costume e perguntou pelo motivo disso. Quando soube da ação do jovem, recompensou-o pela sua honestidade por nomeá-lo supervisor de toda a oficina.
Na ilha de Madagáscar, duas pioneiras visitaram a casa de um homem idoso, que as surpreendeu com a pergunta: “A alma está morta, não está?” O homem, pensando que as pioneiras faziam parte da cristandade, esperava que elas respondessem: “A alma é imortal.” Em vez disso, responderam: “O que é que o senhor acha?”
“A alma está morta”, disse o homem idoso com firmeza. “Concordamos com o senhor”, responderam as pioneiras. Espantado, ele perguntou-lhes como poderia explicar este assunto a outros. Iniciou-se imediatamente um estudo bíblico. O homem confessou: “Tenho orado por muito tempo a Deus para que me mostrasse a verdade. Agora a encontrei e sou muito grato a Ele.”
Nossa posição de neutralidade freqüentemente se torna uma proteção para nós, especialmente quando grupos políticos rivais presumem fazer justiça por conta própria e matam impiedosamente a todos os que não concordam com eles. Patrick, um irmão que vive na África do Sul, ansiava a sua aconchegante cama, depois de passar uma noitinha agradável com a sua família. Repentinas fortes batidas à porta da sua casa acabaram com o seu sono pacífico.
“Abra!” gritaram membros dum bando político de jovens, “senão rebentaremos a sua porta e as janelas.” Nosso irmão, corajosamente, abriu a porta e enfrentou a turba.
“Não sabia que hoje à noite todos temos de ir atacar a casa do induna (líder militar)?” perguntaram. Nosso irmão explicou que o motivo de ele não estar a par disso era que a maioria das pessoas naquela área sabiam que ele não participava em lutas. “Pegue suas armas e mostre que é homem”, exigiram os jovens.
O irmão pegou a sua espada do espírito, a Bíblia, junto com publicações da Sociedade, e disse-lhes: “Estas são as únicas armas que possuo.” Mesmo assim, obrigaram-no a ir ao acampamento deles, a fim de explicar sua posição neutra aos líderes deles. Quando o irmão chegou ao lugar, um jovem local que o conhecia exclamou: “Por que trouxeram este homem? Ele é estudante da Bíblia. Deixem-no ir, e se houver alguma queixa sobre isso, eu arcarei com as conseqüências.” De modo que a neutralidade tornou-se para nosso irmão a chave para a liberdade.
Ásia
O povo de Jeová nos países asiáticos realiza a obra do Reino diligentemente. Igual ao bom lavrador que ‘semeia generosamente’, eles têm ‘ceifado generosamente’. (2 Cor. 9:6) Na Birmânia, uma professora notou uma estudante que tinha uma revista escondida entre os seus livros. A professora arrebatou-a. Era uma Sentinela. Ali mesmo, a professora leu-a com vivo interesse, de capa a capa.
Após a aula, ela perguntou à estudante onde conseguira a revista. “Daquela gente que vai de casa em casa”, foi a resposta. A professora estava ansiosa de contatar esta gente. Seu desejo realizou-se. Pouco depois, uma pioneira visitou a casa dela. Disso resultou um estudo bíblico. Agora, esta professora, mãe de seis filhos, também ensina a verdade bíblica por ir de casa em casa como pioneira auxiliar.
A influência das tradições e da conformidade é forte em Israel. Muitas vezes é mais fácil os israelenses em outro país considerarem objetivamente a mensagem do Reino. Por exemplo, Keren empreendeu ver o mundo depois de ela completar seu serviço militar em Israel. Enquanto morava nos Estados Unidos, conheceu as Testemunhas de Jeová. Entusiasmada de aprender o verdadeiro ensino bíblico, ela tinha vários estudos bíblicos por semana e assistia regularmente às reuniões. Progrediu rapidamente, a ponto de dedicar sua vida a Jeová. Estava apreensiva quanto a retornar a Israel, por causa da oposição de alguns da sua família à sua recém-encontrada fé? Não, ela voltou ansiosamente para lá e serve regularmente, todo mês, como pioneira auxiliar.
Um israelense chamado Rami, depois de se mudar com esposa e filhos de país em país, falou com Testemunhas de Jeová na Nova Zelândia e gostou do que ouviu. No ínterim, seus pais, que moram numa região de Israel em que as Testemunhas não têm pregado, visitaram Rami. Ele havia freqüentemente dado testemunho a eles por carta, mas quando ouviram as boas novas do Reino dos lábios de seu filho, o pai perguntou: “Por que não nos informou disso nosso rabino?” Os pais começaram a assistir a todas as reuniões, e participavam do estudo bíblico que as Testemunhas dirigiam para Rami. A estada deles, de quatro meses, bastou para convencê-los de que haviam encontrado a verdade. Ao voltarem para Israel, os pais estavam prontos para dar testemunho aos seus muitos parentes e amigos, e a enfrentar a resistência que muitos iriam demonstrar para com o seu novo conceito sobre a vida. Imediatamente, ao chegarem, contataram a congregação mais próxima, e, desde então, os irmãos têm dirigido para eles um estudo bíblico.
