BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • Valores mutáveis numa era moderna
    Despertai! — 1981 | 8 de janeiro
    • Valores mutáveis numa era moderna

      conforme visto no cenário africano

      ‘EU TINHA visto as roupas que meus irmãos haviam trazido e os ouvira falar sobre os ordenados que iriam receber. Haviam descrito a iluminação das ruas, os cinemas, os salões de baile, as mulheres e os homens espertos da cidade. Meu pai não desejava que eu fosse, mas, sem me despedir de meus pais, tomei o ônibus em direção à cidade grande.

      ‘Estava surpreso com o que via e desejava ter vindo mais cedo. Não havia nada parecido em minha terra. Todas as casas eram iluminadas por luzes; havia uma inacreditável e excitante animação, sensação e esplendor. Todos irradiavam opulência, confiança e sucesso. A vida na cidade deve ser fácil, as compensações são grandes e obtidas rapidamente. Estava contente por ter deixado a escura e tranqüila choça de meu pai, onde eu era apenas um garoto, um mensageiro, um criado, um trabalhador. Isto é que era Vida!’

      Assim começou a experiência dum africano que desejava explorar os deleites dum outro mundo — a vida numa cidade grande.

      Sentia que sua mudança para a cidade e a perspectiva de mais bens materiais seriam um trampolim para a felicidade. Muitos compartilham os sentimentos dele. Talvez o próprio-leitor. O que está acontecendo na África ocorreu, ou ocorre, em muitas parte do mundo.

      Mudanças Tocam a Mente e o Coração

      A mente e o coração, acostumados com um modo de vida bem simples, familiarizaram-se com uma forma de vida que envolve infindável série de bens fascinantes. O efeito é retratado num trecho selecionado do poema africano “Canção de Lawino”. Um homem recém-formado, que retornava da cidade, trouxera apenas um relógio de mesa para casa, à sua esposa da aldeia, que nunca havia visto um antes. Ela disse: “O relógio é para mim grande motivo de orgulho. É lindo e admirável. E quando chegam visitantes, ficam muito impressionados!” Sim, este novo “brinquedo” parecia acrescentar esplendor e excitamento, bem como prestígio, à vida dela. Quem de nós nunca viu e depois desejou algum novo aparelho que poderia tornar a vida mais agradável?

      Entretanto, todos os benefícios da tecnologia moderna vêm com “etiquetas de preço” — custam dinheiro, às vezes muito dinheiro! A pergunta que cada pessoa precisa encarar é: Quanto estou disposto a sacrificar para ter esse item? Usufruir certos benefícios desta era moderna talvez exija até mesmo que se sacrifiquem valores pessoais. Isto tem ocorrido não só na África, mas em todo o mundo.

      Para avaliarmos plenamente que valores preciosos estão sendo perdidos, examinemos brevemente o “modo de vida tradicional” que caracterizou grande parte da sociedade africana durante milênios.

      Valores Tradicionais

      Há evidência de que os africanos, nos tempos antigos, foram responsáveis por muitos feitos técnicos notáveis. Entretanto, a verdadeira consecução da cultura africana se deu num outro campo.

      Basil Davidson, no livro African Kingdoms (Reinos Africanos), relata: “A sombra de sua pompa e glória descansa a modesta, mas impressionante, consecução da África ao nível de aldeia. Nas atitudes comunitárias que uniam homem a homem numa fraternidade de igualdades, nas normas morais que orientavam o comportamento social, nas crenças que colocavam os aspectos espirituais da vida acima dos materiais, a aldeia africana conseguiu uma espécie de harmonia social que funcionava, amiúde, sem qualquer necessidade de autoridade centralizada. De fato, foi nisto que a África demonstrou seu verdadeiro caráter — na sua capacidade de organização social. . . . mais preocupada com as amenidades das relações pessoais do que com o progresso material.”

      VIDA FAMILIAR: Um “press release” (notícia para publicação) internacional observou com respeito às sociedades africanas tradicionais: “O jovem, o idoso e o fraco nunca ficam sem cuidados, alimento ou abrigo, desde que haja um parente ou irmão tribal com algo, por pouco que seja, para partilhar.” A família trabalhava junta e, basicamente, as aldeias eram, e muitas ainda são, grupos intimamente relacionados de diversas famílias “ampliadas”. Os filhos eram criados numa atmosfera de interesse familiar.

