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    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
    • Palestina e Síria. Cerca de 600 sítios datáveis têm sido escavados nessas regiões. Muitas das informações obtidas são de natureza geral, apoiando o registro bíblico numa base ampla, ao invés de se relacionarem especificamente com certos pormenores ou eventos. Como exemplo, fizeram-se esforços, no passado, de desacreditar o relato da Bíblia sobre a desolação completa de Judá durante o exílio babilônico. As escavações, porém, consubstanciam coletivamente a Bíblia. Como declara W. F. Albright: “Não existe um único caso conhecido de uma cidade de Judá propriamente dita ter sido continuamente ocupada durante todo o período do exílio. Apenas para salientar o contraste, Betel, situada um pouco além das fronteiras setentrionais de Judá nos tempos pré-exílicos, não foi destruída naquele tempo, mas foi continuamente ocupada até a parte final do sexto século.” — The Archaeology of Palestine (A Arqueologia da Palestina), 1971, p. 142.

      Bete-Sã (Bete-Seã), antiga cidade-fortaleza que guardava a via de acesso ao vale de Jezreel do lado L, foi um sítio de extensas escavações que revelaram 18 níveis diferentes de ocupação, exigindo a escavação até a profundidade de mais de 21 m. (DIAGRAMA, Vol. 1, p. 959) O relato bíblico mostra que Bete-Sã não se achava entre as aldeias originalmente ocupadas pelos invasores israelitas, e que, no tempo de Saul, era ocupada pelos filisteus. (Jos 17:11; Jz 1:27; 1Sa 31:8-12) As escavações em geral apoiam este registro e indicam uma destruição de Bete-Sã algum tempo depois que os filisteus capturaram a Arca do Pacto. (1Sa 4:1-11) De interesse especial foi a descoberta de certos templos cananeus em Bete-Sã. Primeiro Samuel 31:10 declara que os filisteus colocaram a armadura do Rei Saul “na casa das imagens de Astorete e prenderam seu corpo morto à muralha de Bete-Sã”, ao passo que 1 Crônicas 10:10 afirma que “puseram a armadura dele na casa do seu deus, e o crânio dele prenderam à casa de Dagom”. Dois dos templos escavados eram do mesmo período e um deles fornece evidência de ser o templo de Astorete, ao passo que se acha que o outro seja o de Dagom, assim se harmonizando com os textos acima quanto à existência de dois templos em Bete-Sã.

      Eziom-Géber era a cidade portuária de Salomão no golfo de Acaba. É possível que seja a atual Tell el-Kheleifeh, que foi escavada durante 1937-1940 e apresentou evidência de uma fundição de cobre, encontrando-se escória de cobre e pedaços de minério de cobre num aterro baixo nesta região. No entanto, as conclusões originais do arqueólogo Nelson Glueck, a respeito do sítio, foram radicalmente revistas por ele num artigo em The Biblical Archaeologist (O Arqueólogo Bíblico, 1965, p. 73). Sua opinião de que se empregara ali um sistema de alto-forno de fundição baseava-se na descoberta do que se imaginava serem “buracos de chaminé” no prédio principal escavado. Ele chegou agora à conclusão de que esses buracos nas paredes do prédio são o resultado da “decomposição e/ou da queima de vigas de madeira colocadas no sentido da largura das paredes, para fins de junção ou de escoramento”. O prédio, que antes se pensava ser uma fundição, é, segundo se crê agora, um depósito de cereais. Ao passo que ainda se crê que realmente foram realizadas ali operações metalúrgicas, não se acha agora que tenham tido a envergadura anteriormente suposta. Isto salienta que o significado atribuído aos dados arqueológicos depende primariamente da interpretação individual do arqueólogo, interpretação esta que de forma alguma é infalível. A própria Bíblia não menciona nenhuma fundição de cobre em Eziom-Géber, descrevendo somente a fundição de itens de cobre num certo lugar no vale do Jordão. — 1Rs 7:45, 46.