Para assistir a todas as reuniões, os pais de Rami viajam ida e volta quase 130 quilômetros. Visto que sua família é bem conhecida, a notícia da sua associação com as Testemunhas de Jeová se espalhou rapidamente na sua cidade. A fim de chamar atenção para as boas novas, o pai expõe as publicações da Sociedade no seu escritório. De modo que, em resultado da semente do Reino semeada lá longe, na Nova Zelândia, dá-se agora um bom testemunho naquela parte de Israel. O que aconteceu com Rami e sua esposa? Eles foram batizados em junho último.
Uma irmã, no Paquistão, nova na atividade de casa em casa, teve fortalecida a sua confiança em Jeová. Enquanto empenhadas no ministério de campo, ela e sua companheira foram detidas numa casa por jovens que objetavam a elas pregarem o cristianismo. Um deles telefonou ao seu pai, um oficial da polícia, a fim de que viesse e prendesse as publicadoras. Quando o pai chegou e viu a revista A Sentinela, ele disse ao filho que não interferisse, e acrescentou: “Esta é a sua fé, e elas têm de pregá-la.” Os jovens exigiram que a polícia as impedisse de pregar. O pai, com voz severa, disse ao filho e aos outros jovens: “Se quiserem fazê-las parar, então preguem a elas e as convençam.” De modo que as duas publicadoras partiram discretamente, fortalecidas por esta experiência.
Ponchaleo, uma jovem duma aldeia ao norte de Chiang Mai, na Tailândia, enfrentou muita pressão de seus pais por desejar a verdade. Os pais dela faziam parte dos fundadores da igreja local. Ponchaleo, porém, não se deixou impedir de estudar a Bíblia, e ela continuou suas lições bíblicas no lar de irmãos ou no Salão do Reino.
Embora more a mais de 20 quilômetros do Salão do Reino, ela o freqüenta regularmente. Isto é notável, quando se toma em consideração a condição física dela. Há vários anos, ela sofreu um ataque severo de artrite reumática, que a deixou deficiente física. Sua condição física não afetava sua assistência às reuniões, mas obrigou-a a depender em grande parte dos pais para o sustento financeiro. Entretanto, algumas irmãs na congregação ensinaram-lhe a fazer doces, que ela podia vender no mercado da sua aldeia. No começo, este pequeno negócio trouxe-lhe zombarias dos pais e dos amigos, que achavam que Ponchaleo nunca ganharia dinheiro suficiente para ajudá-la a se sustentar de modo significativo. Para a grande surpresa da sua família, ela consegue ganhar dinheiro suficiente para pagar as necessárias despesas decorrentes de ir assistir às reuniões, e mesmo a assembléias e congressos. Com determinação e fé, ela renunciou à igreja, e em fevereiro de 1987 iniciou o ministério de campo. Desde então tem sido publicadora zelosa. Em julho de 1987, ela foi batizada na assembléia de circuito em Phitsanulok.
Europa
O espírito santo de Jeová habilita sua organização a realizar uma grande obra de educação espiritual. Neste respeito, as palavras registradas em Isaías 11:9 encontram cumprimento hoje em dia: “A terra há de encher-se do conhecimento de Jeová assim como as águas cobrem o próprio mar.” Esta educação divina também tem tido bom efeito nos círculos educativos seculares.
Por exemplo, a brochura A Escola e as Testemunhas de Jeová tem ajudado nossos jovens irmãos e irmãs a granjear o respeito das autoridades escolares na Bélgica. Uma autoridade educativa da cidade de Oupeye-Liège escreveu a seguinte carta, de 29 de janeiro de 1988, a todos os diretores:
“Sem dúvida, estão apercebidos do fato de que nos últimos anos a religião das Testemunhas de Jeová se desenvolveu grandemente . . . Este fato nada mais é do que um dos fenômenos da humanidade que não temos o direito de ignorar . . . Com o fim de informá-los, . . . decidi enviar-lhes fotocópias de A Escola e as Testemunhas de Jeová, um folheto editado pelas próprias Testemunhas de Jeová. Eu ficaria grato se cuidassem de que, no que for possível, a totalidade dos desejos expressos neste folheto fosse respeitada por seu corpo docente.”
Filhos das Testemunhas de Jeová devem obter notas altas pelo seu decoro na escola. Na Bélgica, a professora de Nadia, da quarta série, desgostava intensamente das Testemunhas de Jeová. A mera idéia de ter uma Testemunha na sua classe tornava a professora tão irascível, a ponto de não somente apoquentar constantemente a Nadia, mas também de gritar com outras crianças e de bater nelas. Certo dia, por causa de todos os palavrões dos estudantes na classe, a professora mandou que cada criança fosse ao quadro-negro e escrevesse um palavrão, bem como seu sentido. Ela advertiu: “Quem se negar, baixará de pontos no seu boletim!”