      HOSPITALIDADE: Era um hábito comum na antiga África. Os estranhos eram bem-vindos sem restrições. Dois escritores, um europeu e um estadunidense, moraram por algum tempo junto com algumas das tribos mais primitivas da África. Um deles escreveu: “A hospitalidade dos nubas é maravilhosa.” O outro relatou: ‘Os masais têm um aperfeiçoamento do espírito, da dignidade, do calor e do humor humanos, um amor à família e aos amigos. Eu achava que os masais haviam desenvolvido algo bem especial.’

      IMPÉRIO DA LEI: Todas as aldeias tinham chefes, anciãos de aldeia e um sistema judiciário. Os crimes eram punidos e os criminosos eram banidos da comunidade. Havia segurança, e a vida na aldeia, como um todo, era descontraída e animada.

      Sim, o amor pela família, a hospitalidade, o império da lei — não são todas qualidades valiosas, especialmente num mundo frio, onde uma família e amigos íntimos se tornam uma raridade, e o desacato à lei está aumentando? A vida africana tradicional considerava estas coisas preciosas. Mas, o que está ocorrendo com tais valores?

      O Que se Está Modificando?

      VIDA FAMILIAR: “Os problemas da sociedade opulenta já estão batendo vigorosamente à nossa porta. A toxicomania, os problemas da adolescência [e] o aumento vertiginoso no índice de divórcios.” — Escritor africano Ebomuche Oguuh-ibe.

      “Os pais negligenciam seu papel. . . . O sistema de controle e equilíbrio do comportamento que caracterizava uma família africana está completamente carente hoje em dia.” — Estudante africano Francis Uzoeshi.

      HOSPITALIDADE: “A hospitalidade está desaparecendo [porque] a pessoa não confia em visitantes desconhecidos: podem ser ladrões!” (Bantu Customs) Também, muitos não podem arcar com as despesas de mostrar muita hospitalidade e ainda manter seu padrão de vida ou cuidar das necessidades de sua família mais próxima.

      IMPÉRIO DA LEI: “Tempo de Travar Guerra Contra o Crime.” “Esta Terra Selvagem.” “A Guerra Contra a Corrupção.” — Manchetes de jornais africanos.

      “As pessoas tendem, de modo crescente, a ser mais insensíveis e egoístas do que nunca, até mesmo ao ponto de não se importarem com o que acontece com seu vizinho ao lado, o que é completamente contrário à crença africana tradicional na fraternidade do homem.” — Escritor africano Oguuh-ibe.

      O Que Causa Tais Modificações?

      Perguntou-se a um grupo de mães jovens no sul da África: “O que causa mais perturbação — a cerveja ou o dinheiro?” Responderam unanimemente: “Dinheiro.” Naturalmente, não é o dinheiro em si mesmo, mas o que a pessoa faz para consegui-lo e como é usado.

      Por exemplo, para obter mais dinheiro, alguns homens se mudam para uma cidade distante, deixando a esposa para cultivar o lote de terra da família e criar os filhos. Longas horas de solidão levam a tentações de beber excessivamente e de praticar a imoralidade. Alguns homens até mesmo arranjam uma ‘esposa da cidade’, uma mulher que vai morar consensualmente com um homem. Com estas novas pressões, ele talvez não possa enviar nada do seu salário para casa, acrescentando tensões à vida familiar já rompida. Ele talvez vá para casa apenas uma ou duas vezes por ano!

      Contudo, mesmo onde o marido e a esposa vivem juntos na cidade, a esposa amiúde trabalha para suplementar os ganhos do marido. Em muitos casos, os filhos pequenos são deixados em casa sob os cuidados duma doméstica, que talvez seja só uma menina. Tal falta de treinamento adequado tem contribuído para um aumento dramático do crime juvenil e da imoralidade em muitas cidades da África. Isto é especialmente grave para a África, porque quase a metade da população tem menos de 16 anos!

