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CompensaçãoEstudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
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COMPENSAÇÃO
O equivalente dado ou recebido por serviços prestados, perdas ou ferimentos. O verbo hebraico traduzido por ‘dar compensação’ (sha·lém) é aparentado com sha·lóhm, que significa “paz”. (Êx 21:36; 1Rs 5:12) Assim, o verbo subentende um restabelecimento da paz por meio de pagamento ou restituição. Sob a lei dada a Israel mediante Moisés, exigia-se uma compensação quando havia danos ou perdas em qualquer campo das relações humanas.
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CompensaçãoEstudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
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Se, no decorrer duma luta entre homens, uma gestante fosse ferida ou seu(s) filho(s) ‘saíssem’, mas não houvesse acidente fatal, o dono da mulher devia cobrar uma indenização do homem culpado. (Se o marido fizesse uma exigência exorbitante, os juízes determinariam a soma a ser paga.) — Êx 21:22.
Se um touro tinha o hábito de escornar e seu dono tivesse sido avisado disso, mas não mantivesse o animal sob guarda, então, se este escornasse fatalmente um escravo, o amo do escravo devia receber do dono do touro 30 siclos (US$ 66) em compensação. Segundo comentadores judeus, isto se aplicava a escravos estrangeiros, não hebreus. Se o touro escornasse uma pessoa livre, então o dono dele devia morrer. Todavia, se aos olhos dos juízes as circunstâncias ou outros fatores permitissem uma pena mais leve, podia-se-lhe impor um resgate. Neste caso, o dono do touro escornante tinha de pagar a quantia imposta pelos juízes. Além disso, o dono sofria a perda do touro, o qual era apedrejado até morrer. A carne dele não podia ser consumida. (Êx 21:28-32) Esta lei evidentemente aplicava-se também no caso de outros animais capazes de causar ferimentos mortais.
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CompensaçãoEstudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
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Danos Físicos e à Propriedade. O homem que matasse o animal de outro tinha de pagar por ele. (Le 24:18, 21) Quando um touro havia matado outro, vendia-se o vivo, e tanto o preço obtido por ele como o do animal morto eram divididos em partes iguais entre os donos. Todavia, se se sabia que o touro era feroz, o dono compensava o outro por dar-lhe um touro vivo e ficar com o morto, que, consequentemente, valia muito menos. — Êx 21:35, 36.
A melhor parte do próprio campo ou vinhedo de alguém devia ser dada em compensação pelos danos causados por um animal que invadiu o campo de outro e pastou nele. Se alguém causasse um incêndio que então passasse para o campo de outro e causasse danos, o dono tinha de ser compensado de forma equânime. O julgamento mais pesado pelos danos causados por um animal invasor se devia a que animais são mais facilmente controláveis do que o fogo, e também porque o animal, ao pastar, derivou disso benefícios injustos, igual ao ladrão; por isso, exigia-se mais do que uma compensação equânime. — Êx 22:5, 6.
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Se um animal morresse por si só, fosse dilacerado por uma fera ou fosse levado por um bando de saqueadores, o depositário estava livre de culpa. A perda estava além do seu controle.
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CompensaçãoEstudo Perspicaz das Escrituras, Volume 1
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O homem que tomasse emprestado um animal de outro para seu próprio uso tinha de compensar quaisquer danos. (Êx 22:14) Se o dono dele o acompanhasse, não se requeria nenhuma compensação, à base do princípio de que a pessoa poderia ter cuidado da sua própria propriedade. Se fosse um item alugado, o dono sofria a perda, porque supostamente considerou o risco ao fixar o preço do aluguel. — Êx 22:15.
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