“A senhora pode deixar-me fora disso”, disse Nadia cortesmente. “Prefiro ter notas inferiores a escrever essas palavras!” A professora, porém, não recuou. De modo que Nadia foi até o quadro-negro, e, ao lado de cada palavra vulgar escrita pelos estudantes, ela escreveu: “IMPUREZA.” Nadia pensava que ia receber dez pontos menos, mas que alívio foi a professora anunciar: “Nadia tem nota de 100 por cento, e todos os outros zero, visto que ela é a única que sabe que essas palavras nunca devem ser usadas!”
Os não-em-casa no ministério de campo são um problema recorrente enfrentado pelos nossos irmãos na Grã-Bretanha. Os pioneiros têm feito esforços intensos de sanar este problema. Quando Carol e Catherine decidiram visitar entre 6 e 8 horas da noitinha aqueles que não haviam estado em casa, tiveram excelente êxito. “As pessoas estão muito mais descontraídas após o seu dia de trabalho”, relatam elas. “Muitos daqueles que escutaram não haviam sido visitados regularmente, alguns até mesmo admitindo que nunca chegaram a conhecer-nos — e isto em casas que visitamos já por anos.” Outra pioneira que decidiu contatar pessoas antes de saírem de casa para ir trabalhar começou o serviço de campo antes das oito horas da manhã. Durante algum tempo, cuidou assim de todos os não-em-casa, colocando 12 livros e 108 revistas, e iniciando dois itinerários de revistas e dois prospectivos estudos bíblicos. Já tentou ser adaptável por mudar seu horário para se ajustar ao seu território?
A filial da Grécia relata que numa ilha perto da costa da Turquia um arcebispo tentou impedir a atividade de pregação das Testemunhas. Por meio dum tratado intitulado: O Grande Problema: TESTEMUNHAS DE JEOVÁ, ele divulgou por toda a ilha que um famoso teólogo viria proferir uma conferência sobre este assunto. As Testemunhas estudavam regularmente a Bíblia com uma família dentre os 1.500 habitantes de certa aldeia na ilha. De modo que se pediu ao teólogo que visitasse esta família, para fazê-la voltar ao seio da igreja. Enviou-se um diácono para informar a família da vindoura visita do teólogo. O homem interessado e sua família explicaram ao diácono que aceitariam de bom grado esta visita. Mas, o teólogo não veio sozinho. Vieram com ele o pároco da aldeia, bem como o diácono e outro clérigo. O homem interessado respondeu a todas as perguntas deles com o uso da Bíblia. Suas respostas a perguntas a respeito da Trindade, do nome de Deus e de outros tópicos silenciaram-nos. Por fim, o teólogo voltou-se para os três companheiros e perguntou: “Por que me trouxeram a este líder das Testemunhas de Jeová?” O interessado replicou: “Ora, eu sou apenas novato. Nem mesmo sou batizado!” O teólogo, tomado de surpresa, exclamou: “Vamos sair já deste lugar!”
Três filhos famintos, um marido desempregado e dívidas substanciais induziram Nati, na Espanha, a aceitar uma oferta de dinheiro fácil. Ela concordou em transportar drogas ilícitas entre a África do Norte e a Espanha. Visto que era novata em atividades criminosas, os nervos dela não agüentaram, suscitando suspeitas na polícia da fronteira. Em desespero, Nati escondeu o embrulho do contrabando no sanitário. Seu truque foi descoberto e ela foi presa sob a séria acusação de tráfico de drogas. Nati negou veementemente que o pacote lhe pertencesse, e depois de alguns dias foi solta da cadeia.
Três anos mais tarde, Nati começou a estudar a Bíblia. Ela soube então que o processo judicial contra ela ainda estava pendente, e que, de fato, ela havia sido sentenciada em ausência a cinco anos de prisão e uma multa de 300.000 pesetas (c. Cz$ 1.500.000,00). O marido de Nati insistiu que, por amor aos seus quatro filhos — o mais novo tinha apenas dois anos — ela não comparecesse ao tribunal, ou, caso o fizesse, que pelo menos se apegasse à sua original afirmação de inocência. Mas a consciência de Nati havia sido tocada pelos princípios bíblicos, e ela estava agora decidida a contar a verdade. Com a sua Bíblia na mão, Nati explicou aos juízes sua precária situação financeira que a levara ao erro original. Ela falou ao tribunal sobre as suas recém-encontradas crenças que não somente a obrigavam a contar a verdade, mas que a impediriam de fazer outra vez uma coisa ilícita. “Jeová sabe que estou arrependida”, concluiu.
O veredicto? Apenas dois meses de prova com suspensão condicional da sentença! Nati está mais do que nunca convencida de que a honestidade compensa, e agradece a Jeová e à Sua Palavra por ajudá-la.
A Espanha tem a taxa mais elevada de desemprego da Europa, de modo que Faustino ficou muito alegre quando seu pedido de emprego foi aceito em base de duas semanas de experiência, embora explicasse que teria de sair do trabalho mais cedo em duas noites da semana, para assistir às suas reuniões religiosas. No entanto, logo no primeiro dia do período de experiência, surpreendentemente ofereceram-lhe um contrato permanente de trabalho. Por que tal ação para com um trabalhador desconhecido à firma? Um dos diretores da firma mencionou a um cliente que haviam contratado uma Testemunha de Jeová. “Se ele for realmente Testemunha, não abra mão dele”, respondeu o cliente. “Não se encontram mais hoje trabalhadores assim. São realmente de confiança.”