      O efeito destrutivo da busca de riquezas é vividamente ilustrado por alguns dos membros da tribo dos nubas. A escritora Leni Riefenstahl, que morou com os nubas, relatou que em anos passados ela podia deixar seu equipamento fotográfico em engradados abertos durante meses. Mas, recentemente, teve de parar de fazer isso. Por quê? Por causa dos ladrões. Escreve: “Devido a uma colheita muito pobre, alguns dentre as tribos dos nubas tiveram de ir às cidades para ganhar algum dinheiro para comprar gado ou algumas cabras. Viram na cidade como tudo pode ser comprado com dinheiro e isto exerceu um efeito destrutivo sobre eles.”

      Antes de se familiarizarem com a modernização, eram basicamente auto-suficientes. Riefenstahl acrescenta: “Não conheciam outra coisa e estavam felizes e satisfeitos com esta vida. Possuir dinheiro era alheio a eles. Mas, logo, a inevitável marcha da civilização alcançará os mesakin nubas e os modificará também.”

      Na busca de coisas que esta era moderna pode trazer, muitos também ficaram enlaçados com algo mais.

      Compras Escravizadoras a Crédito

      “Este crédito fácil é terrível armadilha”, escreveu certo casal africano. “Faz com que comprar coisas pareça tão fácil e barato, quando na realidade não é. O fato de que a pessoa pode entrar numa loja e comprar uma roupa sem pagar imediatamente por ela é um verdadeiro chamariz, e quanto ao pagamento — bem, podem pensar mais tarde a respeito. Quando o ‘mais tarde’ chega e eles recebem a conta, compreendem que não podem pagar, e então começa a ‘brincadeira’. Tornam-se verdadeiros escravos destas lojas de crédito porque o desejo de coisas novas é muito grande. Estive em casas onde havia aparelhos novos de alta-fidelidade, um novo carro, linda mobília, e, no entanto, sem terem suficiente dinheiro para os alimentos pois estão pagando tudo isso. Tanto o marido como a esposa trabalham e as crianças ficam sem controle.”

      Neste respeito os africanos não são os únicos. A dívida criada por compras a crédito é igualmente enorme problema em outros países. Por exemplo, um de cada 20 estadunidenses incorre em sérias dívidas de crédito, visto que 60 por cento da sua renda total está comprometida com os pagamentos a crédito.

      Os efeitos mentais e emocionais sobre a pessoa são realmente desagradáveis. Certa pessoa profundamente endividada por comprar a crédito escreveu: “Perdi meu emprego e o seguro de desemprego não é suficiente para efetuar os pagamentos mínimos, muito menos pagar o aluguel e comprar alimentos. Recorri à venda de plasma sangüíneo e a outros biscates. Evitar os credores me está levando à loucura. Sou uma pessoa com os nervos à flor da pele.”

      Nem Todos se Modificam

      Naturalmente, nem todos os africanos perderam o bom senso e os valores próprios no seu desejo de gozar os benefícios da tecnologia moderna. Há muitas pessoas honestas e direitas em toda a África.

      Certo correspondente estrangeiro que passou pouco tempo na África observou algumas pessoas desonestas, contudo relatou francamente: “Mas devo da mesma forma contar sobre . . . certo jovem que recusou dinheiro depois de me guiar por horas ao redor dum projeto de irrigação. Sobre a lavadeira que me devolveu os oito nairas que deixei no bolso duma camisa. E, devo falar das bondades a mim demonstradas por um homem a quem eu chamei de estúpido.” — National Geographic, março de 1979.

      Nem todos os que se mudam para a cidade grande modificam seus valores. A mudança talvez tenha sido devido à necessidade, mas alguns conservaram seus bons princípios e mantiveram sua família unida. Obtiveram uma visão realística do modo de vida centralizado em torno da busca de dinheiro e dos confortos que ele pode comprar. Sabem que outras coisas são mais valiosas.

      A Boa Vida?