      Hazor, na Galileia, foi descrita como sendo “a cabeça de todos estes reinos”, no tempo de Josué. (Jos 11:10) Escavações feitas ali mostraram que a cidade abrangia antigamente uns 60 ha, tendo uma grande população, o que a tornava uma das principais cidades daquela região. Salomão fortificou a cidade, e a evidência daquele período indica que talvez fosse uma cidade para carros. — 1Rs 9:15, 19.

      Jericó foi submetida a escavações durante três expedições diferentes (1907-1909; 1930-1936; 1952-1958), e as sucessivas interpretações dos achados demonstram novamente que a arqueologia, igual a outros campos das ciências humanas, não é fonte de informações positivamente estáveis. Cada uma das três expedições produziu dados, mas cada uma chegou a conclusões diferentes sobre a história da cidade e especialmente sobre a data da sua queda diante dos conquistadores israelitas. De qualquer modo, pode-se dizer que os resultados conjuntos apresentam o quadro geral fornecido no livro Biblical Archaeology (Arqueologia Bíblica; 1962, p. 78), de G. E. Wright, que declara: “A cidade sofreu terrível destruição, ou uma série de destruições durante o segundo milênio a.C., e permaneceu virtualmente desocupada durante gerações.” A destruição foi acompanhada por um intenso incêndio, conforme mostra a evidência escavada. — Veja Jos 6:20-26.

      Em Jerusalém, em 1867, descobriu-se antigo túnel de água, que da fonte de Giom penetrava na colina por trás dela. (Veja GIOM N.º 2.) Isto talvez ilustre o relato da captura da cidade por Davi, em 2 Samuel 5:6-10. Em 1909-1911, o inteiro sistema de túneis ligados com a fonte de Giom foi desobstruído. Um túnel, conhecido como o Túnel de Siloé, tinha em média 1,80 m de altura e fora aberto na rocha numa distância de uns 533 m desde Giom até o reservatório de Siloé, no vale de Tiropeom (dentro da cidade). Parece assim ser o projeto do Rei Ezequias, descrito em 2 Reis 20:20, e 2 Crônicas 32:30. De grande interesse foi a antiga inscrição encontrada na parede do túnel, em antiga escrita hebraica monumental, descrevendo a escavação do túnel e sua extensão. Esta inscrição é usada para fins de comparação ao se datar outras inscrições hebraicas encontradas.

      Laquis, a 44 km ao OSO de Jerusalém, era uma das principais fortalezas que protegiam a região colinosa da Judeia. Em Jeremias 34:7, o profeta fala das forças de Nabucodonosor lutando contra “Jerusalém e contra todas as cidades de Judá que sobravam, contra Laquis e contra Azeca; porque elas, as cidades fortificadas, eram as que restavam dentre as cidades de Judá”. Escavações feitas em Laquis produziram evidência de destruição por fogo duas vezes num período de poucos anos, o que se acredita representar dois ataques dos babilônios (618-617 e 609-607 AEC), ficando ela depois desabitada por um longo período.

      Nas cinzas do segundo incêndio encontraram-se 21 óstracos (pedaços de cerâmica com inscrições), que se acredita representarem correspondência pouco antes da destruição da cidade no ataque final de Nabucodonosor. Conhecidos como as Cartas de Laquis, eles refletem um período de crise e de ansiedade, e parecem ter sido escritos em remanescentes postos avançados das tropas judaicas a Yaosh, comandante militar em Laquis. (FOTO, Vol. 1, p. 325) A carta número IV contém a declaração: “Que Iavé faça que meu senhor ouça hoje mesmo notícias de paz! . . . Estamos atentos aos sinais de Laquis, segundo todas as indicações que meu senhor deu, porque não podemos ver Azeca.“ (Ancient Near Eastern Texts [Textos Antigos do Oriente Próximo], editado por J. B. Pritchard, 1974, p. 322) Isto expressa notavelmente a situação descrita em Jeremias 34:7, citada acima, e indica que Azeca já havia caído ou pelo menos deixara de enviar sinais de fogo ou de fumaça conforme esperado.