América Latina
Como deve agradar ao nosso Pai celestial observar a atividade de seu povo em todo o mundo. Lemos no Salmo 149:4: “Jeová tem prazer no seu povo. Embeleza os mansos com salvação.” Nossos irmãos na América Latina certamente se esforçam para ter o beneplácito de Deus.
Uma irmã na Bolívia, certo dia, foi visitar uma senhora interessada em assinar para A Sentinela e Despertai!. Enquanto ela e a irmã acompanhante estavam paradas à porta, de repente se deu conta de que estavam na casa errada. Antes de o morador poder vir à porta, a outra irmã disse: “Vamos embora!” Todavia, acalmaram-se e raciocinaram que, visto já terem batido, era melhor esperar e falar com quem as atendesse.
A dona-de-casa cumprimentou alegremente nossas irmãs, como se fossem velhas amigas que não se viam há tempo. Ela disse com um sorriso cordial: “Vocês sempre passam de manhã, quando não tenho tempo para escutar.” A moradora convidou nossas irmãs a entrar, e seguiu-se uma animada palestra bíblica, a moradora aceitando publicações. Quando nossas irmãs voltaram na semana seguinte, iniciou-se um estudo bíblico com a moradora, e esta, apesar da oposição do seu marido, fez bom progresso. Foi batizada no último congresso de distrito.
Uma missionária designada para a Bolívia iniciou um estudo bíblico com Josefa, a qual há 15 anos fora publicadora não-batizada. Ela deixara de se associar com as Testemunhas de Jeová porque fora ofendida. Desde o primeiro estudo, a irmã perceptiva bondosamente considerou com Josefa o que a Bíblia diz sobre aceitar conselho e disciplina. Essa prontamente entendeu o valor prático do conselho da Bíblia e aceitou com apreço esta informação. Josefa decidiu que não iria mais deixar que sua anterior atitude errada a impedisse de progredir na verdade. Ela planeja ser batizada e já está fazendo arranjos para ser pioneira auxiliar.
A Escola do Serviço de Pioneiro continua a ter um efeito positivo no Chile, estimulando os pioneiros mais novos a se apegar ao ministério de tempo integral, e ajudando-os a ser evangelizadores mais eficientes por dar ênfase a mostrar interesse pessoal em outras pessoas. Certa manhã, uma pioneira que cursara a escola estava empenhada no ministério de porta em porta. Numa casa, a empregada a atendeu e disse que ela estava ocupada demais para falar com a nossa irmã, porque a dona-de-casa estava de cama, doente. A irmã pediu à empregada que levasse a revista Despertai! à senhora doente e recomendou à empregada que lhe mostrasse o artigo sobre a boa saúde.
A irmã relata: “Pedi à empregada que transmitisse à dona-de-casa meus votos de que se recuperasse rapidamente da doença e lhe dissesse que, em outra ocasião, eu teria prazer de falar-lhe sobre as promessas bíblicas de uma terra paradísica. Quando a empregada voltou, ela me convidou a entrar. Entrei no quarto da senhora e vi que ela era de idade avançada, e estava muito doente. Tinha semblante triste. Expliquei o motivo da minha visita, e ela ficou surpresa. Disse que havia decidido falar comigo porque, embora não a conhecesse, eu expressara meus votos pela sua recuperação, e isto a fez sentir-se feliz.” Iniciou-se um estudo bíblico. Hoje, esta senhora assiste às reuniões congregacionais e fez mudanças necessárias na sua vida, esperando algum dia tornar-se parte do povo dedicado de Jeová. Quão importante é que mostremos interesse pessoal nos outros!
Nem todos os opositores realmente odeiam a verdade, conforme mostra a seguinte experiência procedente do Paraguai. Certo dia, uma Testemunha contatou um homem que mostrou algum interesse na verdade. Todavia, o pai dele, ministro duma igreja, prontamente lhe proibiu qualquer comunicação com as Testemunhas. O pai ameaçou romper todos os vínculos com o filho, se este continuasse a receber as Testemunhas na sua casa. Por este motivo, o filho cancelou todas as visitas do publicador. Quando sua esposa começou a estudar a Bíblia, o filho, igual ao pai, começou a opor-se a isso a ponto de tornar-se violento. Não permitia que a publicadora visitasse o seu lar ou mesmo que passasse diante da casa. A esposa ainda assim queria aprender mais sobre a Bíblia, de modo que a publicadora continuou o estudo por correspondência.
Quando este homem descobriu que sua esposa não só continuava a estudar a Bíblia, mas que estava tomando a verdade a sério, sua oposição aumentou. Até mesmo seus filhos passaram a temê-lo. Ele começou a beber muito e também se entregou à jogatina. A esposa dele suportou tudo isso durante os sete anos seguintes. Mas, bem lá no íntimo, o homem sentia remorsos pela sua má conduta.