      Lembra-se do jovem mencionado no início deste artigo, que sentia que seu novo modo de vida lhe traria genuína felicidade? Sua história prossegue:

      ‘Estou, agora, há seis meses na cidade grande. Mudei do primeiro emprego, onde as horas de serviço eram longas e o trabalho era infindável, para outro emprego, e depois para um terceiro. Havia pouca diferença nas condições e o salário era realmente menor. Eu me adaptara ao ritmo de vida da cidade — a zero antes do pagamento, depois indo a cem por hora no fim de cada mês. Por fim, tudo o que eu tinha fora empenhado, e vivia uma vida tão modesta quanto outrora em minha terra.

      ‘Toda noitinha, quando terminava o trabalho, saía à rua, parava e observava. Havia sempre as mesmas cenas, a mesma procissão de carros, as mesmas mulheres bem vestidas em táxis, os mesmos garotos de aparência vistosa. Onde conseguiram isso? Havia um truque em alguma parte. Trabalhava como nunca trabalhara antes, mas o dinheiro — que vinha em punhados com os quais nunca teria sonhado — sumia novamente com a mesma rapidez. Comecei a notar que pessoas iguais a mim nunca tinham oportunidade.’

      Embora nem todos os que vão para a ‘cidade grande’ acabem sentindo-se assim, muitos notam a completa futilidade de se buscar a felicidade simplesmente por meio das coisas materiais. Anseiam a vida simples que havia antes. Não que desejem viver novamente na pobreza, como alguns fizeram, nem reviver todas as coisas da cultura tradicional. Mas, sentem terrível falta dos valores duma família unida, da hospitalidade e do império da lei, que estão sendo corroídos nesta era moderna.

      Talvez, o leitor também esteja preocupado quanto ao modo em que sua vida tem sido afetada pelo materialismo. Talvez deseje fazer uma mudança. Mas como? Uma solução prática, que já ajuda milhares de pessoas em toda a África, é considerada no artigo que segue.

  • A educação que traz ricos benefícios
    Despertai! — 1981 | 8 de janeiro
    • A educação que traz ricos benefícios

      TEM havido verdadeiro impulso para promover a educação na África, especialmente para os jovens. Afirma-se que algumas nações ali devotam a maior parte de seus recursos para isto.

      Mas, necessita-se de algo mais. Observando as muitas pessoas instruídas que perambulam desempregadas pelas ruas, o prefeito negro duma grande cidade na África Oriental argumentou: “Precisamos começar a dar aos nossos filhos instruções práticas que os preparem e os treinem para as realidades da vida.”

      Entre outras coisas, tal educação precisa ajudar a pessoa a saber o que é realmente valioso na vida e estar convicto disso. Mas, que compêndio pode fazer isto?

      “O Guia Supremo na Arte de Viver”

      Durante séculos, a Bíblia tem sido o livro mais amplamente distribuído na África. Neste respeito, o escritor Thomas Tiplady escreveu certa vez: “De todos os grandes livros, o bom senso da humanidade tem declarado a Bíblia como o guia supremo na arte de viver.” Por que ela é tão notável neste respeito? A própria Bíblia explica que é a Palavra de Deus.

      É um livro que trata da vida. Ao lê-lo, notará que está repleto de pessoas reais e verá como algumas tornaram sua vida feliz e por que outras falharam. Quanto mais ler, mais claras lhe tornarão quais são as coisas vantajosas e quais não são. Conforme certo leitor apreciativo o define, encontrará “a chave para seu próprio coração, sua própria felicidade e seu próprio senso de dever”.

      Durante décadas, na África e por toda a terra, as Testemunhas de Jeová têm ajudado milhões de pessoas a aplicar os princípios bíblicos em sua própria vida. Os resultados têm sido significativos. O que segue é simplesmente uma amostra do que tal educação tem realizado. À medida que lê, pergunte-se: O que se daria se cada um na África, de fato, no mundo inteiro, vivesse segundo tais valores?

      Preservação da Unidade Familiar

      “Bem, qual é sua decisão? A promoção lhe significará muito mais dinheiro. É um trabalhador honesto e de confiança, merece tal aumento.” Assim se dirigiu certo encarregado duma grande ferrovia africana a um marido e pai de quatro filhos. Pareceria ser uma decisão simples. No entanto, havia um empecilho — o novo serviço exigiria que ficasse longe da família por longos períodos de tempo.