      A carta número III, escrita por um certo Osaías, inclui o seguinte: “Que Iavé faça que meu senhor ouça hoje mesmo notícias de paz! . . . E foi relatado ao teu servo, dizendo: ‘O comandante da hoste, Conias, filho de Elnatã, desceu a fim de ir ao Egito e a Hodavias, filho de Aijá, e mandou seus homens obterem dele [suprimentos].’” (Ancient Near Eastern Texts, editado por J. B. Pritchard, 1974, p. 322) Este trecho pode muito bem representar o fato de que Judá recorria ao Egito em busca de ajuda, o que fora condenado pelos profetas. (Je 46:25, 26; Ez 17:15, 16) Os nomes Elnatã e Osaías, que ocorrem no texto completo desta carta, também são encontrados em Jeremias 36:12 e Jeremias 42:1. Outros nomes que estão nas cartas também ocorrem no livro de Jeremias: Gemarias (36:10), Nerias (32:12) e Jaazanias (35:3). Não se pode afirmar que eles representam as mesmas pessoas, mas a coincidência é notável, visto Jeremias ter sido contemporâneo daquele período.

      De interesse especial é o frequente uso do tetragrama nestas cartas, mostrando assim que, naquele tempo, os judeus não tinham aversão ao uso do nome divino. Também é de interesse a impressão dum selo de argila encontrada, que se refere a “Gedalias, que está sobre a casa”. Gedalias é o nome do governador nomeado sobre Judá por Nabucodonosor após a queda de Jerusalém, e muitos acham provável que esta impressão do selo se refira a ele. — 2Rs 25:22; compare isso com Is 22:15; 36:3.

      Megido era uma cidade-fortaleza estratégica que dominava um importante passo para o vale de Jezreel. Foi reconstruída por Salomão e é mencionada junto com as cidades-armazéns e cidades para carros do seu reinado. (1Rs 9:15-19) Escavações feitas no sítio (Tell el-Mutesellim), uma colina artificial de 5,3 ha, descobriram o que alguns peritos (mas não todos) acham ter sido cavalariças capazes de acomodar cerca de 450 cavalos. De início, estas construções foram atribuídas ao tempo de Salomão, mas, peritos posteriores modificaram a data delas para um período posterior, talvez o tempo de Acabe.

      A Pedra Moabita foi uma das mais antigas descobertas de importância na região ao L do Jordão. (FOTO, Vol. 1, p. 325) Foi encontrada em 1868 em Dhiban, ao N do vale do Árnon, e apresenta a versão do rei moabita Mesa da sua revolta contra Israel. (Veja 2Rs 1:1; 3:4, 5.) A inscrição diz em parte: “Eu (sou) Mesa, filho de Quemós-[. . .], rei de Moabe, o dibonita . . . Quanto a Onri, rei de Israel, ele humilhou Moabe por muitos anos (lit.: dias), porque Quemós [o deus de Moabe] estava irado com a sua terra. E seu filho o sucedeu, e ele também disse: ‘Humilharei Moabe.’ No meu tempo ele falou (assim), mas eu triunfei sobre ele e sobre a sua casa, sendo que Israel pereceu para sempre! . . . E Quemós disse-me: ‘Vai, toma Nebo de Israel!’ De modo que fui de noite e lutei contra ele desde a alvorada até o meio-dia, tomando-o e matando a todos . . . E tomei dali os [vasos] de Yahweh, arrastando-os perante Quemós.” (Ancient Near Eastern Texts [Textos Antigos do Oriente Próximo], editado por J. B. Pritchard, 1974, p. 320) De modo que a pedra não somente menciona o nome do Rei Onri de Israel, mas também, na 18.ª linha, contém o nome de Deus na forma do tetragrama.