Finalmente, o marido consentiu que uma Testemunha o visitasse de novo. Que surpresa feliz foi para a esposa e os filhos quando ele concordou em ter um estudo bíblico domiciliar. Quando problemas com os demônios começaram a interferir no progresso da família na verdade, os anciãos ajudaram a família a confiar em Jeová para obter a vitória. Com o tempo, os ataques cessaram. Juntos, o homem e sua esposa dedicaram sua vida a Jeová e tomaram medidas para ser batizados. Este anterior forte opositor da verdade serve agora feliz a Jeová, junto com toda a sua família.
Um homem no Uruguai, cuja irmã está estudando a Bíblia com as Testemunhas de Jeová, estava sentado num banco da praça da cidade, quando um assustado menino, de cinco anos, filho duma Testemunha, veio correndo a toda velocidade em direção a ele. Procurava proteção contra outro menino que corria atrás dele e atirava pedras nele. Apontando para o menino mal comportado, a jovem Testemunha disse: “Meninos maus assim vão morrer no Armagedom.” O homem ficou surpreso de ouvir a palavra “Armagedom” da boca de uma criança tão pequena. Lembrou-se de já ter ouvido antes esta palavra, da sua irmã. De modo que perguntou ao menino exatamente o que era o Armagedom. Naquela mesma manhã, o menino havia estudado este assunto com a mãe, de modo que soube dar ao homem uma boa explicação. Impressionado com o conhecimento da criança, o homem tomou interesse na verdade e pediu um estudo bíblico. Conforme diz o salmista “Da boca de crianças e de bebês fundaste a força.” — Sal. 8:2.
América do Norte e ilhas do Caribe
Malcolm, um homem jovem, casado, que mora no Canadá, havia conhecido apenas casualmente a verdade quando se envolveu imoralmente com outra mulher, a qual ele depois assassinou num acesso de ira ciumenta. O problema dele sempre fora um temperamento muito volátil e a incapacidade de se controlar. Quando foi sentenciado à prisão, ele foi descrito por um psiquiatra como “matador com tendência homicida”. Em 2 de junho de 1982 Malcolm recebeu uma longa sentença à prisão.
Na prisão, teve discussões com diversos membros do clero, às vezes comparecendo aos ofícios religiosos deles, mas sem obter respostas satisfatórias às suas perguntas. Finalmente, por meio dum trabalhador na prisão, o qual é Testemunha de Jeová, fizeram-se em abril de 1985 arranjos para ele ter um estudo bíblico regular. Desde então, Malcolm tem feito grandes mudanças na sua vida. Seu transformado conceito sobre a vida e sua conduta melhorada têm impressionado as autoridades carcerárias, os psiquiatras e outros presos. Seu apreço pela verdade o induz a transmitir o que aprende a outros presos, falando-lhes em média 60 a 70 horas por mês sobre a Bíblia.
Em resultado da atividade de testemunho de Malcolm, outro homem, recentemente libertado da prisão, assiste agora às reuniões em outra parte do país. Malcolm recebeu em 23 de janeiro de 1988 um passe diurno, que lhe permitiu assistir a uma assembléia de circuito, acompanhado por um guarda desarmado da prisão. No mês seguinte, em fevereiro, Malcolm, tendo sido batizado, foi aprovado como pioneiro auxiliar, e ele planeja continuar a ser regularmente pioneiro auxiliar. Espera tornar-se elegível para receber liberdade condicional diurna em 1993 e a plena liberdade condicional em 1996. De modo que pessoas de passados variados reagem favoravelmente às boas novas.
O testemunho com as revistas está aumentando nas Ilhas Caimã, sendo muitos os que tomam interesse especial nos artigos. Um irmão que é pioneiro colocou com um comerciante uma revista Despertai! que destacava “Mulheres no Local de Trabalho”. Depois de lê-la, este homem ficou tão impressionado, que decidiu que ela devia ser lida por todas as suas funcionárias. Para ter certeza de que leriam o artigo, fez fotocópias para cada uma delas, anexando a cada cópia um papel pedindo que, depois de ler o artigo, assinasse o papel para indicar que o havia lido.
Na Jamaica, uma irmã foi internada num hospital para uma cirurgia. Ela notificou o hospital de que não permitiria transfusões de sangue. Quando um dos médicos lhe perguntou se preferia morrer sem sangue, ela replicou: “Não é que eu queira morrer, mas, por motivos bíblicos, permanecerei fiel ao meu Deus, mesmo que signifique a morte.”
No dia seguinte, o médico voltou e desafiou a irmã a mostrar-lhe onde a Bíblia proibia o sangue. Ela convidou-o a ler Atos 15:28, 29. Depois de ler o texto, ele respondeu: “Mas aqui não diz que não se deve tomar transfusões de sangue.” A irmã perguntou-lhe: “Suponhamos que o senhor diga ao seu paciente que deve abster-se de bebidas alcoólicas, significa isso que não deve beber álcool, mas que pode achar outros meios de introduzi-lo no corpo?” Antes de o médico poder responder, uma enfermeira que escutou a conversa interrompeu-a e disse que ela sabia de um médico que dissera a um de seus pacientes que não tomasse bebidas alcoólicas. O paciente parou de beber álcool, continuou a enfermeira, mas derramava a bebida alcoólica sobre o pão e então comia o pão. O ponto ficou esclarecido e o médico da irmã não disse mais nada. Ele aceitou um número da revista Despertai! contendo um artigo com a experiência duma Testemunha enferma em estado crítico, mas que ainda assim recusou uma transfusão de sangue e sobreviveu. Mais tarde, o médico leu a revista, e depois incentivou outros médicos e pacientes a lê-la também. A irmã teve sua operação sem sangue e se recupera satisfatoriamente.