      Este senhor, que estudara a Bíblia com as Testemunhas de Jeová por algum tempo, replicou: “Sinto muito, mas preciso recusar. Olhe, eu amo muito minha família e não posso suportar ser separado deles desta maneira.” Os encarregados mal podiam crer no que ouviam. Contudo, ficaram impressionados com seu ponto de vista sobre as prioridades da vida, e atenderam seu pedido de continuar a trabalhar perto de casa.

      Será que tomou a decisão correta? O homem foi recompensado com uma família que é bem conhecida na comunidade por sua cordialidade, união e felicidade. A boa conduta dos seus filhos é assunto de conversa na vizinhança. Estas coisas o dinheiro não pode comprar.

      Honestidade Leva ao Respeito Próprio

      “Prezado Senhor:

      “Agradecemos-lhe a carta, e, pela presente, também acusamos o recebimento do Relógio da Clínica que devolveu. Ficamos satisfeitos de ler que aprendeu por meio da fé à qual se converteu que o furto é contra a lei de Jeová Deus.”

      Esta carta, escrita a uma pessoa que se tornara recentemente uma Testemunha, foi o resultado de algumas mudanças muito incomuns. O destinatário da carta fora no passado fumante inveterado de marijuana, levara uma vida de depravação sexual, e cometia furtos e outros crimes. Sua mente fora tão afetada por este modo de vida que teve de ser internado num hospital psiquiátrico. Após semanas de tratamento, não ficou curado, de modo que foi declarado demente e mandado para casa.

      Logo depois, iniciou um estudo da Bíblia com Testemunhas de Jeová em sua aldeia nigeriana. A instrução que recebeu ajudou-o a modificar a vida. Sua sanidade mental melhorou gradualmente ao passo que podia agora enfrentar as “realidades da vida”. Os aldeães ficaram surpresos e imaginavam que fosse um milagre. “Foi a operação da Bíblia junto com a bênção de Deus e a ajuda de seu povo”, foi a explicação dele. Arranjou um emprego para sustentar a si mesmo. Ao lembrar-se de que havia furtado o relógio de seu anterior patrão, devolveu-o. Pela primeira vez em sua vida, tinha respeito próprio. — Efé. 4:28.

      Não Simular Ser Rico

      Na Namíbia, sudoeste da África, uma das Testemunhas de Jeová, pai de família, perdeu o emprego. Sua família estava acostumada a um padrão elevado de vida, mas, agora, o único emprego disponível pagava bem menos do que o anterior. Depois de conversar a respeito disso com sua esposa, aceitou o emprego e resolveu agir da melhor forma possível.

      Em vez de tentar aparentar que ainda tinha muito dinheiro e tentar manter seu padrão de vida anterior, ele e sua família cortaram seus gastos. Mudaram-se para um casebre em ruínas, da ferrovia. Contudo, depois de uma pintura e alguns consertos menores, tinham uma casa com baixo aluguel. Sua horta produzia quase toda a verdura que comiam, e a pesca também ajudava a manter baixa as despesas de alimentação. Algum tricô que a esposa fazia quase cobria as despesas de roupas. Era um modo de vida humilde, mas a família estava contente de ter as necessidades básicas. — 1 Tim. 6:7, 8.

      Sua diligência e honestidade não foram despercebidas e dentro de um ano seu salário foi aumentado. Com o tempo, sua excelente reputação lhe trouxe até mesmo ofertas de emprego por parte de outros.

      Como Conseguem

      A Bíblia não advoga a pobreza. (Pro. 30:8, 9) Contudo, há ocasiões quando uma pessoa pouco pode fazer para alterar sua situação sem sacrificar um importante princípio. Sob tais circunstâncias, como pode a pessoa manter-se economicamente sem centralizar sua vida no dinheiro?