      A Pedra Moabita menciona também muitos lugares referidos na Bíblia: Atarote e Nebo (Núm 32:34, 38); o Árnon, Aroer, Medeba e Díbon (Jos 13:9); Bamote-Baal, Bete-Baal-Meom, Jaaz e Quiriataim (Jos 13:17-19); Bezer (Jos 20:8); Horonaim (Is 15:5); Bete-Diblataim e Queriote. (Je 48:22, 24) Apoia assim a historicidade de todos estes lugares.

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    • Samaria, a capital grandemente fortificada do reino setentrional de Israel, foi construída sobre uma colina que se elevava cerca de 90 m acima do nível do vale. A prova de sua força de resistir a longos sítios, tais como os descritos em 2 Reis 6:24-30, no caso da Síria, e em 2 Reis 17:5, no caso do poderoso exército assírio, é indicada pelos restos de sólidas muralhas duplas, em alguns pontos formando um baluarte de 10 m de largura. A alvenaria encontrada no sítio, reputada como remontando ao tempo dos reis Onri, Acabe e Jeú, representa excelente mão de obra. O que parece ser a plataforma do palácio mede cerca de 90 m por cerca de 180 m. Encontraram-se grandes quantidades de peças, placas e painéis de marfim na área do palácio, e estes talvez se relacionem com a casa de marfim de Acabe, mencionada em 1 Reis 22:39. (Veja Am 6:4.) No canto NO do cume encontrou-se um grande reservatório cimentado, medindo cerca de 10 m de comprimento e uns 5 m de largura. Poderia ser o “reservatório de Samaria” em que se lavou o carro de Acabe, removendo-se o seu sangue. — 1Rs 22:38.

      Suscitaram interesse 63 cacos de cerâmica com inscrições a tinta (óstracos), considerados como datando do oitavo século AEC. Recibos de remessas de vinho e de óleo de outras cidades para Samaria mostram um sistema israelita de escrever números pelo uso de traços verticais, horizontais e inclinados. Um recibo típico reza como segue:

      No décimo ano.

      Para Gaddiyau [provavelmente o mordomo da tesouraria].

      De Azah [talvez a aldeia ou distrito que remetia o vinho ou o óleo].

      Abi-baʽal 2

      Ahaz 2

      Sheba 1

      Meribaʽal 1

      Tais recibos também revelam o uso frequente do nome Baal como componente de nomes, cerca de 7 nomes incluindo este nome para cada 11 que continham alguma forma do nome Jeová, provavelmente indicando a infiltração da adoração de Baal, conforme descrita no relato bíblico.

      A destruição ardente de Sodoma e Gomorra, e a existência de poços de betume (asfalto) naquela região são descritas na Bíblia. (Gên 14:3, 10; 19:12-28) Muitos peritos acham que as águas do Mar Morto talvez se tenham elevado no passado e tenham estendido a extremidade meridional do mar numa considerável distância, cobrindo assim o que talvez tenha sido o lugar dessas duas cidades. Explorações feitas nesta região mostram ser ela uma área queimada, de óleo e asfalto. A respeito deste assunto diz o livro Light From the Ancient Past (Luz do Passado Remoto), de Jack Finegan (1959, p. 147): “Uma cuidadosa pesquisa da evidência literária, geológica e arqueológica aponta para a conclusão que as infames ‘cidades da planície’ (Gênesis 19:29) estavam na área que agora está submersa . . . e que sua ruína foi realizada por um grande terremoto, provavelmente acompanhado por explosões, relâmpagos, ignição de gás natural e conflagração geral.” — Veja também SODOMA.

      Relacionada com as Escrituras Gregas Cristãs. O uso, por parte de Jesus, de uma moeda de um denário portando a efígie de Tibério César (Mr 12:15-17) é confirmado pela descoberta de um denário de prata com a efígie de Tibério e que foi posto em circulação por volta do ano 15 EC. (FOTO, Vol. 2, p. 544) (Veja Lu 3:1, 2.) O fato de que Pôncio Pilatos era então o governador romano da Judeia foi também confirmado por uma laje de pedra encontrada em Cesareia, com os nomes latinos Pontius Pilatus e Tiberieum. — Veja PILATOS; FOTO, Vol. 2, p. 741.

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