Os irmãos nas Ilhas de Sotavento não pouparam esforços para assistir à série de assembléias de circuito e dias de assembléia especial neste último ano de serviço. Viajaram de barco e de carro, e, em alguns casos, foram a pé. Na ilha montanhosa de Dominica, Penny, uma irmã com dois filhos, James e Thomas, foi impedida de usar qualquer dos dois automóveis da família para viajar à assembléia de circuito na capital, Roseau, a uns 55 quilômetros da sua casa nas montanhas. Sem se deixar abalar, os três empreenderam a viagem a pé, dispostos a subir e a descer morros. Quando chegaram aos arredores da sua aldeia, encontraram o seu primeiro obstáculo — um rio que transbordou. Penny tirou os sapatos e estava pronta para atravessá-lo, mas James, de 11 anos, não era tão alto como a mãe, e Thomas, de 5 anos, era ainda menor. Os meninos tinham medo de tentar esta aventura amedrontadora. Vendo os apuros deles, um jovem, parado por perto, carregou os dois meninos a salvo através do rio.
Lá se foram os três andando de novo, esta vez mais uns dois quilômetros, antes de o motorista de um carro que passava reconhecê-los e oferecer-lhes carona, mas apenas por uma curta distância. Quando soube da situação deles, teve dó e os levou outros 16 quilômetros até a cidade costeira de Portsmouth. No entanto, ainda estavam a uns 40 quilômetros do lugar da assembléia. Todavia, estavam decididos a chegar lá, e, entre caminhar e conseguir outras caronas, finalmente chegaram ao seu destino bem na hora do começo do programa.
Em Trinidad e Tobago, os irmãos têm bom êxito com o uso dos novos tratados. Uma Testemunha, de nome Anderson, tem feito questão de exibi-los no bolso da sua camisa ao viajar para o trabalho e na volta. Dos quatro tratados, aquele com que tem tido mais êxito em divulgar as boas novas é Que Esperança Há Para Entes Queridos Falecidos?. Neste tratado, apenas se pode ver a cabeça da menina acima do seu bolso. Isto costuma ser o suficiente para provocar a pergunta: ‘Que retrato é este?’ ou: ‘Que tem aí?’ Isso lhe oferece excelentes oportunidades para explicar o que a Bíblia diz sobre a condição dos mortos e a esperança quanto ao futuro deles.
Anderson conta: “No meu escritório, uma das senhoras perguntou sobre o tratado. Durante a conversa, eu não somente transmiti-lhe a mensagem espiritual do tratado, mas expliquei tudo sobre as nossas gráficas, os muitos livros e revistas que publicamos, e os tópicos que abrangem. Ela ficou impressionada com a minha resposta e depois perguntou se tínhamos um livro bíblico para crianças.”
No dia seguinte, Anderson trouxe-lhe a publicação Meu Livro de Histórias Bíblicas. Ela ficou simplesmente abismada ao ver a apresentação positiva, brilhante e simples, com os versículos bíblicos relacionados no fim de cada história. Por causa do entusiasmo dela pelo livro, outras senhoras no escritório também pediram publicações. Anderson conclui: “Coloquei dez livros Histórias Bíblicas e mais três publicações, e todos os dias ainda me certifico de que meus tratados sejam visíveis no bolso da minha camisa.”
Ilhas do Pacífico
Um cântico composto para a adoração de Jeová expressava o contentamento e a felicidade dos israelitas com o seu Deus. Cantavam com júbilo: “O próprio Jeová se tornou rei! Jubile a terra. Alegrem-se as muitas ilhas.” (Sal. 97:1) Sim, as ilhas do mar têm motivos para se sentirem felizes pela sua parte de fazer o convite de vir e beber das águas da vida eterna.
A importância de fixar alvos pessoais é destacada pela experiência duma irmã na Austrália. Durante os dois meses duma recente campanha de assinaturas, ela fixou para si o alvo de 50 assinaturas. Achava que podia angariar uma assinatura por dia no primeiro mês, e depois angariar 20 no segundo mês.
Ela relata: “Orei regularmente a Jeová sobre o meu alvo, e depois trabalhei arduamente para certificar-me de atingi-lo. Às vezes eu tinha de voltar três ou quatro vezes antes de o morador ter dinheiro suficiente para pagar a assinatura. As revisitas eram feitas à noitinha e algumas de manhã cedo. Uma senhora até mesmo ofereceu-se a trazer o dinheiro à minha casa, o que ela fez.” Imagine a alegria da irmã quando atingiu seu alvo — 31 assinaturas no primeiro mês! Angariou 20 assinaturas no mês seguinte? Sim, angariou!