      Primeiro, a Bíblia ajuda a pessoa a evitar maus hábitos, tais como o jogo de azar (que tem custado o salário inteiro de muitos trabalhadores), a toxicomania, o fumo, a imoralidade sexual e a embriaguez. Isto não só habilita a pessoa a ter boa consciência, mas também certamente é bom para o bolso! — 1 Cor 6:9, 10; 2 Cor. 7:1.

      Aqueles que realmente aplicam os princípios bíblicos beneficiam-se também por fazerem parte duma associação de irmãos que genuinamente amam uns aos outros. (João 13:35; 1 João 3:17, 18) Conforme certo exemplo, uma das Testemunhas de Jeová em Gana foi despedida de seu emprego. Tinha de cuidar da filha e da esposa grávida. Na reunião congregacional, mencionou, por acaso, sua situação a outra Testemunha. A Testemunha não só o encorajou, mas também o ensinou a fabricar uma marca de sabão local que poderia vender. Isto o ajudou até que foi chamado de volta por seu antigo patrão.

      Para que possam aplicar o conselho bíblico de ‘não dever coisa alguma a ninguém, exceto o amor’, aprendem também a ser cuidadosos em planejar os gastos. (Rom. 13:8) Certo ministro viajante, que visita os lares de muitas das Testemunhas de Jeová, descreve como um casal africano faz isso: ‘Todo mês o marido e a esposa fazem um balanço do dinheiro. Ele coloca seu salário sobre a mesa e depois põe de lado as importâncias para os diferentes gastos e necessidades. Cuida primeiro de suas despesas, enquanto tem dinheiro, em vez de esperar até o fim do mês quando talvez acabe.’

      Este casal evitava compras a crédito, e com boa razão. Em primeiro lugar, a pessoa geralmente paga consideravelmente mais pelo item. Também, a Bíblia declara realisticamente: “O que toma emprestado, torna-se escravo daquele que lhe emprestou.” (Pro. 22:7, Centro Bíblico Católico) Quem quer ser escravo de outra pessoa? Quanto mais fácil é a vida quando a pessoa economiza dinheiro até que tenha recursos para comprar tal item a dinheiro. Naturalmente, há ocasiões quando a pessoa talvez necessite algo urgentemente e o crédito seja a única solução, mas, se isto ocorre freqüentemente, trata-se de uma necessidade ou de um desejo ardente? — Ecl. 6:9.

      Grandioso Futuro — Bem à Frente

      A Bíblia apresenta uma esperança vívida para o futuro próximo; e aprender a respeito disso ajuda as pessoas a enfrentar os problemas atuais, porque sabem que estes são temporários. Seu último livro, Revelação, desvenda os acontecimentos que afetarão em breve não só a África, mas o mundo inteiro.

      Os capítulos Rev 19 (versículos 11-21) e Rev 20 (versículos 1-3) descrevem o fim violento dos iníquos, tanto visíveis como invisíveis, que se recusam a viver segundo os princípios corretos. Revelação 21:3, 4 descreve Deus como tomando um interesse bem pessoal em nossa terra. Diz: “Ouvi uma voz alta do trono dizer: ‘Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles. E enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.’”

      Imagine só: A doença, um problema diário de quase todos, desaparecerá para sempre! Não haverá mais crianças doentes, nem doenças temidas que debilitam o corpo, nem a dor cortante!

      Lágrimas de frustração, desapontamento e pesar desaparecerão à medida que as condições que as causam forem modificadas ou removidas. Visto que as pessoas deliberadamente iníquas terão sido destruídas pelas forças angélicas de Deus, isto eliminará ladrões, assassinos, mentirosos e outros que tornam a vida insegura. Ninguém se preocupará quanto a seus bens serem levados por um ladrão. As pessoas poderão ter sua própria moradia e desfrutá-la em segurança.

      Soa-lhe bem isso? Gostaria de aprender mais sobre aplicar os princípios bíblicos de tal modo que lhe beneficie agora e no futuro? Entre em contato com as Testemunhas de Jeová, e elas terão alegria em ajudá-lo gratuitamente.

Publicações em Português (1950-2026)
Sair
Login
  • Português (Brasil)
  • Compartilhar
  • Preferências
  • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade
  • Configurações de Privacidade
  • JW.ORG
  • Login
Compartilhar