Nos meses seguintes, por cultivar o interesse encontrado, esta irmã iniciou diversos estudos bíblicos. Embora nem todos os estudos tenham continuado, muitas pessoas renovaram suas assinaturas. Uma senhora interessada tem um estudo regular do livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra e está fazendo bom progresso. A irmã conta: “Acho que pude conseguir tudo isso por fixar um alvo e ser positiva. É realmente preciso confiar em Jeová e trabalhar arduamente. Provérbios 10:22 certamente é verdade no meu caso: ‘A bênção de Jeová — esta é o que enriquece, e ele não lhe acrescenta dor alguma.’”
A página impressa da Sentinela é poderosa. Pode mudar a atitude dos seus leitores. Nas Ilhas Salomão, as pessoas em algumas das aldeias ainda têm medo de receber abertamente as Testemunhas, visto que seus líderes religiosos objetam veementemente a isso. Numa das ilhas dos recifes, quando os publicadores entraram numa dessas aldeias para ir de casa em casa, foram atacados e mandados nunca mais entrar na aldeia para pregar. Os publicadores moram apenas a um quilômetro e meio rio acima, e têm de passar por esta aldeia toda vez que vão a outros lugares. Não obstante, as pessoas lhes davam a entender que não eram bem-vindos. Todavia, a atitude delas mudou agora. Até mesmo cumprimentam as Testemunhas. O que aconteceu?
Filhos de Testemunhas, que costumam brincar à beira do rio com rústicas canoas de brinquedo, passaram a usar páginas de antigos e descartados números da Sentinela como velas. Deixavam que a água levasse suas pequenas canoas rio abaixo. Sem que as Testemunhas o soubessem, as crianças naquela outra aldeia apanhavam as canoas. Mas, quem ajuntaria as velas? Os adultos que sabiam ler. Em resultado disso, os aldeões mudaram de atitude para com as Testemunhas. Embora ainda tenham medo de acolhê-las abertamente, são agora amigáveis para com elas.
Em Tuvalu, cuidado pela filial de Samoa Ocidental, o ano começou com a Escola do Serviço de Pioneiro, a qual tem dado ímpeto à pregação. Em resultado disso, duas pioneiras passaram dois meses como pioneiras especiais temporárias na ilha de Nanumanga, onde 200 pessoas haviam assistido à Comemoração. As pioneiras, entre si, dirigiram o total de 21 estudos bíblicos. Numa recente conferência eclesiástica em Funafuti, o pastor protestante de Nanumanga proferiu um sermão, expressando sua preocupação de que a maioria das pessoas na sua ilha sentem-se atraídas às Testemunhas e apenas umas poucas “sábias” as rejeitam. Ele disse que vê toda manhã mulheres levantando-se cedo e preparando seu lar para acolher as irmãs que virão dirigir seu estudo bíblico. As mulheres estão tão interessadas nos seus estudos bíblicos, afirmou ele, que, quando um filho chora, elas pegam a criancinha com uma mão e continuam procurando textos bíblicos com a outra. Embora ele talvez tenha exagerado o assunto, isso atesta a eficácia da pregação da verdade naquela ilha. — Fil. 1:15, 18.
Ocasionalmente, pessoas que procedem de níveis sociais afluentes sofrem muita oposição da família por causa do seu interesse na verdade. O pai dum irmão é sócio duma grande rede de supermercados no Havaí. A família esperava que ele, com o tempo, ocupasse uma posição de gerente. Entretanto, ao se tornar Testemunha, o irmão sentiu-se feliz de continuar como funcionário de loja. Por algum tempo houve muita agitação, quando membros da família tentaram pressionar o irmão e sua esposa a mudar de idéia. Em vista do excelente exemplo dado por este casal, a oposição tem diminuído. Nosso irmão é agora servo ministerial e ainda continua como almoxarife, para o grande espanto da sua família e de outros empregados.
Países em que há proscrição
Nos países em que a obra do Reino está proscrita, os irmãos permanecem destemidamente leais a Jeová. Iguais a Davi, dizem: “Tenho posto a minha confiança em Deus. Não temerei. Que me pode fazer o homem terreno?” — Sal. 56:11.
Nossos irmãos viviam pacificamente na parte sulina de certo país africano quando, em 1975, por causa da sua posição neutra, foram presos e levados a campos de detenção na parte setentrional do país. Perderam todos os seus bens. Naqueles campos, no começo, realizavam suas reuniões em segredo, mas depois puderam reunir-se abertamente. Enquanto estavam nesses campos, trabalhavam diligentemente nas roças, produzindo safras e criando galinhas, porcos e outros animais. Pouco depois, o movimento de resistência aumentou a perseguição e desfez a rotina normal de vida dos irmãos por hostilizá-los, saquear suas posses e até mesmo assassinar alguns deles.
Nossos irmãos tiveram de fugir, e novamente perderam tudo o que tinham. Todavia, com a cooperação de representantes de duas organizações de socorro, o governo providenciou que nossos irmãos fossem levados de avião de volta à capital, onde a maioria havia morado antes. Muitos chegaram ali indigentes. Alguns deles estavam tão pobremente vestidos, que se sentiram embaraçados demais para sair do aeroporto. Perguntavam-se: “O que vamos comer? . . . O que vamos vestir?” (Mat. 6:31) Mas Jeová Deus proveu. A notícia sobre os seus apuros foi transmitida aos irmãos na África do Sul, que rapidamente providenciaram suprimentos de socorro — 83 toneladas de alimentos e de roupa. Com a ajuda da Cruz Vermelha, estes suprimentos foram prontamente entregues aos nossos irmãos. Logo se reorganizaram as congregações. E qual é sua atual condição espiritual? Jeová os abençoa ricamente. Eles realmente ultrapassaram o auge de publicadores que tiveram em 1975, quando começou a perseguição.
Por causa das condições econômicas existentes em outro país, a maioria das pessoas ali tomam apenas uma refeição por dia. Isto obrigou alguns, mas não todos os pioneiros a abandonar o serviço de tempo integral e procurar serviço secular. Por causa de dificuldades locais, os reembolsos de despesas dos pioneiros especiais freqüentemente chegam tarde. Sem comida na casa, a esposa de um pioneiro especial ficou desanimada e rogou seu marido a começar a empreender novamente trabalho secular. Ele a incentivou a confiar plenamente em Jeová. Depois de orarem juntos, na escuridão da noite ouviram um barulho estranho. O irmão pegou rapidamente a lâmpada e notou um tipo de tatu debaixo da mesa. Ele não perdeu tempo para capturar esta carne muito apreciada, que solucionou seu problema de comida por alguns dias.
Em outra ocasião, depois de sem sucesso procurar alimentos, encontrou-se com caçadores que haviam capturado um chacal, mas não sabiam o que fazer com a sua presa. Seu costume religioso proibia-lhes comer tal carne. Perguntaram ao pioneiro sobre o conceito dele a respeito dos alimentos. Ele explicou que os cristãos não estão mais sob o pacto da Lei e que se podia comer qualquer carne, desde que fosse devidamente sangrada. Isto convenceu os caçadores, e eles prontamente mataram e sangraram o chacal. Deram também ao pioneiro um grande pedaço de carne para levar para casa, para a sua família.
Portanto, não importa que parte do globo chamemos de nosso lar, Jeová, por meio do seu espírito santo e da noiva do Cordeiro, ainda estende o convite: ‘Venha!’ e “tome de graça a água da vida”. — Rev. 22:17.
[Foto na página 5]
No ano passado, 239.268 foram batizados em resposta ao convite: “Vem!”
[Fotos na página 14]
Na Itália, parte da multidão que assistiu ao Congresso de Distrito “Justiça Divina” em Verona, e congressistas em Leinì examinando o novo livro.
[Fotos na página 19]
A primeira turma da Escola de Treinamento Ministerial formou-se em 29 de novembro de 1987, e a segunda turma, em 22 de maio de 1988.
[Foto na página 22]
Na Guiana, país sul-americano, o novo Lar de Betel é de tijolos. Dedicado em 14 de janeiro de 1988.
[Foto na página 22]
O prédio em forma de U, da filial do Equador, acomoda escritórios, cozinha, refeitórios, lavanderia e quartos residenciais. Dedicado em 11 de outubro de 1987.
[Fotos na página 27]
O prédio da filial de Papua Nova Guiné tem quartos residenciais nos andares superiores. Também tem enfermaria, biblioteca, escritórios, estúdio de gravações, lavanderia, cozinha e refeitório. Dedicado em 12 de dezembro de 1987.
[Fotos na página 28]
A gráfica, os escritórios, a portaria e o Salão do Reino da filial de Gana estão agrupados em forma dum grande “U”. Dedicado em 30 de janeiro de 1988.
[Fotos na página 29]
As instalações da filial do Havaí incluem escritórios, uma sala de conferências, um refeitório e uma cozinha. Neste conjunto encontram-se também dois Salões do Reino. Dedicadas em 3 de abril de 1988.
[Fotos na página 30]
O bloco residencial da congênere de Portugal tem 40 quartos, com uma ala de serviço. Usa-se aquecimento solar. O prédio com a gráfica, de quatro pavimentos, possui uma área de escritórios e um Salão do Reino. Dedicado em 23 de abril de 1988.
[Foto na página 33]
Em Chipre, a filial tem quatro apartamentos com frente para jardins. Ao lado da propriedade foi construído um Salão do Reino. Dedicado em 2 de agosto de 1988.
[Foto na página 33]
O novo prédio da filial de Hong Kong acrescenta às instalações da Rua Kent seis quartos com banheiro, uma cozinha e um refeitório que pode confortavelmente acomodar 36 pessoas. Dedicado em 7 de maio de 1988.
[Tabela nas páginas 34-41]
RELATÓRIO MUNDIAL DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ SOBRE O ANO DE SERVIÇO DE 1988
(Veja a publicação)